Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE FORMIGA - UNIFOR CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA EM BACHARELADO TAYSE APARECIDA MARTINS MENDES OBESIDADE INFANTIL E EXERCÍCIO FÍSICO FORMIGA - MG 2015 TAYSE APARECIDA MARTINS MENDES OBESIDADE INFANTIL E EXERCÍCIO FÍSICO Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Curso de Educação Física do UNIFOR, como requisito parcial para obtenção de título de bacharel em Educação Física. Orientador: Prof. Rodrigo Vinícius Ferreira. FORMIGA - MG 2015 Tayse Aparecida Martins Mendes OBESIDADE INFANTIL E EXERCÍCIO FÍSICO Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Curso de Educação Física do UNIFOR, como requisito parcial para obtenção de título de bacharel em Educação Física. Orientador: Prof. Rodrigo Vinícius Ferreira. BANCA EXAMINADORA _____________________________________________ Prof. Rodrigo Vinícius Ferreira Orientador _____________________________________________ Prof. Ms. Alan Peloso Figueiredo Avaliador/UNIFOR _____________________________________________ Prof. Ms. Gleuber Henrique Marques de Oliveira Avaliador/UNIFOR _____________________________________________ Prof. Paulo Márcio Montserrat Avaliador/UNIFOR Formiga, 03 de Julho de 2015. Dedico este trabalho a toda minha família pelo amor incondicional, e por se dedicarem tanto a mim. A meu namorado por estar comigo nos momentos difíceis, pelo apoio, dedicação e compreensão. Aos professores dо curso, qυе foram tãо importantes nа minha vida acadêmica е nо desenvolvimento dеste trabalho. AGRADECIMENTOS Primeiramente agradeço a Deus por minha vida, família e amigos, por ter me dado saúde, força e determinação para superar as dificuldades ao longo desses quatro anos. Agradeço ao meu Avô José Vaz Mendes, por se dedicar tanto a mim, a minha irmã Dayana pelas correções e incentivos dedicando a mim o pouco tempo que lhe coube. A minha Mãe Rosimere e meu pai José Aparecido Mendes pelo apoio durante toda a minha formação, à vocês meus eternos agradecimentos. Agradeço a meu namorado Paulo Roberto pela sua capacidade dе acreditar e confiar еm mіm, e qυе dе forma especial е carinhosa mе dеυ força е coragem, mе apoiando nоs momentos dе dificuldades. Espero algum dia retribuir tanta dedicação e amor incondicional. Agradeço ao Centro Universitário de Formiga, a todo o corpo docente, por abrir um novo horizonte cheio de oportunidades. Agradeço ao meu Prof. Orientador Rodrigo Vinícius Ferreira, que sеmprе me fez entender qυе о futuro é feito а partir dа constante dedicação nо presente, agradeço pela oportunidade, suporte, confiança e dedicação prоporcionando conhecimento não apenas racional, mаs а manifestação dо caráter е afetividade dа educação nо processo dе formação profissional. Agradeço ao meu Prof. Mestre Gleuber Henrique Marques de Oliveira, pelo incansável empenho a ministrar a matéria de Seminário III, pelas suas correções e incentivos. Aos demais professores agradeço pоr tanto qυе sе dedicaram а mim, nãо somente pоr terem mе ensinado, mаs por terem mе feito aprender. А palavra mestre, nunca fará justiça аоs professores dedicados аоs quais sеm nominar terão оs meus eternos agradecimentos. Agradeço a todos colegas de turma qυе dе alguma forma estiveram е estão próximos dе mim, fazendo esta longa caminhada se tornar mais agradável. RESUMO A obesidade infantil é um tema de crescente importância devido a sua prevalência e a associação com diversas condições mórbidas. Estudos mostram significativo aumento na prevalência de sobrepeso e obesidade em diversos países e em diferentes faixas etárias, inclusive na população infantil. A prevalência elevada de obesidade na infância e na adolescência pode resultar no desenvolvimento mais precoce de doenças crônicas na idade adulta, diminuição da qualidade de vida e custo elevado em cuidados de saúde, sendo um fator de risco para doenças como diabetes mellitus tipo 2, hipertensão arterial, dislipidemia, síndrome metabólica e eventos clínicos relacionados à aterosclerose, como infarto agudo do miocárdio e acidente vascular encefálico. O objetivo deste trabalho é verificar como o exercício físico pode contribuir na prevenção e controle da obesidade infantil. Os objetivos específicos consistem em definir a obesidade infantil e discutir os benefícios para as crianças obesas. Este trabalho trata-se de uma pesquisa bibliográfica, de natureza descritiva e caráter qualitativo. O exercício físico proporciona efeitos positivos em crianças obesas, culminando na redução do excesso de peso, massa gorda, perímetro abdominal e pressão arterial das mesmas. Conclui-se que a obesidade infantil deve ser tratada, evitando-se problemas futuros para as crianças obesas, principalmente com alimentação equilibrada e exercício físico. Palavras chave: Benefícios. Exercício Físico. Obesidade Infantil. ABSTRACT Childhood obesity is an increasingly important issue due to its prevalence and association with various morbid conditions. Studies show significant increase in the prevalence of overweight and obesity in different countries and in different age groups, including in children. The high prevalence of obesity in childhood and adolescence may result in the early development of chronic diseases in adulthood, decreased quality of life and high cost of health care, being a risk factor for diseases such as type 2 diabetes mellitus, hypertension blood, dyslipidemia, metabolic syndrome and clinical events related to atherosclerosis, such as acute myocardial infarction and stroke. The objective of this study is to see how physical exercise can contribute to the prevention and control of childhood obesity. The specific objectives are to define childhood obesity and discuss the benefits for obese children. This work it is a bibliographical research, descriptive and quantitative nature. The exercise provides positive effects in obese children, culminating in reducing excess weight, fat mass, waist circumference and blood pressure them. We conclude that childhood obesity should be treated, avoiding future problems for obese children, especially with balanced diet and exercise. Keywords: Benefits. Physical Exercise. Childhood Obesity. LISTA DE SIGLAS DAC – Doença Arterial Coronariana DVC – Doença Cardiovascular DM2 – Diabetes Mellitus tipo 2 ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente HAS- Hipertensão arterial sistêmica ICC – Insuficiência Cardíaca Congestiva ICQ – Índice Cintura Quadril IM – Infarto do Miocárdio IMC – Índice de Massa Corporal OA – Osteoartrose OMS – Organização Mundial de Saúde PA – Pressão Arterial SAOS – Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono SM – Síndrome metabólica LISTA DE FIGURAS Figura 1: IMC por idade meninos ............................................................................ 103 Figura 2: IMC por idade meninas ............................................................................ 124 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 10 2 OBJETIVOS ........................................................................................................... 12 2.1 Objetivo Geral .................................................................................................... 12 2.2 Objetivos Específicos .......................................................................................12 3 OBESIDADE CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS ...................................................... 13 4 OBESIDADE INFANTIL: FATORES QUE LEVAM A ESSA EPIDEMIA ............... 17 5 EXERCÍCIO FÍSICO COMO PREVENÇÃO E TRATAMENTO DA OBESIDADE INFANTIL .................................................................................................................. 20 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 25 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 26 10 1 INTRODUÇÃO Nos escritos de Hipócrates e Platão, as recomendações quanto à manutenção e aos cuidados em relação ao peso corporal já eram evidenciados. À medida que os séculos foram passando, as migrações, a capacidade de organização humana e o fim do nomadismo determinaram mudanças na aparência corporal. A ocorrência de guerras, períodos de carência de alimentos e a fixação do homem no campo contribuíram para maior proporcionalidade nos modos de viver, de comer e do próprio corpo do homem (MORAES; DIAS, 2013). Com o efeito da globalização, o aprimoramento da tecnologia fizeram com que as famílias brasileiras se tornassem mais práticas. Com a falta de tempo as pessoas buscam cada vez mais praticidade no dia a dia, como os fast-foods e produtos industrializados. Com o crescente aumento dos centros urbanos, da violência e da tecnologia, que instiga o interesse das crianças, elas deixaram de lado os brinquedos reais e passaram a brincar virtualmente, demandando apenas um esforço mental e não físico. Como consequência, o índice de obesidade infantil tem aumentado com o passar dos anos. Esta obesidade irá refletir sérios problemas desde a infância até a vida adulta. Sabe-se que a alimentação ocupa papel importante na relação entre pais e filhos, pois, além de ser um modo de manter o indivíduo vivo e aplacar a fome, o ato de comer é um meio de troca de afeto, comunicação, interação e, por vezes, também de oposição. A família é responsável pela formação do comportamento alimentar da criança através de uma aprendizagem social, sendo os pais os primeiros educadores nutricionais. Dessa maneira, como outros ambientes socialmente influentes, o núcleo familiar interage juntamente com as predisposições genéticas e psicológicas à obesidade infantil (MORAES; DIAS, 2013). Neste contexto o educador físico formula um programa de exercícios físicos, levando em conta as necessidades da criança, juntamente com outros profissionais e a família mudando os hábitos alimentares e a rotina de todos os indivíduos da casa. Sendo assim, o tema deste trabalho é obesidade infantil e exercício físico, e tem como problema: como o exercício físico pode ajudar na prevenção e controle da obesidade? 11 Para que o controle e prevenção da obesidade infantil sejam atingidos, são necessários programas de promoção da saúde, visando a hábitos alimentares saudáveis e práticas de atividades físicas regulares para combater essa realidade. (REIS, VASCONCELOS, BARROS, 2011). Assim, este trabalho justifica-se pela necessidade de entender e compreender como o exercício físico pode contribuir no controle e prevenção da obesidade infantil, uma vez que, crianças com sobrepeso e/ou obesidade possuem chances maiores de serem adultos obesos. Este trabalho trata-se de uma pesquisa bibliográfica, de natureza qualitativa e caráter descritivo. Segundo Gil (2008), a pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. Dessa forma, a pesquisa bibliográfica é o estudo sistematizado desenvolvido com base em material publicado em livros, revistas, jornais e redes eletrônicas, isto é, material acessível ao público em geral. Ela fornece instrumental analítico para qualquer outro tipo de pesquisa, mas também pode esgotar-se em si mesma. 12 2 OBJETIVOS 2.1 Objetivo Geral Verificar como o exercício físico pode contribuir na prevenção e controle da obesidade infantil. 2.2 Objetivos Específicos 1) Definir obesidade infantil e diferenciar exercício físico de atividade física; 2) Discutir a contribuição do exercício físico para crianças obesas. 13 3 OBESIDADE: CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS O excesso de peso é considerado atualmente como uma epidemia global, tornando-se um grave problema de saúde pública. Pode ser classificado como obesidade e sobrepeso, de acordo com sua intensidade. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), sobrepeso e obesidade podem ser definidos como acúmulo anormal ou excessivo de gordura que apresenta risco para a saúde, sendo feita a classificação utilizando-se o índice de massa corporal (IMC). O sobrepeso consiste em IMC igual ou superior a 25 kg/m2 e obesidade em IMC igual ou superior a 30 kg/m2. (MARINS; REZENDE, 2013). Ela é também definida, além de anormal ou excessivo acúmulo de gordura, como uma doença, uma síndrome, um aspecto do nosso metabolismo ou a falta de controle sobre o ato de comer (MORAES; DIAS, 2013). As Figuras 1 e 2 demonstram o IMC para meninos e meninas: Figura 1: IMC por idade meninos Fonte: WHO,2007. 14 Figura 2: IMC por idade meninas Fonte: WHO,2007. Para aferir o percentual de gordura do corpo, profissionais da área da saúde, como: educadores físicos, nutricionistas, médicos, se utilizam do IMC, o somatotipo, dobras cutâneas, índice cintura-quadril (ICQ), perímetro abdominal, bioimpedância, dentre outros. Os métodos mais utilizados na coleta de dados relacionados ao estudo da composição corporal são a pesagem hidrostática, as pregas cutâneas, a bioimpedância elétrica e as medidas das circunferências corporais. (MIQUELETO, 2006). A obesidade é uma doença cada vez mais comum, cuja prevalência já atinge proporções epidêmicas. Uma grande preocupação médica é o risco elevado de doenças associadas ao sobrepeso e à obesidade, tais como diabetes, doenças cardiovasculares (DCV) e alguns cânceres, como pâncreas, por exemplo. É importante o conhecimento das comorbidades mais frequentes para permitir o diagnóstico precoce e o tratamento destas condições, e para identificar os pacientes que podem se beneficiar com a perda de peso. Isso permitirá a identificação precoce e avaliação de risco, de forma que as intervenções adequadas possam ser realizadas para reduzir a mortalidade associada. (MELO, 2011, p.1). Estima-se que cerca de 30 a 50% da determinação da forma do corpo, dos padrões de distribuição de gordura e da resposta à superalimentação podem ser 15 atribuídos a fatores genéticos, o que predispõe os indivíduos em risco a serem mais vulneráveis ao ganho de peso em um ambiente permissivo. Assim, a complexa mistura de fatores genéticos e ambientais terminaria por influenciar o peso de um indivíduo (MARINS; REZENDE, 2013). Como já dito anteriormente, a etiologia da obesidade é considerada multifatorial, envolvendo fatores orgânicos, ambientais, comportamentais, psicossociais e socioeconômicos, o que a torna, assim, bastante complexa; é um fator de risco à saúde. (MORAES; DIAS, 2013). Tais condições causam prejuízo à saúde, como elevado risco de doenças cardiovasculares, hipertensão arterial, aterosclerose, diabetes tipo II, disfunção hepática, afecções ortopédicas, respiratórias, além de baixa autoestima. Além disso, a obesidade, quando associada a alterações metabólicas específicas, desenvolve um conjunto de sinais e sintomas que levam ao aparecimento da chamada síndrome metabólica que, quando presente na infância, eleva o risco de eventos cardiovasculares precoces na idade adulta. (MARINS; REZENDE, 2013). A obesidade está fortemente associadaa um risco de Doenças Cardiovasculares, Câncer ou Mortalidade. Estudos associam a obesidade a um aumento da prevalência de Diabetes tipo 2 (DM2), Doença da Vesícula Biliar, Doenças Arterial Coronariana (DAC), hipertensão arterial sistêmica (HAS), Osteoartrose (OA) e Dislipidemia. Além disso apontam para uma forte associação entre obesidade e doenças associadas e queixas de saúde física. (MELO, 2011). A síndrome metabólica (SM) representa um grupo de fatores de risco cardiometabólico que incluem a obesidade abdominal combinada com a elevação da pressão arterial, glicemia de jejum e triglicerídeos, e redução do nível de colesterol HDL (high density lipoprotein). A presença de SM está associada a um risco aumentado de eventos cardiovasculares e mortalidade, hipertensão arterial. (MELO, 2011). A obesidade é fator de risco independente para DCV, incluindo DAC, infarto do miocárdio (IM), angina, insuficiência cardíaca congestiva (ICC), acidente vascular cerebral, hipertensão e fibrilação atrial. Estudo recente com mais de 37 mil adolescentes mostrou que aqueles com um IMC maior, mesmo dentro da faixa de normalidade, apresentam maior risco de DAC na vida adulta. (MELO, 2011). 16 Segundo Melo (2011), a apneia obstrutiva do sono pode ser definida como a obstrução total ou parcial da via aérea durante o sono, sendo o sobrepeso um fator de risco para essa condição. O aumento de peso está diretamente associado ao risco de desenvolvimento da síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAOS). Além disso, estudos epidemiológicos prospectivos demonstraram que doenças do sono predispõem à obesidade. Obesidade é o maior fator de risco para o desenvolvimento de apneia do sono, que está presente em 40% dos obesos sem queixas sugestivas, em 55% dos adolescentes submetidos à cirurgia bariátrica e em 71% a 98% dos obesos mórbidos. 17 4 OBESIDADE INFANTIL: FATORES QUE LEVAM A ESSA EPIDEMIA De acordo com ECA (Estatuto da criança e do adolescente) considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos. (BRASIL, 1990). Segundo Camargo et al. (2013), mudanças nos hábitos atuais de vida da sociedade, práticas como abandono do aleitamento materno, a utilização de alimentos formulados e processados, difusão de jogos eletrônicos e a prática de assistir televisão por muitas horas, em detrimento das atividades físicas como brincadeiras de rua, andar de bicicleta, caminhar pelo bairro, apresentam-se como fatores que contribuíram para as mudanças do estilo de vida e são considerados determinantes para o aumento da obesidade na infância. Estima-se que aproximadamente 30 a 50% da determinação da forma do corpo, dos padrões de distribuição de gordura e da resposta à superalimentação podem ser atribuídos a fatores genéticos, o que predispõe os indivíduos em risco a serem mais propícios ao ganho de peso em um ambiente permissivo. Dessa forma, a complexa mistura de fatores genéticos e ambientais influencia o peso de um indivíduo. (MARINS; REZENDE, 2013). Vários fatores são importantes na gênese da obesidade, como os genéticos, os fisiológicos e os metabólicos; no entanto, os que poderiam explicar este crescente aumento do número de indivíduos obesos parecem estar mais relacionados às mudanças no estilo de vida e aos hábitos alimentares. O aumento no consumo de alimentos ricos em açúcares simples e gordura, com alta densidade energética, e a diminuição da prática de exercícios físicos, são os principais fatores relacionados ao meio ambiente. (OLIVEIRA; FISBERG, 2003). O consumo de alimentos industrializados, ricos em carboidratos e gorduras saturadas, e a mecanização, com consequente diminuição da atividade física, têm levado à deterioração nutricional com aumento da prevalência de excesso de peso. É consenso considerar a multiplicidade de fatores que estão associados à obesidade, nos quais a genética, o metabolismo e o ambiente interagem e refletem em diferentes casos clínicos. As condições ambientais são as que têm exercido grande influência para o aumento da obesidade, e se o ambiente não mudar, dificilmente o obeso conseguirá emagrecer e manter-se magro. As mudanças da sociedade, ou seja, o ambiente como um todo, as famílias e o ambiente familiar 18 devem provocar estímulos de mudanças nos hábitos e estilo de vida das pessoas. (CAMARGO, et al., 2003) A maturação sexual, um dos métodos utilizados para avaliar a maturidade biológica, é caracterizada por alterações físicas e biológicas que ocorrem durante a puberdade. Este fenômeno, relacionado com o tempo biológico e com a idade cronológica, não necessariamente sincronizados, ocorre mais cedo em moças em comparação aos rapazes, sendo por volta dos 12 e 14 anos, respectivamente. A menarca corresponde a um evento tardio da puberdade e é importante indicador da maturação sexual. A tendência à antecipação da idade em que ela ocorre, observada por décadas nos países desenvolvidos, sempre foi relacionada à melhora das condições de vida e saúde da população, particularmente do acesso aos alimentos. (OLIVEIRA; FISBERG, 2003). Está bem estabelecido que por questões hormonais o excesso de peso adianta a puberdade nas meninas, fazendo com que elas consequentemente menstruem mais cedo. Assim, estudos recentes têm sugerido que a idade da menarca pode estar se estabilizando, sendo a antecipação percebida decorrente do aumento da prevalência de sobrepeso e obesidade e não mais relacionada à melhora nutricional. (OLIVEIRA; FISBERG, 2003). Com relação às crianças, não existe um método que consiga mensurar o índice de sobrepeso e obesidade devido às alterações fisiológicas que ocorrem com o crescimento. Dessa forma, dependendo do sexo e da idade, utilizam-se curvas de crescimento e IMC específicos. (MARINS; REZENDE, 2013). Segundo a OMS, a tabela de IMC para crianças de 2 a 5 anos (ou Tabela de IMC Infantil) também é muito mais complexa que a de adultos, que apresenta um aumento de tolerância ao decorrer dos anos, ou seja, o aumento de peso não necessariamente significa que a criança está ficando obesa, enquanto que o contrário também é verdadeiro, a diminuição do IMC não necessariamente significa que a criança está emagrecendo (justamente por que ela está crescendo). Assim sendo, o IMC é considerado um indicador útil da obesidade, no entanto, o ponto chave do IMC, para que uma criança seja considerada obesa, não está claro, sendo os mais utilizados os percentis 95 e 97. (ESCALANTE, et al., 2009). A influência genética de sobrepeso e obesidade provavelmente está relacionada às características do metabolismo da criança, as quais estão 19 possivelmente alteradas nas síndromes envolvendo a obesidade. A etiologia dessa doença crônica é multifatorial, genética e ambiental (MARINS; REZENDE, 2013). O impacto do excesso de peso na puberdade se reveste de importância na medida em que a obesidade é fator de risco para doenças cardiovasculares, metabólicas e neoplásicas na idade adulta. (OLIVEIRA; FISBERG, 2003). Segundo dados do IBGE, no Brasil a prevalência do excesso de peso em crianças de 5 a 9 anos e em adolescentes, que mostrou modesto aumento até o final da década de 80, praticamente triplicou nos últimos 20 anos. (IBGE, 2010). De todas as faixas etárias acometidas pelo aumento da prevalência de excesso de peso, atenção especial deve ser destinada à infância e adolescência, uma vez que é justamente neste período da vida onde os hábitos alimentares são formados, bem como o interesse pela prática de atividade física. Sabe-se que o tempo em que um indivíduo fica expostos durante sua vida à obesidade também interfere na gravidade das morbidades e suas complicações futuras. (BISMARCK- NASR, 2012). 20 5EXERCÍCIO FÍSICO COMO PREVENÇÃO E TRATAMENTO DA OBESIDADE INFANTIL Há diversas definições para o termo atividade física na literatura. A atividade física pode ser conceituada como qualquer movimento corporal com gasto energético acima dos níveis de repouso, incluindo as atividades diárias, como banhar-se e vestir-se; as atividades de trabalho, como andar, carregar algo; e as atividades de lazer, como exercitar-se, praticar esportes, dançar, dentre outros (ARAUJO, D.; ARAUJO, C., 2000). Para Barbosa et al., (1999), a atividade física é considerada como toda e qualquer ação que proporcione contração muscular e diferentemente o exercício físico é definido como uma ação planejada e com objetivo específico. Araújo, D. e Araújo, C. (2000), definem atividade física como qualquer movimento corporal produzido pelos músculos esqueléticos que resultem em gasto energético, não se preocupando com a magnitude desse gasto de energia. Estes autores diferenciam atividade física e exercício físico pela intencionalidade do movimento, considerando que o exercício físico é um subgrupo das atividades físicas, que é planejado, estruturado e repetitivo, tendo como propósito a manutenção ou a otimização do condicionamento físico. Ações concretas, centradas principalmente em estratégias de prevenção, como a sensibilização e informação à população do impacto positivo de uma alimentação equilibrada sobre a saúde, a prática regular de atividade física e a promoção da educação nutricional no meio familiar, escolar e comunitário, entre outras, devem ser propostas. (ESCALANTE, et al., 2009). Para Escalante, et al., (2009), essas estratégias de intervenção devem se centrar na aplicação de diferentes programas, sendo os mais frequentes: programas de controle de peso; programas de exercício físico e programas de condutas. Seus principais objetivos são reduzir a massa gorda, evitar a perda de massa muscular, garantir o crescimento e desenvolvimento e evitar a recuperação ponderal. Os programas de conduta estão orientados a modificar o comportamento, perseguindo um aumento da atividade física e uma diminuição de hábitos alimentícios insalubres. (ESCALANTE, et al,. 2009). Contudo, em qualquer um dos três tipos de programas, a implicação familiar resulta imprescindível para a consecução do sucesso do programa. 21 Os programas de exercício físico se centram no aumento da prática habitual de atividade física. Neste sentido, o gasto energético derivado da atividade física diminuiu consideravelmente nas atividades da vida cotidiana, mais ainda, a prática de atividade física no tempo livre, entre seis e 18 anos, deixou de ser um hábito na maioria das crianças (ESCALANTE, et al., 2009). A preocupação com o aumento da obesidade infantil é justificada pelo aumento de sua prevalência na vida adulta, por ser fator de risco para doenças crônico-degenerativas e pelo desenvolvimento precoce de doenças como diabetes mellitus e hipertensão arterial. As maiores prevalências de obesidade têm sido observadas na faixa de 4 a 8 anos, porém acredita-se que quanto mais precoce o surgimento da obesidade maior a chance do problema perdurar até a vida adulta. Estima-se que crianças obesas podem apresentar entre 68% e 77% de probabilidade de permanecerem obesas na adolescência, enquanto que adolescentes obesos podem ter risco de 30% a 50% de obesidade na idade adulta. Também há dados anteriores demonstrando que cerca de 50 a 60% dos adultos obesos foram crianças ou adolescentes obesos. Um fato que torna essa relação de obesidade na infância com obesidade na vida adulta ainda mais preocupante é que os adultos obesos que já o eram desde a infância, apresentam menor resposta às terapias em comparação com aqueles que se tornaram obesos na vida adulta (SANTOS; CARVALHO; GARCIA JUNIOR, 2007). Poeta et al. (2012), analisaram os efeitos de um programa de exercício físico baseado em atividades lúdicas e orientação nutricional na composição corporal e no desempenho em testes de aptidão física de crianças obesas. Fizeram parte do estudo 44 crianças com idades entre 8 e 11 anos divididas em dois grupos: grupo intervenção (n=22) e grupo controle (n=22) pareados por sexo e idade. Mensuraram-se antes e após 12 semanas do programa: massa corporal, estatura, dobras cutâneas, perímetros (abdominal, de braço, de panturrilha e de quadril) e desempenho em testes de flexibilidade, flexão abdominal e preensão manual. O grupo controle não participou da intervenção. Trinta e duas crianças completaram o estudo (16 em cada grupo). O grupo intervenção apresentou redução significativa do índice de massa corporal, das dobras cutâneas do tríceps, subescapular, abdominal, do perímetro do braço e da soma das dobras do tronco. Houve aumento significativo da força de preensão manual direita e abdominal. O grupo controle apresentou 22 aumento significativo da massa corporal, do perímetro abdominal, da dobra cutânea subescapular, da panturrilha, da soma das dobras do tronco, da soma das dobras dos membros e dos perímetros do braço e da panturrilha medial, e redução no desempenho de força de preensão manual direita. Pode-se concluir que o programa foi efetivo em reduzir a quantidade de gordura corporal e aumentar os níveis de aptidão física das crianças. Estudos prévios encontraram efeitos positivos do exercício físico recreativo e orientação nutricional nos componentes da síndrome metabólica, e redução do excesso de peso, massa gorda, perímetro abdominal e pressão arterial de crianças obesas. Mas ainda são necessários mais estudos que utilizem como método os exercícios físicos de caráter lúdico para crianças obesas (POETA et al., 2012). De acordo com Rossetti et al. (2009), as atividades aeróbicas, por serem acessíveis e recreativas, deveriam ser medidas obrigatoriamente incorporadas ao cotidiano da população, de forma atrelada ao maior convívio familiar e social. Além disso, elas geram efeitos diretos e indiretos no sistema circulatório, na qualidade de vida, na tolerância ao esforço, na força muscular, na flexibilidade e nos hábitos de vida do jovem. A incorporação de pelo menos 30 minutos de atividade física aeróbica no cotidiano da pessoa caracteriza melhoria funcional facilmente alcançável, com a redução na incidência de diabetes, osteoporose, osteoartrite, hipertensão, dislipidemia, além do efeito anti-inflamatório do exercício, justificam a sua prática desde a tenra infância. (ROSSETTI et al., 2009). A atividade física regular se integra com a secreção de diversas substâncias, como neurotransmissores, leptina, beta-endorfinas, óxido nítrico e outras, gerando benefícios de grande importância prática. Esses peptídeos favorecem o estado de bem-estar e de maior motivação, regulando à saciedade e o apetite, favorecendo assim o controle da obesidade. (ROSSETTI et al., 2009). Os ajustes e adaptações que o organismo sofre em função do exercício físico regularmente são integrados por modulações neurais, endócrinas e cardiorrespiratórias de complexos centros de controle. (ROSSETTI et al., 2009). O aumento nas taxas hormonais em resposta ao exercício físico, principalmente as catecolaminas (noradrenalina, adrenalina) e hormônio do 23 crescimento (GH), intensifica a glicogenólise hepática e muscular, a lipólise, além de gerar maior secreção de glucagon em taxas dependentes da intensidade e duração do exercício. (ROSSETTI et al., 2009). Um estudo realizado por Poeta, Duarte e Giuliano (2010) objetivou avaliar a qualidade de vida relacionada à saúde de crianças obesas. Foram analisadas 131 crianças com idades entre 8 e 12 anos, sendo 50 crianças obesas (grupo de estudo) e 81 crianças eutróficas (grupo de controle). Todas as crianças participaram da avaliação antropométrica (massa corporal e estatura) para verificação do Índice de Massa Corporal. O grupo decrianças obesas apresentou qualidade de vida inferior em todos os quatro domínios em relação às crianças eutróficas, com diferença significante nos domínios físico, emocional, social, psicossocial e na qualidade de vida geral. Na amostra do estudo, as crianças obesas apresentaram pior qualidade de vida relacionada à saúde quando comparadas às crianças eutróficas, o que sugere ser um aspecto relevante no planejamento de ações para o controle desta doença. O estudo de Baruki et al. (2006) teve como objetivo avaliar o estado nutricional e a associação com o padrão de atividade física em escolares da Rede Municipal de Ensino de Corumbá (MS). Foi realizado estudo analítico transversal em uma amostra de 403 escolares, com idade entre sete e 10 anos, no qual se consideraram com risco de sobrepeso e sobrepeso as crianças com percentis de IMC < 85 e < 90 e < 90, respectivamente. O índice de atividade física foi determinado por meio de questionário elaborado especificamente para o estudo, obtendo-se dados sobre a duração (minutos), intensidade (equivalente metabólico) e gasto calórico (calorias) das atividades físicas ativas e sedentárias. Verificou-se prevalência de 6,2% e 6,5% para risco de sobrepeso com prevalência maior nas meninas do que nos meninos. A maioria das atividades físicas realizadas pelas crianças foi leve (< 3 METs) e moderada (3 a 6 METs) e nenhuma atividade física vigorosa (> 6 METs) foi registrada. Quanto maior a idade, menor o tempo despendido nas atividades físicas ativas. Constatou-se que crianças eutróficas são mais ativas, praticam atividades físicas mais intensas e gastam menos tempo assistindo à televisão e jogando videogames do que as crianças com sobrepeso. Os dados evidenciam a importância em promover mudanças no estilo de vida com a adoção de hábitos saudáveis, desde a infância, e a sua manutenção por toda a vida. 24 Crianças ativas favorecem uma população adulta também ativa e saudável contribuindo, consequentemente, para a redução da incidência de morbidade e mortalidade na idade adulta. 25 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS Um dos principais fatores que levam à obesidade é o sedentarismo: a inatividade aumenta e a possibilidade de as crianças virem a ganhar peso também, existindo diferenças entre os dois sexos: elas mais sedentárias e eles com níveis superiores de atividade física, embora até à segunda infância essas diferenças entre os géneros não sejam tão notórias, acentuam-se com a entrada na adolescência. Com a prática de atividades físicas, o consumo de calorias é reduzido, bem como o tempo que a criança fica sedentária, sem consumir energia. Os tempos livres são passados desta forma, as brincadeiras e convívios de rua espontâneos, com os vizinhos, deixaram de existir, principalmente nos meios urbanos, por razões de segurança, mas também pela tranquilidade de ter a criança sentada na sala, sob controle. Os principais riscos para a criança obesa são a elevação dos triglicerídeos e do colesterol, hipertensão, alterações ortopédicas, dermatológicas e respiratórias, sendo que, na maioria das vezes, essas alterações são mais evidentes na vida adulta. A prática de exercícios físicos trazem benefícios às crianças obesas, diminuindo o peso e a gordura corporal e reduzindo o risco de doenças associadas à obesidade. Também culminam em benefícios psicológicos, porque estas crianças, ao conseguirem realizar certas atividades, sentem-se muito mais seguras de si mesmas, aumentando a sua autoestima e a satisfação com sua imagem. Portanto, é importante sensibilizar, tanto os pais como educadores das crianças obesas, para o fato de que esta doença está a aumentar dramaticamente e que as mesmas caminham não só para adultos obesos, mas também para sujeitos de risco, devido aos problemas de saúde advindos com a obesidade. 26 REFERÊNCIAS ARAÚJO, Denise S. M. S.; ARAÚJO, Cláudio, G. S. Aptidão física, saúde e qualidade de vida relacionada à saúde em adultos. Revista Bras. Med. Esporte, Niterói, n. 5, v. 6, 2000. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1517- 86922000000500005&script=sci_arttext>. Acesso em 03 jul. 2014. BARUKI et al. Associação entre estado nutricional e atividade física em escolares da Rede Municipal de Ensino em Corumbá – MS. Revista Brasileira Medicina e Esporte, v.12, n.2, 2006. Disponível em:< http://www.scielo.br/pdf/rbme/v12n2/v12n2a07.pdf>. Acesso em 20 Jun. 2015. BISMARCK-NASR, Elizabeth Maria. Excesso de peso corporal na adolescência segundo períodos críticos para a gênese da obesidade durante a infância. Universidade de São Paulo; Faculdade de Saúde Pública. São Paulo, 2012. Disponível em: < http://bases.bireme.br/cgi-bin/wxislind.exe/iah/online/>. Acesso em: 06 de Nov. 2014. BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente. Brasília , DF, 1990. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm>. Acesso em: 03 Jul. 2014. CAMARGO, Ana Paula P.M. et al . A não percepção da obesidade pode ser um obstáculo no papel das mães de cuidar de seus filhos. Ciênc. saúde coletiva, v. 18, n. 2, fev. 2013. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413- 81232013000200004&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 06 nov. 2014. ESCALANTE, Y. et al. Melhora dos parâmetros cineantropométricos em crianças com obesidade. Revista Fitness & Performance, v. 8, n. 2., 2009, pp. 123-129. Disponível em:< http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=75112591008>. Acesso em: 07 Nov. 2014. GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2008. IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009. Antropometria e estado nutricional de crianças, adolescentes e adultos no Brasil. Rio de Janeiro, IBGE, 2010; 222 p. MARINS, Sílvia S.; REZENDE, Magda A. Percepção dos educadores infantis quanto ao processo de alteração do peso em pré-escolares. Revista mineira de enfermagem, n. 3, v. 17, 2013. Disponível em: <http://bases.bireme.br/cgi- bin/wxislind.exe/iah/online/>. Acesso em: 01 jul. 2014. http://bases.bireme.br/cgi-bin/wxislind.exe/iah/online/ http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm http://bases.bireme.br/cgi-bin/wxislind.exe/iah/online/ http://bases.bireme.br/cgi-bin/wxislind.exe/iah/online/ 27 MELO, Maria Edna. Doenças Desencadeadas ou Agravadas pela Obesidade. Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica – ABESO, 2011. MIQUELITO, Bruno César. Métodos de Avaliação e Controle da Composição Corporal por Meio de Exercícios Resistidos e Aeróbios. UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA, Faculdade de Ciências Departamento de Educação Física. 2006. Disponível em: <http://www.fc.unesp.br/upload/Metodos%20de%20Avaliao%20e%20Controle%20da %20Composio%20Corporal%20por%20M.pdf>. Acesso em: 29 Out, 2014. MORAES, Priscilla M.; DIAS, Cristina M.S.B. Nem só de pão se vive: a voz das mães na obesidade infantil. Psicologia Ciência e Profissão, v.33, n.1, 2013. Disponível em:< http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414- 98932013000100005&lang=pt>. Acesso em: 30 jun. 2014. OLIVEIRA, Cecília L. de; FISBERG, Mauro. Obesidade na infância e adolescência: uma verdadeira epidemia. Arq Bras Endocrinol Metab, , v. 47, n. 2, 2003 . Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004- 27302003000200001&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 06 Nov. 2014. POETA, Lisiane Schilling; DUARTE, Maria de Fátima da Silva; GIULIANO, Isabela de Carlos Back ;FARIAS JUNIOR, José Cazuza de. Intervenção interdisciplinar na composição corporal e em testes de aptidão física de crianças obesas. Rev. Bras. cineantropom. Desempenho Hum. v.14, n.2, pp. 134-143, 2012. Disponível em:< http://dx.doi.org/10.5007/1980-0037.2012v14n2p134>.Acesso em: 06 Nov. 2014. REIS, Caio Eduardo G.; VASCONCELOS, Ivana Aragão L.; BARROS, Juliana Farias de N. Políticas públicas de nutrição para o controle da obesidade infantil. Rev. paul. pediatr., v. 29, n.4, 2011. Disponível em : <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103- 05822011000400024&lang=pt>. Acesso em 03 Set. 2014. ROSSETTI, Márcia Braz; BRITTO, Raquel Rodrigues; NORTON, Rocksane de Carvalho. Prevenção primária de doenças cardiovasculares na obesidade infanto juvenil: efeito anti-inflamatório do exercício físico. Rev Bras Med Esporte, v.15, n.6, p.472-475, 2009. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/S1517- 86922009000700014>. Acesso em 21 Fev. 2015. SANTOS, A.L. CARVALHO, A.L. GARCIA JUNIOR, J.R. Obesidade infantil e uma proposta de Educação Física preventiva. Revista Motriz, v.13 n.3 p.203-213, 2007. WHO. Growht reference data for 5-19 years, 2007. Disponível em: http://www.who.int/growthref/en/. Acesso em: 07 jun. 2015. http://www.fc.unesp.br/upload/Metodos%20de%20Avaliao%20e%20Controle%20da%20Composio%20Corporal%20por%20M.pdf http://www.fc.unesp.br/upload/Metodos%20de%20Avaliao%20e%20Controle%20da%20Composio%20Corporal%20por%20M.pdf http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932013000100005&lang=pt http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932013000100005&lang=pt http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-05822011000400024&lang=pt http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-05822011000400024&lang=pt http://dx.doi.org/10.1590/S1517-86922009000700014 http://dx.doi.org/10.1590/S1517-86922009000700014 http://www.who.int/growthref/en/
Compartilhar