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A DESIGUALDADE RACIAL NO MERCADO DE TRABALHO

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TEMA: A DESIGUALDADE RACIAL NO MERCADO DE TRABALHO.
A Lei Áurea assinada pela Princesa Isabel a 132 anos atrás trouxe a abolição da escravidão, depois não houve medidas para inserir a população negra na sociedade. Não houve, por exemplo, nenhuma ação para viabilizar o acesso à terra e à moradia e os negros tinham que disputar o mercado de trabalho com os brancos e imigrantes. Mais de 1 século se passou e ainda podemos observar resquícios dessas ações, atualmente os impactos continuam presentes na sociedade brasileira.
A Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio), mostra que 64,3% entre os 12,8 milhões de desempregados são pretos ou pardos. Isso equivale a 8,2 milhões de brasileiros — dois em cada três desempregados do país. No terceiro trimestre de 2019 a taxa de desemprego aumentou somente entre os negros, de 14,5% para 14,9%, enquanto para pardos a taxa caiu de 14% para 13,6% e brancos de 9,5% para 9,2%.
A desigualdade começa desde a educação, no ensino fundamental as crianças negras por vários fatores não concluem a etapa na idade certa. No ensino médio o jovem negro sai da escola para entrar no mercado de trabalho mais cedo, por conta disso o analfabetismo entre negros no Brasil é duas vezes maior do que entre brancos. Os poucos negros que conseguem se formar nas faculdades geralmente através de cotas, quando vão ingressar no mercado de trabalho eles não estão preparados para recebê-los, muitas empresas não os veem a altura para cargos (principalmente cargos executivos), mesmo estando qualificados, por conta do racismo institucional que se conceitua como qualquer sistema de desigualdade que se baseia em raça. O racismo institucional acontece em todas as áreas principalmente na busca por oportunidades de emprego, essa desigualdade racial também gera diferença salarial de 31% entre negros e brancos. Em ambientes de trabalho geralmente os cargos de gerência são ocupados por brancos. Ex: se 60% dos serventes de obra são negros, 52% dos mestres de obra são brancos. Enquanto três quartos dos operadores de telemarketing são negros, 53% dos supervisores são brancos. Os negros também têm dificuldade de ocupar cargos de maior exposição, ou seja, a discriminação pela imagem, na qual a pele escura e os cabelos crespos são alvo de preconceito e os deixam de fora de diversas oportunidades de trabalho. 
Não se pode remediar medidas que devem ser executadas a fim de minimizar este problema. No quesito empregabilidade têm surgido ONGs, com consultorias de Recursos Humanos focada na Diversidade Étnico-Racial. Atuando de forma para valorização da diversidade, inclusão, e ascensão do profissional negro e afrodescendente. A briga não é entre pessoas brancas e negras, e sim por passado e futuro, é fazer com que anos de sofrimento não prejudiquem o futuro dos novos jovens negros em seus sonhos profissionais. 
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