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Relatório Setorial Indústria Farmacêutica - Maio/2019

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RELATÓRIO SETORIAL 
Maio de 2019 
INDÚSTRIA FARMACÊUTICA 
 
 
 1 
Sinopse .......................................................................................................................... 4 2 
Análise ........................................................................................................................... 7 3 
Destaques do Setor ..................................................................................................... 27 4 
Como a Macroeconomia Afeta o Setor? ................................................................... 34 5 
Conjuntura ................................................................................................................... 35 6 
Perspectivas ................................................................................................................ 48 7 
Risco de Cenário ......................................................................................................... 58 8 
9 
 RELATÓRIO SETORIAL 
INDÚSTRIA FARMACÊUTICA- Atualização: Maio/2019 
 
 
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Índice Analítico 10 
Sinopse .......................................................................................................................... 4 11 
Análise ........................................................................................................................... 7 12 
Mercado Mundial ...................................................................................................................................... 7 13 
Mercado Brasileiro ................................................................................................................................... 9 14 
Cadeia Produtiva do Setor ............................................................................................................ 10 15 
Aspectos Regulatórios e Tributários da Indústria Farmacêutica ................................................... 11 16 
Aspectos Econômicos da Indústria Farmacêutica ........................................................................ 20 17 
Destaques do Setor ..................................................................................................... 27 18 
Últimas Fusões e Aquisições ................................................................................................................. 27 19 
Últimos Anúncios de Investimentos no Setor ........................................................................................ 28 20 
Maiores Empresas no Setor ................................................................................................................... 29 21 
Pontos Positivos e Negativos do Setor .................................................................................................. 33 22 
Como a Macroeconomia Afeta o Setor? ................................................................... 34 23 
Conjuntura ................................................................................................................... 35 24 
Ano de 2018 ........................................................................................................................................... 35 25 
Conjuntura Macroeconômica ......................................................................................................... 35 26 
Ambiente Setorial .......................................................................................................................... 37 27 
Conjuntura Setorial ........................................................................................................................ 38 28 
Ano de 2019 ........................................................................................................................................... 41 29 
Conjuntura Macroeconômica ......................................................................................................... 41 30 
Análise S.W.O.T ............................................................................................................................ 43 31 
Conjuntura Setorial ........................................................................................................................ 45 32 
Perspectivas ................................................................................................................ 48 33 
Ano de 2019 ........................................................................................................................................... 48 34 
Perspectivas Macroeconômicas .................................................................................................... 48 35 
Perspectivas para o Setor ............................................................................................................. 50 36 
Ano de 2020 ........................................................................................................................................... 51 37 
Perspectivas Macroeconômicas .................................................................................................... 51 38 
Perspectivas para o Setor ............................................................................................................. 53 39 
Anos de 2021, 2022 e 2023 ................................................................................................................... 54 40 
Perspectivas Macroeconômicas .................................................................................................... 54 41 
Perspectivas para o Setor ............................................................................................................. 56 42 
Resumo das Perspectivas Lafis ............................................................................................................. 57 43 
Risco de Cenário ......................................................................................................... 58 44 
 45 
 RELATÓRIO SETORIAL 
INDÚSTRIA FARMACÊUTICA- Atualização: Maio/2019 
 
 
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Tabelas e Gráficos 46 
1. Participação dos países nas exportações de medicamentos – 2018 (acumulado: jan-dez) .............. 7 47 
2. Impacto da porcentagem do PIB destinada a pesquisa & desenvolvimento (P&D) com as 48 
exportações de medicamentos no mundo ................................................................................... 8 49 
3. Origem das receitas dos fabricantes de produtos farmacêuticos – 2018 .................................... 10 50 
4. Cadeia de valor da indústria farmacêutica ................................................................................ 11 51 
5. Histórico: reajustes dos medicamentos autorizados pela ANVISA ............................................... 18 52 
6. Desembolsos acumulados em 12 meses do BNDES para a indústria farmacêutica – mar/2005-53 
dez/2018 ................................................................................................................................ 20 54 
7. Composição da produção na indústria farmacêutica – 2018* ..................................................... 21 55 
8. Segmentação dos fabricantes de produtos farmacêuticos por estados – 2018* ........................... 22 56 
9. Composição dos custo e despesas da indústria farmacêutica – 2016* ........................................ 22 57 
10. Impacto da fabricação de medicamentos na demanda por insumos farmacêuticos importados .... 23 58 
11. Composição das importações brasileiras de medicamentos – 2018 ............................................. 24 59 
12. Situação financeira das companhias farmacêuticas situadas no Brasil – 2017.............................. 29 6013. Variação das vendas e produção de medicamentos – dezembro/2016 - dezembro/2018.............. 38 61 
14. Variação acumulada de 12 meses do preço médio dos medicamentos e da inflação – 62 
dezembro/2017-dezembro/2018 .............................................................................................. 39 63 
15. Balança comercial de medicamentos: janeiro/2018 – dezembro/2018 ........................................ 40 64 
16. Variação das vendas e produção de medicamentos – dezermbro/2018 – fevereriro/2019 ............ 45 65 
17. Variação acumulada de 12 meses do preço médio dos medicamentos e da inflação – 66 
dezembro/2018 - março/2019 ................................................................................................. 46 67 
18. Balança comercial de medicamentos: janeiro/2019 – março/2019 .............................................. 47 68 
19. Evolução e Projeções do Faturamento do Setor – % ................................................................. 57 69 
20. Evolução e Projeções do Faturamento do Setor – R$ milhões .................................................... 57 70 
21. Risco de Cenário: Matriz Probabilidade x Impacto ..................................................................... 59 71 
72 
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SINOPSE 73 
 74 
Em termos gerais, o estudo abordará a indústria farmacêutica como aquela que compreende a 75 
fabricação, desenvolvimento e importação de insumos farmacêuticos e medicamentos. 76 
Abrangência do Relatório1 77 
Estrutura de produção, preços, regulação, e políticas públicas para o setor no Brasil. 78 
 79 
 80 
 81 
O mercado mundial é caracterizado por ter a liderança de países que possuem eficientes sistemas de 82 
proteção de direitos de propriedade intelectual, ou seja, resguardam o direito das patentes, um 83 
componente essencial para a inovação. Mas além disso, nota-se que os maiores exportadores de 84 
medicamentos são países que mais investem em P&D em proporção do PIB, como Alemanha, Suíça, 85 
Estados Unidos e Reino Unido. 86 
 87 
 88 
 89 
A indústria farmacêutica brasileira é pautada basicamente em atender o mercado interno, cuja robustez 90 
e dimensão oferecem oportunidades para diversas companhias brasileiras ou multinacionais, 91 
especialmente ao considerar que o sistema público de saúde é um dos grandes compradores de 92 
medicamentos. Cabe destacar que o setor sofre de significativos estrangulamentos na oferta de 93 
insumos farmacêuticos uma vez que a produção local é suficiente, levando à grande dependência de 94 
farmoquímicos e adjuvantes importados. 95 
 96 
 97 
 98 
O ano de 2019 não será marcado por um crescimento tão consistente como o que apontavam as 99 
projeções realizadas no final de 2018. Como já se viu, as incertezas econômicas ainda são grandes e 100 
limitam o apetite do investidor quanto à novos investimentos e produção. Fato que limita a geração de 101 
empregos e renda que, por sua vez se configuram em fatores inibidores da demanda por 102 
medicamentos. 103 
 
(1)
 queda de faturamento abaixo de -5,1%;  queda de faturamento entre -5,1% e -0,1%; faturamento entre 0% e 5%;  cresc. do faturamento entre 
5,1% e 15%;  cresc. acima de 15,0%. Aumento e queda referem-se a valores nominais em moeda nacional. 
Analista: 
responsável: 
Felipe Sanches 
 
Atualização: 
Maio/2019 
 
 
 
 
Perspectivas 
Setoriais (2) 
 

2019 
 
 
 

2020 
 
 
 
 

2021-2023 
 
 
Perspectivas Lafis 
 
O Setor no Brasil 
 
O Setor no Mundo 
 
Caracterização do Setor 
 
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Revisão das projeções: Neste sentido, a Lafis reviu para baixo sua projeção para o faturamento do 104 
setor em 2019. 105 
 106 
 
 
 
 
Conjuntura: 
Atualização dos dados conjunturais e 
análise do ano de 2018 e 2019. 
 
Nesta edição, o leitor poderá se informar da 
conjuntura (desde a disposição dos dados 
setoriais relevantes, até suas análises) do setor 
referente ao acumulado de 2018, bem como os 
primeiros meses de 2019. 
 
 
 
 
 
Pág. 08 - 25 – Mercado Brasileiro 
Nesta edição o leitor estará munido das principais 
informações sobre a estrutura de mercado do 
setor: composição dos custos, índice de reajuste 
de preços, resultados de vendas dentre outros, em 
sua maioria atualizados ou estimados até 
dezembro de 2018. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Destaque da Edição: O Governo 
autorizou reajuste médio de 4,33% 
para medicamentos em 2019, variação 
superior ao IPCA - Total projetado. 
 
Diferentemente dos últimos anos, a indústria 
farmacêutica em 2019 deverá acompanhar o rítmo 
inflacionário previsto, afetando menos as margens 
operacionais.. 
 
 
Perspectivas: 
Inclusão do ano de 2023 nas projeções 
Lafis 
 
Foi incluído o ano de 2023 no quadro de 
projeções. 
Assim, o leitor terá em mãos mais um ano no seu 
horizonte de análise, tornando mais assertiva a 
tomada de decisão que envolvem ações de 
longo prazo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sumário 
Indústria Farmacêutica 
Maio de 2019 
 1 
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INDÚSTRIA FARMACÊUTICA- Atualização: Maio/2019 
 
 
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7 
 
ANÁLISE 2 
Mercado Mundial | Mercado Brasileiro| Pontos Positivos e Negativos do Setor 3 
 4 
Mercado Mundial 5 
 6 
Mundialmente a indústria farmacêutica pode possuir certa concentração em segmentos definidos 7 
por classes terapêuticas (analgésicos, antibióticos, anti-corpos, etc), o que parte do fato do setor 8 
caracterizar-se por elevados gastos com pesquisa & desenvolvimento (P&D), os quais se traduzem 9 
em inovações (novos remédios e processos de elaboração) protegidas por patentes. O Estado, ao 10 
proteger a propriedade intelectual da fórmula de um medicamento, fornece temporariamente o poder de 11 
monopólio à empresa que investiu na pesquisa desse medicamento (somente ela poderá comercializar 12 
o produto por um certo período), e por isso, há certa concentração de mercado por nichos. Sem a 13 
patente, qualquer firma pode copiar a fórmula e vender o medicamento, e isso traz um contra-incentivo 14 
para o investimento em inovação, ou seja, a patente garante que o investimento da empresa seja 15 
recompensado. Esse aspecto é primordial ao funcionamento do setor, já que tais investimentos são 16 
cercados por grande incerteza, duram vários anos e exigem grandes somas de recursos. 17 
Não raro, os países que detêm maior fatia do comércio mundial de medicamentos são aqueles com 18 
sólidas instituições e articulações para a proteção de propriedade intelectual, como a Alemanha, 19 
Suíça, Bélgica e Estados Unidos, por exemplo. 20 
 21 
1. Participação dos países nas exportações de medicamentos – 2018 (acumulado: jan-dez) 22 
 23 
 24 
 25 
 26 
 27 
 28 
 29 
 30 
 31 
 32 
 33 
 34 
 35 
 36 
 37 
 38 
 39 
 40 
 41 
Fonte: COMTRADE 42 
Nota: os medicamentos não envolvem vacinas, anti-soros ou componentes humanos sintéticos (hormônios, sangue). 43 
[NOME DA 
CATEGORIA]; 
 [VALOR] 
[NOME DA 
CATEGORIA]; 
[VALOR] 
[NOME DA 
CATEGORIA]; 
[VALOR] [NOME DA 
CATEGORIA]; 
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CATEGORIA]; 
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CATEGORIA]; 
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CATEGORIA]; 
[VALOR] [NOME DA 
CATEGORIA]; 
[VALOR] 
[NOME DA 
CATEGORIA];[VALOR] 
[NOME DA 
CATEGORIA]; 
 [VALOR] 
[NOME DA 
CATEGORIA]; 
 [VALOR] 
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É interessante notar que todos esses países que detêm uma fatia importante das vendas externas de 44 
produtos farmacêuticos são, em geral, os que mais investem em P&D. Logo, da Alemanha aos Estados 45 
Unidos, observam-se expressivas exportações de remédios que podem ser atribuídas aos gastos 46 
com inovação. 47 
Vale ressaltar que os Estados Unidos, apesar de não deterem uma das maiores fatias de exportação, 48 
possui muitas empresas multinacionais que estão localizadas em diversos países a fim de suprir a 49 
demanda local ou regional. 50 
Mas isso não é determinante suficiente, conforme exemplifica a Índia que apesar de não possuir um 51 
sistema nacional de inovação
2
 desenvolvido, criou capacidades técnicas para copiar e produzir em 52 
larga escala diversos medicamentos. 53 
 54 
2. Impacto da porcentagem do PIB destinada a pesquisa & desenvolvimento (P&D) com as 55 
exportações de medicamentos no mundo 56 
 57 
 58 
 59 
Fonte: estimativa da Lafis com base nas informações do COMTRADE e UNESCO. 60 
 61 
Mesmo assim, ressalta-se que as despesas da indústria farmacêutica com P&D são necessárias, 62 
especialmente para criar as drogas capazes de mudar a medicina, e não raro, precisam do suporte 63 
financeiro de governos para desenvolver projetos. Portanto, não é surpreeendente que ao redor do mundo, 64 
a criação e venda de medicamentos guarda forte relação com P&D. 65 
 66 
 
2
 O Sistema Nacional de Inovação é um jargão nos estudos de desenvolvimento econômico para chamar a interação entre empresas, poder 
público e universidades, cuja harmonização entre esses agentes fazem com que o gasto em P&D seja parte da dinâmica da economia, o que 
gera novos bens/serviços e processos de produção. Ter esse sistema é uma característica fundamental de economias desenvolvidas. 
0
5
10
15
20
25
30
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Porcentagem do PIB investido em P&D
Estat ist icamente, o invest imento em P&D de 1% do PIB, gera US$ 3,2 bilhões de 
exportações de medicamentos
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Mercado Brasileiro 68 
 69 
Apesar do Brasil não se configurar entre os países com maior gasto em P&D, possui uma indústria 70 
farmacêutica importante, mas esta possui certas limitações ao considerar o destino de suas vendas e a 71 
especialização dos parques industriais desse setor. No entanto, antes de mostrar algumas dessas 72 
limitações, é essencial compreender a segmentação que rege essa indústria, a qual envolve praticamente 73 
dois setores: 74 
 75 
 Farmoquímicos: são os insumos necessários para produzir os medicamentos, o que inclui desde 76 
os princípios ativos (os fármacos) das fórmulas dos remédios (como cafeína, codeína, amoxicilina), 77 
até os chamados adjuvantes, matérias-primas responsáveis por catalisar os efeitos dos princípios 78 
ativos num organismo (por exemplo, saponina e hidróxido de alumínio); eles representam o início 79 
de toda cadeia produtiva dessa indústria. 80 
 Produtos Farmacêuticos: em geral, são os medicamentos, mas incluem também vacinas, anti-81 
soros, sangue e hormônios sintéticos, já que tais produtos fazem uso dos fármacos e adjuvantes 82 
para serem manufaturados; são itens, cujos investimentos em marketing e melhora do processo de 83 
fabricação são mais visados. Ou seja, é o produto final que utiliza os insumos farmacêuticos para 84 
ser “montado”. 85 
 86 
No Brasil, as empresas especializaram-se mais na fabricação dos produtos farmacêuticos, ao fazer o uso 87 
principalmente de farmoquímicos importados para criar medicamentos a serem lançados nas prateleiras 88 
das drogarias. O pujante mercado interno é a viga-mestra da demanda do setor, o que leva não 89 
somente companhias brasileiras, mas multinacionais a instalarem fábricas para usufruir da 90 
expansão populacional, que nos últimos anos elevou o nível de renda e emprego, e consequentemente, 91 
exigiu melhor nível de saúde. Cabe destacar que muitos dos remédios produzidos não possuem um 92 
valor agregado alto por tratarem-se de genéricos ou similares, ou seja, não são produtos novos ou 93 
inovadores, e são passíveis de serem facilmente copiados. 94 
Há comércio internacional a ser explorado pelos laboratórios no Brasil, mas são em geral mercados em 95 
desenvolvimento, como Chile, Bolívia, Venezuela e Argentina, o que coloca em posição secundária com 96 
relação a ambientes mais exigentes, por exemplo, Estados Unidos, França e Reino Unido. Por isso, afirma-97 
se que o foco da indústria farmacêutica brasileira é atender o mercado interno. 98 
 99 
 100 
 101 
 102 
 103 
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3. Origem das receitas dos fabricantes de produtos farmacêuticos – 2018 105 
 106 
 107 
 108 
 109 
 110 
 111 
 112 
 113 
 114 
 115 
 116 
 117 
 118 
 119 
 120 
 121 
 122 
 123 
 124 
 125 
 126 
 127 
 128 
 129 
 130 
 131 
 132 
Fonte: SECEX, Sindusfarma. 133 
Nota: os produtos referem-se basicamente a medicamentos de uso humano. 134 
 135 
 136 
 137 
 138 
A cadeia de valor da indústria farmacêutica está intrinsecamente ligada ao ecossistema de inovação já 139 
que o motor do setor é a geração de inovações (novos produtos e processos) através dos 140 
investimentos em P&D. Este elemento sozinho já movimenta diversos setores, especialmente os de 141 
maior teor tecnológico, como o da Tecnologia da Informação e Químico (que pode lidar tanto com a 142 
de natureza inorgânica quanto orgânica). Na fase final de agregação de valor, a distribuição e venda 143 
envolve serviços como o marketing e complexos sistemas logísticos, em que referente a esse último, 144 
é necessário um cuidado especial no armazenamento e transporte devido à fragilidade e 145 
perecibilidade dos medicamentos e vacinas. Além do mais, não se pode desprezar que os 146 
medicamentos demandam muito do setor de embalagens para ofertar drogas com a adequada 147 
qualidade de transporte e preservação. 148 
Na cadeia de valor, é interessante destacar o papel dos sistemas de saúde públicos e privados, os 149 
quais dispõe de hospitais e clínicas que consomem medicamentos em grande escala, desde 150 
hormônios sintéticos até vacinas. Logo, a ligação dos sistemas de assistência médica com a indústria 151 
farmacêutica é alta. Isto é algo a ser relevado, especialmente ao observar que um dos grandes 152 
instrumentos de intervenção do Estado brasileiro no setor é através do sistema público de saúde, que 153 
compra vários produtos de laboratórios instalados no país. Por fim, a conexão da indústria 154 
Externo
14%
Interno
86%
Cadeia Produtiva do Setor 
 
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farmacêutica com o P&D aproxima os fabricantes de medicamentos das instituições de ensino 155 
superior (universidades e centros universitários), pois estas fornecem a pesquisa básica
3necessária 156 
para os laboratórios aplicarem o conhecimento em soluções de mercado, como a criação de novas 157 
drogas, por exemplo. 158 
 159 
4. Cadeia de valor da indústria farmacêutica 160 
 161 
 162 
 163 
 164 
 165 
 166 
 167 
 168 
 169 
 170 
 171 
 172 
Fonte: elaboração própria. 173 
 174 
 175 
 176 
 177 
Nesta seção, serão abordados os diversos aspectos envolvendo o setor, desde a estrutura de tributos, 178 
os programas de incentivos governamentais até a regulação dos produtos e dos preços feita pela 179 
Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), além de outros detalhes pertinentes à fabricação de 180 
produtos farmoquímicos e farmacêuticos. 181 
 182 
 Tributos Incidentes sobre o Setor Farmacêutico 183 
 184 
A estrutura de tributos para a indústria farmacêutica busca incentivar a produção interna de 185 
medicamentos ao colocar em baixos níveis as alíquotas de importação para os insumos, e deixar os 186 
 
3
A pesquisa básica empreendidas pelas universidades costuma investigar novos fenômenos físicos e seus fundamentos, enquanto a pesquisa 
aplicada, feita geralmente pelas empresas, utiliza o conhecimento da pesquisa básica para resolver problemas relacionados a aplicações 
concretas. 
Distribuição
Desenvolvimento 
do remédio
Fornecimento de 
Insumos e 
Tecnologia
Desenvolvimento Venda
Descoberta de 
novos remédios
Pesquisa básica
Pesquisa Aplicada
Desenvolvimento 
do remédio
Farmacêuticos e 
Sintéticos
Insumos e Produtos 
Importados
Produtos 
Bioteconológiocs
Materiais Médicos
Tecnologia da 
Informação
Fabricantes 
laboratórios 
públicos
Fabricantes 
privados nacionais 
e transnacionais
Centrais de 
abastecimento 
farmacêutico do 
SUS
Centros de 
distribuição das 
redes particulares
Postos
Centros de saúde
Policlínicas
Farmácias de 
rede e 
independentes
Hospitais 
públicos e 
particulares
Aspectos Regulatórios e Tributários da Indústria Farmacêutica 
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bens finais com alíquotas maiores. Esse protecionismo impulsiona a produção de medicamentos, o 187 
que se reflete no perfil da produção de farmacêuticos brasileiros, onde impera a produção de 188 
medicamentos enquanto uma indústria de farmoquímicos e adjuvantes possui pouca expressão. 189 
Também se observa que há alguns medicamentos que são favorecidos com baixas alíquotas de 190 
importação, já que a indústria nacional não consegue suprir a demanda, o que faz sentido facilitar as 191 
importações. Nesse aspecto, a estrutura tributária favorece as compras externas ao relevar as 192 
necessidades médicas da nação. 193 
Além disso, há também a cobrança de Cofins e PIS/ PASEP
4
 sobre bens/serviços importados, cuja 194 
incidência
5
 é diferenciada para alguns produtos farmacêuticos. Acredita-se que uma cobrança maior 195 
desses tributos para tais itens é feita com o intuito descompensar a isenção de IPI, mas também para 196 
aproveitar a estabilidade na arrecadação de impostos de um produto, cujo consumo não oscila muito. 197 
Cabe ressaltar que depois do Imposto de Renda, o PIS/ PASEP e Cofins são as maiores fontes de 198 
arrecadações fiscais da esfera federal. Entretanto, adverte-se que a lei nº 10.865/2004, a qual versa sobre 199 
esses tributos federais, admite a possibilidade do governo zerar as alíquotas incidentes sobre produtos 200 
químicos e farmacêuticos, tal como feito em 2014 através do decreto nº 8.271. Os medicamentos 201 
manufaturados sob esses insumos isentos de tributos, estão sob a chamada “lista positiva”. 202 
Por fim, afirma-se que o maior peso dos tributos sobre os medicamentos refere-se aos impostos indiretos, 203 
que seria basicamente o ICMS
6
 (o IPI é zerado em quase todos os itens), e há uma variedade de regras e 204 
níveis de alíquotas desse tributo estadual para cada ente federativo, mas enfatiza-se que o estado mais 205 
importante para essa indústria, São Paulo, cobra 18% de ICMS. 206 
 207 
 Medicamentos genéricos 208 
 209 
Surgidos com a lei nº 9.787/1999, os medicamentos genéricos foram uma novidade na época em que 210 
foram lançados, e trouxeram um nicho de mercado capaz de ser explorado pelas empresas brasileiras 211 
ou por novos entrantes na indústria farmacêutica, especialmente para aqueles que não dispunham de 212 
capacidade técnica e financeira para se envolver com atividades de P&D. Para compreender isso, são 213 
classificados abaixo os medicamentos
7
 sob a ótica dos direitos de propriedade e dos processos 214 
burocráticos: 215 
 216 
 
4
 Contribuição para Financiamento da Seguridade Social, Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor. 
5
A base de cálculo em que incide a alíquota desses impostos federais é o valor aduaneiro da importação, acrescido do valor do ICMS. 
6
 Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal 
e de Comunicação. 
7
 Há outras classificações, como produtos éticos e não-éticos. Os éticos são remédios que são vendidos somente sob prescrição médica e que 
possui propaganda e promoções dirigidas fundamentalmente aos profissionais da área da saúde, por meio de publicações especializadas e 
eventos promocionais, em decorrência das restrições do uso dos tradicionais meios de propaganda de massa determinadas pela Anvisa. 
Antibióticos e certos analgésicos são bom exemplos de produtos éticos. Enquanto os não-éticos são aqueles que dispensam prescrição 
médica e podem ser comercializados livremente, assim como suas propagandas pode ser anunciadas em meios de comunicação de massa. 
Os segmentos de antigripais, antiácidos, dermatológicos e vitaminas são os principais grupos de produtos não-éticos. 
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 Medicamento de referência (patenteado): produto inovador registrado no órgão federal 217 
responsável pela vigilância sanitária (no caso a Anvisa) e comercializado no país, cuja eficácia, 218 
segurança e qualidade foram comprovadas cientificamente junto ao órgão federal competente
8
, 219 
por ocasião do registro. Mediante os elevados gastos na fase de pesquisa e testes, assim como 220 
o tempo elevado para o desenvolvimento do medicamento, os laboratórios farmacêuticos 221 
possuem exclusividade sobre a comercialização da fórmula durante o período de patente (10 a 222 
20 anos). Exemplo de patenteados: os novos remédios de combate ao câncer, como os 223 
ambrisentana, bosentana, erlotinibe e o gefitinibe. 224 
 225 
 Medicamento similar: aquele que contém o mesmo ou os mesmos fármacos (princípios ativos), 226 
apresenta a mesma concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia e 227 
indicação terapêutica, preventiva ou diagnóstica, do medicamento de referência registrado no 228 
órgão federal responsável pela vigilância sanitária, podendo diferir somente em características 229 
relativas ao tamanho e à forma do produto, prazo de validade, embalagem, rotulagem, 230 
excipientes e veículos, devendo sempre ser identificado por nome comercial ou marca. Ou seja, 231 
quando um medicamento de referência não possui mais uma proteção válida da propriedade 232 
intelectual (patente), qualquer companhia pode produzir um medicamento similar, o qual fará 233 
uso das mesmas características técnicas (posologia, efeito farmacológico) do remédio de 234 
referência, com exceção do nome comercial, que será novoe terá o devido marketing sobre ele. 235 
É o produto de marca. 236 
 237 
 Medicamento genérico: medicamento similar a um produto de referência ou inovador, que se 238 
pretende ser com este intercambiável, geralmente produzido após a expiração ou renúncia da 239 
proteção patentária ou de outros direitos de exclusividade, comprovada a sua eficácia, 240 
segurança e qualidade, e designado pela DCB (Denominação Comum Brasileira – denominação 241 
do fármaco ou princípio farmacologicamente ativo aprovada pela Anvisa) ou, na sua ausência, 242 
pela DCI (Denominação Comum Internacional – denominação do fármaco ou princípio 243 
farmacologicamente ativo recomendada pela Organização Mundial de Saúde). A substituição do 244 
medicamento de referência pelo seu genérico é assegurada por testes de bioequivalência
9
 245 
apresentados à Anvisa, com uma diferença importante do medicamento similar, pois este não 246 
tem geralmente sua bioequivalência com o medicamento de referência comprovada. Outra 247 
condição importante para o produto ser comercializado como genérico é o preço, que quando se 248 
insere no mercado, deve ter no mínimo 35% de desconto em relação ao de referência. 249 
 250 
 
8
 Conforme será visto adiante, tanto a Anvisa quanto o INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial) são responsáveis pelo registro. 
9
 Consiste na demonstração de equivalência farmacêutica entre produtos apresentados sob a mesma forma farmacêutica, contendo idêntica 
composição qualitativa e quantitativa de princípio(s) ativo(s), e que tenham comparável biodisponibilidade, quando estudados sob um mesmo 
desenho experimental. 
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Pode surgir nesses conceitos a confusão entre remédios similares e genéricos, apesar de estar claro 251 
que um possui bioequivalência e outro não, e por isso, é lançado um exemplo para ilustrar tais 252 
diferenças. 253 
Na década de 1990, o laboratório Pfizer lançou o Viagra, remédio para combater problemas de 254 
impotência sexual no homem, o qual era um produto patenteado e garantiu o monopólio de venda da 255 
fórmula do produto por mais de 10 anos à Pfizer. Em 2010, quando a patente foi expirada, muitas 256 
empresas puderam produzir e vender medicamentos com tal fórmula, como o laboratório Bayer, que 257 
passou a comercializar a fórmula sob o nome de Levitra. Bayer estava vendendo um medicamento 258 
similar, pois possuía um nome comercial, além de não ter passado pelo teste de bioequivalência da 259 
Anvisa. O genérico do Viagra utiliza o nome do princípio ativo da fórmula, o Sildenafila, logo, não tem 260 
nome comercial, porém, possui teste de bioequivalência garantido pelo governo, o que permite a 261 
chamada intercambialidade: é garantido que os genéricos podem ser usados no lugar dos patenteados, 262 
sem prejuízo ao consumidor, pois o teste garante que os medicamentos são iguais. Ou seja, tirando o 263 
nome, o genérico Sildenafila é igual ao Viagra. Adverte-se que é equivocado pensar que genérico é 264 
melhor que similar, e vice-versa, pois na prática, são os mesmos fármacos, tanto que a Anvisa 265 
reconheceu em 2014 que certos similares podem ter o teste de bioequivalência para serem 266 
intercambiáveis a partir de 2015. 267 
Com estas informações, compreende-se o porquê que para a indústria farmacêutica, a introdução dos 268 
medicamentos genéricos no mercado brasileiro representou a possibilidade de muitos 269 
laboratórios, especialmente os nacionais, produzirem medicamentos em larga escala sem se 270 
preocupar com P&D e estratégias de marketing para lançar o produto nas prateleiras das 271 
drogarias. Os genéricos reduziram muito os custos dessas empresas, porém, reduzia também o 272 
poder de mercado (poder de decidir os preços) de vários produtos, e assim, gerava um menor preço 273 
ao consumidor final, o que criava um nicho de mercado com baixas margens de lucro. A instituição dos 274 
genéricos configura-se mais como uma política social (remédios com preços acessíveis) do que 275 
industrial, mas entende-se também que reduziu em alguma medida as barreiras de entrada ao setor. 276 
Observa-se que os genéricos não são uma novidade surgida com o Brasil, pois em 1984, os Estados 277 
Unidos haviam implantado os genéricos através do Hatch Adams Act, algo também feito pelo Canadá na 278 
mesma década com alterações na lei de patentes. 279 
 280 
 Agência Nacional de Vigilância Sanitária 281 
 282 
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), autarquia do Governo Federal, é responsável pelo 283 
registro de medicamentos, pela autorização de funcionamento dos laboratórios farmacêuticos e demais 284 
empresas da cadeia farmacêutica, além disso, regula os ensaios clínicos e, principalmente, os preços dos 285 
produtos, por meio da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED). Cabe ressaltar que a 286 
Anvisa ainda é encarregada de analisar pedidos de patentes relacionados a produtos e processos 287 
farmacêuticos, em atribuição conjunta com o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) com a 288 
finalidade de incorporar aspectos da saúde pública ao processo. 289 
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 290 
 291 
 292 
 293 
Autorizações e farmacovigilância 294 
 295 
A produção e a venda de farmacêuticos são extremamente controladas pelo Estado, pois o produto 296 
é intimamente ligado à saúde pública e, quaisquer problemas, se não forem contidos, podem ter efeitos 297 
catastróficos. Por exemplo, são imprevisíveis os danos que podem ser provocados à população, caso um 298 
antibiótico estragado seja vendido por 2 meses. Por essa e outras razões, a autoridade realiza um 299 
controle rigoroso das instalações fabris e dos estoques de medicamentos e insumos, o que envolve 300 
não somente a verificação dos estabelecimentos, mas o rastreamento dos produtos no país, sejam dos 301 
fabricados internamente ou dos importados. No entanto, é salientada que a decisão da agência regular 302 
dependerá algumas vezes do custo-benefício da regulação, ou seja, se vale a pena regular. Um caso 303 
emblemático é o dos remédios a base de chicória, que pararam de ser fiscalizados pela Anvisa, e de 304 
repente, houve a disseminação considerável de remédios falsificados, o que exigiu novamente a atuação 305 
da agência. 306 
Nenhum produto que é tratado na lei nº 6.360/76, inclusive os importados, poderá ser industrializado, 307 
exposto à venda ou entregue ao consumo antes de registrado no Ministério da Saúde. O registro do 308 
produto terá validade por 5 anos e poderá ser revalidado por períodos iguais e sucessivos, mantido o 309 
número do registro inicial. Corrobora-se que para a fabricação de cada tipo de medicamento, a Anvisa 310 
estipula regras para cada elemento e tipo de medicamento, o que envolve a taxonomia de medicamentos 311 
controlados, de notificação simplificada, de referência, dinamizados, medicamentos específicos, 312 
fitoterápicos, fracionados, genéricos, novos medicamentos e similares. Estes se encaixam na 313 
regulamentação prevista em lei, tendo sua fiscalização regrada desde sua pré-pesquisa até a 314 
comercialização (em especial, dos medicamentos controlados). 315 
A Anvisa também é responsável pela autorização e controle sanitário dos insumos farmacêuticos, 316 
mediante a realização de inspeções sanitárias e elaboração de normas, visando a qualidade na produção 317 
de medicamentos. A Anvisa implementou o cadastro dosinsumos farmacêuticos ativos para as empresas 318 
que exerçam as atividades de fabricar, importar, exportar, fracionar, armazenar, expedir, embalar e 319 
distribuir. As notificações de insumos farmacêuticos com desvios de qualidade comprovados também são 320 
avaliadas pela Anvisa. 321 
Somente será possível operar sob o crivo da agência reguladora caso seja emitido o certificado de 322 
Autorização Especial (AE) que será publicado no Diário Oficial da União. Aqueles que desenvolverem 323 
atividades com produtos sob controle especial, devem possuir tal autorização, sob o risco de multa e 324 
sanções. Os estabelecimentos sujeitos à AE são: 325 
 Indústrias de produtos farmacêuticos e veterinários; 326 
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 Fábricas de farmoquímicos; 327 
 Drogarias públicas e privadas, inclusive as que lidam artigos veterinários; 328 
 Importadoras/distribuidoras que comercializam substâncias e/ou medicamentos controlados. 329 
Além dessa autorização, é necessário outro processo burocrático para o estabelecimento conseguir 330 
extrair, fabricar, transformar, sintetizar, embalar, reembalar, importar, exportar, armazenar, expedir, e 331 
distribuir medicamentos e insumos farmacêuticos: a Autorização de Funcionamento (AFE). Da mesma 332 
forma, para o exercício de qualquer das atividades indicadas nesse artigo, as empresas dependerão de 333 
autorização específica do Ministério da Saúde e de licenciamento dos estabelecimentos pelo órgão 334 
competente da Secretaria de Saúde dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios. Nota-se que há 335 
barreiras de entrada por conta da burocracia em iniciar o comércio e/ou produção desse tipo de produto. 336 
 337 
Pesquisa e direitos de propriedade 338 
 339 
A indústria farmacêutica possui como peculiaridade o teste de seus produtos em elementos biológicos, 340 
os quais envolvem normalmente seres humanos, logo, foram criadas regras para evitar testes e 341 
experimentos que extrapolem os limites morais e éticos; no Brasil, as legislações que tratam da 342 
proteção e direitos do sujeito de pesquisa são o Documento das Américas de Boas Práticas Clínicas, a 343 
Resolução 196/1996 do Conselho Nacional de Saúde, e a Resolução RDC 39/2008 da Anvisa. O 344 
consentimento livre e esclarecido deve ser obtido de cada sujeito antes da participação na pesquisa em 345 
conformidade com exigências e cultura nacional. 346 
Como dito anteriormente, o setor farmacêutico depende de um grande volume de investimentos na área 347 
de P&D, cujos resultados desdobram-se primeiramente em patentes, e nesse aspecto, o Governo Federal 348 
fornece as bases para a inovação farmacêutica ao unir a expertise da Anvisa com a atuação INPI
10
 para 349 
que sejam resguardados os direitos de propriedade da pesquisa laboratorial. Nessa linha, foi instituída a 350 
Coordenação de Propriedade Intelectual (COOPI) da Anvisa para o atendimento do artigo 229-C da lei 351 
nº 9.279/1996, conjuntamente com a lei nº 10.196/2001. 352 
Essa legislação prevê que a concessão de patentes para produtos e processos farmacêuticos 353 
dependerá da prévia anuência da Anvisa, no entanto, adverte-se que a agência sanitária não 354 
concede a patente do medicamento, e nesse aspecto originam-se alguns dos conflitos atuais da 355 
propriedade intelectual de produtos farmacêuticos. Quando se deposita um registro de patente no INPI, é 356 
necessário que a Anvisa analise se a patente do medicamento atenda as características de novidade e 357 
inventividade, mas principalmente, se esta não representa um risco à saúde. O exame por parte desta é 358 
muito mais rigoroso por esse motivo. Dessa forma, é necessária a anuência prévia fornecida pela COOPI 359 
da Anvisa, porém, isto não é o suficiente para a concessão da patente, a qual dependerá do aval do INPI. 360 
As leis brasileiras protegem o direito de usar exclusivamente uma invenção durante 20 anos, os quais são 361 
contados a partir do momento do depósito da patente, mas para usufruir do direito de monopolizar o 362 
 
10
 Muitas vezes, são vistos diversos episódios que não mostram necessariamente uma convivência harmoniosa entre o INPI e o COOPI da 
Anvisa, mas sim, conflitos devido às diferentes atribuições e demora por conta de alguns dos orgãos. 
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comércio e produção de um medicamento, é necessário que o INPI conceda a patente, e assim, caso o 363 
INPI demore muito na concessão, o tempo de monopólio de um medicamento pode ser encurtado 364 
severamente. Por exemplo: já foi feita a anuência prévia pela Anvisa, que demorou 1 ano, mas 365 
paralelamente, o INPI demorou 11 anos para conceder uma patente, e assim, o dono da invenção 366 
somente terá direitos exclusivos sobre esta durante 9 anos. 367 
 368 
Controle de preços dos medicamentos 369 
 370 
Resultante da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos medicamentos, em que se atestou o aumento 371 
abusivo dos preços dos remédios, o controle de preços foi reintroduzido
11
 no Brasil em dezembro de 2003 372 
pela lei nº 10.742/2003, responsável pela criação da Câmara de Regulação do Mercado de 373 
Medicamentos (CMED), orgão ligado à Anvisa. Os medicamentos, incluindo aqueles com patentes 374 
expiradas, estão sob o raio de ação da regulação de preços da agência sanitária, cuja estipulação dos 375 
preços de comercialização passam pelo crivo da CMED, que ordena os diversos preços através da edição 376 
de normas. As normas envolvem medicamentos que estão protegidos pelas leis de patentes, no entanto, 377 
ao inserir um novo produto no mercado, os laboratórios possuem a liberdade de impor qualquer preço. Os 378 
genéricos, medicamentos que fazem uso de patentes expiradas e não possuem marca comercial, são um 379 
dos principais responsáveis por haver maior controle na precificação dos medicamentos, mas é importante 380 
ressaltar que medicamentos são bens, cuja demanda possui baixa sensibilidade às variações de preço, 381 
isto é, muitas vezes, o consumidor não vai considerar o preço do medicamento caso tenha necessidade 382 
deste (um paciente com câncer não vai deixar de consumir um remédio por estar muito caro). Por isso, há 383 
controle de preços. 384 
O órgão estipula a fórmula de reajuste de preços de medicamento, cuja primeira definição foi feita pela 385 
resolução da CMED n° 1/2004 (as fórmulas dos anos seguintes seguiram o padrão dessa resolução); sua 386 
expressão matemática é: 387 
 388 
VPP = IPCA – X + Y + Z 389 
 390 
 VPP = Variação Percentual do Preço do Medicamento 391 
 IPCA = Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo: o mais usual índice de inflação no 392 
Brasil. 393 
 X = produtividade do setor farmacêutico: uma estimação prospectiva da produtividade do trabalho 394 
na indústria farmacêutica, com base na inflação, PIB, taxa de câmbio, e taxa reais de juros. Supõe-se 395 
que quanto maior o índice de produtividade, maior é a competitividade das empresas em relação a tal 396 
produto (manutenção de receitas), o que não justifica um maior reajuste. Um contrabalanceamento. 397 
 
11
 Na década de 1970, já havia controle dos preços de medicamentos. 
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 Y = fator de reajuste de preços entre setores: cálculo ponderado das variações do dólar e do custo 398 
da energia elétrica sobre a estrutura de custos da indústria farmacêutica em relação ao resto da 399 
economia. Se os laboratórios experimentaram durante um período um aumento de custos maior que 400 
o resto das indústrias, esse aumento será considerado pelo fator Y. 401 
 Z = fator de reajuste de preços intra-setor: um índice que busca mensurar o nível de concorrência 402 
entre os diversos mercados de medicamentos ao considerar o peso dos genéricos no faturamento de 403 
determinadas classes terapêuticas de medicamentos. Quanto maior a participação
12
 dos genéricos 404 
em tal classe, esta usufruiu de um reajuste mais elevado, pois entende-se que os genéricos estão 405 
situados num ambiente de maior concorrência onde os lucros são naturalmente mais baixos, o que 406 
respalda a necessidade de um reajuste maior. 407 
 408 
É importante salientar que fora o IPCA, os fatores Y e Z são aqueles capazes de impulsionar maiores 409 
aumentos de preços. Suponha que haverá o reajuste de um analgésico, e caso a produção deste tenha 410 
sofrido muito com o aumento da tarifa de energia elétrica em comparação com outros setores da 411 
economia, este irá usufruir de um reajuste mais elevado devido ao fator Y. Mas por se tratar de um 412 
genérico amplamente oferecido por diversos laboratórios, o analgésico também desfruta de um maior 413 
reajuste por conta do fator Z
13
. Obviamente, o fator X é o único capaz de amenizar o reajuste do 414 
analgésico, caso seja projetado que a produção deste se mostre eficiente nos próximos 12 meses. O 415 
ajuste de preços de medicamentos é baseado em um modelo de teto de preços calculado com base em tal 416 
índice, e abrange em geral o período de março a fevereiro. 417 
Ano a ano, o dia 1º de abril inicia-se com o valor do reajuste dos medicamentos no Brasil. 418 
 419 
5. Histórico: reajustes dos medicamentos autorizados pela ANVISA 420 
 421 
Ano Reajuste Inflação 
2009 3,98% a 5,9% 4,31% 
2010 4,45% e 4,83% 5,91% 
2011 3,54% a 6,01% 6,50% 
2012 2,80% a 5,85% 5,84% 
2013 2,70% a 6,31% 5,91% 
2014 1,02% a 5,68% 6,41% 
2015 5,00% a 7,70% 10,67% 
2016 12,50% 6,29% 
2017 1,36% a 4,76% 2,95% 
2018 2,09% a 2,84% 3,68% 
 
12
 Em 2015, houve mudança na mensuração do fator Z que passou a ser balizado por um índice de concentração de mercado (Herfindahl-
Hirschman – IHH). As informações para a construção desse índice são fornecidas pelo Sistema de Acompanhamento do Mercado de 
Medicamentos (SAMMED), o qual foi gerado 3 níveis de concentração: I - baixa concentração (predominância de genéricos), 24,45% de IHH, 
II - média concentração, 25,37% de IHH, e III - alta concentração (categoria em que povoa medicamentos patenteados, 50,18% de IHH). 
13
 De acordo com a metodologia de 2015, caso a concentração de mercado seja baixa para esse analgésico, o valor do fator Z será de 2,70%. 
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2019 4,33% 4,23% 
 Fonte: ANVISA, IBGE 422 
 423 
 424 
 425 
 426 
 427 
 428 
 Fomento e financimento ao setor 429 
 430 
O Governo Federal fornece um importante suporte financeiro às companhias farmacêuticas, 431 
especialmente para aquelas que querem se dedicar a inovar e agregar mais valor aos produtos fabricados 432 
em território nacional, e para isso, basicamente há dois instrumentos: a Lei do Bem e o BNDES. 433 
A lei nº 11.196/2005, batizada de Lei do Bem, versa sobre incentivos à inovação tecnológica, as quais 434 
são basicamente deduções de tributos federais a empresas que realizem determinadas atividades 435 
relacionadas P&D, e isso é extremamente favorável para um setor que necessita realizar gastos em P&D 436 
para manter-se dinâmico. Os benefícios fiscais são: 437 
 Dedução de 20,4% até 34% no IRPJ (Imposto de Renda de Pessoa Jurídica) e CSLL 438 
(Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) dos dispêndios com P&D. 439 
 Redução de 50% no IPI na compra de máquinas e equipamentos destinados à P&D. 440 
 Depreciação e amortização acelerada desses bens. 441 
É interessante mencionar que outra lei, a nº 10.973/2004 (Lei da Inovação), auxilia também os fabricantes 442 
de medicamentos ao celebrar mecanismos de cooperação e estímulo à inovação que facilitam acordos 443 
envolvendo direitos de propriedade intelectual. Isto é particularmente útil ao observar que muitas 444 
empresas buscam fazer parcerias com laboratórios públicos
14
. 445 
O BNDES supre o funding essencial para investimentos com horizontes muito longos, algo 446 
inerente às pesquisas mantidas pelas companhias farmacêuticas. O banco público fomenta o P&D e 447 
produção do setor por meio das linhas de crédito subsidiadas do BNDES Profarma (Programa de Apoio 448 
ao Desenvolvimento da Cadeia Produtiva Farmacêutica); cabe destacar que os financimentos também 449 
nutrem interesse pela biotecnologia, uma área que também possui suporte para pesquisas pelo FINEP 450 
(Financiadora de Projetos e Estudos), que administra o fundo CT Biotecnologia. 451 
Os anos que apresentaram maiores empréstimos pelo BNDES (2008, 2010 e 2011) foram aqueles em que 452 
se realizaram maiores volumes de compras de medicamentos por parte do Governo Federal (as compras 453 
aumentaram em mais de 100%), que junto com as exigências de conteúdo nacional, incentivou as 454 
companhias farmacêuticas a contraírem empréstimos com o BNDES para financiar a modernização e 455 
expansão das instalações fabris. 456 
 
14
 Estes laboratórios adquirem certas capacidades técnicas capazes de facilitar o processo de criação e aprendizados de novos remédios por 
meios de contratos offsets: os governos podem condicionar as compras de medicamentos para o SUS (Sistema Único de Saúde) a cláusulas 
de tranferência de tecnologia, cujos receptadores serão os laboratórios públicos que terão acesso às fórmulas. 
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 459 
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6. Desembolsos acumulados em 12 meses do BNDES para a indústria farmacêutica – 461 
mar/2005-dez/2018 462 
 463 
 464 
 465 
 466 
 467 
 468 
 469 
 470 
 471 
 472 
 473 
 474 
 475 
 476 
 477 
 478 
 479 
 480 
 481 
 482 
 483 
 484 
Fonte: BNDES. 485 
 486 
 487 
 488 
 489 
 Características da Oferta 490 
 491 
Conforme já salientado, a indústria farmacêutica é altamente envolvida com P&D, onde seu 492 
sucesso/fracasso está diretamente ligado à sua capacidade de gerar inovações, no entanto, é 493 
preciso compreender que o processo de inovação de um novo medicamento é bastante complexo
15
, 494 
demandando um longo período de tempo e enormes investimentos. Quando um laboratório não se 495 
envolve com inovação, ficará confinado à produção e comercialização de produtos com fórmulas de 496 
 
15
Para que um novo fármaco seja comercializado, é necessária uma longa trajetória que envolve a síntese e a extração de moléculas, triagem 
biológica, testes farmacológicos, toxicológicos, testes de segurança, formulação de dosagem, estudos de estabilidade, biodisponibilidade, 
avaliações clínicas, desenvolvimento de processos industriais e de controle de qualidade. Dentre 5.000 a 10.000 moléculas analisadas, apenas 
uma se transforma em um medicamento aprovado. Todo esse processo de desenvolvimento de um novo medicamento pode levar entre 12 e 15 
anos, segundo estudo realizadoem 2001 pelo Tufts Center for Study of Drug Development, da Tufts University (Boston). 
0
200
400
600
800
1.000
1.200
1.400
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Aspectos Econômicos da Indústria Farmacêutica 
 
 RELATÓRIO SETORIAL 
INDÚSTRIA FARMACÊUTICA- Atualização: Maio/2019 
 
 
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conhecimento público o que eleva a competição, e consequentemente, conduz a baixas margens de lucro, 497 
pois facilmente inserem-se novos concorrentes (qualquer um copia a fórmula), ainda mais quando se 498 
releva a participação dos genéricos nesse ambiente de concorrência. As inovações, traduzidas em 499 
medicamentos patenteados, conferem poder de monopólio ao seu portador que irá impor o preço 500 
mais conveniente, e assim, há maiores margens de lucro. Para se ter uma ideia desse impacto das 501 
patentes na rentabilidade dos laboratórios, quando a vigência da proteção intelectual da fórmula de uma 502 
droga vence, as vendas dessa droga perdem cerca de 70% de valor. 503 
A indústria farmacêutica brasileira tem crescido e se modificado nos últimos anos, especialmente quando 504 
se considera os incentivos lançados pelo Governo Federal para essa indústria, desde as compras do 505 
SUS
16
 (Sistema Único de Saúde) até a crescente oferta de créditos subsidiados pelo BNDES, no entanto, 506 
nota-se que apesar do desempenho ter se mostrado favorável para produtos finais, como medicamentos, 507 
os insumos têm assumido uma posição secundária no Brasil. 508 
 509 
7. Composição da produção na indústria farmacêutica – 2018* 510 
 511 
 512 
 513 
 514 
 515 
 516 
 517 
 518 
 519 
 520 
 521 
 522 
 523 
 524 
 525 
 526 
 527 
 528 
 529 
Fonte: IBGE. 530 
Nota: *Estimado pela Lafis. 531 
 532 
Nota-se que o Brasil possui uma dependência extraordinária de insumos de farmacêuticos, o que 533 
leva a deduzir que a estrutura produtiva do país somente restringe-se a importar os insumos (dipirona, 534 
amoxicilina, heparinas, insulina) para confeccionar o produto final, o que envolve desde a compra de 535 
embalagens e investimento em marketing. Porém, afirma-se que o Governo Federal tem se empenhado a 536 
contornar essa dependência ao estimular várias iniciativas na produção de farmoquímicos e adjuvantes, o 537 
que não raro, tem contado com o protagonismo de vários laboratórios públicos, como a Hemobrás, 538 
companhia especializada na produção de derivados sintéticos de sangue. 539 
 
16
 Para maiores informações sobre o SUS, confira o Relatório Setorial de “Sistemas de Saúde Pùblico e Privado”. 
Farmoquímicos
1%
Produtos farmacêuticos
99%
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INDÚSTRIA FARMACÊUTICA- Atualização: Maio/2019 
 
 
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Outro aspecto sobre o parque industrial de medicamentos no Brasil é que grande parte se localizam nos 540 
estados do sudeste, tanto que representam mais de 60% dos laboratórios do país. Porém, observa-541 
se que há uma desconcentração regional porque muitas companhias têm buscado outros espaços para 542 
suas instalações, como a Hypermarcas, que formou um pólo de produção de medicamentos em Anápolis 543 
(GO). 544 
 545 
 546 
8. Segmentação dos fabricantes de produtos farmacêuticos por estados – 2018* 547 
 548 
 549 
 550 
 551 
 552 
 553 
 554 
 555 
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 569 
 570 
 571 
 572 
 573 
 574 
 575 
Por lidar com um bem transacionável, e por isso, suscetível a concorrentes externos, principalmente por 576 
meio de importações, os fabricantes de remédios guardam uma preocupação com a estrutura de custos e 577 
despesas, principalmente no tocante à mão de obra, cuja folha de pagamento de empregados 578 
extremamente qualificados, como químicos e engenheiros, responde por cerca de 22% da receita líquida 579 
das empresas. 580 
9. Composição dos custo e despesas da indústria farmacêutica – 2016* 581 
 582 
 583 
 584 
 585 
 586 
 587 
 588 
São Paulo
41%
Minas Gerais
13%
Rio de Janeiro
11%
Paraná
10%
Rio Grande do Sul
8%
Goiás
8%
Santa Catarina
4%
Pernambuco
3%
Bahia
2%
Matérias-primas, 
materiais auxiliares 
e componentes
33%
Gastos de pessoal
22%
Despesas 
operacionais
16%
Mercadorias 
adquiridas para 
revenda
11%
Depreciação
9%
Despesas com 
vendas, inclusive 
comissões
2%
Despesas não-
operacionais
2%
Serviços industriais 
prestados por 
terceiros e de 
manutenção
2%
Impostos e taxas
1%
Outros
2%
Fonte: IBGE. 
Nota: * Estimado pela Lafis a partir dos anúnicos de investimentos mapeados 
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 596 
 597 
Mas fora o custo da mão de obra, a indústria farmacêutica também precisa atentar-se para a compra de 598 
matérias-primas, que grande parte é importada, e isso destaca a importância da taxa de câmbio para 599 
o desempenho do setor. Uma desvalorização pode reforçar um melhor desempenho exportador para os 600 
remédios brasileiros, mas ao mesmo tempo pode afetar as importações de insumos. Afirma-se que a 601 
cotação do dólar possui um papel estratégico dentro da fabricação de produtos farmacêuticos. 602 
No entanto, a forte dependência de farmoquímicos e adjuvantes importados está condicionada à 603 
existência destes no país, e assim, as companhias muitas vezes estão mais sujeitas a tal dependência, e 604 
consequentemente, às oscilações cambiais, devido à simples circunstância de não encontrarem 605 
fornecedores internos. Abaixo é demonstrado o reflexo dessa significativa dependência: o aumento da 606 
produção necessita em maior magnitude a importação de insumos. 607 
 608 
10. Impacto da fabricação de medicamentos na demanda por insumos farmacêuticos 609 
importados 610 
 611 
 612 
 613 
 614 
 615 
 616 
 617 
 618 
 619 
 620 
 621 
 622 
Fonte: estimativa da Lafis com base nas informações do MDIC e IBGE. 623 
 624 
Essa inevitável dependência externa por insumos é constatada pela baixa influência que a cotação do 625 
dólar possui com a importação desses itens, ou seja, mesmo que o câmbio se eleve, os fabricantes 626 
nacionais de medicamentos não tem como optar por um fornecedor nacional. Outro aspecto do 627 
-40%
-30%
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Produção de produtos farmacêuticos
Um aumento de 1% na produção de medicamentos, demanda um aumento de 1,07% das importações de 
insumos farmacêut icos 
Fonte: IBGE. 
Nota: *últimos dados disponíveis. 
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impacto do câmbio na estrutura produtiva dessa indústria decorre do fato desta possuir preços controlados 628 
(os reajustes de preços comandados pelo Estadoocorrem a cada 12 meses), ou seja, não é simples 629 
reajustar o preço dos produtos por conta do aumento do dólar, o que contrai temporariamente as margens 630 
de lucro dos fabricantes. 631 
Por fim, acrescenta-se que os investimentos no setor não são muito sensíveis às oscilações das 632 
taxas de juros, em especial da SELIC, devido ao fato dos fabricantes terem acesso a farto crédito 633 
subsidiado do BNDES para financiar os investimentos. 634 
 Barreiras de Entrada 635 
 636 
Afirma-se que a indústria farmacêutica brasileira é difusa ao considerar a quantidade enorme de 637 
laboratórios que concorrem entre si pelos diversos nichos de mercados. A título de ilustração, 638 
aproximadamente 40% do mercado brasileiro é controlado por 9 empresas, o que demonstra um ambiente 639 
concorrencial. No entanto, adverte-se que se pode constatar um distinto ambiente concorrencial ao 640 
considerar o market share das classes terapêuticas (antibióticos, analgésicos, vacinas), isto é, um nicho 641 
de mercado talvez possa apresentar uma situação de monopólio, já que somente uma companhia 642 
comercializa uma descoberta protegida pelas leis de patente. 643 
Quanto à penetração de medicamentos importados no Brasil, observa-se que a concorrência que os 644 
fabricantes nacionais enfrentam refere-se a tradicionais players do setor que são a Alemanha e os 645 
Estados Unidos, além de outros países, cuja participação no mercado mundial também é expressiva, 646 
como a Suíça (possui empresas como a Roche) e França (sede da companhia Sanofi). 647 
 648 
11. Composição das importações brasileiras de medicamentos – 2018 649 
 650 
 651 
 652 
 653 
 654 
 655 
 656 
 657 
 658 
 659 
 660 
 661 
 662 
Fonte: MDIC. 663 
Europa 
65.3% 
 
0.0% 
América do Norte 
16.9% Ásia (sem Oriente 
Médio) 
8.9% 
América Central e 
Caribe 
4.3% 
América do Sul 
2.0% 
Mercosul 
1.9% 
ASEAN 
0.4% 
África 
0.2% 
Oceania 
0.1% 
Oriente Médio 
0.1% 
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Notas: os bens envolvem medicamentos (incluindo os hormonais) e biomedicamentos (sangue, insulina, anti-soros, vacinas). 664 
 665 
 666 
 667 
 668 
 669 
 670 
 Características da Demanda 671 
 672 
Naturalmente, a demanda por medicamentos é pouco sensível às oscilações da renda por não se tratar 673 
de um bem supérfluo, ou seja, quaisquer impactos no aumento de salários e no emprego dificilmente 674 
afetam o consumo de produtos farmacêuticos, o que conduz a outra característica desse 675 
produto: a demanda por remédios é relativamente insensível aos preços. Por ser um bem de grande 676 
necessidade, já que lida com a saúde e a vida das pessoas, o consumidor não vai realizar tão facilmente 677 
o rito de pesquisa de preços e avaliar qual melhor custo-benefício, tal como é feito com um smartphone; 678 
o que o médico prescrever, ele irá buscar comprar o mais rápido possível. 679 
Uma ressalva importante quanto à relação da renda e a demanda por medicamentos é que muitas 680 
vezes, relaciona-se tal demanda com medidas de crescimento econômico (PIB per capita), mas é 681 
importante considerar que não é o crescimento econômico que eleva o consumo, mas a melhora 682 
das condições de vida decorrentes do crescimento econômico que impulsionam o consumo de 683 
medicamentos. Mesmo assim, isto irá depender do arranjo institucional da nação, isto é, como se 684 
organiza os tratamentos e as patologias do sistema nacional de saúde. 685 
A demanda de medicamentos mais cobiçada pelas companhias, a qual estimula especialmente os 686 
investimentos em P&D, está ligada a condições médicas crônicas (hipertensão, úlcera, diabetes, câncer) 687 
que exigem o uso contínuo de tais drogas. Tanto que as fabricantes de medicamentos chamam certas 688 
drogas de blockbusters, por estas tratarem dessas condições médicas e serem patenteadas, o que 689 
garante o sucesso comercial do medicamento entre o público, e consequemente, impulsiona 690 
significativamente as receitas das empresas. O Lipitore e o Plavix foram exemplos de blockbusters 691 
destinados a tratamentos cardíacos. Destaca-se que as tendências para o setor é investir em 692 
medicamentos que visam lidar com condições ligadas a inflamação, depressão, Alzheimer e oncologia 693 
(tumores e câncer), pois ainda não há eficácia completa no tratamento desses quadros clínicos. 694 
Os laboratórios escoam parte importante da produção através dos varejistas, que é preconizada 695 
pelas tradicionais drogarias (ou farmácias), e tais varejistas (Profarma, Brazil Pharma, Panvel, Droga 696 
Raia) são responsáveis em média por 38% do preço final que alcança o consumidor. O comércio de 697 
genéricos tende a acentuar a participação dos atacadistas na precificação dos medicamentos, com 698 
40% do preço final, enquanto produtos de marca, junto com aqueles da “lista positiva”, reduzem a 699 
influência desses distribuidores (34%). Outros importantes clientes para os laboratórios são os 700 
hospitais e clínicas privadas, cujas compras de medicamentos são relevantes, especialmente os 701 
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produtos de maior valor agregado destinados a tratamentos de alta complexidade (câncer, cirurgias 702 
cardíacas). 703 
Mas além desses compradores de produtos farmacêuticos, há outras fontes de demanda como o SUS, 704 
cujas compras federais respondem aproximadamente por 10% das vendas realizadas pela indústria. 705 
O setor público compra muito dos remédios mais caros e complexos, os quais são adquiridos para 706 
atender necessidades médicas que exigem medicamentos de difícil acesso, e assim, muitos cidadãos 707 
reclamam nos tribunais para que o sistema público de saúde cubra tais necessidades. Por causa do 708 
dever do Estado brasileiro de prover saúde a todos, o SUS adquire (até mesmo através de importações) 709 
recorrentemente medicamentos para atender as decisões judiciais amparadas nesse direito social. 710 
Dentro do SUS, há também iniciativas que buscam facilitar o acesso da população a produtos 711 
farmacêuticos, e com esse intuito, é mantido o programa “Aqui tem Farmácia Popular
17
”, que oferece 712 
remédios gratuitos para condições de alta complexidade (diabetes e hipertensão), e participam cerca de 713 
2,5% das vendas das farmácias e drogarias. 714 
A sazonalidade das vendas de remédios remete ao pico de compras de medicamentos no mês de 715 
março, pois devido aos reajustes periódicos dos preços de medicamentos pelo CMED, os hospitais, 716 
administradores dos postos de saúde e drogarias buscam comprar a maior quantidade possível de 717 
medicamentos antes que seja efetuado um novo reajuste de preços em abril. Por fim, menciona-se 718 
que o crédito não é um elemento presente no consumo de produtos farmacêuticos, exceto pelas 719 
drogarias que muitas vezes necessitam de capital de giro para compor os estoques de seus 720 
estabelecimentos, por isso, afirma-se que a taxa de juros (no caso a Selic, a qual baliza a maioria das 721 
operações bancárias e financeiras) pode afetar o setor pelo lado do varejo, o qual detém uma importante 722 
parte da demanda. 723 
 724 
725 
 
17
 O Governo Federal criou o Programa Farmácia Popular do Brasil para ampliar o acesso aos medicamentos para as doenças mais comuns 
entre os cidadãos. O programa possui uma rede própria de estabelecimentos, e realiza parceria com farmácias e drogarias da rede privada, 
as quais usam a chamada "Aqui tem Farmácia Popular".RELATÓRIO SETORIAL 
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27 
 
DESTAQUES DO SETOR 726 
Últimas Fusões e Aquisições| Maiores Investimentos| Maiores Empresas do Setor 727 
 728 
 729 
Últimas Fusões e Aquisições 730 
 731 
 732 
733 
Ano 
Empresas 
Compradora/Parceira 
Valor 
(R$ milhões) 
Descrição 
Fev/19 Cimed 
- 
 
Uma das maiores farmacêuticas brasileiras em unidades vendidas, a 
Cimed comprou uma fábrica que pertenceu à fabricante de lonas 
Locomotiva, em Minas Gerais, e elevou os investimentos para 
expandir a produção nos próximos anos. 
Fev/19 
Nacional Comercial 
Hospitalar - NCH 
Commed 
- 
Nacional Comercial Hospitalar - NCH adquire Commed e Medical 
Alliance - distribuidoras de produtos médico-hospitalares 
Nov/18 
Cristália e Eurofarma/ 
 Supera RX 
- 
 
Cristália e Eurofarma adquirem participação da MSD na joint venture 
Supera RX 
Set/18 
Elfa Medicamentos/ 
Dupatri Hospitalar 
- 
Cade aprova a aquisição pela Elfa Medicamentos do controle da 
Dupatri Hospitalar. 
Jun/18 
União Química/ 
Elanco 
- União Química compra fábrica da Elanco nos Estados Unidos. 
Mai/18 
Biolab / 
Actavis Brasil 
- 
A Biolab fechou o contrato de aquisição da Actavis Brasil, 
pertencente ao Grupo Teva. O laboratório farmacêutico atua na 
fabricação, importação e distribuição de medicamentos. 
 RELATÓRIO SETORIAL 
INDÚSTRIA FARMACÊUTICA- Atualização: Maio/2019 
 
 
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28 
 
 734 
Últimos Anúncios de Investimentos no Setor 735 
 736 
Data Empresa UF Descrição 
 Ano de 
Conclusão 
Valor 
(R$ mi.) 
Abr/19 Kley Hertz RS 
A indústria farmacêutica Kley Hertz investirá R$ 100 milhões na duplicação 
de sua fábrica, localizada em Porto Alegre (RS). 
2020 100,00 
Mar/19 Hipolabor MG 
Montes Claros irá receber uma segunda planta do Grupo Hipolabor, da 
indústria Sanval para a produção de comprimidos e cápsulas. 
2019 70,00 
Fev/19 Grupo Cimed MG 
O Grupo Cimed implementará uma nova fábrica de medicamentos sólidos 
em Pouso Alegre (MG). 
2021 20,00 
Jan/19 Amgen SP 
A Amgen, biofarmacêutica focada em doenças de difícil tratamento, acaba 
de anunciar um investimento de quase R$ 50 milhões até 2021 focada na 
produção de genéricos e similares, com o lançamento de novos 
medicamentos, pesquisa e desenvolvimento e o aumento da capacidade 
produtiva da fábrica. 
2021 50,00 
Dez/18 
Estado do 
Paraná 
PR 
Unidade produzirá seis medicamentos biológicos, para o tratamento de 
câncer e de doenças autoimunes, que serão ofertados à população pelo 
SUS. Recursos foram confirmados pela governadora Cida Borghetti. 
2020 37,00 
Set/18 Novartis SP 
Farmacêutica Novartis investirá R$ 1 bilhão nos próximos cinco anos. Os 
recursos serão usados em estudos nas áreas de oncologia, neurologia e 
biossimilares, entre outras. 
2024 1000,00 
Set/18 EMS - 
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) 
anunciou nesta a aprovação de empréstimos de R$ 34,9 milhões para a 
EMS. 
2019 34,90 
Set/18 
Nortec 
Química 
SP, RJ 
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) 
anunciou a aprovação de empréstimos de R$ 26,3 milhões. 
2019 26,30 
Ago/18 Kley Hertz RS 
A farmacêutica Kley Hertz vai duplicar a fábrica de Porto Alegre. Ao todo, o 
investimento previsto é de R$ 60 milhões. 
2019 60,00 
Jul/18 Oncopharma GO 
Para Anápolis é esperado investimentos de R$189 milhões com a abertura 
da indústria farmacêutica Oncopharma. 
2019 189,00 
Jul/18 
Grupo 
Foianesi 
GO 
O Grupo Foianesi investirá R$ 212 milhões na implantação de empresas 
em Anápolis (GO). 
2019 212,00 
Jun/18 Octapharma PR 
A suíça Octapharma investirá U$ 250 milhões em nova unidade produtiva 
em Maringá (PR) que produzirá derivados do sangue – os chamados 
hemoderivados 
2019 965,60 
Mai/18 Geolab GO 
A Geolab Indústria Farmacêutica investirá R$ 290 milhões nos próximos 
cinco anos na ampliação da unidade e no desenvolvimento de novos 
produtos. O plano de investimento da empresa, sediada em Anápolis, 
prevê a construção de uma nova planta fabril. 
2023 290,00 
Mai/18 
Aché 
Laboratórios 
PE 
O Laboratório Aché construirá uma fábrica de medicamentos no Complexo 
de Suape, Pernambuco. A previsão é de que a fábrica atinja plena 
operação em 2021. 
2021 500,00 
Fonte: Imprensa 737 
738 
 RELATÓRIO SETORIAL 
INDÚSTRIA FARMACÊUTICA- Atualização: Maio/2019 
 
 
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Maiores Empresas no Setor
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12. Situação financeira das companhias farmacêuticas situadas no Brasil – 2017 742 
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Fonte: Exame. 773 
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Para informações mais completas sobre estas empresas, consultar nossos Perfis Corporativos. 
Empresa 
Origem do 
Capital 
Vendas Líquidas 
(R$ milhões) 
Lucro Líquido 
(R$ milhões) 
Patrimônio Líquido 
(US$ milhões) 
Hypera pharma Brasileiro 3.818,4 271,7 2.369,1 
Roche Suíço 3.514,1 117,6 581,7 
EMS Brasileiro 3.340,7 90,1 262,7 
Novartis Suíço 3.031,5 77,7 150,5 
Sanofi-Aventis Francês 2.873,7 34,1 437,7 
Eurofarma Brasileiro 2.594,5 107,0 566,1 
Aché Brasileiro 2.246,8 166,6 462,7 
Cristália Brasileiro 1.700,0 150,1 709,3 
Zoeti Americano 1.212,7 -4,6 224,3 
Biosintética Brasileiro 868,0 57,8 149,0 
Medley Francês 851,1 229,0 611,4 
Prati-Donaduzzi Brasileiro 797,9 14,0 53,4 
Blau Brasileiro 613,3 31,1 42,4 
 RELATÓRIO SETORIAL 
INDÚSTRIA FARMACÊUTICA- Atualização: Maio/2019 
 
 
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 ATUAÇÃO: A Hypera é a maior empresa farmacêutica do Brasil e se organiza 
em três grandes unidades de negócios, líderes nos mercados em que estão 
presentes: Produtos de Prescrição, Consumer Health e Similares e Genéricos. 
 
 Nº DE FUNCIONÁRIOS: 2.266. 
 
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Hypera pharma 786 
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Destaques na Mídia 797 
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Hypera Pharma se fortalecerá em prescrições e MIPs em 2019 
25/02/2019 
A Hypera Pharma anunciou os resultados referentes ao ano de 2018. A margem EBITDA de 
35,4% no ano passado, com alta de 0,2 ponto percentual em relação ao período anterior; o fluxo 
de caixa operacional recorde de R$ 1.066,5 milhões; o crescimento de 17,1% no lucro líquido, 
que atingiu R$ 1.129,6; o lançamento de 70 novos produtos em 2018, sendo 36 no quarto 
trimestre do ano passado; e o Índice de Inovação de 31% no neste intervalo. 
O desempenho em Similares e Genéricos foi impulsionado pelo crescimento do mercado e, 
sobretudo, pelas iniciativas da Companhia para aumento da capacidade de produção ao longo 
do ano. 
Já em Produtos de Prescrição, o crescimento foi beneficiado pelos lançamentos recentes, tais 
como Colflex e Ofolato, mas também foi impactado pelo aumento da competição no mercado de 
Vitamina D ao longo do ano, no qual a Hypera Pharma é líder absoluta de mercado. 
Fonte: Guia da farmácia. 
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 800 
Últimos Investimentos (2018 - 2019) 801 
 802 
Mês/Ano Descrição 
Dez/2018 
A Hypera Pharma informou que os aportes previstos para 2019 elevarão 
em 27% a capacidade desse tipo de produto

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