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46 Rev Bras Med Esporte – Vol. 18, No 1 – Jan/Fev, 2012
PERFIL MORFOLÓGICO DE ATLETAS DE ELITE
DE BRAZILIAN JIU-JITSU
MORPHOLOGICAL PROFILE OF BRAZILIAN JIU-JITSU ELITE ATHLETES
10 ARTIGO RBME 322
Leonardo Vidal Andreato1,2
Emerson Franchini1
Solange Marta Franzói de Moraes2
João Victor Del Conti Esteves2
Juliana Jacques Pastório2
Thaís Vidal Andreato2
Tricy Lopes de Moraes Gomes2
José Luiz Lopes Vieira2
1. Universidade de São Paulo-USP, 
São Paulo, SP.
2. Universidade Estadual de 
Maringá-UEM; Maringá-PR.
Correspondência:
Departamento de Ciências 
Fisiológicas - Laboratório de 
Fisiologia do Esforço
Av. Colombo, 5.790, bloco H-79, sala 
109 - 87020-900 – Maringá, PR
E-mail: vidal.leo@hotmail.com
RESUMO
Atletas de diversas modalidades esportivas categorizadas pela massa corporal a reduzem para se enqua-
drarem em categorias inferiores. Essas reduções podem comprometer o desempenho e a saúde dos atletas. 
Para a determinação da categoria mais adequada é de suma importância o conhecimento da composição 
corporal, para que se evite a redução excessiva. Desta forma, o presente estudo buscou analisar o perfil 
morfológico de atletas de elite de Brazilian Jiu-Jitsu. A amostra constitui-se de 11 atletas com 25,8 ± 3,3 
anos, medalhistas em competições de nível nacional e/ou internacional. Realizou-se análise antropométrica 
para determinação de composição corporal e somatotipo. Observou-se percentual de gordura (10,3 ± 2,6%) 
dentro das indicações para esta população, alto percentual de massa muscular (61,3 ± 1,5%), assim como 
componente mesomórfico predominante (5,5 ± 1,0). Os pontos de maior e menor acúmulo de gordura fo-
ram as regiões abdominal (15,7 ± 6,3mm) e peitoral (6,8 ± 1,5mm), respectivamente. Conclui-se que atletas 
desta modalidade em período preparatório apresentam peso superior ao peso competitivo (4,4 ± 2,4%), 
embora apresentem níveis de massa gorda dentro das recomendações, alto percentual de massa muscular 
e componente mesomórfico predominante.
Palavras-chave: alto rendimento, antropometria, avaliação física.
ABSTRACT
Athletes from many sports that are categorized by body mass tend to reduce it to fit in lower categories. 
Such reduction can compromise the athlete’s performance and health. In order to determine the most ap-
propriate category, the body composition is highly relevant, especially to avoid excessive reduction. Thus, 
this study analyzed the morphological profile of Brazilian Jiu-Jitsu elite athletes. The sample was composed 
of 11 athletes, aged 25.8 ± 3.3 years, medalists in national and/or international competitions. The analysis 
was performed to determine the anthropometric body composition and somatotype. Body fat score from 
this population was 10.3 ± 2.6 % fat, a high percentage of muscle mass (61.3 ± 1.5 %), and predominant 
mesomorphic component (5.5 ± 1.0) was observed. The points of highest and lowest fat accumulation 
were respectively abdominal (15.7 ± 6.3 mm) and chest (6.8 ± 1.5 mm) regions. It can be concluded that 
athletes from this sport showed higher body mass during the preparatory period than in competitive con-
ditions (4.4 ± 2.4 %); however, they showed low body fat, high muscle mass percentage and predominant 
mesomorphic component. 
Keywords: high performance, anthropometry, physical evaluation.
INTRODUÇÃO
O conhecimento da composição corporal é essencial em modali-
dades esportivas de combate para o controle e definição de categoria 
de peso. Além disto, um maior percentual de gordura corporal está 
negativamente correlacionado com o desempenho em atividades de 
locomoção e de entradas de técnicas1,2. Alguns estudos distinguem 
atletas de diferentes níveis competitivos quanto à sua composição cor-
poral, relatando que atletas de menor nível competitivo apresentam 
maior percentual de massa gorda3. Desta forma, a maximização do 
percentual de massa magra dentro do limite superior de uma cate-
goria de peso poderia proporcionar ao atleta vantagem quanto ao 
rendimento físico4.
Para se enquadrarem em uma determinada categoria, diversos atle-
tas de modalidades esportivas de combate adotam a perda de peso5-8, 
fazendo uso de diferentes métodos, podendo recorrer à restrição calórica, 
restrição hídrica, desidratação por meio de saunas, corridas utilizando 
vestimentas que diminuem a troca de calor com o meio ambiente, uti-
lização de roupas plásticas, uso de diuréticos, laxantes, estimulantes e 
indução de vômito. Métodos estes que podem causar queda de rendi-
mento físico, afetar negativamente o aspecto cognitivo, trazer danos à 
saúde e até mesmo causar a morte6,9,10. 
Diversos estudos têm objetivado investigar os efeitos da redução de 
massa corporal sobre o desempenho11-15, as mudanças antropométri-
cas8,12,15, as respostas humorais7,16,17, os efeitos cognitivos9 e as respostas 
fisiológicas11, diferindo o método de redução em gradual e rápida18,19. 
Sendo o Brazilian Jiu-Jitsu um esporte no qual os atletas são di-
vididos em nove categorias de peso, além da categoria denominada 
absoluto20, os atletas utilizam a redução da massa corporal para se 
enquadrarem no limite superior de determinada categoria. Steen e 
Brownell21, em estudo com atletas norte-americanos de luta olímpi-
ca (n = 63), apontaram que 41% dos atletas relataram flutuações de 
peso de 5,0 a 9,1kg em uma semana. Brito et al.22 investigaram 120 
CIÊNCIAS DO EXERCÍCIO
E DO ESPORTE
Artigo originAl
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lutadores de Brazilian Jiu-Jitsu (14 mulheres e 106 homens) com idade 
de 21,4 ± 5,3 anos, em período pré-competitivo, e identificaram que 
29% dos lutadores adotavam algum método para rápida redução da 
massa corporal pré-competição. Porém, até o presente momento, não 
foram encontrados na literatura indicativos da magnitude da redução 
de massa corporal em atletas de Brazilian Jiu-Jitsu. 
Em geral, atletas de modalidades esportivas de combate de domí-
nio têm apresentado percentual de gordura corporal abaixo da média 
populacional4,16,23. Especificamente em relação ao Brazilian Jiu-Jitsu, 
Del Vecchio et al.24 relataram que lutadores da modalidade (n = 7) 
apresentavam valores de 9,8 ± 4,2% de gordura corporal. 
Além da composição corporal nas modalidades de lutas, Carter e 
Heath25 sugerem que o somatotipo e o sucesso esportivo estão posi-
tivamente correlacionados. Em modalidades esportivas de combate, 
o componente de mesomorfia tem sido destacado como o mais rele-
vante para o desempenho4,26, permitindo, inclusive, discriminar atletas 
de diferentes graus de desempenho27. Contudo, pouco se conhece 
acerca da somatotipologia em atletas de Brazilian Jiu-Jitsu, tendo sido 
encontrado apenas um estudo24 que reportou componente mesomór-
fico predominante nesta população (n = 7; 7,9 ± 1,4). 
Face às considerações anteriores e visto que o Brazilian Jiu-Jitsu 
é um esporte pouco estudado quanto aos aspectos antropométricos, 
o presente estudo teve como objetivo analisar o perfil morfológico 
apresentado por atletas de elite deste esporte.
MÉTODOS
Amostra
A amostra desta pesquisa constituiu-se de 11 atletas de elite 
de Brazilian Jiu-Jitsu, do sexo masculino, com idade de 25,8 ± 3,3 
anos, pertencentes à categoria adulta masculina, com graduações 
de faixa marrom e preta. Para se enquadrarem neste grupo foram 
medalhistas em competições de nível nacional e/ou internacional. 
Destes atletas, um pertencia à categoria pena (até 67kg), quatro à 
leve (até 73kg), três à médio (até 79kg), dois à pesado (até 91kg), e 
um à superpesado (até 97kg).
Todos os sujeitos, depois de informados sobre os procedimentos 
aos quais seriam submetidos, assinaram um Termo de Consentimento 
Livre e Esclarecido. Posteriormente, a coleta de dados ocorreu no Labo-
ratório de Fisiologia do Esforço (LABFISE) da Universidade Estadual de 
Maringá (UEM), entre os dias primeiro de agosto e 17 de setembro de 
2008. Neste período, os atletas se encontravam em período prepara-
tório. Este trabalho foi aprovado pelo Comitê Permanentede Ética em 
Pesquisa Envolvendo Seres Humanos (COPEP) da Universidade Estadual 
de Maringá, parecer nº 175/2007. 
Instrumentos de medida
Os atletas tiveram sua massa corporal mensurada com utilização 
de balança Filizola® com precisão de 0,1kg, e a estatura determinada 
em estadiômetro Seca® com precisão de 0,1cm, segundo protocolo 
de Lohman et al.28. A partir das medidas de massa corporal e estatura, 
determinou-se o índice de massa corporal (IMC) por uso do quociente 
massa corporal/estatura2 (kg/m2). 
Os perímetros de tórax, cintura, abdômen, quadril, antebraço, coxa 
e perna foram obtidos seguindo as técnicas descritas por Lohman et 
al.28, com exceção dos perímetros de braço relaxado, no qual conside-
rou-se a maior circunferência e perímetro de braço contraído, o qual 
foi medido no ponto de maior volume, no final de uma contração 
voluntária máxima do bíceps. Todos os perímetros foram determinados 
com uso de fita métrica Seca® com precisão de 0,1cm. Os diâmetros 
ósseos do bicôndilo femoral e bicôndilo umeral foram obtidos com 
paquímetro, com precisão de 0,1cm, de acordo com a descrição de 
Lohman et al.28.
A determinação da espessura das dobras cutâneas (peitoral, axilar 
média, tricipital, subescapular, abdominal, suprailíaca e coxa medial) 
foi realizada em forma de triplicata, sendo utilizado o valor médio, 
seguindo a padronização de Lohman et al.28. Para isto, utilizou-se plicô-
metro Harpenden (John Bull British Indicators®, Inglaterra) com pressão 
constante de 10g/mm, e precisão de 0,2mm. 
A partir da espessura das dobras cutâneas, determinou-se a densi-
dade corporal (DC) pela fórmula de Jackson e Pollock29:
DC = 1,11200000 – 0,00043499 (∑7EDC) + 0,00000055 (∑7EDC)2 – 
0,00028826 (IDADE)
onde ∑7EDC é o somatório da espessura das sete dobras cutâneas (peitoral, axilar 
média, tricipital, subescapular, abdominal, suprailíaca e coxa). 
Determinada a densidade corporal, utilizou-se a equação de Siri30 
para estimar composição corporal:
%G = [(4,95/DC) – 4,50] x 100
onde %G é o percentual de gordura corporal.
A massa muscular (MM) foi estimada pela equação proposta por 
Martin et al.31:
MM (g) = E (0,0553 · PC2 + 0,0987 · PABR2 + 0,0331 · PP2) – 2.445
onde E é a estatura, PC é o perímetro de coxa corrigido pela espessura da dobra 
cutânea de coxa, PABR é o perímetro de antebraço e PP é o perímetro de panturrilha 
corrigido pela espessura da dobra cutânea de perna medial, sendo todas as medidas 
em centímetros. Os perímetros de coxa e panturrilha foram corrigidos via subtração 
dos valores encontrados pelo valor de π multiplicado pelas respectivas espessuras 
de dobras cutâneas.
A determinação da somatotipia foi obtida valendo-se da proposta 
de Carter e Heath25 que considera massa corporal, estatura, diâme-
tros ósseos (bicôndilo umeral e bicôndilo femoral), perímetros (braço 
contraído e perna medial), e espessura das dobras cutâneas (tricipital, 
subescapular, suprailíaca e perna medial). 
ANÁLISE ESTATÍSTICA
Os dados obtidos foram analisados estatisticamente por meio do 
programa Excel® e apresentados em média, desvio padrão (DP), erro 
padrão da média (EPM), intervalo de confiança de 95% (IC95%) e am-
plitude (valores mínimos e máximos). 
RESULTADOS 
As características antropométricas dos atletas de Brazilian Jiu-Jitsu 
são apresentadas na tabela 1. As grandes variações quanto à massa 
corporal (83,1 ± 8,7kg) e estatura (180,1 ± 6,5cm) se devem principal-
mente às diferentes categorias competitivas desses atletas.
Os resultados indicaram baixo nível de gordura corporal, porém 
com grande variação entre os valores extremos. Os pontos de maior e 
menor acúmulo foram as regiões abdominal e peitoral, respectivamen-
te. Os atletas apresentaram componente mesomórfico predominante 
e elevado percentual de massa muscular.
DISCUSSÃO
A composição corporal é um componente essencial para o controle 
e definição da categoria de peso em modalidades esportivas de com-
bate. Porém, poucos estudos têm investigado o perfil morfológico de 
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atletas de Brazilian Jiu-Jitsu. Assim, a principal dificuldade ao analisar 
resultados encontrados em estudos com lutadores de Brazilian Jiu-Jitsu 
é a falta de indicadores em estudos publicados em periódicos indexa-
dos. Face a esta limitação, utilizou-se dados obtidos em modalidades 
semelhantes (judô e luta olímpica) para realizar possíveis comparações.
Outra dificuldade existente na análise dos dados é que não há ho-
mogeneidade em relação à fase de treinamento dos atletas, à equação 
para estimar a densidade corporal, à equação para estimar o percentual 
de gordura corporal e, quando adotado o método de espessura de 
dobras cutâneas, o tipo de compasso. 
Entretanto, quanto ao método de mensuração da composição 
corporal, a grande maioria dos estudos utiliza o método de espessura 
de dobras cutâneas para estimar a densidade corporal. Este estudo 
adotou a equação de Jackson e Pollock29, desenvolvida originalmente 
para indivíduos entre 18 e 61 anos. Embora esta equação não tenha 
se demonstrado sensível para identificar pequenas alterações na com-
posição corporal de judocas submetidos à perda de peso32, ela tem 
sido amplamente utilizada em estudos com atletas de modalidades 
esportivas de combate4,26 e atletas de outras modalidades33,34.
Apesar destas limitações, uma comparação dos resultados deste 
estudo com os resultados obtidos em outros estudos envolvendo lu-
tadores é apresentada na tabela 2.
Os resultados encontrados estão em conformidade com estudos 
anteriores que indicam que praticantes de esportes de combate de 
domínio possuem percentual de gordura abaixo da média populacio-
nal4,16,23. Quando comparados com outros estudos envolvendo luta-
dores de Brazilian Jiu-Jitsu e lutadores de modalidades semelhantes, 
percebe-se que os atletas deste estudo estão na média apresentada por 
esta população, sendo que o menor e o maior valor médio de percen-
tual de gordura foram 7,3%16 e 15,0%14, respectivamente. Analisando 
apenas os atletas de Brazilian Jiu-Jitsu, percebe-se uma grande simila-
ridade nos resultados encontrados quando comparados com aqueles 
(~10%) reportados por Del Vecchio et al.24. 
Dividindo os atletas da mesma nacionalidade1,2,24, com o objetivo 
de descartar possíveis diferenças étnicas, percebe-se similaridade entre 
os resultados deste estudo com os estudos de Del Vecchio et al.24 e 
Franchini et al.2, porém com uma discrepância quando comparados 
a judocas da seleção universitária de judô (n = 13; ~14%)1. 
O ponto de maior acúmulo de gordura corporal na presente amos-
tra foi a região abdominal. Judocas de elite (n = 43; 15,8 ± 11,5mm) e 
não-elite (n = 93; 15,4 ± 10,7mm)38 apresentaram valores semelhantes, 
e também apresentaram como maior ponto de acúmulo de gordura 
corporal a região abdominal. Este acúmulo de gordura na região cen-
tral é comum no gênero masculino, o qual tem como característica a 
distribuição de gordura no modelo andróide, devido principalmente 
a características hormonais39. 
O IMC, analisado isoladamente, classifica os atletas como tendo 
sobrepeso. Entretanto, essa classificação não é a melhor a ser utilizada 
para atletas, pois leva em consideração apenas a massa corporal e a 
estatura, não identificando os constituintes da composição corporal. 
Valores predominantes de mesomorfia elevados de massa muscular 
e o baixo nível de gordura corporal indicam que este IMC elevado 
é produto de um acentuado desenvolvimento da massa muscular 
encontrado nos lutadores do presente estudo. 
Carter e Heath25 sugerem que o somatotipo e o sucesso esportivo 
estão positivamente correlacionados. Em modalidades esportivas de 
combate de domínio, o componente de mesomorfia tem sido destaca-
do como o mais relevante para o desempenho4,26, permitindo, inclusive, 
discriminar atletas de diferentes graus de desempenho27. Neste senti-
do, nossos resultados quanto à somatotipia indicam que lutadores de 
Brazilian Jiu-Jitsu possuem componentemesomórfico predominante. 
Uma comparação somatotipológica entre os resultados deste estu-
do com outros estudos envolvendo lutadores é realizada na tabela 3.
Quando comparado o resultado deste estudo com outros estudos 
envolvendo lutadores de Brazilian Jiu-Jitsu e lutadores de modalidades 
similares (judô e luta olímpica) percebe-se que os atletas deste estudo 
apresentaram o maior valor quanto ao componente mesomórfico. Nos 
demais estudos, o menor valor de mesomorfia encontrado foi de 5,6 
em judocas de categoria mais leve (n = 18)40; em contrapartida, o maior 
valor foi de 7,9 em atletas de Brazilian Jiu-Jitsu (n = 7)24.
Os atletas foram avaliados em período preparatório, e constatou-se 
que todos encontravam-se acima do limite superior de massa corporal 
de suas categorias (4,4 ± 2,4%), com amplitude variando entre 1,0% e 
9,2%. Esses valores são compatíveis com o reportado em outras moda-
lidades como a luta olímpica6,21,42. O fato de os atletas estarem acima 
do limite superior da categoria competitiva merece atenção, uma vez 
Tabela 1. Características antropométricas de lutadores de Brazilian Jiu-Jitsu (n = 11).
Variável Média DP EPM IC95% Amplitude
Massa corporal (kg) 83,1 8,7 2,6 78,0-88,3 71,6-99,8
Estatura (cm) 180,1 6,5 2,0 176,3-183,9 172,0-191,0
IMC (kg/m²) 25,6 1,5 0,5 24,7-26,5 23,1-27,4
%Gordura 10,3 2,6 0,8 8,8-11,9 5,0-13,8
MG (kg) 8,7 2,8 0,8 7,0-10,3 4,0-12,9
MCM (kg) 74,4 6,9 2,1 70,4-78,5 64,7-87,8
MM (kg) 51,9 5,1 1,7 48,6-55,3 46,1-60,9
%MM 61,3 1,5 0,5 60,3-62,3 58,8-63,4
EDC (mm)
Abdominal 15,7 6,3 1,9 12,0-19,4 5,6-27,0
Axilar média 8,5 2,4 0,7 7,0-9,9 5,4-12,4
Coxa 11,5 3,0 0,9 9,8-13,3 6,5-15,5
Subescapular 13,8 3,0 0,9 12,1-15,6 8,2-18,2
Suprailíaca 9,5 4,1 1,2 7,1-11,9 4,8-17,0
Peitoral 6,8 1,5 0,4 5,9-7,7 4,2-9,6
Tricipital 8,5 2,9 0,9 6,8-10,8 5,6-16,2
∑7EDC 74,4 18,0 5,4 63,8-85,0 42,6-102,3
Média de 7EDC 10,6 2,6 0,8 9,1-12,1 6,1-14,6
Perímetros (cm)
Tórax 101,2 4,9 1,5 98,1-104,2 91,0-109,0
Cintura 84,1 4,9 1,5 81,2-87,0 75,5-91,0
Abdômen 83,9 5,3 1,7 80,6-87,1 78,0-93,0
Quadril 100,3 4,1 1,2 97,9-102,7 95,0-100,0
Braço 34,9 1,5 0,5 34,0-35,8 33,0-38,0
Antebraço 29,8 1,0 0,3 29,2-30,5 28,5-31,0
Coxa 58,9 2,6 0,8 57,3-60,5 55,0-62,5
Perna 37,4 2,5 0,8 35,8-38,9 32,3-41,0
Diâmetros
Bicôndilo umeral 7,1 0,2 0,1 7,0-7,3 6,8-7,5
Bicôndilo femoral 9,9 0,4 0,1 9,6-10,2 9,0-10,2
Somatotipo
Endomorfia 3,0 0,8 0,3 2,5-3,5 1,7-4,5
Mesomorfia 5,5 1,0 0,3 4,9-6,1 3,4-7,0
Ectomorfia 1,7 0,6 0,2 1,4-2,0 0,8-2,4
DP = desvio padrão; EPM = erro padrão da média; IC95% = intervalo de confiança de 95%; IMC = índice de massa 
corporal; MG = massa gorda; MCM = massa corporal magra; MM = massa magra; EDC = espessura da dobra 
cutânea; ∑7EDC = somatório das espessuras de sete dobras cutâneas.
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Tabela 2. Composição corporal em lutadores de diferentes estudos (valores apresentados em média ± desvio padrão).
Referência Atletas N Idade(anos)
Massa
corporal (kg)
%
Massa
gorda
Fase
de
treino
Método Densidadecorporal (equação)
%
Gordura
(equação)
Compasso
Presente
estudo
Atletas de Brazilian 
Jiu-Jitsu de elite 11 25,8 ± 3,3 83,1± 8,7 10,3 ± 2,6 P EDC
Jackson;
Pollock Siri Harpenden
Del Vecchio
 et al.(24)
Lutadores de Jiu-Jítsu
 de alto rendimento 7 25,3 ± 2,9 78,9 ± 12,2 9,8 ± 4,2 NR EDC
Guedes;
Guedes NR NR
Barbas 
et al.(23)
Wrestlers gregos
de elite 12 22,1 ± 1,3 72,1 ± 3,6 7,6 ± 0,9 NR EDC
Jackson;
Pollock Siri Harpenden
Franchini
et al.(1)
Seleção brasileira 
universitária de Judô 13 NR 89,0 ± 16,0 13,7 ± 5,2 NR EDC -
Drinkwater;
Ross Harpenden
Franchini
et al.(2)
Seleção brasileira 
titular de Judô 7 25,6 ± 4,0 90,6 ± 23,8 11,4 ± 8,4 PC EDC
Jackson;
Pollock NR Harpenden
Seleção brasileira
 reserva de Judô 15 25,5 ± 4,6 86,5 ± 16,3 10,1 ± 5,7 PC EDC
Jackson;
Pollock NR Harpenden
Degoutte
et al.(14)
Judocas franceses 
de nível nacional 10 NR 74,7 ± 6,7 14,9 ± 3,0 PC EDC
Durnin;
Rahaman NR Harpenden
Judocas franceses 
de nível nacional 10 NR 72,1 ± 1,4 15,0 ± 1,0 PC EDC
Durnin;
Rahaman NR Harpenden
Kraemer
et al.(16)
Wrestlers universitários 
norte-americanos 12 19,3 ± 1,2 75,3 ± 2,5 7,3 ± 0,7 NR EDC
Jackson;
Pollock Siri Lange
Callister
et al.(35)
Judocas de elite
 norte-americanos 18 24,4 ± 0,9 83,1 ± 3,8 8,3 ± 1,0 PC EDC
Jackson;
Pollock - Lange
Vardar
et al.(36)
Equipe nacional 
turca de Wrestling 8 17.3 ± 0.9 73.2 ± 17.7 9,7 ± 6,3 PC BIOBP - - -
Thomas
 et al.(37)
Judocas da 
seleção canadense 22 24 ± 4 75,4 ± 12,3 9,3 ± 2,1 PC EDC - Lohman Lange
NR = não relatado; EDC = espessura de dobras cutâneas; BIOBP = bioimpedância bipodal; PC = pré-competitivo; P = preparatório.
Tabela 3. Comparação somatotipológica entre lutadores de diferentes estudos. (Valores apresentados em média ± desvio padrão).
Referência Atletas N Idade Massa corporal (kg) Endomorfia Mesomorfia Ectomorfia Fase de Treino
Presente 
estudo
Atletas de Jiu-Jítsu 
de elite
11 25,8 ± 3,3 83,1± 8,7 3,0 ± 0,8 5,5 ± 1,0 1,7 ± 0,6 P
Del Vecchio 
et al.(24)
Atletas de Jiu-Jítsu 
de alto rendimento
7 25,3 ± 2,9 78,9 ± 12,2 3,2 ± 1,6 7,9 ± 1,4 1,6 ± 0,6 NR
Claessens 
et al.(40)
Judocas de elite 
até 71kg 
18 24,9 ± 4,0 65,7 ± 4,3 2,3 ± 0,4 5,6 ± 0,5 1,9 ± 0,4 PC
Judocas de elite 
71-86kg 
9 25,2 ± 4,7 81,2 ± 3,7 3,0 ± 0,5 6,0 ± 0,7 1,7 ± 0,7 PC
Judocas de elite acima 86kg 11 25,8 ± 3,6 108,3 ± 15,1 4,1 ± 0,9 6,2 ± 0,6 1,3 ± 0,4 PC
Farmosi(41)
Judocas húngaros
até 71kg
7 22,0 ± 3,8 66,7 ± 3,7 2,5 ± 0,5 6,6 ± 1,3 1,8 ± 1,0 NR
Judocas húngaros
acima de 71kg
11 21,2 ± 2,0 90,5 ± 18,4 4,3 ± 2,1 7,2 ± 1,6 1,4 ± 0,7 NR
NR = não relatado; P = preparatório; PC = pré-competitivo.
50 Rev Bras Med Esporte – Vol. 18, No 1 – Jan/Fev, 2012
que a redução rápida de massa corporal para se adequarem em suas 
categorias pode trazer dano à saúde43 e prejudicar o desempenho44, 
principalmente pelo fato de que estes atletas apresentam percentual 
de massa gorda compatível com as indicações para lutadores, e com-
ponente mesomórfico predominante. Assim, estratégias para coibir re-
duções acentuadas que apresentaram sucesso em outras modalidades 
esportivas de combate45,46 devem ser implementadas entre atletas de 
alto rendimento do Brazilian Jiu-Jitsu. Adicionalmente, mais estudos 
são necessários para identificar os perfis de atletas da modalidade, 
visto o baixo número de estudos envolvendo o Brazilian Jiu-Jitsu22,24,47.
CONCLUSÃO
Pode-se concluir que os atletas de elite de Brazilian Jiu-Jitsu pos-
suem percentual de massa gorda dentro das recomendações para 
esta população, alto percentual de massa muscular e componente 
mesomórfico predominante. Embora os atletas de elite de Brazilian 
Jiu-Jitsu possuam este perfil morfológico, devido ao período de treino 
corresponder ao período preparatório, apresentaram massa corporal 
superior ao limite superior de suas categorias competitivas, indicando 
a necessidade de recorrer à redução de massa corporal para se enqua-
drarem em suas categorias competitivas.
AGRADECIMENTO
Os pesquisadores Leonardo Vidal Andreato, João Victor Del
Conti Esteves e Juliana Jacques Pastório agradecem aos órgãos CNPQ 
e CAPES por bolsas de estudo.
Todos os autores declararam não haver qualquer potencial conflito de 
interesses referente a este artigo.
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