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QUEM É REPRESENTE PAULO FREIRE

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1. QUEM É REPRESENTE?
R: Paulo Reglus Neves Freire,”Paulo Freire” nascido em Recife, 19 de setembro de 1921  e faleceu em  São Paulo, dia  2 de maio de 1997 foi um educador, pedagogo e filósofo brasileiro. É considerado um dos pensadores mais notáveis na história da pedagogia mundial, tendo influenciado o movimento chamado pedagogia crítica. É também o Patrono da Educação Brasileira.
Foi o brasileiro mais homenageado da história, com pelo menos 35 títulos de Doutor Honoris Causa de universidades da Europa e América; e recebeu diversos galardões como o prêmio da UNESCO de Educação para a Paz em 1986. Em 13 de abril de 2012 foi sancionada a Lei nº 12.612, que declara o educador Paulo Freire Patrono da Educação Brasileira. Segundo uma pesquisa envolvendo três estados brasileiros, Paulo Freire é o nome de escola mais comum.
2. QUAL PERÍODO ELE VIVEU?
R: A vida Paulo Freire e dividida em três etapas consideradas as mais importantes: O período em Recife (1921-1964); o período no exilio (1964-1980); o período em São Paulo (1980-1997).
Recife
 Em Recife podemos destacar três experiências significativas na vida de Freire além da experiência no SESI: o Movimento de Cultura Popular em 1960 (MCP); a experiência de Angicos-RN; e o Programa Nacional de Alfabetização do MEC em 1964 (com a utilização do método Paulo Freire de alfabetização de adultos). Foi o método de alfabetização de adultos que tornou Paulo Freire conhecido nacionalmente (e depois mundialmente) “quando o seu método de alfabetização de adultos foi divulgado em ampla campanha publicitária promovida pela Secretaria de Educação do Estado do Rio Grande do Norte” (BEISIEGEL, 2010, p. 14), por causa da experiência-piloto na cidade de Angicos, e que tem suas raízes no Já a experiência de Angicos foi um divisor de águas entre as primeiras experiências do método de alfabetização de adultos. Mas antes de falar dessa experiência é preciso ressaltar a atuação de Freire no MCP onde ele assumiu a direção da Divisão de Pesquisa em um projeto de educação de adultos. O método de alfabetização de adultos “coroava uma longa pesquisa de procedimentos que vinha ensaiando na Divisão de Educação do Sesi de Pernambuco, no qual ingressara em 1947, e mais recentemente, no Movimento de Cultura Popular (MCP) do Recife, que ajudara a criar, em maio de 1960” (BEISIEGEL, 2010, p. 39). O desenvolvimento do método de alfabetização de adultos tem origem nos círculos de cultura e centros de cultura realizados através do MCP. Posteriormente, à convite do Governador do Estado do Rio Grande do Norte, Freire coordenou a aplicação de seu método na cidade de Angicos onde, em 1963, alfabetizou em 45 dias cerca de 300 trabalhadores rurais. A experiência de Angicos ganhou repercussão nacional “quando o presidente João Goulart para lá se desloca com todo o seu ministério, para o término da experiência. Em consequência, Paulo Freire foi convidado para coordenar o Plano Nacional de Alfabetização” (GADOTTI, 2004, p. 51), mas o golpe militar interrompeu o projeto de superação do analfabetismo brasileiro.
No Exílio
Com o golpe militar de 1964, Paulo Freire foi acusado de agitador e levado para a prisão onde passou 70 dias, e em seguida se exilou no Chile. Durante cinco anos desenvolveu trabalhos em programas de educação de adultos no Instituto Chileno para a Reforma Agrária.
Em 1969, Paulo Freire lecionou na Universidade de Harvard. Durante dez anos, foi consultor especial do Departamento de Educação do Conselho Municipal das Igrejas, em Genebra, na Suíça. Viajou por vários países do Terceiro Mundo dando consultoria educacional.
Em 1980, com a anistia, Paulo Freire retornou ao Brasil, estabelecendo-se em São Paulo. Foi professor da UNICAMP e da PUC. Foi Secretário de Educação da Prefeitura de São Paulo, na gestão de Luísa Erundina. Após a morte de sua primeira esposa, casou-se com Ana Maria Araújo Freire, conhecida como Nita Freire, uma ex-aluna do Colégio Oswaldo Cruz.
O período em São Paulo
Freire retornou definitivamente para o Brasil em 1980. “Depois de 15 anos de exílio, aos 57 anos”. Neste mesmo ano recebeu o convite para trabalhar na Universidade de Campinas: Além da Universidade de Campinas começou a trabalhar também na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, no Programa de Estudos Pós-Graduados em Educação. 
Depois do seu retorno ao Brasil aqui permaneceu até a sua morte em 1997 mas sempre recebendo convites para atividades acadêmicas no exterior.
3. Qual contexto histórico?
R: Paulo Freire se opôs aos privilégios das classes dominantes, as quais impedem a maioria de usufruir os bens produzidos pela sociedade. Sua principal ideia refere-se a dois tipos de pedagogia: a pedagogia dos dominantes e a pedagogia do oprimido. A pedagogia do dominante é fundamentada em uma concepção bancária de educação, predomina o discurso e a prática, da qual deriva uma prática totalmente verbalista, dirigida para a transmissão e avaliação de conhecimentos abstratos, numa relação vertical, o saber é dado, fornecido de cima para baixo; é autoritária, pois manda quem sabe. Nesta concepção, denominada por Freire de Educação Bancária, o sujeito da educação é o educador, sendo os educandos como vasilhas a serem enchidas pelo conhecimento depositado pelo educador. 
Segundo Freire, a Pedagogia do Oprimido é uma proposta de oposição à esta realidade. Nesta concepção a educação surgiria como prática da liberdade, que deve surgir e partir dos próprios oprimidos. Não é suficiente que o oprimido tenha consciência crítica da opressão, mas que se disponha a transformar essa realidade. Sua proposta se configura como um trabalho de conscientização e politização.
A coragem de colocar em prática um trabalho de educação libertadora, que identifica a alfabetização com um processo de conscientização, fez de Freire um dos primeiros brasileiros a serem exilados pela ditadura militar. Acusado de subversão e preso em 1964, durante 72 dias, partiu para o exílio no Chile, onde trabalhou por cinco anos no Instituto de Capacitação e Investigação em Reforma Agrária (Icira) e escreveu seu principal livro: “Pedagogia do oprimido” (1968). Freire ainda passou por Estados Unidos e Suíça. Nesse período, prestou consultoria educacional a governos de países pobres, a maioria no continente africano.
4. Qual sua contribuição para a política na época?
R:  João Goulart, presidente do Brasil na época, chamou Paulo Freire para organizar o Plano Nacional de Alfabetização. Este plano, iniciado em janeiro de 1964, tinha como objetivo alfabetizar 2 milhões de pessoas em 20 000 círculos de cultura, e já contava com a participação da comunidade - só no estado da Guanabara, se inscreveram 6 000 pessoas. Mas, com o Golpe de Estado no Brasil em 1964, em abril, esse projeto foi abortado. Em seu lugar, surgiu o Movimento Brasileiro de Alfabetização, igualmente uma iniciativa para a alfabetização, porém distinta do método freiriano.
 Paulo Freire foi também defensor dos professores. Ele acreditava que o papel do professor ia além do ensinar, pois para ele o ato de ensinar está diretamente relacionado ao de aprender. Por essa razão, defendia que o professor deveria ser valorizado em todos os sentidos, pois ele é fundamental para a construção de uma sociedade que pretende atingir uma educação de qualidade.
Durante o período em que assumiu a direção da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, no governo de Luiza Erundina, ele trabalhou na defesa dos ganhos do profissional, bem como na implementação de movimentos de alfabetização, formação continuada e de revisão curricular.
5. O que se pode utilizar dessa ideologia de política hoje?
R: Ainda hoje, Paulo Freire é um ícone da educação brasileira, sendo um dos nomes mais respeitáveis para o embasamento teórico de pesquisas relacionadas à alfabetização. Seja ele amado, incompreendido ou rejeitado, isso não muda o fato de que as obras de Freire falam por si e se tornaram um legado importante para o desenvolvimento da visão educacional moderna.
Ele lutava por uma educação livre, por uma escola pública, populare democrática.
Hoje temos a Educação de Jovens e Adultos

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