A Química dos Perfumes

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FAM 
CENTRO UNIVERSITARIO FAM 
CURSO DE QUÍMICA 
 
 
 
 
 
 
PERFUMES 
 
 
 
 
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SÃO PAULO 2019 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1.RESUMO 
 
Há milhares de anos a perfumaria existe, hoje considerada uma ciência, porém durante os 
períodos em que foi usada demonstrou conotação diferentes. 
Neste estudo trazemos uma revisão sobre o assunto, abordando sua história e as 
transformações durante o tempo, mudando do natural para a mistura sintética, decorrendo entre 
sua estrutura e métodos de preparação e inovação sobre perfumes diminuindo o desgaste do 
meio ambiente e deixando cessível em valores. 
Palavras chaves: perfumes, ciência, transformação e fragrâncias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SUMÁRIO 
 
1.RESUMO ................................................................................................................................... 2 
3. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 4 
4. OBJETIVO ............................................................................................................................... 5 
5. JUSTIFICATIVA DA PROBLEMÁTICA ............................................................................. 6 
5.1 Química dos Perfumes ...................................................................................................... 6 
6.REVISÃO DA LITERATURA ................................................................................................. 8 
6.1 História do Perfume ........................................................................................................... 8 
6.2 A estrutura de uma fragrância ...................................................................................... 11 
6.3 Natural x Sintético. ........................................................................................................... 12 
6.4 Perfumaria Moderna ........................................................................................................ 12 
6.5 Sintético mais ético e sustentável que o Natural .................................................... 13 
7. MATERIAIS E MÉTODOS. ................................................................................................. 14 
8. RESULTADOS ...................................................................................................................... 15 
9. DISCUSSÕES ....................................................................................................................... 15 
10. CONCLUSÃO ..................................................................................................................... 16 
11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................... 17 
12. APÊNDICE .......................................................................................................................... 18 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3. INTRODUÇÃO 
 
A Química como em toda ciência está em continuo processo de desenvolvimento e 
aprimoramento, neste estudo foi abordado temas que trazem a história do perfume e sua 
evolução durante milhares de anos, como ele era produzido e como se faz hoje, a necessidade 
de transformação do natural para o sintético e os ganhos que essa mudança trouxe. 
A palavra perfume deriva do latim “per fumum” que significa através da fumaça, devido a ser 
usado primordialmente nos rituais religiosos através da fumaça das queimas das ervas, que 
liberavam aromas agradáveis, sua história é muito antiga e remonta há três mil anos atrás , com 
a civilização dos egípcios, além dos propósito de agradar os deuses eles também usavam com 
a finalidade estética, onde existia um papel de hierarquia social. Com o passar dos anos muitas 
outras civilizações começaram a fazer uso de perfumes no seu dia a dia. No tempo depois de 
Cristo os perfumes além de ser desenvolvidos passaram a ter suas fórmulas transcritas 
abordando uma forma ainda mais estética. No século XX eles apresentam uma unificação com 
o mundo da moda. 
Desde então a perfumaria se desenvolveu muito pois o olfato ,é um dos sentidos que mais produz 
efeitos psicológicos no nosso organismo, ou seja uma fragrância não é apenas aquele odor 
agradável (ou não) que sentimos e sim uma mistura de complexos naturais e sintéticos que 
podem provocar uma reação psicológica, durante o estudo vamos vendo o desenvolvimento de 
novas tecnologias de liberação modificadas de substancias que podem realçar características 
da fragrância com a chegada de formulas químicas e isso é explorado por inúmeras empresas 
de cosméticos para aperfeiçoar a apresentação de seus produtos. Atualmente existem várias 
técnicas para melhorar e prolongar a fragrância de um perfume, sempre preocupados em não 
deteriorar o meio ambiente desenvolvendo um processo ecologicamente sustentável. 
Segundo a Associação Brasileira da Industria de Higiene Pessoa, Perfumaria e Cosmético 
ABIHPEC os perfumes já são 15% na composição do faturamento das empresas do ramo e isso 
representa o segundo lugar na venda do país. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4. OBJETIVO 
 
Este estudo tem como finalidade analisar a evolução do perfume durante o decorrer de milhares 
de anos mostrando sua transformação com a passagem do natural para as fórmulas sintéticas. 
Realizando uma visão de aprimoramento e a conservação do meio ambiente. Abordamos os 
fatores necessários para a evolução tecnológica com o uso da ciência, trazendo fórmulas 
químicas que facilitam e deixam os custos mais acessíveis a toda população. 
Mostramos a evolução durante os séculos e a importância do uso do sintético, passando por 
algumas técnicas para extração do óleo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5. JUSTIFICATIVA DA PROBLEMÁTICA 
5.1 Química dos Perfumes 
Os perfumes são formados principalmente por uma fragrância (que é a essência ou óleo 
essencial), por etanol que atua como solvente, e por um fixador. 
Eles são misturas complexas de compostos orgânicos, sendo que essas misturas são chamadas 
de fragrâncias, que são essenciais que promovem um odor agradável, inicialmente tais 
fragrâncias eram provenientes principalmente de óleos essenciais extraídos de flores, plantas, 
troncos, raízes e de animais selvagens, o que levou alguns destes a quase serem extintos. Para 
se ter uma ideia, no ano de 1900, 50mil veados-almiscareiros, animais que habitam a Ásia 
Central, morreram para que fossem extraídos deles 1400 kg de óleo de almíscar, uma secreção 
de cor marrom e odor pungente que é excretada por uma glândula localizada no ventre do animal, 
sendo muito usada em perfumaria. 
Felizmente, o avanço da Química propiciou que os cientistas conseguissem identificar com 
precisão os componentes de tais essências e, com isso, hoje são sintetizadas em laboratório 
fragrâncias artificiais, que conseguem imitar as fragrâncias naturais e, assim, poupar os animais. 
As flores e plantas também são poupadas, por exemplo, são necessários oito milhões de flores 
para se conseguir 1kg de óleo essencial de jasmim. Além disso, o desenvolvimento de fragrância 
sintéticas traz benefício econômico para os produtores e consumidores de perfumes, pois como 
mostra o caso do óleo de jasmim, quando ele é natural, seu preço chega a cinco mil reais, já o 
sintético chega a custar apenas cinco reais. Apesar de atualmente a grande maioria das 
fragrâncias ser sintética, elas não substituem totalmente as fragrâncias naturais. 
A extração dos óleos essenciais de origem vegetal pode ser feita por meio de técnicas que levam 
em conta as propriedades da substância, como a solubilidade, a temperatura de ebulição e a 
volatilidade. Alguns exemplos de técnicas usadas com essa finalidade são a destilação por 
arraste de vapore o uso de solventes orgânicos, como o éter de petróleo. 
Após a extração, a essência é analisada meio de técnicas como espectrometria e cromatografia. 
Alguns óleos possuem até 30 componentes, sendo que alguns exemplos são os compostos 
orgânicos do grupo dos fenóis, como o eugenol (óleo de cravo), e do grupo das cetonas cíclicas, 
como a cis-jamona (óleo de jasmim), moscona (presente no óleo do veado almiscareiro (Moschus 
morschiferus) e a civetona (óleo decivete (viverra civetta)), do grupo dos alcadienos, como o 
limoneno (óleo da laranja) e o geraniol (óleo de rosas), entre outros. 
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 Principais componentes de alguns óleos essenciais 
 
Já entre as fragrâncias artificiais estão, por exemplo, o alfa amil cinamaldído (fragrância artificial 
do óleo de jasmim), trinitrobutil-meta-xileno (fragrância artificial do almíscar – retirado do veado- 
almiscareiro), ácido fenilacético (fragrância artificial do óleo da flor de laranjeira), benzoato de 
metila (fragrância artificial do cravo) e muitos outros. 
Além das fragrâncias, os outros dois componentes principais dos perfumes são um solvente e 
um fixador. Geralmente o solvente utilizado é o etanol, que também possui uma quantidade de 
água. O fixador é usado para prolongar o efeito do aroma, tendo em vista que ele retarda a 
evaporação da essência. Podem ser usados também corantes para atribuir uma coloração 
desejada ao perfume. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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6.REVISÃO DA LITERATURA 
 6.1 História do Perfume 
Os primeiros perfumes da história existiam na forma de incensos 
O termo perfume que vem do latim per fumum, significando “pela fumaça”. Na própria Bíblia 
Sagrada, há uma passagem em que Deus manda Moisés fazer um incenso perfumado. 
Isso porque o seu uso originou-se provavelmente em atos religiosos, em que os deuses eram 
homenageados pelos seus adoradores por meio de folhas, madeiras e materiais de origem 
animal, que, ao serem queimados, liberavam uma fumaça com cheiro doce, como o incenso. O 
incenso é feito de resinas ou gomas aromáticas, como o olíbano e o bálsamo, que são 
pulverizadas e, muitas vezes, misturadas com especiarias, cascas resinosas e flores. 
O uso de caráter cosmético do perfume, ou seja puramente para apreciação e bem-estar, tem 
sua origem principal no Egito. Os usuários exclusivos de tais produtos eram faraós e nobres, que 
estavam no topo da pirâmide social. Devido à agradável sensação que traziam ao clima quente 
do Egito, os perfumes foram ganhando popularidade, tornando-se uma necessidade básica. 
A primeira greve da história da humanidade, que ocorreu no ano de 1330 a.C., foi por falta de 
perfume. Na ocasião, soldados do faraó Seti I pararam de receber unguentos aromáticos, algo 
inadmissível para eles. 
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Os gregos tiveram uma contribuição fundamental para a história do perfume, no que diz respeito 
a seu desenvolvimento. Teofastro, um estudioso da botânica, publicou um tratado sobre a arte 
da perfumaria em 323 a.C. 
Alambique 
 
Os árabes, também tiveram um importante papel no desenvolvimento de receitas de óleos 
aromáticos e de seus processos de produção. Dentre os primeiros processos para a produção 
de perfumes está a destilação, que consiste na extração de óleos de flores, e é o mais utilizado 
até hoje. Alguns instrumentos utilizados para produção de perfumes levam nomes árabes, como 
o alambique, que é utilizado para destilação. 
Prensagem, ou pressão a frio, é o método adequado de extração do óleo de frutas cítricas. As 
cascas são raladas e centrifugadas. São poucos os óleos essenciais que podem ser extraídos 
por esse método. 
Enfleurage consiste em usar uma espécie de solvente vegetal para segurar o óleo. No caso de 
flores frescas por exemplo as pétalas são colocadas sobre uma placa de vidro de gordura, que 
vai absorver o óleo das flores, que são substituídas por flores novas todos os dias, até que a 
concentração certa seja obtida. Depois de alguns dias a gordura é filtrada e destilada. O 
concentrado oleoso que resulta desse processo é misturado ao álcool e novamente destilado. O 
produto final é o óleo das flores. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Teofrasto
https://pt.wikipedia.org/wiki/Alambique
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Extração com solventes é uma técnica relativamente moderna, usada no mundo todo para obter 
maior rendimento ou produtos que não podem ser obtidos por nenhum outro processo. As plantas 
são imersas no solvente adequado (acetona ou qualquer outro derivado do petróleo), e a 
separação realiza se quimicamente, pela destilação em temperaturas especiais que causam 
somente a condensação do óleo e não dos solventes. 
O perfume chegou à Europa através das Cruzadas, no século XII. Por volta de 1370, surgiu 
o primeiro perfume à base de álcool (que não era exatamente um perfume) desenvolvido 
exclusivamente para a rainha Isabel da Hungria. 
No século XVII, impulsionado pelo crescimento dos centros urbanos e da população, a demanda 
pelo perfume já era notável. Aromatizantes eram requintes característicos apenas da nobreza da 
época. Nessa época, o uso em larga escala dos perfumes exigiu refinamento e sofisticação nos 
processos de produção, o que resultou no surgimento das casas especializadas de perfumaria. 
Frascos de perfumes dos séculos XVII e XVIII. 
 
Por volta do século XVIII muitas casas de perfumaria na Europa, principalmente na França 
desenvolveram técnicas mais sofisticadas para desenvolver fragrâncias que durassem mais na 
pele. 
A partir do século XIV, na França, onde cresciam rosas, jasmins, lírios e várias outras flores, se 
deu o grande desenvolvimento da perfumaria. Devido a isso, o território francês é o principal 
centro de pesquisas voltadas para a indústria dos perfumes. Isso explica o porquê de termos da 
língua francesa como Eau de Parfum, Eau de Toilette, serem usados tão amplamente. 
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A cidade de Grasse, na França, é conhecida por ser a capital mundial do perfume, e alimenta a 
indústria da perfumaria com matérias primas desde o século XVI. A região é responsável por 
inspirar perfumes de casas como Chanel, Dior e Givenchy. 
Com o tempo, novas descobertas foram feitas através de pesquisas, e foi possível reproduzir 
artificialmente aromas da natureza. Assim o perfume tornou-se como é conhecido hoje, acessível 
não só a elite mas a várias camadas sociais de diversas regiões e climas. 
6.2 A estrutura de uma fragrância 
 
Uma fragrância é construída como um triângulo, com três níveis. 
 
1. Topo - é a parte da fragrância que é imediatamente sentida. Proporciona a primeira e a mais 
forte impressão da fragrância e dura cerca de 10 minutos. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Grasse
https://perfumesefragrancias.blogs.sapo.pt/1737.html
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2. Coração - é a parte da fragrância que se mistura com a pele e contribui para o teu carácter 
individual, personalizando-a. Desenvolve-se cerca de 60 minutos após a aplicação. 
3. Base - é a parte que dá profundidade e ressonância à fragrância e à sua construção. Alia notas 
ricas e sensuais que se ligam à pele e fazem com que a fragrância perdure. 
6.3 Natural x Sintético. 
 
A perfumaria é complexa – justamente aí é que reside seu charme. Dentre tantos 
desentendimentos, está o do natural versus sintético. A maior parte das pessoas usa a analogia 
da nutrição: quanto mais natural, menos danoso à sua saúde e melhor o aroma (imagine um 
simples suco de laranja espremido na hora e outro de caixinha). Na perfumaria é o contrário. Os 
ingredientes utilizados contêm, in natura, alérgenos que podem causar dermatites ou até mesmo 
câncer. Pensando nisso (e também na economia de dinheiro, tempo e energia na extração) e 
incentivados pelos ativistas ambientais, cientistas passaram a sintetizar as matérias-primas, 
começando pela cumarina (amêndoas, 1868), heliotropina (cereja, 1869), vanilina (baunilha, 
1877) e isobutilquinoleína (couro, 1880). 
 
 
6.4 Perfumaria ModernaDando um salto quântico em direção a um universo virtualmente infinito de possibilidades. Na 
virada do século, odores de flores como violeta, íris, jasmim, gerânio, rosa, cravo e lírio também 
foram sintetizados, enquanto moléculas de textura e fixação (base do perfume) como musgo de 
carvalho, âmbar gris, madeiras nobres e almíscares surgiram na segunda metade do século XX. 
Hoje a tecnologia permite a identificação da estrutura de praticamente qualquer aroma através 
do método de headspace. 
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O movimento hippie / new age iniciado nos Estados Unidos (especialmente Califórnia) nos anos 
60 e firmado nos anos 70 trouxe à tona diversos temas importantes, entre eles os direitos dos 
animais e a preocupação com o meio ambiente. 
6.5 Sintético mais ético e sustentável que o Natural 
De fato, o cobiçado musk do veado almiscareiro só podia ser obtido através da caça e abate – 
prática hoje banida mundialmente. Outro mal-entendido que persevera até hoje é de que os 
sintéticos usados em perfumes são danosos à saúde. Na verdade, houve um período em que 
alguns químicos aromáticos cancerígenos eram utilizados (nitromusks, por exemplo), entretanto 
eles foram retirados da paleta de ingredientes dos perfumistas há décadas. Hoje tudo é 
estritamente controlado pela IFRA (Associação Internacional de Fragrâncias) – ou ABIFRA no 
Brasil – com tolerâncias mínimas para que não haja qualquer risco ao consumidor, mesmo que 
ele decida virar um frasco inteiro cabeça abaixo. 
Finalmente, há o mito de que perfumes 100% naturais sejam melhores, tanto em desempenho 
quanto em aroma. Quem já provou um perfume da Lush, recentemente trazido para o Brasil, 
sabe bem a diferença. Enquanto uma fragrância sintética (a que conhecemos e compramos em 
perfumarias) é trabalhada para fazer uma transição suave entre o mundo orgânico e artificial, a 
fragrância que usa muitos componentes naturais costuma ter aspecto medicinal e narcótico, 
principalmente na saída (os primeiros minutos depois da aplicação). A primeira provada pode ser 
traumatizante. Aí muitos consumidores reclamam que o perfume é ruim, que é truque de 
marketing. Não é. Eles são o que prometem ser: 100% naturais. 
Eles têm seu público cativo, um nicho bem definido, mas estão longe de ser uma tendência e, 
muito menos, referência para a perfumaria como um todo. Voltando à metáfora inicial, pense na 
pessoa que está acostumada a tomar suco de caixinha e que resolva tomar um suco de laranja 
natural, pensando ser a melhor opção. Isso realmente pode lhe fazer um estrago no estômago, 
assim como uma fragrância orgânica pode assustar um nariz despreparado. Por outro lado, não 
nego que uma gota de matéria-prima natural possa transformar a mediocridade em obra-prima. 
Literalmente uma gota em um litro. Parece homeopatia – quanto menor a dose, maior o impacto. 
 
 
 
 
 
 
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7. MATERIAIS E MÉTODOS. 
 
Para que o estudo fosse eficaz foi necessário conhecer os componentes do grupo com quem se 
trabalha, então se fez necessário realizar um levantamento de dados para conhecer as respostas 
e outros dados que fossem relevantes ao estudo. Para analisar o direcionamento foi elaborado 
questionários (este se encontra em anexo no apêndice), analisando assim ao que se refere o 
processo de ensino aprendizagem dos participantes. 
Quando levantado a temática quanto ao uso do perfume, percebemos que a química é mais do 
que formulas, pois pode ser sentida de diversas maneiras. Através da discussões levantadas 
identificamos que as fragrâncias fazem parte do nosso dia a dia. 
Além disso foi observado que os aromas podem estar associados a coisas que vivemos nos 
trazendo lembranças, foram distribuídas algumas fragrâncias entre o grupo aonde obtivemos 
relatos: 
“me lembra o cheiro de maracujá,” 
“terra molhada me lembra a infância” 
“não da pra não reconhecer cheiro de cândida” 
Sendo assim foi possível entender que os perfumes muitas vezes são associados a família, para 
o outros representa poder e consumismo. O que nos leva a entender que os perfumes se 
identificam com a memória olfativa de cada participante do grupo. 
Concluindo que a química pode ser tocada, sentida por diferentes ângulos. 
Foram distribuídos artigos e textos científicos que nos fizeram refletir sobre a importância da 
evolução na extração de óleos. A história do perfumes nos trouxe a importância de cálculos 
exatos para extrair melhores resultados e a chegada de tecnologias novas que contribuíram para 
a preservação da natureza. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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8. RESULTADOS 
 
O método da enfleurage que é o que extraí o óleo essencial através da gordura , percebemos 
que o contato com a natureza, o senso de responsabilidade para a troca da planta antiga por 
uma nova a cada dia, a paciência pois este método não faz uso de grandes tecnologias é lento. 
Foi então levantado a importância de se usar novas tecnologias para a separação de misturas 
mais rápidas. Surge então a importância da química sintética, através delas temos infinidades 
de essências que seriam difíceis de extrair por diversos fatores como o clima, a raridade e 
quantidade das plantas, entre outros; além de torna-lo acessível a população através do baixo 
custo. Daí surge a importância de estudar a composição química de óleos extraídos. 
Já na historia dos perfumes percebemos que o calculo exato é que traz os melhores resultados 
evitando perdas de horas de trabalho e desperdício da natureza. 
Quando foi levantado a problemática do produto, qual a maneira de adquirir a essência mais 
rápida, logo foi se levantando outras, como porque os perfumes variam de preço, porque sofreu 
tantas mudanças fazendo surgir curiosidades que não existiam. 
9. DISCUSSÕES 
 
Segundo Freire 2005; 2006 apeid Wilmo, Ferreira e Hartwig, 2008 p35. 
“Todos possuem um conhecimento respeitado, mas ao mesmo tempo, este conhecimento esta em 
constante superação, pronto para ser ultrapassado por um novo. Esse é o caráter histórico dos seres 
humanos e do conhecimento. Por isso que, numa pedagogia problematizadora , todos os seres 
inacabados , incompletos, imersos numa realidade histórica também inacabada. Resulta assim, a 
necessidade de um processo ininterrupto de educação em que fazer permanentemente na razão da 
inconclusão dos homens e do devanir da realidade”(freire 2005,p84), visto que conhecimento é histórico 
e, portanto sempre será inacabado. 
 
Buscar estratégias é sempre desafiador, pois como escreve Oliveira, (2005, p25), notamos que 
estamos acostumados a aprender no mundo dos sons, das imagens, das cores. O raciocínio do 
grupo não é linear. Envolve o lado afetivo emocional e o cognitivo, racional, lógico e analítico, 
sendo assim é imprescindível que se esses recursos didáticos para a estimulação do lúdico a 
criatividade trazendo uma compreensão cientifica. 
Nessa discussão chegamos a importância de se estimular atividades experimentais trazendo 
descobertas de conhecimento não limitando e sempre evoluindo como é a característica do ser 
humano resultando sempre a evolução. 
 
 
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10. CONCLUSÃO 
 
A arte da perfumaria é antiga, os especialistas conhecem bem os princípios básicos, a tecnologia 
vem cada vez mais se aperfeiçoando, ao longo dos séculos foram sendo obtidas as essências 
que constituem o perfume através de técnicas criadas. Iniciou se com a destilação de plantas e 
outras especiarias passando pelo enfleurage até as matérias primas mais sensíveis como a Rosa 
e o Jasmin pela maceração (extração de solventes) e por fim a síntese orgânica onde novos 
odores revolucionaram a perfumaria. 
Hoje existem diversas tecnologias que encapsulam as fragrâncias e a faz duram muito tempo e 
essas técnicas tendem a ser melhoradas. Mas é difícil falar sobre isso uma vez que as empresas 
mantem sobre sigilo as tecnologias mais recentes. Lembrando que essas novas tecnologias têm 
aparecido com um caráter de sustentabilidade ao meio ambiente,visando também baratear o 
custo para tornar mais acessíveis tais produtos. 
Como vimos esse é um mercado em expansão, pois as empresas tem realizado pesquisas para 
melhorar seus produtos. O Brasil que é um dos maiores consumidores de cosméticos no mundo 
e com vasta biodiversidade é uma potência em encontrar novas fragrâncias com a ajuda da 
transformação para formulas químicas visando proteger a natureza. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
1.JS Jellinek. Mecanismo das fragrâncias Cosm & Toil (edição em português) 10:64- 74,1998 
2.FJC et al. Descrição de sistemas e métodos da extração de óleos essenciais e determinação 
de unidade de biomassa em laboratório: EMBRAPA, nov.2004. Comunicado Técnico. 
3.Revista Eletrônica de Jornalismo Científico. Óleos essenciais... história e sua importância para 
indústria da perfumaria. On line. Disponível em http://www.comciencia.br/ Acesso em 21 de 
Outubro de 20019 as 16h30. 
4.Revista Eletrônica de Jornalismo Científico. A história do perfume da antiguidade até 1900. On 
line. Disponível em http://www.comciencia.br/ Acesso em 21 de Outubro de 20019 as 17h08. 
5. ABIHPEC. Dados do mercado brasileiro. On line. Disponível em http://www.abihpec.org.br. 
Acesso em 02 de Outubro de 2019 as 15h38. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.comciencia.br/%20Acesso
http://www.comciencia.br/%20Acesso
http://www.abihpec.org.br/
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12. APÊNDICE 
 
PERFUME 
Problematização: O que é perfume. O que você sabe sobre a composição. 
 
1. Escolham um perfume e pesquise sobre ele, sua história, do que é feito e Curiosidades. 
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2. Leia um artigo de livre escolha sobre extração de óleos de plantas, marquem no texto o 
que achar importante para discussão em grupo. 
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3. O que é enfluerage e no que consiste. 
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4. O que determina o valor do perfume. 
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5. Porque os perfumes despertam lembranças. 
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6. Desenhe uma pirâmide e explique como estão divididas as partes do perfume. 
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7. Qual a importância dos aromas sintéticos hoje 
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_____________________________________________________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
	1.RESUMO
	3. INTRODUÇÃO
	4. OBJETIVO
	5. JUSTIFICATIVA DA PROBLEMÁTICA
	5.1 Química dos Perfumes
	6.REVISÃO DA LITERATURA
	6.1 História do Perfume
	6.2 A estrutura de uma fragrância
	6.3 Natural x Sintético.
	6.4 Perfumaria Moderna
	6.5 Sintético mais ético e sustentável que o Natural
	7. MATERIAIS E MÉTODOS.
	8. RESULTADOS
	9. DISCUSSÕES
	10. CONCLUSÃO
	11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
	12. APÊNDICE