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Peça Consignação em Pgto com Tutela

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EXCELENTÍSSIMO (A) SR. (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA ____ VARA CÍVEL DA COMARCA DE SÃO PAULO
CARLA, nacionalidade, estado civil, profissão, RG nº. XXXX SSP/XX e CPF n.º XXXXXXXX, residente e domiciliada na XXXXXXX, telefone XXXXXX e endereço eletrônico XXXXX vem, respeitosamente à presença de Vossa Excelência, por intermédio de seu (ua) advogado (a) e bastante procurador (a) (procuração anexa), inscrito na OAB/XX sob o nº XXXXX, com endereço na Rua XXXXXXXX e endereço eletrônico XXXXXX, com fundamento nos artigos 890 e seguintes do Código de Processo Civil, propor: 
AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO - PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA
Com base no art. 539 e seguintes do Código de Processo Civil, pelo rito especial, em face de WALACE, prenome, estado civil, profissão, CPF nº XXXXXX, endereço eletrônico XXXXX, residente e domiciliado no endereço XXXXXX, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.
I – DOS FATOS
A Autora e o Réu firmaram um contrato de compra e venda de um carro modelo XXXXXX por R$ 28.000,00 (vinte e oito mil reais), na data XXXXXX (anexo 1). Para tanto, a Autora pagou um sinal no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), tendo sido o restante dividido em nove parcelas sucessivas de R$ 2.000,00 (dois mil reais), a cada 30 dias. As parcelas foram pagas regularmente até a sétima, quando a Autora, por ter sido dispensada de seu emprego, não conseguiu arcar com o valor das duas prestações restantes.
A Autora entrou em contato com Réu, diretamente, explicando a situação e informando que iria tentar conseguir o valor restante para quitar o débito, tendo o Réu mencionado que a mesma não se preocupasse e que aguardaria o pagamento das parcelas, até o vencimento da última. Tal instrução foi transmitida pelo vendedor à compradora por mensagem de texto (anexo 2).
Apesar disso, cinco dias antes do vencimento da nona parcela, quando a Autora conseguiu um empréstimo com um amigo para quitar as parcelas, ela não conseguiu encontrar o Réu nos endereços onde comumente dava-se a quitação das prestações, a residência ou o local de trabalho de Wallace, ambos na cidade de São Paulo.
 A Autora soube, no mesmo dia em que não encontrou o Réu, que estava impossibilitada de trabalhar em uma sociedade empresária, pois o credor incluíra seu nome no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), em virtude da ausência de pagamento das últimas parcelas.
Diante da não localização do Autor e má fé do réu, não restam alternativas senão buscar a tutela jurisdicional, com vistas a liberar-se das obrigações.
II – DO DIREITO
A requerente pleiteia autorização para que possa efetuar o depósito judicial das quantias acima referidas, a fim de que possa exonerar-se da obrigação, já que não conseguiu realizar o pagamento diretamente ao Réu, conforme tratado anteriormente com o mesmo. Tal pretensão encontra respaldo nos arts. 334 e 335, III, do código civil, in verbis:
Art. 334. Considera-se pagamento, e extingue a obrigação, o depósito judicial ou em estabelecimento bancário da coisa devida, nos casos e forma legais.
Art. 335. A consignação tem lugar
I - se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar quitação na devida forma;
II – se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição devidos;
III – se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado ausente, ou residir em lugar incerto ou de acesso perigosos ou difíceis;
IV – se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do pagamento;
V – se pender litígio sobre o objeto do pagamento.
O pedido tem sido autorizado, aliás, a título de concessão de medida cautelar, no exercício do poder jurisdicional de cautela. Eis precedente que ostenta esse entendimento:
AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO E REVISÃO DE CLÁUSULAS. CONTRATO BANCÁRIO. DEPÓSITO DE VALOR PLAUSÍVEL. ANTECIPAÇÃO DE TUTELA. SUSPENSÃO DOS EFEITOS DA MORA. INSCRIÇÃO NOS CADASTROS DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO. I - Na ação de consignação em pagamento cumulada com pedido de revisão de cláusulas de contrato bancário é cabível o deferimento do pedido de depósito de valor plausível que, segundo cálculo do autor e também apurado pela Contadoria Judicial, resulta das abusividades que alega na petição inicial. II - Para o deferimento do pedido de abstenção da inscrição nos cadastros de proteção ao crédito, além da plausibilidade do direito alegado na ação de revisão do contrato bancário, indispensável depósito judicial de valor compatível com a pretensão revisional ou caução idônea. Antecipação de tutela deferida. III - Agravo de instrumento improvido.(20080020156509AGI, Relator VERA ANDRIGHI, 1ª Turma Cível, julgado em 21/01/2009, DJ 09/02/2009 p. 46)
Nota-se que, visando não prejudicar o credor que tem interesse no pagamento, é perfeitamente possível que o mesmo extinga a dívida existente, desde que respeitados os pressupostos legais. Neste sentido, o Código de Processo Civil também traz disposições relativas à questão, inclusive estabelecendo procedimento especial para andamento do feito. Vejamos o que dispõe a norma citada:
 Art. 539. Nos casos previstos em lei, poderá o devedor ou terceiro requerer, com efeito de pagamento, a consignação da quantia ou da coisa devida. 
Art. 546. Julgado procedente o pedido, o juiz declarará extinta a obrigação e condenará o réu ao pagamento de custas e honorários advocatícios.
As normas acima disposta corroboram tudo o que foi exposto, podendo a presente ação ser julgada procedente com a extinção da obrigação.
III – DA ANTECIPAÇÃO DE TUTELA
Em que pese a presente demanda para satisfazer o interesse do requerente, convém salientar que este não pode esperar pelo provimento jurisdicional, tendo em vista que seu nome encontra-se inscrito no SPC/SERASA o que está lhe ocasionando dano.
Com isso, a concessão da tutela de urgência para que tenham satisfação atendida é medida que se impõe, sob pena de ter sérios prejuízos.
Nesse sentido, o art. 300 do Novo Código de Processo Civil, é expresso ao afirmar que:
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
§ 1o Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la.
Desta forma, o promovente requer a tutela antecipada de urgência sem a oitiva prévia da parte contrária, conforme (CPC/2015, art. 9º, parágrafo único, inc. I c/c 300, §2º), in verbis:
“Art. 9° Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida.
Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica:
I - à tutela provisória de urgência;”
IV- DOS PEDIDOS
Diante de todo exposto, postula-se:                                                              
a) Concessão da tutela de urgência;
b) A designação de dia e hora para realização de audiência de conciliação e mediação nos termos do art. 334 do CPC;
c) Seja autorizado o depósito em juízo do valor de R$ 4.000,00 (quatro mil reais) referente aos débitos;
d) Citação da ré para levantar os valores depositados, ou se quiser, apresentar resposta no prazo legal, sob pena de sujeitar-se aos efeitos da revelia;
e) Seja declarada a extinção da obrigação, quitação total do débito, oficiando-se ao SERASA/SPC, a fim de tornar definitivo o cancelamento do registro negativo e os registros de protesto;
f) A produção de todas as provas em direito admitidas.
     
   Dá-se a causa o valor de R$ 4.000,00 (quatro mil reais).
Nestes termos,
Pede e espera deferimento.
São Paulo, xx de xxxxxx de 2020.
ADVOGADO/OAB N°

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