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Cosmovisão Niilismo e Naturalismo

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Leitura e exercícios.
Aluna: Sarah Oliveira de Souza.
SIRE, James W. O silêncio do espaço infinito. Marco zero: niilismo. In: SIRE, James W. O universo ao lado: um catálogo. São Paulo: Hagnos, 2009. Cap 4 e 5. p. 73-139
Questões
1. O que é a realidade primordial, ou seja, o que é realmente verdadeiro?
Naturalismo: A partir da análise sobre a realidade primordial à luz do naturalismo, é posto que a própria natureza se apresenta como primária, dispensando um “Criador”. Quando se afirma que matéria sempre existiu, também se aplica a noção de que o cosmo é autossuficiente e se organiza sozinho; dessa forma, a realidade primordial se caracteriza como a matéria do cosmo.
Niilismo: Sendo uma forma de negação da filosofia, o niilismo nega também a existência de uma realidade e atribui que nada possui significado. Se nada existe, nada é, portanto, verdade; assim, não há forma de provar que a nossa realidade é, de fato, verdadeira.
2. Qual a natureza da realidade externa, isto é, o mundo que nos rodeia?
Naturalismo: Doravante ao pensamento naturalista, a realidade externa se insere na noção do universo como um sistema fechado. Por não existir um ser transcendental, não pode ser reordenado nem mesmo pelos seres humanos, pois esses também são parte da uniformidade da realidade. Ainda, o universo se uniformiza por meio da relação entre causa e efeito indestrutível que mantém o sistema fechado.
Niilismo: Acompanhando o raciocínio que a realidade não pode ser provada e, portanto, não existe, o niilismo caracteriza o mundo externo como produto exterior ao cosmo e que pode ser a explicação de sua criação. Por isso, não se pode afirmar, nos parâmetros niilistas, que sequer exista uma realidade externa.
3. O que o ser humano é?
Naturalismo: Nessa visão, o ser humano é caracterizado como uma máquina complexa dotada de personalidade organizada por propriedades químicas e físicas. Essas propriedades, porém, não são completamente compreendidas. Observar o ser humano como uma máquina é inseri-lo no cosmo como parte dele, formados pela substância material. Por sermos matéria, somos sujeitos à suas normas e leis regentes.
Niilismo: O ser humano também é posto como máquina, porém não tem acesso ao livre arbítrio. Essa restrição se dá pois todas as escolhas cabíveis ao ser humano são feitas graças a algum embasamento anterior a eles, sendo, então, influenciáveis. O ser humano se insere nos indicadores da ausência de liberdade, ainda que seja dotado de consciência.
4. O que acontece a uma pessoa quando ela morre?
Naturalismo: A relação do naturalismo com a morte é explicitada no ideal de que o fim da vida significa a extinção do ser e da sua personalidade e subjetividade. A morte é desorganização da matéria viva; nesse caso, a matéria do ser é lida como desaparecida. Sendo a personalidade a regência do ser, sua ausência é o real significado da morte. 
Niilismo: A compreensão sobre o que ocorre após a morte de um ser está além da necessidade e das preocupações humanas. Pouco interessa classificar essa ocorrência pois não é possível que se conheça a verdade sobre ela.
5. Por que é possível conhecer alguma coisa?
Naturalismo: Em uma cosmovisão naturalista, o conhecimento da natureza se dá partindo das constatações da evolução e seleção natural que fazem parte da história da espécie. Desenvolver racionalidade implica em questionar e aprimorar curiosidade em diversos aspectos.
Niilismo: A complicação de legitimação do conhecimento está em sua origem: o conhecimento humano não possui significado pois deriva da evolução; respeitando os parâmetros da evolução das espécies, o ancestral em comum entre primatas e seres humanos é o fator que impossibilita legitimar o conhecimento humano.
6. Como sabemos o que é certo e errado?
Naturalismo: Ainda que não seja foco principal do naturalismo, a ética se mantém presente apenas no tocante aos seres humanos (de acordo com essa vertente filosófica). Por ser uma condição de reflexão, a ética é construção humana; é uma lei não pertencente ao cosmo, mas criada pelo ser humano a fim de promover harmonia. Partindo do pressuposto que na natureza tudo se transforma, a noção de certo e errado também deriva da relação de absorção de valores do ambiente em que o indivíduo está inserido; esses valores se referem à cultura de determinada sociedade.
Niilismo: A moralidade humana não é fundamentada e não pode definir quais os limites entre certo e errado e o que cada um significa. A ética e a moral se alteram constantemente ao longo da história e entre culturas e sociedades, logo, sua instabilidade não autoriza que sejam estabelecidos parâmetros reais.
7. Qual é o significado da história humana?
Naturalismo: Na cosmovisão que se aplica o naturalismo, a história humana e da natureza são intrínsecas pois o ser humano está inserido no sistema do cosmo como uma espécie. Sua existência se deve à evolução biológica da matéria que ordena o cosmo, assim como todos os seres vivos. Ainda, aplica-se a essa filosofia que a história não segue padrões de sentido e nem ao menos busca determinado objetivo: ela é aleatória e segue de forma linear. A partir disso é possível afirmar que sem a humanidade, não há história.
Niilismo: O universo é livre de referências e objetivos pré-estabelecidos. Assim, não é dever da humanidade encontrar o significado da história, mas sim, compreender se ela existe ou não.

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