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Aula 4 – EGF Economia Setorial Farmacêutica A indústria farmacêutica é intensiva em pesquisa e, ao longo de sua história, apresentou ritmo acelerado de inovações implementadas por empresas em estreita relação com outras instituições. O lançamento de produtos novos ou melhorados constitui elemento central no padrão de competição da indústria, possibilitado pela inovação tecnológica, exigindo elevados investimentos em pesquisa e desenvolvimento, e conta, ainda, com amplo respaldo do sistema internacional de propriedade intelectual e expressivo gasto em marketing e propaganda. A indústria farmacêutica tem crucial importância para a economia brasileira não apenas por ser fornecedora de bens essenciais, mas também porque é um segmento produtivo interdependente e de alto desenvolvimento tecnológico. Além disso, é um setor suscetível a políticas públicas, sobretudo pelo poder de compra do Estado, o maior comprador de medicamentos do país. GUERREIRO, J. R. Economia e gestão farmacêutica / Juliano Rodrigo Guerreiro. – São Paulo: Editora Sol, 2013. Bem de Consumo Credencial Há que se destacar ainda que, no caso específico dos medicamentos e de outros bens de consumo, além da qualificação e certificação na dimensão da necessidade, outros aspectos relacionados com a sua qualidade intrínseca também não são passíveis de uma avaliação e certificação pelo consumidor. Por isso, são chamados de bens credenciais – credence goods, pois apenas um expert pode atestar seus atributos de qualidade. Essa natureza credencial dos medicamentos, associada à ausência de um órgão ou instituição oficial de certificação da qualidade, acarreta uma outra dimensão de assimetria de informações que garante às marcas pioneiras e líderes uma grande vantagem competitiva, fundamentada na sua reputação e credibilidade com os agentes e consumidores. SANTOS, S. C. M. dos . Melhoria da equidade no acesso aos medicamentos no Brasil: os desafios impostos pela dinâmica da competição extra-preço. [Mestrado] Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública; 2001. 180 p. Valor da Patente A indústria farmacêutica apresenta um padrão muito concentrado e sem muita concorrência, baseado na inovação tecnológica e na propriedade intelectual, exercida sob a forma de patentes (em marcas, princípio ativo, processo produtivo ou forma de ação no organismo). O faturamento obtido pelas patentes implica, por um lado, grande esforço na inovação, com crescentes e elevados gastos em desenvolvimento de novos produtos, e, por outro, grande concentração do capital. Em 2010, por exemplo, as vendas das quatro maiores companhias do mundo respondiam por cerca de 30% do total do setor. Em 2009, essas empresas investiram em conjunto quase US$ 20 bilhões em inovação. Para cada uma delas, o investimento em inovação representou, em média, 12% do faturamento. São elevados também o grau de transnacionalização dessas empresas e o nível de comércio internacional intraempresa. GUERREIRO, J. R. Economia e gestão farmacêutica / Juliano Rodrigo Guerreiro. – São Paulo: Editora Sol, 2013. Valor da Patente Em média, o desenvolvimento de um fármaco totalmente novo custa US$ 100 milhões, e são os documentos patentários que garantem que a empresa possa recuperar os recursos investidos. Vale ressaltar que há inúmeras moléculas que começam a ser desenvolvidas, mas que não podem ser comercializadas devido a algum problema intrínseco do fármaco, e todo o investimento feito no desenvolvimento desse produto é perdido. Dessa forma, a ausência ou a fraca proteção de patentes é um desestímulo aos investimentos em novos medicamentos e, consequentemente, à concorrência, uma vez que as empresas farmacêuticas não concorrem com preços, mas com diferenciação de produtos e inovações, o que demanda maiores gastos em desenvolvimento. GUERREIRO, J. R. Economia e gestão farmacêutica / Juliano Rodrigo Guerreiro. – São Paulo: Editora Sol, 2013. Fonte: Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (INTERFARMA). Guia INTERFARMA 2019 Fonte: Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (INTERFARMA). Guia INTERFARMA 2019 Brasil: Dispêndio nacional em pesquisa e desenvolvimento (P&D) em relação ao produto interno bruto (PIB) por setor, 2000-2017 Fonte(s): Produto interno bruto (PIB): Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE; dispêndios federais: Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi). Extração especial realizada pelo Serviço Federal de Processamento de Dados - Serpro; Atualizado em: 18/10/2019 Disponível em: https://www.mctic.gov.br/mctic/opencms/indicadores/detalhe/recursos_aplicados/indicador es_consolidados/2_1_3.html https://www.mctic.gov.br/mctic/opencms/indicadores/detalhe/recursos_aplicados/indicadores_consolidados/2_1_3.html https://www.mctic.gov.br/mctic/opencms/indicadores/detalhe/recursos_aplicados/indicadores_consolidados/2_1_3.html https://www.mctic.gov.br/mctic/opencms/indicadores/detalhe/recursos_aplicados/indicadores_consolidados/2_1_3.html https://www.mctic.gov.br/mctic/opencms/indicadores/detalhe/recursos_aplicados/indicadores_consolidados/2_1_3.html https://www.mctic.gov.br/mctic/opencms/indicadores/detalhe/recursos_aplicados/indicadores_consolidados/2_1_3.html https://www.mctic.gov.br/mctic/opencms/indicadores/detalhe/recursos_aplicados/indicadores_consolidados/2_1_3.html https://www.mctic.gov.br/mctic/opencms/indicadores/detalhe/recursos_aplicados/indicadores_consolidados/2_1_3.html https://www.mctic.gov.br/mctic/opencms/indicadores/detalhe/recursos_aplicados/indicadores_consolidados/2_1_3.html https://www.mctic.gov.br/mctic/opencms/indicadores/detalhe/recursos_aplicados/indicadores_consolidados/2_1_3.html https://www.mctic.gov.br/mctic/opencms/indicadores/detalhe/recursos_aplicados/indicadores_consolidados/2_1_3.html https://www.mctic.gov.br/mctic/opencms/indicadores/detalhe/recursos_aplicados/indicadores_consolidados/2_1_3.html https://www.mctic.gov.br/mctic/opencms/indicadores/detalhe/recursos_aplicados/indicadores_consolidados/2_1_3.html https://www.mctic.gov.br/mctic/opencms/indicadores/detalhe/recursos_aplicados/indicadores_consolidados/2_1_3.html https://www.mctic.gov.br/mctic/opencms/indicadores/detalhe/recursos_aplicados/indicadores_consolidados/2_1_3.html https://www.mctic.gov.br/mctic/opencms/indicadores/detalhe/recursos_aplicados/indicadores_consolidados/2_1_3.html https://www.mctic.gov.br/mctic/opencms/indicadores/detalhe/recursos_aplicados/indicadores_consolidados/2_1_3.html https://www.mctic.gov.br/mctic/opencms/indicadores/detalhe/recursos_aplicados/indicadores_consolidados/2_1_3.html Fonte: Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (INTERFARMA). Guia INTERFARMA 2019 Fonte: Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (INTERFARMA). Guia INTERFARMA 2019 Fonte: Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (INTERFARMA). Guia INTERFARMA 2019 Fonte: Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (INTERFARMA). Guia INTERFARMA 2019 Adaptado de : BRASIL . Conselho Federal de Farmácia (CFF) . Genéricos chegam aos 20 anos com 33,7% do mercado. Disponível em: http://www.cff.org.br/noticia.php?id=5198&titulo=Gen%C3%A9ricos+chegam+ aos+20+anos+com+33%2C7%25+do+mercado Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (PróGenéricos), só em 2018, foram vendidas 1,4 bilhão de unidades, volume 11,03% maior que o registrado em 2017. “Os genéricos já representam 33,7% do mercado de medicamentos no País, pelo critério de unidades produzidas”, afirma Telma Salles, presidente da ProGenéricos. A associação, informa que hoje mais de 120 laboratórios possuem linhas dedicadas à produção de genéricos no Brasil. São mais de 3.780 registros de medicamentos, 580 princípios ativos, em 21,7 mil apresentações, cobrindo praticamente 95% das doenças prevalentes. Para 2019, a entidade projeta umcrescimento da ordem de dois dígitos, mantendo os indicadores de performance do ano anterior. Os dez medicamentos genéricos mais vendidos em 2018: Princípio Ativo Losartana potássica Hidroclorotiazida Sildenafila citrato Atenolol Dipirona sódica Enalapril maleato Metformina cloridrato Nimesulida Sinvastatina Captopril http://www.cff.org.br/noticia.php?id=5198&titulo=Gen%C3%A9ricos+chegam+aos+20+anos+com+33,7%+do+mercado http://www.cff.org.br/noticia.php?id=5198&titulo=Gen%C3%A9ricos+chegam+aos+20+anos+com+33,7%+do+mercado http://www.cff.org.br/noticia.php?id=5198&titulo=Gen%C3%A9ricos+chegam+aos+20+anos+com+33,7%+do+mercado http://www.cff.org.br/noticia.php?id=5198&titulo=Gen%C3%A9ricos+chegam+aos+20+anos+com+33,7%+do+mercado http://www.cff.org.br/noticia.php?id=5198&titulo=Gen%C3%A9ricos+chegam+aos+20+anos+com+33,7%+do+mercado http://www.cff.org.br/noticia.php?id=5198&titulo=Gen%C3%A9ricos+chegam+aos+20+anos+com+33,7%+do+mercado
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