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Trabalho de didatica I

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UNIVERSIDADE PÚNGUE
Extensão de tete
Curso de Licenciatura em Ensino de Física 
Trabalho III de Matemática para o Físico
Nome: Petricha Rui Franque 
BREVE INTRODUÇÃO
O presente trabalho e referente a cadeira de didática Geral que faz uma abordagem sobre produção de ficha de leitura, com os seguintes temas: Definição da Didáctica (sentido de Ciência Didáctica), Objecto de estudo de didática, Principais Categorias Didácticas e seu Significado, Relação da Didáctica com outras Ciências, Conceito de Planificação, Os Níveis de Planificação do PEA, A programação do PEA e por fim As Condições Concretas na Planificação e Realização do PEA.
FICHA DE LEITURA
1. Definição da Didáctica (sentido de Ciência Didáctica)
A Didáctica é a parte da pedagogia que utiliza estratégias de ensino destinadas a colocar em pratica as directrizes e a teoria pedagógica, do ensino – aprendizagem.
Para LIBANEO (1990ː25) a didáctica e o principal ramo de estudo da pedagogia. Ela investiga os fenómenos, as condições e as modas de realização da instrução e do ensino. A ela cabe converter objectivos sociopolíticos e pedagógicas em objectivos de ensino seleccionar conteúdos em função desses objectivos.
Para NERICI (1991 ː17) a didáctica e conjuntos de recursos, técnicas que tem em mira dirigir a aprendizagem do educando tendo em vista leva –ló a atingir um estado de maturidade que lhe permite encontrar se com a realidade de maneira consciente, equilibrado e eficiente em agir como um cidadão participante e responsável Didáctica: origem etimológica e conceito
A palavra Didáctica deriva-se da palavra grega didactos, que significa “instrução”. Quer dizer, visto deste modo, a Didáctica desenvolveu-se como a teoria de instrução. Em sua Didáctica Magna, Coménio qualifica Didáctica como a “arte de instruir”.
Segundo PILETTI, (2004:39) “Pedagogia é a filosofia, a ciência e a técnica da educação”. Esse conceito é completo porque abrange todos os aspectos fundamentais da pedagogia.
A didáctica é uma disciplina técnica da pedagogia e que tem como objecto especifico a técnica de ensino (direcção técnica da aprendizagem). A Didáctica, portanto, estuda a técnica de ensino em todos os seus aspectos práticos e operacionais, podendo ser definida como “a técnica de estimular, dirigir e encaminhar, no decurso da aprendizagem, a formação do homem”.
2. Objecto de estudo de didática 
A didática geral como uma ciência tem o seu objecto de estudo que ee o processo de ensino e aprendizagem este ee considerado o foco da didática 
3. Principais Categorias Didácticas e seu Significado;
Depois de delimitar o objeto de estudo e pesquisa da Didática, o ensino, é fundamental explicitar os aspectos que conformam a estrutura base desta ciência particular. Sobre o ensino existe toda uma estrutura sistemática e sistematizada de conhecimentos científicos que permitem a independência dela. Esta ciência tem suas próprias categorias, suas leis e seus princípios que a sustentam.
Muitos manuais de Didática abordam o objetivo, conteúdo, método, meio, avaliação entre outros elementos do processo de ensino, como categorias didáticas. Ainda elas sejam tratadas como categorias, poderiam ser mais bem denominadas como componentes didáticos da aula. Pois elas não são categorias gerais, senão categorias elementares da aula. As três categorias gerais da Didática são: a docência, a aula, e a aprendência. Dentro da estrutura de cada categoria geral existem outras categorias menores. Naturalmente, existe uma importante inter-relação entre elas. Isso fundamenta a dialética da dinâmica do processo ensinante.
Docência: ação estruturada na concretização do processo de ensino, com ativa participação dos docentes e discentes. Não deve confundir-se com outros processos que acontecem na escola, mas que não configuram totalmente dentro da docência: processo extra-escolar, processo extra-docente e processo docente-educativo. Seus componentes básicos são o processo docente, o docente e o discente. "A docência é uma prática educativa, mas nem toda prática educativa é docência, por ex. relações familiares."(I ENCUP,2007).
Aula: operação docente celular aonde se concretiza o desenho curricular e a dinâmica do ensino. É uma operação docente, pois forma parte da ação docência, que a sua vez forma parte da atividade ensino. É celular, pois como cédula fundamental do processo de ensino se configura a partir de uma determinada unidade de tempo, num marco delimitado de espaço. Sua aplicação prática deverá permitir, com seus componentes, a consecução dos princípios didáticos. Formam parte da estrutura de uma aula os seguintes componentes: objetivo, conteúdo, tática (método, forma e meio), e controle (avaliação).
4. Relação da Didáctica com outras Ciências.
A didática como ciência se relaciona com muitas outras ciências é por esta razão que ele é inserido em quase todas as cadeiras de ensino pois cria bases de como ensinar 
Com a pedagogia 
Pedagogia – ciência que tem como desígnio o estudo da educação. Aborda os princípios e metodologias de ensino, na administração de escolas e na condução dos assuntos educacionais. O pedagogo, que trabalha para cobrir e melhorar a propriedade da educação tem dois grandes campos de atuação: a administração e o magistério, de modo que pode tanto gerenciar e supervisionar o princípio de ensino quanto orientar os alunos e os professores. A Didática explanando de forma simples e direta pode ser determinada como técnica de ensinar. A didática é um ramo da pedagogia que se ocupa dos métodos e técnicas de ensino, destinados a colocar em práticas as diretrizes da teoria pedagógica. 
Com a Psicologia
A Psicologia indica à Didáctica as oportunidades que melhor favorecem a expansão/desenvolvimento da personalidade bem como os processos que melhor garantem a efectivação da aprendizagem.
Com a Sociologia 
A Sociologia indica as formas de trabalho que permitem desenvolver a solidariedade, a liderança, a responsabilidade.
Com a Filosofia 
A Filosofia actua na integração das demais ciências que servem de base à Didáctica, coordenando-as numa visão que tem por fim explicar o educando como um ser completo que necessita de atendimento adequado, personalizado, de forma que se possam efectivar os propósitos da educação.
5. Conceito de Planificação;
O processo de ensino e aprendizagem é uma actividade intencional e, nesta condição, requer uma planificação, a começar pelo nível central, da escola e da aula. Neste sentido, a planificação do ensino-aprendizagem assume carácter de obrigatoriedade para o professor: o plano de ensino determina os objectivos a que se pretende chegar e o conteúdo a mediar e, ademais, algumas características fundamentais da estruturação didácticometodológica e organização do ensino. É essencialmente uma concepção de direcção didáctica do ensino.
A planificação é uma prática corrente em todas as actividades humanas, especificamente as que são realizadas intencionalmente. Por isso, a planificação do
PEA é a previsão mais objectiva possível de todas as actividades escolares para a efectivação do processo de ensino e aprendizagem que conduz o aluno a alcançar os objectivos previstos; e, neste sentido, a planificação do ensino é uma actividade que consiste em traduzir em termos mais concretos e operacionais o que o professor e os alunos farão na aula para conduzir os alunos a alcançar os objectivos educacionais propostos.
No que tem a ver com a planificação Saénz (1989:110), sublinha que “é um desenho ou síntese global e antecipatória do processo unitário de instrução, ou seja, do que o professor e o aluno vão realizar na turma.”
Em relação a este aspecto, Zabalza (2000: 47), por sua vez, ressalta que a planificação é um fenómeno de planear, de algum modo as nossas previsões, desejos, aspirações e metas num projecto que seja capaz de representar, dentro do possível, as nossas ideias acerca das razões pelas quais desejaríamos conseguir, e como poderíamos levar a cabo, um plano para concretizar.
Ainda, em conformidade com Gama et al (S.d), a Planificação docente É uma actividadeque consiste em definir e sequenciar os objectivos do ensino e da aprendizagem dos alunos, determinar processos para avaliar se eles foram bem conseguidos, prever algumas estratégias de ensino/aprendizagem e seleccionar recursos/materiais auxiliares.
Nestes termos, podemos acrescentar que planificar é determinar o que deve ser ensinado, como deve ser ensinado e o tempo que se deve dedicar a cada conteúdo e prever estratégias para a aquisição e a aprendizagem eficazes por partes dos alunos.
Na perspectiva de Monteiro (2001:32), planificação docente significa organizar no tempo e no espaço, em doses de rentabilidade, as determinantes dos programas, considerados, em função das ambiências concretas e especificidades inerentes as linhas estratégias mais adequadas.
Pensamos que a planificação é um fio condutor que ajuda o professor no seu dia-a-dia na sala de aula propondo um bom emprego das suas actividades e a eficácia dos mesmos junto dos alunos.
Parafraseando Zabalza (2000:85), que a planificação docente constitui uma das funções executivas do ensino em que o docente toma decisões em relação a aquilo que deve ser ensinado (que metodologias, que material didáctico, que recurso). Neste processo ainda, considera os resultados esperados, assim o currículo é transformado e adaptado pelo processo de planificação docente através de acrescentos, supressões, interpretações e decisões do docente.
6. Os Níveis de Planificação do PEA.
A prática do ensino do ensino mostra que o que acontece na escola como experiências da aprendizagem faz parte do currículo previsto para esse nível, classe ou tipo de ensino.
O professor, na sua planificação, desempenha, nesse sentido, o papel de quem operacionaliza e concretiza no terreno uma planificação anteriormente feita à níveis acima dele. Isto, em parte orienta o professor, mas ao mesmo tempo, como vimos anteriormente, nenhum plano do PEA pode considerar-se uma proposição rígida, acabada, o que faz com que, da sua parte, o professor planifique, à sua maneira, as suas aulas.
A planificação do processo de ensino-aprendizagem se realiza em dois níveis fundamentais: central e do professor, passando por um nível intermediário, o da planificação pela escola.
No que diz respeito aos níveis de planificação temos os seguintes:
Nivel de planificação central onde neste temos planificações curriculares (Programa de disciplina, programa do ano, unidade de ensino, Planificação trimestral)
A nível central, a planificação curricular é feita para todos os níveis e graus de ensino-aprendizagem (a nível da nação) e, na base disso, procede-se a definição do perfil de saída do nível/grau, curso, disciplina, ano, etc. a partir do qual se faz:
· A definição de objectivos, conteúdos e métodos gerais;
· A distribuição destes pelos anos (semestres, trimestres, etc) e pelas unidades do PEA;
· A elaboração dos programas detalhados por disciplina;
· Com base nos programas detalhados, elabora-se o livro do aluno, o manual do professor e outros meios de ensino-aprendizagem.
Como podemos ver através da experiência de educação em Moçambique, por exemplo, a planificação do professor começa, juntamente com outros colegas, com a elaboração do plano anual da disciplina, geralmente denominada “dosificação”, na qual o grupo de disciplina faz a distribuição das unidades de ensino em semanas, prevendo momentos de aula, de avaliações, para além doutras que mereçam destaque na planificação anual ou semestral. E, a seguir a isso, o professor individualmente (principalmente) ou em grupo faz o plano de aula(s), ou seja, a previsão do desenvolvimento do conteúdo para uma aula ou conjunto de aulas, tendo em conta um carácter bastante especifico em termos do tema (conteúdo), métodos e técnicas de ensino, objectivos, meios, isto é, das condições concretas em que se realiza(rá) o ensino-aprendizagem.
Nivel de planificação pelo professor onde parte de unidade de ensino (, planificação mensal, planificação quinzenais, planificação semanais e planificação diário)
7. A programação do PEA;
Programar é uma acção que visa organizar as actividades curriculares e extra-curriculares ou ainda. Numa escola em que existe uma equipe de professores e um certo número de turma de várias disciplinas eanos lectivos, é certamente necessário efectuar uma programação, que começa com a inscrição dos alunos, com a constituição das turmas mediante critérios previamente definidos e com a elaboração dos horários de alunos e professores. A exigência de programas de ensino oficiais, que tem de ser obrigatoriamente comprido exige uma programação prévia que consiste em saber
· Por onde começar;
· Número de aulas necessárias para cada assunto;
· Definição de prioridades;
Actividade extra curricular. Um dos aspectos mas importantes da programação é contabilizar o número de aulas efectivamente disponíveis em cada período escolar, descontando feriados e interrupções de aulas e avaliações. A confrontação deste número de aulas com aquelas que são consideradas necessárias para cada assunto, leva à definição de prioridades 
8. As Condições Concretas na Planificação e Realização do PEA.
Toda a planificação do PEA, nos diversos níveis, se definem os objectivos, seleccionam-se conteúdos a privilegiar, identificam-se estratégias, estabelecem-se tempos de realização e se prevêem actividades de avaliação. E no caso da planificação ao nível do professor, tudo se passa com mais pormenor, pesando muito mais a preocupação de adequar as propostas às características do contexto. E ao realizar esta adequação o professor deve tomar decisões, as quais devem preceder uma série de interrogações, tais como:
· Está adequada às características do meio em que estou a trabalhar?
· Toma em consideração os recursos e as limitações que o meio e a escola oferecem?
· Mobiliza todos os recursos humanos disponíveis (alunos, professores, funcionários da escola e elementos da comunidade)?
· É possível de ser executado por professores com as características dos que trabalham nesta escola?
· Toma em consideração as aprendizagens anteriores realizadas por estes alunos?
· Irá desencadear uma aprendizagem progressiva?
· Toma em consideração as características da turma?
Considerando as interrogações atrás referidas, quando se faz uma planificação terão de se tomar em linha de conta os seguintes componentes:
a. O meio envolvente à escola
Só artificialmente se pode considerar a escola separada do meio. As paredes da sala de aula são unicamente barreiras físicas, totalmente permeáveis aos problemas, interesses e hábitos culturais da zona em que ela está inserida. Se estes factores, aparentemente estranhos à turma, não são considerados nas propostas de aprendizagens, corre-se o risco de não interessarem ou de serem inacessíveis aos alunos. Os exemplos que se dão, os exercícios que se vão propor, as motivações que se utilizam, a linguagem que se usa, tudo têm de ser adequado ao meio. E, evidentemente, esta adequação tem muito que ver com as limitações e com os recursos quer materiais quer humanos que a escola e o meio oferecem. 
Com efeito, as condições em que se trabalha são por vezes tão fortemente imitantes que será utópico não as tomar em consideração. E assim, frequentemente o professor é forçado, por exemplo, a mudar de estratégia porque não é mesmo possível concretiza-la com o material de que dispõe.
Mas considerar de forma realista as limitações a que se está sujeito não significa que se adopte face a elas uma atitude de submissão; bem pelo contrário, é fundamental que elas se encarem sempre como um desafio à criatividade e iniciativa de cada um tal como é ilustrado pelo caso de um professor de Português que, não tendo qualquer biblioteca na escola, nem qualquer biblioteca de turma, e estando muito empenhado em desenvolver o gosto pela leitura com seus alunos, faz com eles uma recolha de contos tradicionais da região. Esses contos foram escritos pelos alunos, por eles ilustrados e policopiados, constituindo um pequeno embrião de uma colecção de textos à disposição de todos, talvez uma “biblioteca”mais viva e mais útil que muitas outras.
b. Recursos/meios de ensino existentes
É importante conseguir o aproveitamento óptimo dos recursos existentes. Desde o quadro preto à árvore do pátio da escola, à mão do professor que pousa amigavelmente no ombro do aluno, às experiências vividas podem contribuir para que as aprendizagens se tornem mais ricas e gratificantes.
O facto de a escola ter ou não máquina de projectar, filmes, slides, retroprojector, ter laboratórios bem ou mal equipados, o facto de a região ter ou não indústrias, explorações mineiras, etc., abertas a uma colaboração com a escola, ou ainda mercados ou feiras, artesanatos característicos que se possam explorar, ira ser decisivo na escolha de estratégias.
O mesmo também se aplica para o caso de recursos humanos. Por exemplo, o facto de se saber que há alguém que pode dar sobre um determinado assunto (exemplo, o inicio da luta armada de libertação de Moçambique, etc.) um depoimento vivo e que se põe à disposição dos alunos para contar a sua experiência e responder perguntas, pode alterar completamente e enriquecer uma estratégia anteriormente pensada. Há pois que contar com a riqueza de que são portadores os professores, os alunos, os familiares dos alunos, bem como os elementos da comunidade.
Finalmente, pensando nos recursos, é importante que o professor pense também que ele constitui um excelente recurso de ensino, pois tudo depende do seu “empenhamento, das atitudes, da natureza e da qualidade da relação pedagógica investida no processo educativo”. O professor ao planear a sua acção tem, pois, de estar bem consciente dos seus aspectos positivos e das suas limitações como pessoa e como profissional, a fim de que possa delas tirar o maior partido possível. E é assim que no corpo docente ou entre os funcionários se descobre que há musicólogos, poetas, arqueólogos amadores, fotógrafos, agricultores, oleiros, marceneiros, cozinheiros, etc. Cujos saberes podem enriquecer as actividades escolares de determinadas disciplinas (exemplo, ofícios, educação visual, educação musical, desenho, etc.). E o mesmo se pode aplicar no caso dos encarregados de educação que, dentre eles, se pode recorrer como portador de alguma riqueza cultural, o que igualmente é bom sob ponto de vista afectivo, que consiste em um filho ver que o que o pai ou a mãe fazem é valorizado a ponto de eles serem chamados à escola para ajudar, para ensinar como qualquer professor.
c. O aluno
Qualquer criança, adolescente ou jovem é portador de uma experiência de vida, de um saber, cujo seu aproveitamento é um recurso económico e eficaz (a compreensão de um determinado assunto é muitas vezes mais fácil se esse assunto for tratado por um colega em vez do professor), e o facto de permitir ao aluno trazer o contributo do seu próprio mundo ao PEA permite-lhe sentir que é um dos protagonistas desse processo e falo-a sentir-se digno de crédito, confiante em si mesmo e nos outros.
Por outro lado, uma componente importante na planificação do PEA é a sua adequação ao aluno. Realmente, para além da compreensão das características próprias do nível etário do aluno e das características médias da população escolar, certamente tidas na elaboração dos programas, é fundamental que o professor conheça as características pessoais do aluno.
Com efeito, se a verdadeira aprendizagem é sempre o produto da actividade pessoal de cada um, então o papel do professor consiste em tentar criar situações que favoreçam em cada aluno a mobilização óptima de todos os seus recursos, particularmente dos seus pré-requisitos. De facto, é fundamental que o aluno domine os pré-requisitos daquela unidade de ensino/aprendizagem, isto é, que domine aqueles conhecimentos e possua aquelas capacidades sem as quais não é possível realizar as aprendizagens subsequentes.
O aluno, como conjunto, agrupado em turma merece também ser conhecido. Cada turma é um grupo dotado de uma dinâmica própria e é necessário que o professor conheça essa dinâmica, os hábitos e o modo de reagir da turma para planificar a sua acção, de forma a tirar o máximo partido da turma como um recurso. A confrontação de pontos de vista diferentes, o aceitar pôr-se em questão, o hábito de ouvir os outros, de respeitar pontos de vista diferentes dos seus, de se exprimir claramente, de ajudar e de ser ajudado, de lutar pelo que considera certo são, entre outras, aprendizagens que o trabalho na turma pode proporcionar e que permitem contribuir para o desenvolvimento cognitivo, social e afectivo dos alunos.
O conhecimento do comportamento da turma irá ainda ter uma influência decisiva no tipo de trabalho que se ira propor: a uma turma irrequieta será preciso fazer propostas mais dinâmicas que canalizem aquela energia excessiva para actividade produtiva. Para alunos excessivamente competitiva será de insistir em propostas assentes no trabalho de grupo, etc.
d. Conteúdos
Os conteúdos a ser ter em conta na planificação do PEA pelo professor já vêm indicados, em linhas gerais, pelos programas de ensino que se baseia nos esquemas conceptuais que os presidem e os temas organizadores.
Neste sentido, quando os professores duma mesma escola não trabalham em conjunto sobre um mesmo programa pode haver diferenças de interpretação. Isso é que faz com que na mesma escola diferentes professores dêem as rubricas com ênfases diferentes e por ordens diferentes. Este facto poderá aparentemente não ser importante, mas a discrepância de situações em que inevitavelmente os alunos se encontrarão ao enfrentarem os exames repercutiríeis, naturalmente, a nível da classificação.
Neste sentido, o importante consiste em perceber que para além da organização do conhecimento em si, com base nas suas regras, o conteúdo abrange todas as experiências educativas do conhecimento, devidamente seleccionadas e organizadas pela escola. E na selecção da matéria deve-se ter em conta o valor funcional que mais se liga aos problemas da actualidade e tenha valor social. A selecção deve ter em conta os interesses regionais bem como as necessidades e fases do desenvolvimento do aluno.
e. Objectivos
Os objectivos consistem na descrição clara do que se pretende alcançar como resultado da nossa actividade. Os objectivos nascem da própria situação (comunidade, da família, da escola, da disciplina, do professor e, principalmente, do aluno).
f. Procedimentos de ensino
Trata-se de acções, processos ou comportamentos planeados pelo professor para colocar o aluno em contacto directo com as coisas, factos e fenómenos que possibilitem modificar sua conduta, em função dos objectivos previstos. Eles se relacionam com os recursos didácticos, teóricos e materiais que o professor tem de utilizar para alcançar os objectivos de aprendizagem dos seus alunos: compreende métodos e técnicas de ensino e de todos os recursos auxiliares usados para estimular a aprendizagem do aluno.
g. Avaliação
A avaliação se justifica como componente essencial do plano de ensino pelo facto de ajudar na determinação do grau e quantidade de resultados alcançados em relação aos objectivos definidos. Nesta ordem de ideais, quando terminam os trabalhos previstos para o ano lectivo, para aquela unidade de ensino ou para aquela lição, bem como as actividades que, por se ter de atender a qualquer acontecimento inesperado substituíram ou complementaram o que estava planificado, a próxima etapa é avaliar o plano executado, referindo determinadas perspectivas: a sua eficácia, o seu rendimento e optimização, a sua maximização.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICA 
1. LIBANEO, José Carlos, Didáctica, São Paulo: Cortez, 1994.
2. NIVAGARA, Daniel. Didáctica Geral: Aprendendo a ensinar, Maputo, UP, 2009 
3. PILETTI, Claudino, Didáctica Geral, São Paulo, 23ª Edição, 2006.

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