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TC DE HISTÓRIA DO BRASIL – PRÉ-UNIVERSITÁRIO Professores: Carlos David e Isac do Vale ALUNO(A): Nº TURMA: TURNO: DATA: / / OSG 2804/20 1. Leia o texto e observe o mapa para responder à questão. Nem existia Brasil no começo dessa história. Existiam o Peru e o México, no contexto pré-colombiano, mas Argentina, Brasil, Chile, Estados Unidos, Canadá, não. No que seria o Brasil, havia gente no Norte, no Rio, depois no Sul, mas toda essa gente tinha pouca relação entre si até meados do século XVIII. E há aí a questão da navegação marítima, torna-se importante aprender bem história marítima, que é ligada à geografia. [...] Essa compreensão me deu muita liberdade para ver as relações que Rio, Pernambuco e Bahia tinham com Luanda. Depois a Bahia tem muito mais relação com o antigo Daomé, hoje Benin, na Costa da Mina. Isso formava um todo, muito mais do que o Brasil ou a América portuguesa. [...] Nunca os missionários entraram na briga para saber se o africano havia sido ilegalmente escravizado ou não, mas a escravidão indígena foi embargada pelos missionários desde o começo, e isso também é um pouco interesse dos negreiros, ou seja, que a escravidão africana predomine. [...] A escravização tem dois processos: o primeiro é a despersonalização, e o segundo é a dessocialização. ALENCASTRO, Luiz Felipe de. Entrevista a Mariluce Moura. “O observador do Brasil no Atlântico Sul”. In: Revista Pesquisa Fapesp, no 188, out. 2011. A “despersonalização” e a “dessocialização” dos escravizados podem ser associadas, respectivamente, a) ao fato de que os escravos eram identificados por números marcados a ferro e à interdição do contato entre os cativos e seus senhores. b) à noção do escravo como mercadoria e ao fato de que os africanos eram extraídos de sua comunidade de origem. c) à noção do escravo como tolerante ao trabalho compulsório e ao fato de que ele era proibido de fazer amizades ou constituir família. d) ao fato de que os escravos eram etnologicamente indistintos e à proibição de realização de festas e cultos. e) à noção do escravo como desconhecedor do território colonial e ao fato de que ele não era reconhecido como brasileiro. 2. Leia o soneto VII, de Cláudio Manuel da Costa, para responder à questão. Onde estou? Este sítio desconheço: Quem fez tão diferente aquele prado? Tudo outra natureza tem tomado, E em contemplá-lo, tímido, esmoreço. Uma fonte aqui houve; eu não me esqueço De estar a ela um dia reclinado; Ali em vale um monte está mudado: Quanto pode dos anos o progresso! Árvores aqui vi tão florescentes, Que faziam perpétua a primavera: Nem troncos vejo agora decadentes. Eu me engano: a região esta não era; Mas que venho a estranhar, se estão presentes Meus males, com que tudo degenera! COSTA, Cláudio Manuel da. Obras, 2002. Considerando o contexto histórico-geográfico de produção do soneto, as transformações na paisagem assinaladas pelo eu lírico relacionam-se à seguinte atividade econômica: a) indústria. b) extrativismo vegetal. c) agricultura. d) extrativismo mineral. e) pecuária. • Leia o texto para responder às questões 3 e 4. Prova da barbárie e, para alguns, da natureza não humana do ameríndio, a antropofagia condenava as tribos que a praticavam a sofrer pelas armas portuguesas a “guerra justa”. TC DE HISTÓRIA DO BRASIL – PRÉ-UNIVERSITÁRIO OSG 2804/20 2 Nesse contexto, um dos autores renascentistas que escreveram sobre o Brasil, o calvinista francês Jean de Léry, morador do atual Rio de Janeiro na segunda metade da década de 1550 e quase vítima dos massacres do Dia de São Bartolomeu (24.08.1572), ponto alto das guerras de religião na França, compara a violência dos tupinambás com a dos católicos franceses que naquele dia fatídico trucidaram e, em alguns casos, devoraram seus compatriotas protestantes: “E o que vimos na França (durante o São Bartolomeu)? Sou francês e pesa-me dizê-lo. O fígado e o coração e outras partes do corpo de alguns indivíduos não foram comidos por furiosos assassinos de que se horrorizam os infernos? Não é preciso ir à América, nem mesmo sair de nosso país, para ver coisas tão monstruosas”. ALENCASTRO, Luís Felipe. “Canibalismo deu pretexto para escravizar”. Folha de São Paulo, 12 out. 1991 (adaptado). 3. O conceito de “guerra justa” foi empregado, durante a colonização portuguesa do Brasil, para a) justificar a captura, o aprisionamento e a escravização de indígenas. b) justificar a instalação de missões jesuíticas em áreas de colonização francesa. c) impedir a prisão e o exílio de lideranças e comunidades nativas hostis à colonização. d) impedir o acesso de protestantes e judeus às áreas de produção de açúcar. e) impedir que os nativos fossem utilizados como mão de obra na lavoura. 4. A partir do texto e de seus conhecimentos, é correto afirmar que a) as experiências de canibalismo relatadas tinham significados opostos, pois representavam, entre os tupinambás, a rejeição ao catolicismo e, entre os franceses, a adesão à Igreja de Roma. b) o calvinista francês acusava os colonizadores portu- gueses de aceitar o canibalismo dos tupinambás, pois a prática fazia parte da tradição religiosa católica. c) o calvinista francês defendia a tolerância ao caniba- lismo, pois o considerava uma forma adequada de derrotar e submeter os inimigos religiosos. d) as experiências de canibalismo relatadas tinham origem diversa, pois representavam, entre os tupinambás, um ritual religioso e, no caso dos franceses, vingança. e) as experiências de canibalismo relatadas mostram que a antropofagia era prática religiosa comum na América e na Europa e, em virtude disso, os coloniza- dores erravam ao condenar os tupinambás. 5. Leia o texto para responder à questão. A casa-grande, residência do senhor de engenho, é uma vasta e sólida mansão térrea ou em sobrado; distingue-se pelo seu estilo arquitetônico sóbrio, mas imponente, que ainda hoje empresta majestade à paisagem rural, nas velhas fazendas de açúcar que a preservaram. Constituía o centro de irradiação de toda a atividade econômica e social da propriedade. A casa- grande completava-se com a capela, onde se realizavam os ofícios e as cerimônias religiosas [...]. Próximo se erguia a senzala, habitação dos escravos, os quais, nos grandes engenhos, podiam alcançar algumas centenas de “peças”. Pouco além serpenteava o rio, traçando através da floresta uma via de comunicação vital. O rio e o mar se mantiveram, no período colonial, como elementos constantes de preferência para a escolha da situação da grande lavoura. Ambos constituíam as artérias vivificantes: por meio delas o engenho fazia escoar suas safras de açúcar e, por elas, singravam os barcos que conduziam as toras de madeira abatidas na floresta, que alimentavam as fornalhas do engenho, ou a variedade e a multiplicidade de gêneros e artigos manufaturados que o engenho adquiria alhures [...]. Alice Canabrava apud Déa Ribeiro Fenelon (org.). 50 textos de História do Brasil,1986. Quanto à relação do engenho colonial com as áreas externas a ele, o texto a) revela o papel decisivo que a Igreja Católica desempenhou no impedimento da escravização das populações indígenas. b) defende a ideia de que a colonização portuguesa no Brasil, no lugar de explorar as riquezas naturais, privilegiou a ocupação do território. c) caracteriza sua preocupação ambiental, demonstrando o respeito dos administradores às matas e aos rios que compunham a paisagem rural. d) identifica articulações entre as atividades internas e a dinâmica de circulação de mercadorias dentro e fora dos limites da colônia. e) sustenta sua autonomia e autossuficiência, mostrando-o como desvinculado do restante da empresa colonial. 6. Na Europa,as forças reacionárias que compunham a Santa Aliança não viam com bons olhos a emancipação política das colônias ibéricas na América. […] Todavia, o novo Império do Brasil podia contar com a aliança da poderosa Inglaterra, representada por George Canning, primeiro-ministro do rei Jorge IV. […] Canning acabaria por convencer o governo português a aceitar a soberania do Brasil, em 1825. Uma atitude coerente com o apoio que o governo britânico dera aos EUA, no ano anterior, por ocasião do lançamento da Doutrina Monroe, que afirmava o princípio da não intervenção europeia na América. MATTOS, Ilmar Rohloff de; ALBUQUERQUE, Luis Affonso Seigneur de. Independência ou morte: a emancipação política do Brasil, 1991. O texto relaciona a) a restauração das monarquias absolutistas no continente europeu, a industrialização dos Estados Unidos e a constituição da Federação dos Estados Independentes da América Latina. TC DE HISTÓRIA DO BRASIL – PRÉ-UNIVERSITÁRIO OSG 2804/20 3 b) a influência da Igreja católica nos assuntos políticos europeus, o controle britânico dos mares depois do Ato de Navegação e o avanço imperialista dos Estados Unidos sobre o Brasil. c) a disposição europeia de recolonização da América, o Bloqueio Continental determinado pela França e os acordos de livre-comércio do Brasil com os países hispano-americanos. d) a penetração dos industrializados britânicos nos mercados europeus, a tolerância portuguesa em relação ao emancipacionismo brasileiro e a independência política dos Estados Unidos. e) a reorganização da Europa continental depois do período de domínio napoleônico, os processos de independência na América e a ampliação do controle comercial mundial pela Inglaterra. 7. Leia o trecho de uma carta enviada por Antônio Vieira ao rei D. João IV, em 4 de abril de 1654, para responder à questão. No fim da carta de que 1V. M. me fez mercê me manda V. M. diga meu parecer sobre a conveniência de haver neste estado ou dois capitães-mores ou um só governador. Eu, Senhor, razões políticas nunca as soube, e hoje as sei muito menos; mas por obedecer direi toscamente o que me parece. Digo que menos mal será um ladrão que dois; e que mais dificultoso serão de achar dois homens de bem que um. Sendo propostos a Catão dois cidadãos romanos para o provimento de duas praças, respondeu que ambos lhe descontentavam: um porque nada tinha, outro porque nada lhe bastava. Tais são os dois capitães-mores em que se repartiu este governo: Baltasar de Sousa não tem nada, Inácio do Rego não lhe basta nada; e eu não sei qual é maior tentação, se a ___1___, se a ___2___. Tudo quanto há na capitania do Pará, tirando as terras, não vale 10 mil cruzados, como é notório, e desta terra há-de tirar Inácio do Rego mais de 100 mil cruzados em três anos, segundo se lhe vão logrando bem as indústrias. Tudo isto sai do sangue e do suor dos tristes índios, aos quais trata como tão escravos seus, que nenhum tem liberdade nem para deixar de servir a ele nem para poder servir a outrem; o que, além da injustiça que se faz aos índios, é ocasião de padecerem muitas necessidades os portugueses e de perecerem os pobres. Em uma capitania destas confessei uma pobre mulher, das que vieram das Ilhas, a qual me disse com muitas lágrimas que, dos nove filhos que tivera, lhe morreram em três meses cinco filhos, de pura fome e desamparo; e, consolando-a eu pela morte de tantos filhos, respondeu- me: “Padre, não são esses os por que eu choro, senão pelos quatro que tenho vivos sem ter com que os sustentar, e peço a Deus todos os dias que me os leve também.” São lastimosas as misérias que passa esta pobre gente das Ilhas, porque, como não têm com que agradecer, se algum índio se reparte não lhe chega a eles, senão aos poderosos; e é este um desamparo a que V. M. por piedade deverá mandar acudir. Tornando aos índios do Pará, dos quais, como dizia, se serve quem ali governa como se foram seus escravos, e os traz quase todos ocupados em seus interesses, principalmente no dos tabacos, obriga-me a consciência a manifestar a V. M. os grandes pecados que por ocasião deste serviço se cometem. Sérgio Rodrigues (org.). Cartas brasileiras, 2017 (adaptado). 1V. M.: Vossa Majestade. Em um estudo publicado em 2005, o historiador Gustavo Acioli Lopes vale-se, no quadro da economia colonial, da expressão “primo pobre” para se referir ao produto derivado das lavouras mencionadas por Antônio Vieira em sua carta. No contexto histórico em que foi escrita a carta, o “primo rico” seria a) o açúcar. b) o pau-brasil. c) o café. d) o ouro. e) o algodão. 8. A Inconfidência Mineira (1789) e a Conjuração Baiana (1798) tiveram semelhanças e diferenças significativas. É correto afirmar que a) as duas revoltas tiveram como objetivo central a luta pelo fim da escravidão. b) a revolta mineira teve caráter eminentemente popular e a baiana, aristocrático e burguês. c) a revolta mineira propunha a independência brasileira e a baiana, a manutenção dos laços com Portugal. d) as duas revoltas obtiveram vitórias militares no início, mas acabaram derrotadas. e) as duas revoltas incorporaram e difundiram ideias e princípios iluministas. 9. Em 1534, a Coroa portuguesa estabeleceu o regime de capitanias hereditárias no Brasil Colônia. Entre as funções dos donatários, podemos citar a) a nomeação de funcionários e a representação diplomática. b) a erradicação de epidemias e o estímulo ao crescimento demográfico. c) a interação com os povos nativos e a repressão ao trabalho escravo. d) a organização de entradas e bandeiras e o extermínio dos indígenas. e) a fundação de vilas e cidades e a cobrança de impostos. 10. A efervescência que conheceram nas Minas [Gerais, do século XVIII] as artes e as letras também teve feição peculiar. Pela primeira vez na Colônia buscava-se solução própria para a expressão artística. VERGUEIRO, Laura. Opulência e miséria das Minas Gerais, 1983. TC DE HISTÓRIA DO BRASIL – PRÉ-UNIVERSITÁRIO OSG 2804/20 4 São exemplos do que o texto afirma: a) a pintura e a escultura renascentistas. b) a poesia e a pintura românticas. c) a arquitetura barroca e a poesia árcade. d) a literatura de viagem e a arquitetura gótica. e) a música romântica e o teatro barroco. 11. O processamento da mandioca era uma atividade já realizada pelos nativos que viviam no Brasil antes da chegada de portugueses e africanos. Entretanto, ao longo do processo de colonização portuguesa, a produção da farinha foi aperfeiçoada e ampliada, tornando-se lugar- -comum em todo o território da colônia portuguesa na América. Com a consolidação do comércio atlântico em suas diferentes conexões, a farinha atravessou os mares e chegou aos mercados africanos. BEZERRA, N. R. Escravidão, farinha e tráfico atlântico: um novo olhar sobre as relações entre o Rio de Janeiro e Benguela (1790-1830). Disponível em: www.bn.br. Acesso em: 20 ago. 2014 (adaptado). Considerando a formação do espaço atlântico, esse produto exemplifica historicamente a a) difusão de hábitos alimentares. b) disseminação de rituais festivos. c) ampliação dos saberes autóctones. d) apropriação de costumes guerreiros. e) diversificação de oferendas religiosas. 12. A partir da segunda metade do século XVIII, o número de escravos recém-chegados cresce no Rio e se estabiliza na Bahia. Nenhum lugar servia tão bem à recepção de escravos quanto o Rio de Janeiro. FRANÇA, R. O tamanho real da escravidão. O Globo, 5 abr. 2015 (adaptado). Na matéria, o jornalista informa uma mudança na dinâmica do tráfico atlântico que está relacionada à seguinte atividade: a) coleta de drogas do sertão. b) extração de metais preciosos. c) adoção da pecuária extensiva. d) retirada de madeira do litoral.e) exploração da lavoura de tabaco. 13. A população africana residente nesta província, bem como a de todo o Império, compõe-se de indivíduos de diferentes lugares da África que variam em costumes e religiões; a que aqui segue o maometismo, à qual pertencemos, é uma população pequena, porém, distinta entre si, e notando a necessidade de sustentarmos nosso culto e fundados ainda no artigo 5º da Constituição do Império, requeremos ao sr. chefe de polícia licença para exercermos o culto. REIS, J. J.; GOMES, F. S.; CARVALHO, M. J. M. O Alufá Rufino: tráfico, escravidão e liberdade no Atlântico negro (1822-1853). São Paulo: Cia. das Letras, 2010 (adaptado). O pedido de um grupo de africanos de Recife ao chefe de polícia local tinha como objetivo, naquele contexto, a) criticar a doutrina oficial. b) professar uma fé alternativa. c) assegurar a cidadania política. d) legalizar os terreiros de candomblé. e) eliminar algumas tradições culturais. 14. Entre os combatentes estava a mais famosa heroína da Independência. Nascida em Feira de Santana, filha de lavradores pobres, Maria Quitéria de Jesus tinha trinta anos quando a Bahia começou a pegar em armas contra os portugueses. Apesar da proibição de mulheres nos batalhões de voluntários, decidiu se alistar às escondidas. Cortou os cabelos, amarrou os seios, vestiu- -se de homem e incorporou-se às fileiras brasileiras com o nome de Soldado Medeiros. GOMES, L. 1822. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2010. No processo de Independência do Brasil, o caso mencionado é emblemático porque evidencia a a) rigidez hierárquica da estrutura social. b) inserção feminina nos ofícios militares. c) adesão pública dos imigrantes portugueses. d) flexibilidade administrativa do governo imperial. e) receptividade metropolitana aos ideais emancipa- tórios. 15. Leia os textos para responder à questão. TEXTO I E pois que em outra cousa nesta parte me não posso vingar do demônio, admoesto da parte da cruz de Cristo Jesus a todos que este lugar lerem, que deem a esta terra o nome que com tanta solenidade lhe foi posto, sob pena de a mesma cruz que nos há de ser mostrada no dia final, os acusar de mais devotos do pau-brasil que dela. BARROS, J. In: SOUZA, L M. Inferno atlântico: demonologia e colonização: séculos XVI-XVIII. São Paulo: Companhia das Letras, 1993. TEXTO II E deste modo se hão os povoadores, os quais, por mais arraigados que na terra estejam e mais ricos que sejam, tudo pretendem levar a Portugal, e, se as fazendas e bens que possuem souberam falar, também lhes houveram de ensinar a dizer como os papagaios, aos quais a primeira coisa que ensinam é: papagaio real para Portugal, porque tudo querem para lá. SALVADOR. F. V In: SOUZA, L. M. (Org.). História da vida privada no Brasil: cotidiano e vida privada na América portuguesa. São Paulo: Companhia das Letras, 1997. As críticas desses cronistas ao processo de colonização portuguesa na América estavam relacionadas à a) utilização do trabalho escravo. b) implantação de polos urbanos. c) devastação de áreas naturais. d) ocupação de terras indígenas. e) expropriação de riquezas locais. GABARITO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 B D A D D E A E E C 11 12 13 14 15 A B B A E TC DE HISTÓRIA DO BRASIL – PRÉ-UNIVERSITÁRIO OSG 2804/20 5 COMENTÁRIOS 1. [Resposta do ponto de vista da disciplina de Sociologia] Ao se tornar escravizado, o indivíduo é obrigado a romper os seus vínculos sociais, perdendo laços, deixando de ser reconhecido por sua identidade originária e sendo tratado como mercadoria. Assim é que a “despersonalização” e a “dessocialização” se mostram como características marcantes desse fenômeno. [Resposta do ponto de vista da disciplina de História] A escravidão comercial negra, iniciada por Portugal, na época mercantilista e colonialista, enxergava o escravo como mercadoria e, por isso, promovia uma espécie de despersonalização nos negros escravizados, retirando deles a condição de humanidade. Além disso, o fato de os negros serem retirados a força de suas tribos na África para serem vendidos mundo afora promovia uma dessocialização cultural e social que, por fim, levava os negros escravizados a um processo de aculturação. Resposta correta: B 2. A partir do autor e de sua corrente literária, O Arcadismo, conseguimos datar sua produção: o século XVIII. Em tal período, o Brasil vivia o ciclo do ouro, que acabou por causar as transformações citadas por Cláudio Manuel da Costa, na região das Minas Gerais. Resposta correta: D 3. A guerra justa, segundo os colonizadores – em especial amparados por uma argumentação católica – era natural porque representava a dominação de uma raça inferior (os indígenas) por outra superior (os europeus). Resposta correta: A 4. O texto retrata duas ocorrências diferentes de canibalismo: (1) os rituais religiosos antropofágicos promovidos pelos tupinambás brasileiros e (2) a vingança proporcionada pelos católicos aos protestantes na França. Basicamente, a maior diferença entre eles é que, no caso indígena, a explicação para tal ato é cultural, e não meramente um impulso humano. Resposta correta: D 5. No trecho “(...) o rio e o mar (...) constituíam as artérias vivificantes: por meio delas o engenho fazia escoar suas safras de açúcar e, por elas, singravam os barcos que conduziam as toras de madeira abatidas na floresta, que alimentavam as fornalhas do engenho, ou a variedade e a multiplicidade de gêneros e artigos manufaturados que o engenho adquiria alhures (...)” fica evidenciado o exposto na questão. Resposta correta: D 6. No período citado no texto, existia na Europa um arranjo conservador pós-Era Napoleônica, expresso por meio do Congresso de Viena, e uma onda liberal na América, concretizada através das independências da América Espanhola e da América Portuguesa. Resposta correta: E 7. A referida carta data do século XVII, período no qual a colônia portuguesa na América vivia intensamente o ciclo do açúcar, carro-chefe da economia colonial. Resposta correta: A 8. Tanto a Inconfidência Mineira quanto a Conjuração Baiana tiveram influência iluminista nas suas concepções políticas e sociais. Resposta correta: E 9. Somente a proposição [E] está correta. Cabral chegou ao Brasil em abril de 1500. Não encontrando riqueza fácil (metais e especiarias), o Brasil ficou em segundo plano entre 1500 até 1530. Em 1530, Portugal está diante de um dilema: colonizar ou perder o Brasil. A Coroa portuguesa enviou para o Brasil Martim Afonso de Souza visando à colonização. Em 1534, o Brasil foi dividido em capitanias hereditárias, lotes de terras entre o litoral e a linha de Tordesilhas. Estas terras foram doadas aos donatários que eram nobres portugueses incumbidos de iniciar o processo de colonização. Havia dois documentos relativos as capitanias hereditárias, a “Carta de Doação” que consistia em um documento que dava direito ao donatário de explorar a sua capitania e o “Foral” que estabelecia os direitos e deveres dos donatários. Cabia aos donatários, entre outros, a fundação de vilas e cidades e a cobrança de impostos. A questão poderia ser mais bem elaborada por meio de um texto de apoio ou uma imagem. As demais alternativas estão incorretas. Resposta correta: E 10. Somente a proposição [C] está correta. A mineração que caracterizou o Brasil ao longo do século XVIII trouxe inúmeras transformações para o Brasil Colonial, entre elas: transferência da capital de Salvador para o Rio de Janeiro, mudança do eixo econômico do Nordeste para o Sudeste, esboçou-se um mercado interno contribuindo para integrar as regiões, sociedade com um aspecto mais urbano com o surgimento de cidades, surgiu uma “cultura brasileira” caracterizada pela Arte Barroca e pelo Arcadismo na Literatura. As demais alternativasestão incorretas. Resposta correta: C 11. Podemos identificar, no consumo da mandioca e de sua farinha, uma forma de relação social no Brasil colônia, uma vez que a mandioca era um produto tipicamente de trato indígena que foi incorporado pelo branco português ao seu cardápio. Resposta correta: A 12. Questão respondida pela temporalidade. No século XVIII, o Brasil vivia o ciclo do ouro, que forçou o deslocamento de mão de obra escrava do Nordeste para o Sudeste. Resposta correta: B 13. Ao usar o termo “maometismo”, o escritor da carta faz referência ao Islamismo, religião monoteísta que tem Alá como Deus e Maomé como Profeta. Logo, o pedido é por liberdade de culto religioso. Resposta correta: B 14. A estrutura social brasileira (desde os tempos coloniais até o Império) aproximava-se do padrão militar utilizado mundo afora a partir da exclusividade da participação masculina no combate militar, uma vez que nossa sociedade era patriarcal. Por isso, a história de Maria Quitéria de Jesus contradiz a rigidez hierárquica da nossa estrutura social. Resposta correta: A 15. Pelos trechos “(...)os acusar de mais devotos do pau-brasil que dela (...)” e “(...)por mais arraigados que na terra estejam e mais ricos que sejam, tudo pretendem levar a Portugal (...)” fica clara a crítica dos cronistas quanto à retirada das riquezas coloniais por Portugal. Resposta correta: E CRCA/EDG
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