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James Mill: 
E suas influências Filosóficas na Psicologia 
 James Mill foi um historiador e filósofo escocês, pai de John Stuart Mill. Ele foi um partidário do liberalismo e um importante representante do radicalismo filosófico, que atuou em vários campos como da filosofia, política, economia, educação e psicologia. O escocês, que nasceu em 1773 em North Water Bridge na paróquia de Logie-Pert, filho de um sapateiro e de uma mãe, que apesar de ser de uma boa família que sofrera por ter estado ligada com o Levante Jacobita, no qual foram uma série de rebeliões e batalhas nos reinos da Inglaterra, eles fizeram questão que James Mill estudasse nas melhores escolas. Inicialmente, James foi enviado para a escola da paróquia e depois para a Montrose Academy, onde ele permaneceu até quase os 18 anos. Logo após, ele entrou para a Universidade de Edimburgo, onde se distinguiu na literatura grega. Em outubro de 1798, licenciou-se e tornou-se um pastor presbiteriano, porém obteve pouco sucesso quando descobriu que ninguém entendia seus sermões, então acabou deixando a igreja.
 Entre 1790 e 1802, além de ter sido tutor de várias crianças , ele dedicou-se aos estudos históricos e filosóficos, mas com as limitadas perspectivas de uma carreira na Escócia, em 1802 ele foi para Londres atrás do sonho de ganhar a vida como escritor, e trabalhou como editor em um grande jornal chamado “Jornal Literário”, onde permaneceu por três anos. Neste mesmo período também editou " As Crônicas de St. James”, que pertencia ao mesmo dono do Jornal Literário. A mais famosa obra literária e histórica de James Mill é “History of British India” (História das Índias Britânicas), escrita em 1806 e publicada em 1817. Já a contribuição mais importante de Mill para a psicologia, é o livro “Analysis of the Phenomena of the Human Mind”. Em 1805 casou-se com Harriet Burrow tendo, um ano depois, o primeiro de seus nove filhos, John Stuart Mill. 
 Em seus estudos, James aplicou a doutrina do mecanicismo à mente humana. Seu objetivo era destruir a ilusão a respeito da subjetividade ou das atividades psíquicas e demonstrar que a mente não passava de uma máquina, que funcionava da mesma forma previsível e mecânica de um relógio. Segundo James, a mente é uma entidade passiva que sofre a ação de estímulos externos. A pessoa responde a esses estímulos de modo automático e é incapaz de agir com espontaneidade. Como se vê, Mill não deu brecha para o livre-arbítrio, Esse ponto de vista persiste hoje nas formas de psicologia derivadas da tradição mecanicista, principalmente o comportamentalismo de B.F.Skinner. Mill, acreditava que a mente deveria ser estudada através de análise, pela redução a seus componentes elementares. Trata-se de uma das bases do mecanicismo. Para entender fenômenos complexos, quer no mundo mental que no físico, sejam eles ideias ou relógios, é necessário decompô-los até chegar aos componentes indivisíveis. 
 Como James escreveu em seu livro “Analysis of the Phenomena of the Human Mind”, que “um conhecimento diferencial dos elementos é indispensável para uma compreensão precisa daquilo que é composto a partir deles”. Ele sugeriu que as sensações e as ideias são os únicos tipos de elementos mentais que existem. Para a tradição empirista-associacionista até então aceita, todo o conhecimento começa com as sensações, das quais são derivados através do processo de associação , os complexos de ideias de ordem superior. Para James, a associação é uma questão de contiguidade ou concomitância e que pode ser tanto simultânea como sucessiva. 
 Mill acreditava que a mente não tem função criativa, pois a associação é um processo passivo. Em outras palavras, sensações ocorridas juntas numa certa ordem se reproduzir mecanicamente como ideias, e essas ideias acontecem na mesma ordem de suas sensações correspondentes. A associação é tratada em termos mecânicos, e as ideias resultantes são apenas a acumulação ou soma dos elementos individuais. 
 Contudo, James Mill concordava com a visão de John Locke que a mente humana, ao nascer, é como papel branco, uma folha vazia que a experiência vai preencher. Com isso, quando o seu filho John nasceu, James tornou-se responsável pela educação de seu filho e, através de um rígido programa de aulas particulares, onde todos os dias, por até cinco horas, ele ensinava ao filho grego, latim, álgebra, geometria, lógica, história e economia política, questionando-o repetidas vezes até que ele desse as respostas corretas. Sendo assim, ele resolveu que determinaria quais experiências iriam preencher a mente do menino, tendo como objetivo criar um gênio intelectual e que iria assegurar a causa do utilitarismo e a sua implementação após a morte dele e de Jeremy Bentham, seu aliado e padrinho de John Stuart Mill. E com isso, James e seu filho primogênito, criaram na época um grupo que ficou conhecido como “filósofos radicais”, que discutiam sobre política, economia e outra ideias sociais. 
Bibliografia: https://www.studocu.com/pt-br/document/universidade-positivo/historia-psicologia-como-ciencia-e-profissao/tarefas-obrigatorias/john-stuart-mill-e-james-mill/4660199/view
https://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/Influencia-Do-Fil%C3%B3sofo-James-Mill-Para/65253.html

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