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TCC THAYSE

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE FORMIGA - UNIFOR 
CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA EM BACHARELADO 
TAYSE APARECIDA MARTINS MENDES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBESIDADE INFANTIL E EXERCÍCIO FÍSICO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FORMIGA - MG 
2015
TAYSE APARECIDA MARTINS MENDES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBESIDADE INFANTIL E EXERCÍCIO FÍSICO 
 
 
 
Trabalho de conclusão de curso 
apresentado ao Curso de Educação 
Física do UNIFOR, como requisito parcial 
para obtenção de título de bacharel em 
Educação Física. 
Orientador: Prof. Rodrigo Vinícius 
Ferreira. 
 
 
 
 
 
 
 
 
FORMIGA - MG 
2015 
Tayse Aparecida Martins Mendes 
 
 
OBESIDADE INFANTIL E EXERCÍCIO FÍSICO 
 
 
Trabalho de conclusão de curso 
apresentado ao Curso de Educação 
Física do UNIFOR, como requisito parcial 
para obtenção de título de bacharel em 
Educação Física. 
Orientador: Prof. Rodrigo Vinícius 
Ferreira. 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
_____________________________________________ 
Prof. Rodrigo Vinícius Ferreira 
Orientador 
 
_____________________________________________ 
Prof. Ms. Alan Peloso Figueiredo 
Avaliador/UNIFOR 
 
_____________________________________________ 
Prof. Ms. Gleuber Henrique Marques de Oliveira 
Avaliador/UNIFOR 
 
_____________________________________________ 
Prof. Paulo Márcio Montserrat 
Avaliador/UNIFOR 
 
Formiga, 03 de Julho de 2015. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho a toda minha 
família pelo amor incondicional, e por 
se dedicarem tanto a mim. 
A meu namorado por estar comigo 
nos momentos difíceis, pelo apoio, 
dedicação e compreensão. 
Aos professores dо curso, qυе foram 
tãо importantes nа minha vida 
acadêmica е nо desenvolvimento 
dеste trabalho. 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
Primeiramente agradeço a Deus por minha vida, família e amigos, por ter 
me dado saúde, força e determinação para superar as dificuldades ao longo desses 
quatro anos. 
Agradeço ao meu Avô José Vaz Mendes, por se dedicar tanto a mim, a 
minha irmã Dayana pelas correções e incentivos dedicando a mim o pouco tempo 
que lhe coube. A minha Mãe Rosimere e meu pai José Aparecido Mendes pelo 
apoio durante toda a minha formação, à vocês meus eternos agradecimentos. 
Agradeço a meu namorado Paulo Roberto pela sua capacidade dе 
acreditar e confiar еm mіm, e qυе dе forma especial е carinhosa mе dеυ força е 
coragem, mе apoiando nоs momentos dе dificuldades. Espero algum dia retribuir 
tanta dedicação e amor incondicional. 
Agradeço ao Centro Universitário de Formiga, a todo o corpo docente, por 
abrir um novo horizonte cheio de oportunidades. 
Agradeço ao meu Prof. Orientador Rodrigo Vinícius Ferreira, que sеmprе 
me fez entender qυе о futuro é feito а partir dа constante dedicação nо presente, 
agradeço pela oportunidade, suporte, confiança e dedicação prоporcionando 
conhecimento não apenas racional, mаs а manifestação dо caráter е afetividade dа 
educação nо processo dе formação profissional. 
Agradeço ao meu Prof. Mestre Gleuber Henrique Marques de Oliveira, 
pelo incansável empenho a ministrar a matéria de Seminário III, pelas suas 
correções e incentivos. 
Aos demais professores agradeço pоr tanto qυе sе dedicaram а mim, nãо 
somente pоr terem mе ensinado, mаs por terem mе feito aprender. А palavra 
mestre, nunca fará justiça аоs professores dedicados аоs quais sеm nominar terão 
оs meus eternos agradecimentos. 
Agradeço a todos colegas de turma qυе dе alguma forma estiveram е 
estão próximos dе mim, fazendo esta longa caminhada se tornar mais agradável. 
 
 
 
RESUMO 
 
A obesidade infantil é um tema de crescente importância devido a sua prevalência e 
a associação com diversas condições mórbidas. Estudos mostram significativo 
aumento na prevalência de sobrepeso e obesidade em diversos países e em 
diferentes faixas etárias, inclusive na população infantil. A prevalência elevada de 
obesidade na infância e na adolescência pode resultar no desenvolvimento mais 
precoce de doenças crônicas na idade adulta, diminuição da qualidade de vida e 
custo elevado em cuidados de saúde, sendo um fator de risco para doenças como 
diabetes mellitus tipo 2, hipertensão arterial, dislipidemia, síndrome metabólica e 
eventos clínicos relacionados à aterosclerose, como infarto agudo do miocárdio e 
acidente vascular encefálico. O objetivo deste trabalho é verificar como o exercício 
físico pode contribuir na prevenção e controle da obesidade infantil. Os objetivos 
específicos consistem em definir a obesidade infantil e discutir os benefícios para as 
crianças obesas. Este trabalho trata-se de uma pesquisa bibliográfica, de natureza 
descritiva e caráter qualitativo. O exercício físico proporciona efeitos positivos em 
crianças obesas, culminando na redução do excesso de peso, massa gorda, 
perímetro abdominal e pressão arterial das mesmas. Conclui-se que a obesidade 
infantil deve ser tratada, evitando-se problemas futuros para as crianças obesas, 
principalmente com alimentação equilibrada e exercício físico. 
 
Palavras chave: Benefícios. Exercício Físico. Obesidade Infantil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
Childhood obesity is an increasingly important issue due to its prevalence and 
association with various morbid conditions. Studies show significant increase in the 
prevalence of overweight and obesity in different countries and in different age 
groups, including in children. The high prevalence of obesity in childhood and 
adolescence may result in the early development of chronic diseases in adulthood, 
decreased quality of life and high cost of health care, being a risk factor for diseases 
such as type 2 diabetes mellitus, hypertension blood, dyslipidemia, metabolic 
syndrome and clinical events related to atherosclerosis, such as acute myocardial 
infarction and stroke. The objective of this study is to see how physical exercise can 
contribute to the prevention and control of childhood obesity. The specific objectives 
are to define childhood obesity and discuss the benefits for obese children. This work 
it is a bibliographical research, descriptive and quantitative nature. The exercise 
provides positive effects in obese children, culminating in reducing excess weight, fat 
mass, waist circumference and blood pressure them. We conclude that childhood 
obesity should be treated, avoiding future problems for obese children, especially 
with balanced diet and exercise. 
 
Keywords: Benefits. Physical Exercise. Childhood Obesity. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE SIGLAS 
 
DAC – Doença Arterial Coronariana 
DVC – Doença Cardiovascular 
DM2 – Diabetes Mellitus tipo 2 
ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente 
HAS- Hipertensão arterial sistêmica 
ICC – Insuficiência Cardíaca Congestiva 
ICQ – Índice Cintura Quadril 
IM – Infarto do Miocárdio 
IMC – Índice de Massa Corporal 
OA – Osteoartrose 
OMS – Organização Mundial de Saúde 
PA – Pressão Arterial 
SAOS – Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono 
SM – Síndrome metabólica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1: IMC por idade meninos ............................................................................ 103 
Figura 2: IMC por idade meninas ............................................................................ 124 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 10 
2 OBJETIVOS ........................................................................................................... 12 
2.1 Objetivo Geral .................................................................................................... 12 
2.2 Objetivos Específicos .......................................................................................12 
3 OBESIDADE CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS ...................................................... 13 
4 OBESIDADE INFANTIL: FATORES QUE LEVAM A ESSA EPIDEMIA ............... 17 
5 EXERCÍCIO FÍSICO COMO PREVENÇÃO E TRATAMENTO DA OBESIDADE 
INFANTIL .................................................................................................................. 20 
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 25 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 26 
 
 
 
 
10 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Nos escritos de Hipócrates e Platão, as recomendações quanto à 
manutenção e aos cuidados em relação ao peso corporal já eram evidenciados. À 
medida que os séculos foram passando, as migrações, a capacidade de 
organização humana e o fim do nomadismo determinaram mudanças na aparência 
corporal. A ocorrência de guerras, períodos de carência de alimentos e a fixação do 
homem no campo contribuíram para maior proporcionalidade nos modos de viver, de 
comer e do próprio corpo do homem (MORAES; DIAS, 2013). 
Com o efeito da globalização, o aprimoramento da tecnologia fizeram com 
que as famílias brasileiras se tornassem mais práticas. Com a falta de tempo as 
pessoas buscam cada vez mais praticidade no dia a dia, como os fast-foods e 
produtos industrializados. 
Com o crescente aumento dos centros urbanos, da violência e da 
tecnologia, que instiga o interesse das crianças, elas deixaram de lado os 
brinquedos reais e passaram a brincar virtualmente, demandando apenas um 
esforço mental e não físico. Como consequência, o índice de obesidade infantil tem 
aumentado com o passar dos anos. Esta obesidade irá refletir sérios problemas 
desde a infância até a vida adulta. 
Sabe-se que a alimentação ocupa papel importante na relação entre pais 
e filhos, pois, além de ser um modo de manter o indivíduo vivo e aplacar a fome, o 
ato de comer é um meio de troca de afeto, comunicação, interação e, por vezes, 
também de oposição. A família é responsável pela formação do comportamento 
alimentar da criança através de uma aprendizagem social, sendo os pais os 
primeiros educadores nutricionais. Dessa maneira, como outros ambientes 
socialmente influentes, o núcleo familiar interage juntamente com as predisposições 
genéticas e psicológicas à obesidade infantil (MORAES; DIAS, 2013). 
 Neste contexto o educador físico formula um programa de exercícios 
físicos, levando em conta as necessidades da criança, juntamente com outros 
profissionais e a família mudando os hábitos alimentares e a rotina de todos os 
indivíduos da casa. 
Sendo assim, o tema deste trabalho é obesidade infantil e exercício físico, 
e tem como problema: como o exercício físico pode ajudar na prevenção e controle 
da obesidade? 
11 
 
Para que o controle e prevenção da obesidade infantil sejam atingidos, 
são necessários programas de promoção da saúde, visando a hábitos alimentares 
saudáveis e práticas de atividades físicas regulares para combater essa realidade. 
(REIS, VASCONCELOS, BARROS, 2011). 
Assim, este trabalho justifica-se pela necessidade de entender e 
compreender como o exercício físico pode contribuir no controle e prevenção da 
obesidade infantil, uma vez que, crianças com sobrepeso e/ou obesidade possuem 
chances maiores de serem adultos obesos. 
Este trabalho trata-se de uma pesquisa bibliográfica, de natureza 
qualitativa e caráter descritivo. Segundo Gil (2008), a pesquisa bibliográfica é 
desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de 
livros e artigos científicos. Dessa forma, a pesquisa bibliográfica é o estudo 
sistematizado desenvolvido com base em material publicado em livros, revistas, 
jornais e redes eletrônicas, isto é, material acessível ao público em geral. Ela 
fornece instrumental analítico para qualquer outro tipo de pesquisa, mas também 
pode esgotar-se em si mesma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
2 OBJETIVOS 
 
2.1 Objetivo Geral 
 
Verificar como o exercício físico pode contribuir na prevenção e controle 
da obesidade infantil. 
 
2.2 Objetivos Específicos 
 
1) Definir obesidade infantil e diferenciar exercício físico de atividade física; 
2) Discutir a contribuição do exercício físico para crianças obesas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
3 OBESIDADE: CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS 
 
O excesso de peso é considerado atualmente como uma epidemia global, 
tornando-se um grave problema de saúde pública. Pode ser classificado como 
obesidade e sobrepeso, de acordo com sua intensidade. Segundo a Organização 
Mundial de Saúde (OMS), sobrepeso e obesidade podem ser definidos como 
acúmulo anormal ou excessivo de gordura que apresenta risco para a saúde, sendo 
feita a classificação utilizando-se o índice de massa corporal (IMC). O sobrepeso 
consiste em IMC igual ou superior a 25 kg/m2 e obesidade em IMC igual ou superior 
a 30 kg/m2. (MARINS; REZENDE, 2013). Ela é também definida, além de anormal 
ou excessivo acúmulo de gordura, como uma doença, uma síndrome, um aspecto 
do nosso metabolismo ou a falta de controle sobre o ato de comer (MORAES; DIAS, 
2013). 
As Figuras 1 e 2 demonstram o IMC para meninos e meninas: 
Figura 1: IMC por idade meninos 
 
Fonte: WHO,2007. 
 
 
 
 
14 
 
Figura 2: IMC por idade meninas 
 
Fonte: WHO,2007. 
 
Para aferir o percentual de gordura do corpo, profissionais da área da 
saúde, como: educadores físicos, nutricionistas, médicos, se utilizam do IMC, o 
somatotipo, dobras cutâneas, índice cintura-quadril (ICQ), perímetro abdominal, 
bioimpedância, dentre outros. Os métodos mais utilizados na coleta de dados 
relacionados ao estudo da composição corporal são a pesagem hidrostática, as 
pregas cutâneas, a bioimpedância elétrica e as medidas das circunferências 
corporais. (MIQUELETO, 2006). 
 
A obesidade é uma doença cada vez mais comum, cuja prevalência já 
atinge proporções epidêmicas. Uma grande preocupação médica é o risco 
elevado de doenças associadas ao sobrepeso e à obesidade, tais como 
diabetes, doenças cardiovasculares (DCV) e alguns cânceres, como 
pâncreas, por exemplo. É importante o conhecimento das comorbidades 
mais frequentes para permitir o diagnóstico precoce e o tratamento destas 
condições, e para identificar os pacientes que podem se beneficiar com a 
perda de peso. Isso permitirá a identificação precoce e avaliação de risco, 
de forma que as intervenções adequadas possam ser realizadas para 
reduzir a mortalidade associada. (MELO, 2011, p.1). 
 
Estima-se que cerca de 30 a 50% da determinação da forma do corpo, 
dos padrões de distribuição de gordura e da resposta à superalimentação podem ser 
15 
 
atribuídos a fatores genéticos, o que predispõe os indivíduos em risco a serem mais 
vulneráveis ao ganho de peso em um ambiente permissivo. Assim, a complexa 
mistura de fatores genéticos e ambientais terminaria por influenciar o peso de um 
indivíduo (MARINS; REZENDE, 2013). 
Como já dito anteriormente, a etiologia da obesidade é considerada 
multifatorial, envolvendo fatores orgânicos, ambientais, comportamentais, 
psicossociais e socioeconômicos, o que a torna, assim, bastante complexa; é um 
fator de risco à saúde. (MORAES; DIAS, 2013). 
Tais condições causam prejuízo à saúde, como elevado risco de doenças 
cardiovasculares, hipertensão arterial, aterosclerose, diabetes tipo II, disfunção 
hepática, afecções ortopédicas, respiratórias, além de baixa autoestima. Além disso, 
a obesidade, quando associada a alterações metabólicas específicas, desenvolve 
um conjunto de sinais e sintomas que levam ao aparecimento da chamada síndrome 
metabólica que, quando presente na infância, eleva o risco de eventos 
cardiovasculares precoces na idade adulta. (MARINS; REZENDE, 2013). 
A obesidade está fortemente associadaa um risco de Doenças 
Cardiovasculares, Câncer ou Mortalidade. Estudos associam a obesidade a um 
aumento da prevalência de Diabetes tipo 2 (DM2), Doença da Vesícula Biliar, 
Doenças Arterial Coronariana (DAC), hipertensão arterial sistêmica (HAS), 
Osteoartrose (OA) e Dislipidemia. Além disso apontam para uma forte associação 
entre obesidade e doenças associadas e queixas de saúde física. (MELO, 2011). 
 A síndrome metabólica (SM) representa um grupo de fatores de risco 
cardiometabólico que incluem a obesidade abdominal combinada com a elevação da 
pressão arterial, glicemia de jejum e triglicerídeos, e redução do nível de colesterol 
HDL (high density lipoprotein). A presença de SM está associada a um risco 
aumentado de eventos cardiovasculares e mortalidade, hipertensão arterial. (MELO, 
2011). 
 A obesidade é fator de risco independente para DCV, incluindo DAC, 
infarto do miocárdio (IM), angina, insuficiência cardíaca congestiva (ICC), acidente 
vascular cerebral, hipertensão e fibrilação atrial. Estudo recente com mais de 37 mil 
adolescentes mostrou que aqueles com um IMC maior, mesmo dentro da faixa de 
normalidade, apresentam maior risco de DAC na vida adulta. (MELO, 2011). 
16 
 
Segundo Melo (2011), a apneia obstrutiva do sono pode ser definida 
como a obstrução total ou parcial da via aérea durante o sono, sendo o sobrepeso 
um fator de risco para essa condição. O aumento de peso está diretamente 
associado ao risco de desenvolvimento da síndrome da apneia obstrutiva do sono 
(SAOS). Além disso, estudos epidemiológicos prospectivos demonstraram que 
doenças do sono predispõem à obesidade. Obesidade é o maior fator de risco para 
o desenvolvimento de apneia do sono, que está presente em 40% dos obesos sem 
queixas sugestivas, em 55% dos adolescentes submetidos à cirurgia bariátrica e em 
71% a 98% dos obesos mórbidos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
4 OBESIDADE INFANTIL: FATORES QUE LEVAM A ESSA EPIDEMIA 
 
De acordo com ECA (Estatuto da criança e do adolescente) considera-se 
criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos. 
(BRASIL, 1990). 
Segundo Camargo et al. (2013), mudanças nos hábitos atuais de vida da 
sociedade, práticas como abandono do aleitamento materno, a utilização de 
alimentos formulados e processados, difusão de jogos eletrônicos e a prática de 
assistir televisão por muitas horas, em detrimento das atividades físicas como 
brincadeiras de rua, andar de bicicleta, caminhar pelo bairro, apresentam-se como 
fatores que contribuíram para as mudanças do estilo de vida e são considerados 
determinantes para o aumento da obesidade na infância. 
Estima-se que aproximadamente 30 a 50% da determinação da forma do 
corpo, dos padrões de distribuição de gordura e da resposta à superalimentação 
podem ser atribuídos a fatores genéticos, o que predispõe os indivíduos em risco a 
serem mais propícios ao ganho de peso em um ambiente permissivo. Dessa forma, 
a complexa mistura de fatores genéticos e ambientais influencia o peso de um 
indivíduo. (MARINS; REZENDE, 2013). 
Vários fatores são importantes na gênese da obesidade, como os 
genéticos, os fisiológicos e os metabólicos; no entanto, os que poderiam explicar 
este crescente aumento do número de indivíduos obesos parecem estar mais 
relacionados às mudanças no estilo de vida e aos hábitos alimentares. O aumento 
no consumo de alimentos ricos em açúcares simples e gordura, com alta densidade 
energética, e a diminuição da prática de exercícios físicos, são os principais fatores 
relacionados ao meio ambiente. (OLIVEIRA; FISBERG, 2003). 
O consumo de alimentos industrializados, ricos em carboidratos e 
gorduras saturadas, e a mecanização, com consequente diminuição da atividade 
física, têm levado à deterioração nutricional com aumento da prevalência de excesso 
de peso. É consenso considerar a multiplicidade de fatores que estão associados à 
obesidade, nos quais a genética, o metabolismo e o ambiente interagem e refletem 
em diferentes casos clínicos. As condições ambientais são as que têm exercido 
grande influência para o aumento da obesidade, e se o ambiente não mudar, 
dificilmente o obeso conseguirá emagrecer e manter-se magro. As mudanças da 
sociedade, ou seja, o ambiente como um todo, as famílias e o ambiente familiar 
18 
 
devem provocar estímulos de mudanças nos hábitos e estilo de vida das pessoas. 
(CAMARGO, et al., 2003) 
A maturação sexual, um dos métodos utilizados para avaliar a maturidade 
biológica, é caracterizada por alterações físicas e biológicas que ocorrem durante a 
puberdade. Este fenômeno, relacionado com o tempo biológico e com a idade 
cronológica, não necessariamente sincronizados, ocorre mais cedo em moças em 
comparação aos rapazes, sendo por volta dos 12 e 14 anos, respectivamente. A 
menarca corresponde a um evento tardio da puberdade e é importante indicador da 
maturação sexual. A tendência à antecipação da idade em que ela ocorre, 
observada por décadas nos países desenvolvidos, sempre foi relacionada à melhora 
das condições de vida e saúde da população, particularmente do acesso aos 
alimentos. (OLIVEIRA; FISBERG, 2003). 
Está bem estabelecido que por questões hormonais o excesso de peso 
adianta a puberdade nas meninas, fazendo com que elas consequentemente 
menstruem mais cedo. Assim, estudos recentes têm sugerido que a idade da 
menarca pode estar se estabilizando, sendo a antecipação percebida decorrente do 
aumento da prevalência de sobrepeso e obesidade e não mais relacionada à 
melhora nutricional. (OLIVEIRA; FISBERG, 2003). 
Com relação às crianças, não existe um método que consiga mensurar o 
índice de sobrepeso e obesidade devido às alterações fisiológicas que ocorrem com 
o crescimento. Dessa forma, dependendo do sexo e da idade, utilizam-se curvas de 
crescimento e IMC específicos. (MARINS; REZENDE, 2013). 
Segundo a OMS, a tabela de IMC para crianças de 2 a 5 anos (ou Tabela 
de IMC Infantil) também é muito mais complexa que a de adultos, que apresenta um 
aumento de tolerância ao decorrer dos anos, ou seja, o aumento de peso não 
necessariamente significa que a criança está ficando obesa, enquanto que o 
contrário também é verdadeiro, a diminuição do IMC não necessariamente significa 
que a criança está emagrecendo (justamente por que ela está crescendo). Assim 
sendo, o IMC é considerado um indicador útil da obesidade, no entanto, o ponto 
chave do IMC, para que uma criança seja considerada obesa, não está claro, sendo 
os mais utilizados os percentis 95 e 97. (ESCALANTE, et al., 2009). 
A influência genética de sobrepeso e obesidade provavelmente está 
relacionada às características do metabolismo da criança, as quais estão 
19 
 
possivelmente alteradas nas síndromes envolvendo a obesidade. A etiologia dessa 
doença crônica é multifatorial, genética e ambiental (MARINS; REZENDE, 2013). 
O impacto do excesso de peso na puberdade se reveste de importância 
na medida em que a obesidade é fator de risco para doenças cardiovasculares, 
metabólicas e neoplásicas na idade adulta. (OLIVEIRA; FISBERG, 2003). 
Segundo dados do IBGE, no Brasil a prevalência do excesso de peso em 
crianças de 5 a 9 anos e em adolescentes, que mostrou modesto aumento até o final 
da década de 80, praticamente triplicou nos últimos 20 anos. (IBGE, 2010). 
De todas as faixas etárias acometidas pelo aumento da prevalência de 
excesso de peso, atenção especial deve ser destinada à infância e adolescência, 
uma vez que é justamente neste período da vida onde os hábitos alimentares são 
formados, bem como o interesse pela prática de atividade física. Sabe-se que o 
tempo em que um indivíduo fica expostos durante sua vida à obesidade também 
interfere na gravidade das morbidades e suas complicações futuras. (BISMARCK-
NASR, 2012). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
5EXERCÍCIO FÍSICO COMO PREVENÇÃO E TRATAMENTO DA OBESIDADE 
INFANTIL 
 
Há diversas definições para o termo atividade física na literatura. A 
atividade física pode ser conceituada como qualquer movimento corporal com gasto 
energético acima dos níveis de repouso, incluindo as atividades diárias, como 
banhar-se e vestir-se; as atividades de trabalho, como andar, carregar algo; e as 
atividades de lazer, como exercitar-se, praticar esportes, dançar, dentre outros 
(ARAUJO, D.; ARAUJO, C., 2000). 
Para Barbosa et al., (1999), a atividade física é considerada como toda e 
qualquer ação que proporcione contração muscular e diferentemente o exercício 
físico é definido como uma ação planejada e com objetivo específico. 
Araújo, D. e Araújo, C. (2000), definem atividade física como qualquer 
movimento corporal produzido pelos músculos esqueléticos que resultem em gasto 
energético, não se preocupando com a magnitude desse gasto de energia. Estes 
autores diferenciam atividade física e exercício físico pela intencionalidade do 
movimento, considerando que o exercício físico é um subgrupo das atividades 
físicas, que é planejado, estruturado e repetitivo, tendo como propósito a 
manutenção ou a otimização do condicionamento físico. 
Ações concretas, centradas principalmente em estratégias de prevenção, 
como a sensibilização e informação à população do impacto positivo de uma 
alimentação equilibrada sobre a saúde, a prática regular de atividade física e a 
promoção da educação nutricional no meio familiar, escolar e comunitário, entre 
outras, devem ser propostas. (ESCALANTE, et al., 2009). 
Para Escalante, et al., (2009), essas estratégias de intervenção devem se 
centrar na aplicação de diferentes programas, sendo os mais frequentes: programas 
de controle de peso; programas de exercício físico e programas de condutas. Seus 
principais objetivos são reduzir a massa gorda, evitar a perda de massa muscular, 
garantir o crescimento e desenvolvimento e evitar a recuperação ponderal. 
Os programas de conduta estão orientados a modificar o comportamento, 
perseguindo um aumento da atividade física e uma diminuição de hábitos 
alimentícios insalubres. (ESCALANTE, et al,. 2009). Contudo, em qualquer um dos 
três tipos de programas, a implicação familiar resulta imprescindível para a 
consecução do sucesso do programa. 
21 
 
Os programas de exercício físico se centram no aumento da prática 
habitual de atividade física. Neste sentido, o gasto energético derivado da atividade 
física diminuiu consideravelmente nas atividades da vida cotidiana, mais ainda, a 
prática de atividade física no tempo livre, entre seis e 18 anos, deixou de ser um 
hábito na maioria das crianças (ESCALANTE, et al., 2009). 
A preocupação com o aumento da obesidade infantil é justificada pelo 
aumento de sua prevalência na vida adulta, por ser fator de risco para doenças 
crônico-degenerativas e pelo desenvolvimento precoce de doenças como diabetes 
mellitus e hipertensão arterial. As maiores prevalências de obesidade têm sido 
observadas na faixa de 4 a 8 anos, porém acredita-se que quanto mais precoce o 
surgimento da obesidade maior a chance do problema perdurar até a vida adulta. 
Estima-se que crianças obesas podem apresentar entre 68% e 77% de 
probabilidade de permanecerem obesas na adolescência, enquanto que 
adolescentes obesos podem ter risco de 30% a 50% de obesidade na idade adulta. 
Também há dados anteriores demonstrando que cerca de 50 a 60% dos adultos 
obesos foram crianças ou adolescentes obesos. Um fato que torna essa relação de 
obesidade na infância com obesidade na vida adulta ainda mais preocupante é que 
os adultos obesos que já o eram desde a infância, apresentam menor resposta às 
terapias em comparação com aqueles que se tornaram obesos na vida adulta 
(SANTOS; CARVALHO; GARCIA JUNIOR, 2007). 
Poeta et al. (2012), analisaram os efeitos de um programa de exercício 
físico baseado em atividades lúdicas e orientação nutricional na composição 
corporal e no desempenho em testes de aptidão física de crianças obesas. Fizeram 
parte do estudo 44 crianças com idades entre 8 e 11 anos divididas em dois grupos: 
grupo intervenção (n=22) e grupo controle (n=22) pareados por sexo e idade. 
Mensuraram-se antes e após 12 semanas do programa: massa corporal, estatura, 
dobras cutâneas, perímetros (abdominal, de braço, de panturrilha e de quadril) e 
desempenho em testes de flexibilidade, flexão abdominal e preensão manual. O 
grupo controle não participou da intervenção. Trinta e duas crianças completaram o 
estudo (16 em cada grupo). O grupo intervenção apresentou redução significativa do 
índice de massa corporal, das dobras cutâneas do tríceps, subescapular, abdominal, 
do perímetro do braço e da soma das dobras do tronco. Houve aumento significativo 
da força de preensão manual direita e abdominal. O grupo controle apresentou 
22 
 
aumento significativo da massa corporal, do perímetro abdominal, da dobra cutânea 
subescapular, da panturrilha, da soma das dobras do tronco, da soma das dobras 
dos membros e dos perímetros do braço e da panturrilha medial, e redução no 
desempenho de força de preensão manual direita. Pode-se concluir que o programa 
foi efetivo em reduzir a quantidade de gordura corporal e aumentar os níveis de 
aptidão física das crianças. 
Estudos prévios encontraram efeitos positivos do exercício físico 
recreativo e orientação nutricional nos componentes da síndrome metabólica, e 
redução do excesso de peso, massa gorda, perímetro abdominal e pressão arterial 
de crianças obesas. Mas ainda são necessários mais estudos que utilizem como 
método os exercícios físicos de caráter lúdico para crianças obesas (POETA et al., 
2012). 
De acordo com Rossetti et al. (2009), as atividades aeróbicas, por serem 
acessíveis e recreativas, deveriam ser medidas obrigatoriamente incorporadas ao 
cotidiano da população, de forma atrelada ao maior convívio familiar e social. Além 
disso, elas geram efeitos diretos e indiretos no sistema circulatório, na qualidade de 
vida, na tolerância ao esforço, na força muscular, na flexibilidade e nos hábitos de 
vida do jovem. 
A incorporação de pelo menos 30 minutos de atividade física aeróbica no 
cotidiano da pessoa caracteriza melhoria funcional facilmente alcançável, com a 
redução na incidência de diabetes, osteoporose, osteoartrite, hipertensão, 
dislipidemia, além do efeito anti-inflamatório do exercício, justificam a sua prática 
desde a tenra infância. (ROSSETTI et al., 2009). 
A atividade física regular se integra com a secreção de diversas 
substâncias, como neurotransmissores, leptina, beta-endorfinas, óxido nítrico e 
outras, gerando benefícios de grande importância prática. Esses peptídeos 
favorecem o estado de bem-estar e de maior motivação, regulando à saciedade e o 
apetite, favorecendo assim o controle da obesidade. (ROSSETTI et al., 2009). 
Os ajustes e adaptações que o organismo sofre em função do exercício 
físico regularmente são integrados por modulações neurais, endócrinas e 
cardiorrespiratórias de complexos centros de controle. (ROSSETTI et al., 2009). 
O aumento nas taxas hormonais em resposta ao exercício físico, 
principalmente as catecolaminas (noradrenalina, adrenalina) e hormônio do 
23 
 
crescimento (GH), intensifica a glicogenólise hepática e muscular, a lipólise, além de 
gerar maior secreção de glucagon em taxas dependentes da intensidade e duração 
do exercício. (ROSSETTI et al., 2009). 
Um estudo realizado por Poeta, Duarte e Giuliano (2010) objetivou avaliar 
a qualidade de vida relacionada à saúde de crianças obesas. Foram analisadas 131 
crianças com idades entre 8 e 12 anos, sendo 50 crianças obesas (grupo de estudo) 
e 81 crianças eutróficas (grupo de controle). Todas as crianças participaram da 
avaliação antropométrica (massa corporal e estatura) para verificação do Índice de 
Massa Corporal. O grupo decrianças obesas apresentou qualidade de vida inferior 
em todos os quatro domínios em relação às crianças eutróficas, com diferença 
significante nos domínios físico, emocional, social, psicossocial e na qualidade de 
vida geral. Na amostra do estudo, as crianças obesas apresentaram pior qualidade 
de vida relacionada à saúde quando comparadas às crianças eutróficas, o que 
sugere ser um aspecto relevante no planejamento de ações para o controle desta 
doença. 
O estudo de Baruki et al. (2006) teve como objetivo avaliar o estado 
nutricional e a associação com o padrão de atividade física em escolares da Rede 
Municipal de Ensino de Corumbá (MS). Foi realizado estudo analítico transversal em 
uma amostra de 403 escolares, com idade entre sete e 10 anos, no qual se 
consideraram com risco de sobrepeso e sobrepeso as crianças com percentis de 
IMC < 85 e < 90 e < 90, respectivamente. O índice de atividade física foi 
determinado por meio de questionário elaborado especificamente para o estudo, 
obtendo-se dados sobre a duração (minutos), intensidade (equivalente metabólico) e 
gasto calórico (calorias) das atividades físicas ativas e sedentárias. Verificou-se 
prevalência de 6,2% e 6,5% para risco de sobrepeso com prevalência maior nas 
meninas do que nos meninos. A maioria das atividades físicas realizadas pelas 
crianças foi leve (< 3 METs) e moderada (3 a 6 METs) e nenhuma atividade física 
vigorosa (> 6 METs) foi registrada. Quanto maior a idade, menor o tempo 
despendido nas atividades físicas ativas. Constatou-se que crianças eutróficas são 
mais ativas, praticam atividades físicas mais intensas e gastam menos tempo 
assistindo à televisão e jogando videogames do que as crianças com sobrepeso. Os 
dados evidenciam a importância em promover mudanças no estilo de vida com a 
adoção de hábitos saudáveis, desde a infância, e a sua manutenção por toda a vida. 
24 
 
Crianças ativas favorecem uma população adulta também ativa e saudável 
contribuindo, consequentemente, para a redução da incidência de morbidade e 
mortalidade na idade adulta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 
 
Um dos principais fatores que levam à obesidade é o sedentarismo: a 
inatividade aumenta e a possibilidade de as crianças virem a ganhar peso também, 
existindo diferenças entre os dois sexos: elas mais sedentárias e eles com níveis 
superiores de atividade física, embora até à segunda infância essas diferenças entre 
os géneros não sejam tão notórias, acentuam-se com a entrada na adolescência. 
Com a prática de atividades físicas, o consumo de calorias é reduzido, 
bem como o tempo que a criança fica sedentária, sem consumir energia. Os tempos 
livres são passados desta forma, as brincadeiras e convívios de rua espontâneos, 
com os vizinhos, deixaram de existir, principalmente nos meios urbanos, por razões 
de segurança, mas também pela tranquilidade de ter a criança sentada na sala, sob 
controle. 
Os principais riscos para a criança obesa são a elevação dos 
triglicerídeos e do colesterol, hipertensão, alterações ortopédicas, dermatológicas e 
respiratórias, sendo que, na maioria das vezes, essas alterações são mais evidentes 
na vida adulta. 
A prática de exercícios físicos trazem benefícios às crianças obesas, 
diminuindo o peso e a gordura corporal e reduzindo o risco de doenças associadas à 
obesidade. Também culminam em benefícios psicológicos, porque estas crianças, 
ao conseguirem realizar certas atividades, sentem-se muito mais seguras de si 
mesmas, aumentando a sua autoestima e a satisfação com sua imagem. 
Portanto, é importante sensibilizar, tanto os pais como educadores das 
crianças obesas, para o fato de que esta doença está a aumentar dramaticamente e 
que as mesmas caminham não só para adultos obesos, mas também para sujeitos 
de risco, devido aos problemas de saúde advindos com a obesidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
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