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Aula 002 Principios da Bioetica

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Ética / Moral / Deontologia
Princípios da Bioética
Ética
Origem grega, o termo “ética” origina – se da raiz grega (êthós) e significa, literalmente, caráter; maneira de ser de uma pessoa; índole; temperamento, ou seja, disposições naturais de uma pessoa segundo seu corpo / alma.
 Ética: ciência que tem por objetivo o juízo de apreciação, enquanto este se aplica à distinção entre o bem e o mal
Ética 
ciência da moral; moral;
disciplina filosófica que tem por objeto de estudo os julgamentos de valor na medida em que estes se relacionam com a distinção entre o bem e o mal.
Moral
De origem latina, (mos/mores), num primeiro momento, significa costumes, valores, normas de conduta específicos de uma sociedade e cultura.
A moral objetiva prescrever e normatizar as ações dos indivíduos de acordo com as tradições, leis e sistemas valorativos de cada cultura, é a somatória de normas, valores, costumes e hábitos, que regem a conduta e o comportamento humano. 
Moral 
conjunto de costumes e opiniões que um indivíduo ou um grupo de indivíduos possuem relativamente ao comportamento;
conjunto de regras de comportamento consideradas como universalmente válidas;
parte da filosofia que trata dos costumes e dos deveres do homem para com o seu semelhante e para consigo;
ética;
teoria ou tratado sobre o bem e o mal;
lição, conceito que se extrai de uma obra, de um fato, etc.;
Deontologia
Do grego deon, deontos – dever + logos, tratado.
Conjunto de regras e deveres que regem uma profissão, a conduta dos que a exercem, as relações entre eles e seus clientes e o grande público.
Ex: código de ética da Fisioterapia
Bioética:
1979, os norte americanos Tom L. Beauchamp e James F. Childress publicam um livro “Principles of Biomedical Ethics”, quatro princípios básicos - não maleficência, beneficência, respeito à autonomia e justiça nas relações dos profissionais de saúde e seus pacientes.
 Os quatro princípios, que não possuem um caráter absoluto, nem têm prioridade um sobre o outro, servem como regras gerais para orientar a tomada de decisão frente aos problemas éticos e para ordenar os argumentos nas discussões de casos.
Bioética: princípios
não maleficência 
beneficência 
autonomia 
justiça
Princípio da não – maleficência:
O profissional de saúde tem o dever de, intencionalmente, não causar mal e/ou danos a seu paciente. “Cria o hábito de duas coisas: socorrer (ajudar) ou, ao menos, não causar danos”.
 Trata-se, portanto, de um dever profissional, que, se não cumprido, coloca o profissional de saúde numa situação de má-prática ou prática negligente da medicina ou das demais profissões da área biomédica. 
Juramento de Hipócrates:
“Usarei o tratamento para o bem dos enfermos, segundo a minha capacidade e juízo, mas nunca para fazer o mal e a injustiça é um dos preceitos desse estatuto.”
Primum non nocere: sem fazer mal ao paciente
Princípio da não – maleficência:
No exercício da medicina este é um fato muito comum, pois quase toda intervenção diagnóstica ou terapêutica envolve um risco de dano. 
Exemplo: retirada de sangue para realizar um teste diagnóstico pode causar uma hemorragia no local puncionado. Do ponto de vista ético, o dano pode estar justificado se o benefício esperado com o resultado do exame for maior que o risco de hemorragia. A intenção é beneficiar o paciente e não causar-lhe o sangramento. 
Porém, se o paciente tiver problemas de hemostasia, este risco ficará aumentado. Quanto maior o risco de causar dano, maior e mais justificado deve ser o objetivo do procedimento para que este possa ser considerado um ato eticamente correto. 
Visão crítica??
Paciente que é testemunha de Jeová aceita receber transfusão se sangue? 
Qual o amparo médico legal?
Quem responde pelo paciente?
Exemplos:
Médicos do Hospital Nossa Senhora da Conceição, de Tubarão (SC), obtiveram na segunda-feira (2) do juiz uma liminar autorizando transfusão sangue em um recém-nascido cujos pais são da religião Testemunhas de Jeová, que não aceitam esse recurso da medicina.
Os médicos recorreram ao Ministério Público de Jaguaruna, que acionou a Justiça e o Conselho Tutelar. Sem a transfusão, a criança corria risco de morte. Ela nasceu no dia 31 com 900 gramas. No entendimento do juiz, o artigo 5º da Constituição assegura a todos o direito à vida e à saúde, com prioridade sobre outros direitos, incluindo o de liberdade de crença religiosa.
Bebê recém-nascido morreu no setor de Neonatal do Hospital Geral de Fortaleza (HGF) após a avó recusar que fosse realizada uma transfusão de sangue que poderia salvar a criança. Segundo Antônia Lima, promotora de Justiça de Defesa da Infância e Juventude do Ministério Público Estadual (MPE), a avó da criança, que seria Testemunha de Jeová, não autorizou a transfusão porque o procedimento médico vai de encontro à sua religião.
A mãe, por ser uma adolescente de 15 anos, não poderia responder pela criança e tentava desde sexta-feira (20) convencer a avó a necessidade da transfusão de sangue, segundo informou a promotora Antônia Lima. Ainda de acordo com o MPE, a informação do óbito foi repassada à promotora às 11h desta segunda-feira (23). 
Princípio da Beneficência:
Beneficência quer dizer fazer o bem. De uma maneira prática, isto significa que há a obrigação moral de agir para o benefício do outro.
 Este conceito, quando é utilizado na área de cuidados com a saúde, significa fazer o que é melhor para o paciente, não só do ponto de vista técnico-assistencial, mas também do ponto de vista ético. 
É usar todos os conhecimentos e habilidades profissionais a serviço do paciente, considerando, na tomada de decisão, a minimização dos riscos e a maximização dos benefícios do procedimento a realizar. 
Princípio da Beneficência
O princípio da Beneficência obriga o profissional de saúde a ir além da Não Maleficência (não causar danos intencionalmente) e exige que ele contribua para o bem estar dos pacientes, promovendo ações:
a) para prevenir e remover o mal ou dano que, neste caso, é a doença e a incapacidade; e 
b) para fazer o bem, entendido aqui como a saúde física, emocional e mental. 
Princípio da Beneficência:
É necessário que o profissional atue para beneficiar seu paciente. Além disso, é preciso avaliar a utilidade do ato, pesando benefícios versus riscos e/ou custos.
 Por exemplo, um pesquisador submete um protocolo de investigação ao Comitê de Ética em Pesquisa de uma Instituição: se espera que o investigador esclareça quais são os riscos para os sujeitos pesquisados e quais são os benefícios esperados com o estudo, tanto para os participantes como para a sociedade em geral.
Questões envolvidas
Pesquisas clínicas com seres humanos.
Beneficência X não maleficência
Absurdos realizados em nome da pesquisa clínica (ex. período nazista)
Pesquisas nazistas
Casos de médicos causarem feridas à bala em prisioneiros, de infecção deliberada de prisioneiros com tifo e com outras doenças, de exposição a temperaturas muito baixas por períodos prolongados, além de apoiar a ideologia nazista quanto à eliminação de homossexuais, da esterilização dos judeus e outras populações indesejáveis. 
Outros experimentos nazistas incluíam forçar prisioneiros a beber água do mar ou a respirar ar poluído por longos períodos, promover novas técnicas de castração e fazer transplantes de ossos e membros do corpo.
Pesquisas americanas
Pesquisas clínicas conduzidas pelo médico Chester Southam, em Nova York, foram primeiramente relatadas em um importante artigo de abordagem ética publicado pelo médico Henry Beecher, no New England Journal of Medicine. 
Interessado na resposta imunoreativa ao câncer, Southam injetava células cancerígenas de fígado, rotineiramente, em 22 pacientes judeus idosos a fim de monitorar a resposta clínica no organismo dessas pessoas, sem qualquer obtenção de consentimento livre e esclarecido.Aos pacientes foi dito apenas que iriam “receber algumas células”. Nenhum benefício terapêutico jamais foi experimentado por esses pacientes – muitos foram prejudicados e subseqüentemente morreram por causa das injeções – até mesmo porque a pesquisa em si não foi concebida com qualquer finalidade terapêutica.
Pesquisa em países em desenvolvimento
Pesquisa clínica sobre o HIV realizada na África do Sul e em outros países em desenvolvimento foi fortemente criticada pelo médico sul-africano Peter Lurie e seu colega Sydney Wolfe, em um artigo publicado no New England Journal of Medicine, em 1997. 
A pesquisa tinha como proposta determinar a eficácia da administração de várias drogas novas na prevenção contra a transmissão vertical de HIV, na esperança de desenvolver um protocolo de drogas de menor custo, porém igualmente eficiente. 
Na época, o tratamento padrão à base de AZT usado regularmente em países desenvolvidos, particularmente nos Estados Unidos e alguns países da Europa, custava aproximadamente US$ 1.000, portanto, caro demais para ser usado nos países mais pobres. A pesquisa estava voltada para a utilização de drogas possíveis de serem introduzidas nos países em desenvolvimento
 Os estudos estavam comparando a utilização das novas drogas com a administração de placebo. Isso significava, em termos concretos, que apenas metade das mulheres grávidas participantes do estudo estava se beneficiando da participação na pesquisa. Não existia nenhum equilíbrio clínico entre os instrumentos da pesquisa, uma vez que o AZT já havia sido aceito como tratamento.
Princípio da autonomia:
Autonomia é a capacidade de uma pessoa para decidir fazer ou buscar aquilo que ela julga ser o melhor para si mesma. Para que ela possa exercer esta autodeterminação são necessárias duas condições fundamentais: 
a) capacidade para agir intencionalmente, o que pressupõe compreensão, razão e deliberação para decidir coerentemente entre as alternativas que lhe são apresentadas; 
b) liberdade, no sentido de estar livre de qualquer influência controladora para esta tomada de posição
Princípio da autonomia:
O respeito à Autonomia significa ter consciência deste direito da pessoa de possuir um projeto de vida próprio, de ter seus pontos de vista e opiniões, de fazer escolhas autônomas, de agir segundo seus valores e convicções.
Respeitar a autonomia é preservar os direitos fundamentais do homem, aceitando o pluralismo ético-social que existe na atualidade.
Questões:
A pesquisa clínica é limitada por padrões éticos que promovem o respeito a todos os seres humanos e protege sua saúde e seus direitos. Algumas populações de pesquisa são vulneráveis ou necessitam de proteção especial. As necessidades particulares dos desassistidos econômica e clinicamente devem ser reconhecidas. É necessária atenção especial também para os que não podem dar ou recusar o consentimento por eles mesmos, para os que podem estar sujeitos a fornecer o consentimento sob coação, para os que não se beneficiarão pessoalmente da pesquisa e àqueles para os quais a pesquisa é associada com precaução.
Exemplo:
Mulher de 29 anos que foi submetida a uma cesariana contra a própria vontade, por determinação da Justiça do Rio Grande do Sul, desabafou contra o atendimento médico recebido no hospital e a decisão judicial. Adelir Carmen de Goés diz que se sentiu "frustrada" e "chateada" após o parto da filha, Yuja. O caso ocorreu na segunda-feira (31) no hospital Nossa Senhora dos Navegantes, em Torres. A gestante queria que o bebê nascesse de parto normal, mas a equipe médica entendeu que o procedimento colocaria em risco a vida dela e do bebê. Após voltar para casa, contrariando a orientação médica, a mulher foi reconduzida ao hospital por um oficial de Justiça, escoltada por policiais, em cumprimento de uma ordem judicial.
Princípio da Justiça
Este se refere à igualdade de tratamento e à justa distribuição das verbas do Estado para a saúde, a pesquisa etc. Costuma-se acrescentar outro conceito ao de justiça: o conceito de equidade que representa dar a cada pessoa o que lhe é devido segundo suas necessidades, ou seja, incorpora-se a ideia de que as pessoas são diferentes e que, portanto, também são diferentes as suas necessidades.
De acordo com o princípio da justiça, é preciso respeitar com imparcialidade o direito de cada um. Não seria ética uma decisão que levasse um dos personagens envolvidos (profissional ou paciente) a se prejudicar.
Princípio da Justiça
 Justiça está associada preferencialmente com as relações entre grupos sociais, preocupando-se com a eqüidade na distribuição de bens e recursos considerados comuns, numa tentativa de igualar as oportunidades de acesso a estes bens.

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