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ufrrj_Aulas Teoricas de Fitopatolologia

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Resumo das Aulas Teóricas 
de Fitopatologia Especial
UFRRJ IB DENF
Prof.Dr.Luís Azevedo
luisasa@ufrrj.br
Março de 2009
11|03|09
Manejo Integrado de Doenças de 
Plantas nos Sistemas Agrícolas
Fitopatologia Especial – IB 238
Prof.Dr.Luís Antônio S.Azevedo
• Terminologia e conceitos aplicados ao controle de doenças:complexo
causal;ciclo das relações patógeno-hosedeiro;ciclo primário e ciclo
secundário de doença;disseminação e sobrevivência de 
fitopatógenos,controle;manejo
• Princípios de Wetzel – Princípios Gerais de Controle: 
evasão,exclusão,erradicação, regulação, proteção e imunização
Importância Manejo Integrado de 
Doenças de Plantas
Conceito e Importância das Doenças 
de Plantas
Definições Clássicas de Doenças de Plantas 
Gaumann(1946): “Doença de planta é um processo 
dinâmico, no qual hospedeiro e patógeno,em 
íntima relação com o ambiente se influenciam 
mutuamente, do que resultam em modificações 
morfológicas e fisiológicas no hospdeiro”. 
Wetzel (1935) : “Doença em planta consiste de uma
atividade fisiológica injuriosa, pela irritação contínua
de um fator causal primário, exibida através de atividade
celular anormal e expressa por meio de condições
patológicas características, chamadas sintomas”.
Definições Clássicas de Doenças de Plantas 
Wetzel (1935) : “Doença é um mal funcionamento de 
células” e tecidos do hospedeiro que resulta da sua
contínua irritação por agente patogênico ou fator
ambiental e que conduz ao desenvolvimento de sintomas
Doença é uma condição envolvendo mudanças anormais
na forma fisiologia,integridade ou comportamento da
planta.Tais mudanças podem resultar em dano parcial
ou morte da planta ou de suas partes.
DOENÇA
Complexo Causal
A
H
P
Tetraedro de DoençasTetraedro de Doenças
MANEJO DA
CULTURA
VULNERABILIDADE
FAVORABILIDADE
A
SH
PATOGENICIDADE
P H
T
E
M
P
O
DOENÇA
Ciclo da relações patógeno-hospedeiro
Sobrevivência
Infecção
Colonização
Disseminação
Reprodução
Ciclo Secundário
Hospedeiro Doente
Ciclo Primário
Fonte : Amorim,1995
ECOSSISTEMA NATURAL E AGROECOSSISTEMA
Fungos
Bactérias
Vírus
Nematóides
Proteção de PlantasProteção de Plantas
•Sustentabilidade Ambiental
• Problemas de Pragas e Doenças
• Monocultura (Agricultura Predatória)
• Manejo Inadequado
• Correntes Econômicas
• Pressões Políticas
PRODUÇÃO AGRÍCOLAPRODUÇÃO AGRÍCOLA
Segurança alimentar
e
Sustentabilidade ambiental
Sustentabilidade
Estocolmo (1972)
1a Conferência da ONU sobre Meio Ambiente
Ecodesenvolvimento ou Desenvolvimento Sustentável.
Oslo (1987)
Reunião da Comissão Mundial para o Meio Ambiente 
e Desenvolvimento 
Desenvolvimento Sustentável (DS) = possibilidade de 
satisfazer as necessidades do presente, sem 
comprometer as possibilidades de sobrevivência das 
futuras gerações.
Agricultura Sustentável
Rio de Janeiro 1992 (Eco 92)
2 a Conferência da ONU sobre Meio Ambiente
Agricultura Sustentável é aquela ecologicamente 
correta, economicamente viável, socialmente justa e 
culturalmente adaptada, que se desenvolve como um 
processo, numa condição democrática e participativa.
Economia
Social
Produzir alimentos
Suficientes de alta 
qualidade
Proteger a viabilidade
econômica das 
Operações agrícolas
Proteger o meio 
ambiente
e recursos naturais
Minimizar o uso
de recursos naturais 
esgotáveis e otimiza o 
uso de recursos 
naturais renováveis
Proteger a saúde e 
segurança
de trabalhadores rurais,
Comunidades locais e a 
sociedade
Contribuir positivamente
para a qualidade de vida dos
trabalhadores rurais e 
comunidades locais
Meio
Ambiente
Princípios da Agricultura Sustentável
Agricultura Sustentável
Johannesburgo 2002 (Rio +10)
3a Conferência da ONU sobre Meio Ambiente
Água e Saneamento, Biodiversidade, Energia, Saúde e 
Agricultura.
Participantes fixam metas insignificantes para frear o 
ritmo de devastação do planeta.
As evidências científicas deixam pouca dúvida de que o 
impacto das ações humanas estão gerando sérias 
consequências ambientais.
Exemplo na China:
• Em 2030 deve chegar a 1,6 bilhões de habitantes.
• Hoje consomem mais do que podem colher.
• A escassez de água já afeta 300 das 617 cidades 
chinesas, enquanto a industrialização e o poder 
econômico não sofrem nenhum recuo.
• A única saída para reverter o quadro previsível de 
esgotamento natural está no avanço científico.
Limites Naturais
Fonte: ISTO É / 1719 - 11.09.02
Expectativa de vida
77
73
73
69
66
51
América do
Norte
Europa
Oceania
América Latina
Ásia
África
A expectativa mundial aumentou 10 anos entre 1950 e 1999
Fonte: Veja – Set/99
População faminta:
• África concentra 1/3 dos subnutridos.
• Até 2030, estima-se que o total de desnutridos caia de 770 milhões 
para 440 milhões nos países em desenvolvimento.
Fonte: FAO
0
50
100
150
200
250
300
M
ilh
õe
s 
de
 p
es
so
as
 d
es
nu
tri
da
s
Sudeste
Asiático
Extremo
Oriente
África
subsaariana
Oriente Médio
e Norte da África
América Latina
e Caribe
1990 - 92
1997 - 99
2015
2030
O desafio de aumentar a 
produtividade
0,56 ha
Área agricultável / hab.
0,3 ha
Área agricultável / hab.
0,16 ha
Área agricultável / hab.
1950
2,5 bilhões
1980
4,4 bilhões
2025
8,5 bilhões
Fonte: GCPF,2000
Como aumentar a oferta de 
alimentos?
• Aumento de área cultivada
• Técnicas de cultivo
– espaçamento, irrigação, adubação, mecanização,...
• Variedades de plantas
– ciclo mais curto
– mais produtivas
– tolerantes ou resistentes (seca; temperatura; pragas; doenças; competições,...)
– adaptadas à diferentes condições de cultivo e ambiente, ...
– Plantas transgênicas
• Controle adequado dos agentes biológicos nocivos
Fonte: Manual de Fitopatologia Vol.1
Principais agentes biológicos que 
interferem na produtividade agrícola:
Doenças
• fungos
• bactérias
• vírus
Insetos Plantas
invasoras
Danos médios pré - colheita, causados
às culturas, na América do Sul
Insetos
Plantas
invasoras
Doenças
• fungos
• bactérias
• vírus
46,1%
23,6%
30,3%
Proteção de PlantasProteção de Plantas
O impacto destrutivo das doenças de 
plantas nos sistemas agrícolas
O impacto destrutivo das doenças de 
plantas nos sistemas agrícolas
IMPORTÂNCIA DOS FUNGICIDAS SISTÊMICOS 
NOS SISTEMAS AGRÍCOLAS 
• Surgimento de doenças novas (Ferrugem-
da-soja,sigatoka negra,mancha de 
mirotécio,etc)
• Componente estratégico no MIP
• Prevenção e redução da severidade e 
incidência de doenças de plantas
• Aumento do uso de fungicidas em culturas 
extensivas
O impacto destrutivo das doenças 
de plantas nos sistemas agrícolas
• Doenças destrutivas de impacto 
econômico
• Mudanças no sistemas de produção 
das culturas
• Mudanças climáticas X Doenças
• Aumento do custo de produção (maior 
número de pulverizações)
• Profissionalização de alguns setores 
da cadeia produtiva
PatógenosPatógenos Agressivos no BrasilAgressivos no Brasil
Cereais e Cereais e HortícolasHortícolas
Doença Patógeno Cultura Distribuição
Ferrugem-da-soja P. pachyrhizi Soja Brasil
DFC S.glycines,C.kikuchii Soja Brasil
Requeima P.infestans Batata,Tomate Sul,Sudeste
Pinta-Preta A.solani Batata,Tomate Sul,Sudeste
Brusone M.grisea Arroz Brasil
Ferrugem-da-folha P.triticina Trigo Sul
Mancha -Marrom H.sativum Trigo Sul
Crestamento-amarelo H.tritici-repentis Trigo Sul
Mancha -em- rede H.teres Cevada Sul
Mancha-angular P.griseola Feijão Sudeste,C.oeste
Antracnose C.lindemuthianum Feijão Sul,Sudeste
Ramularia R.aureola Algodão Centro oeste
PatógenosPatógenos Agressivos no BrasilAgressivos no Brasil
FrutíferasFrutíferas
Doença Patógeno Cultura Distribuição
Greening (HLB) Candidatus liberibacter Citros Sudeste
Sigatoka - Negra M.fijiiensis Banana AM,MT,MS,SP,MG
Sigatoka-Amarela M.musicola Banana Sul,Sudeste,Norte
Queda Prematura dos 
Frutos
C.glesporioides Citros Sul,Sudeste
Sarna V.inaequalis Maçã Sul
Gomose P.parasitica Citros Sul,Sudeste,Norte
Clorose Variegada 
dos Citros
X.fastidiosa Citros Sudeste,Sul
Mal-do-Panamá F.oxysporum
f.sp.cubenseBanana Sul
Morte Súbita (MBC) Vírus Citros SP,MG
Mancha de Alternaria A.citri Citros SP,MG
Importância do Controle de Doenças
Por que 
controlar ?
Como 
controlar ?
Quando 
controlar ?
Quando 
controlar ?
Controle Químico:
Quando usá-lo?
• Quando as condições de competição 
atingirem o Nível de Dano Econômico
• Quando outros métodos não são 
suficientes para manter o nível de controle 
dentro do Nível de Dano Aceitável
Importância da utilização de 
fungicidas sistêmicos
Valor 
–
Milhões 
de
dólare
s
2005-
2001
(%)
Classes 2001 2002 2003 2004 2005 2005
Herbicida
s
1.143 987 1.523 1.830 1.735 52
Fungicida
s
362 360 713 1.338 1.089 200
Inseticida
s
630 467 725 1.066 1.180 87
Fertilizant
es (106
t)
17,0 18,2 23,6 24,7 20,2
Total 2.287 1.951 3.136 4.494 4.243 85
Fonte : (SINDAG,2006; SINDIFERT , 2006)
Por que precisamos de 
fungicidas na agricultura ? 
• Fatores para manutenção da 
produtividade
• Utilização de fungicidas tem 200 anos
• Surgimento e evolução dos grupos 
químicos
• Década de 80 (produção limitada de 
ingredientes ativos)
• Disponibilidade de grande número de 
i.a 
NOVA AGRICULTURA
• MAIS SUSTENTÁVEL E 
•AMBIENTALMENTE MAIS BENÉFICA
• DIMINUIÇÃO DOS INSUMOS SINTÉTICOS
ZUPPI,1998
ZUPPI,2000
JORDAM,1999
BERGAMIIM,1998
ZAMBOLIM,2002
MANEJO INTEGRADO 
DE PRAGAS
M I P
Principais métodos de controle para 
maximizar a produção agrícola
Manejo integradoManejo integrado
C
ul
tu
ra
l
M
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ân
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o
Fí
si
co
G
en
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Le
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B
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Q
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m
ic
o
Manejo Integrado. Um sistema multidisciplinar de pesquisaManejo Integrado. Um sistema multidisciplinar de pesquisa
Manejo
Integrado
de Pragas e Doenças
Uso de
fungicidas e inseticidas
Tratamento de sementes
Época de
semeadura das
cultivares
Manejo do Solo
Resistência
varietal
Outras práticas culturais
Feromônio Atraentes Repelentes Esterilização
Mistura de
variedadesManejo
Integrado de 
Doenças
Controle
Biológico
e outros
Manejo Integrado de Doenças Manejo Integrado de Doenças Manejo Integrado de Doenças 
“ O termo Manejo Integrado de Doenças de 
Plantas tem sido definido como a maneira 
flexível , multidimensional , de se controlar as 
doenças , utilizando medidas biológicas , 
culturais e estratégias químicas , necessárias 
para manter as doenças abaixo do limiar 
econômico de dano sem prejuízo para o 
agroecossistema.”
( Prof. Dr.Francisco Xavier R. Vale ,1994 )
“ O termo Manejo Integrado de Doenças de 
Plantas tem sido definido como a maneira 
flexível , multidimensional , de se controlar as 
doenças , utilizando medidas biológicas , 
culturais e estratégias químicas , necessárias 
para manter as doenças abaixo do limiar 
econômico de dano sem prejuízo para o 
agroecossistema.”
( Prof. Dr.Francisco Xavier R. Vale ,1994 )
Manejo IntegradoManejo Integrado
Evolução dos ConceitosEvolução dos Conceitos
“ O controle aplicado de pragas que combina e integra os
controles químico e biológico.”
( Stern et al , 1959 )
“ O controle integrado é definido como um sistema de 
manejo de organismos nocivos que utiliza todas as 
técnicas e métodos apropriados da maneira mais 
compatível possível para manter as populações de 
organismos nocivos em níveis abaixo daqueles que causam 
injúria.”
( FAO , 1968 )
“ É a utilização de todas as técnicas disponíveis dentro de 
um programa unificado , de tal modo a manter a população 
de organismos nocivos abaixo do limiar de dano 
econõmico e a minimizar os efeitos colaterais deletérios ao 
meio ambiente.”
( Chiarappa , 1974 )
Manejo IntegradoManejo Integrado
“ É a seleção de métodos e desenvolvimento de 
critérios para o uso de medidas que garantam 
consequências favoráveis sob o ponto de vista 
econômico , ecológico e sociológico” 
( Prof. Marcos Kogan ,1990 )
“ O termo Manejo Integrado de Doenças de Plantas tem 
sido definido como a maneira flexível , multidimensional 
, de se controlar as doenças , utilizando medidas 
biológicas , culturais e estratégias químicas , necessárias 
para manter as doenças abaixo do limiar econômico de 
dano sem prejuízo para o agroecossistema.”
( Prof. Francisco Xavier R. Vale 
,1994 )
Manejo Integrado e Legislação
A no P aís T ipo de 
docum ento 
T ipo de 
declaração 
1986 A lem anha decisão do 
parlam ento 
exp líc ita 
1986 Indonésia decre to 
p residencia l 
exp líc ita 
1986 F ilip inas declaração 
p residencia l 
im p líc ita 
1987 D inam arca decisão do 
parlam ento 
im p líc ita 
1991 H o landa decisão do 
governo 
iim p líc ita 
1992 R io de Jane iro C hefes de 
E stado 
exp líc ita 
 
 
Fonte: (ZADOKS,1993)
Benefícios das Práticas de Manejo IntegradoBenefícios das Práticas de Manejo Integrado
• Diminui o risco de surgimento de 
novas raças de patógenos
• Longevidade dos cultivares resistentes
• População de patógenos resistentes a 
fungicidas sistêmicos
• Sobrevivência dos patógenos do solo
• Uso racional e diminuiçaõ de 
defensivos agrícolas
• Limite de resíduos
Proteção de PlantasProteção de Plantas
Produção Integrada
• MUDANÇAS NA AGRICULTURA CONVENCIONAL
• PEQUENA ESCALA
• FORMA LENTA
• MUDANÇAS CULTURAIS E HUMANAS
• EXPERIÊNCIAS DE SUCESSO
• PRODUÇÃO INTEGRADA DE FRUTAS
PRODUÇÃO INTEGRADA
JORDAM,1999
É um padrão holístico de uso da terra, que integra os processos regulatórios, 
com as alternativas e habilidades de manejo da fazenda, com o objetivo de 
alcançar um máximo de substituição de insumos sinteticos, manter a diversidade 
das espécies, minimizar as perdas e fornecer um seguro suprimentos de 
alimentos de forma lucrativa e sustentável
FENÓLIO,2002
O sistema de produção integrada atualmente proposto tem como base de 
sustentação, a utilização racional de todos os recursos disponíveis; tanto o 
humano( pesquisa oficial e privada, universidade, extensão, agricultores 
capacitados), o material( sistemas de previsão, cultivares resistentes, kits 
diagnósticos, tecnologia transgênica) e o natural ( processos regulatórios, uso de 
inimigos naturais e agricultura orgânica.)
Proteção de Plantas
A preservação do meio ambiente e a manutenção do equilíbrio ecológico é o
objetivo mais importante do MIP.A preservação do meio ambiente é uma
condição básica para a produção de produtos de qualidade. Hoje existe uma
consciência no meio agronômico que é preciso produzir mais com menos
lucro. 
OBJETIVOS PRÁTICOS DO MANEJO INTEGRADO
SUSTENTABILIDADE
Proteção de Plantas
M I P: Dificuldades Práticas 
FILOSOFIA DO MIP 
INTEGRAÇÃO
MANEJO
Manejo Integrado : Visão 
Moderna e Critérios de Decisão
EFICIÊNCIA DOS MÉTODOS
ECONOMIA
COMPATIBILIDADE AMBIENTAL
IMPACTO NA SAÚDE HUMANA
HOLÍSTICA
O Sistema M I P
Visão Moderna Dentro da 
Proteção de Plantas 
ADAPTADO LOCALMENTE
CUSTO JUSTIFICADO
AMBIENTALMENTE SADIO
SOCIALMENTE ACEITÁVEL
ECOLOGICAMENTE JUSTIFICÁVEL
POLITICAMENTE CORRETO
Por que o MIP não é aceito pelos agricultores ?
• LOBBY DAS MULTINACIONAIS
• SUBSÍDIOS DE PESTICIDAS PELO GOVERNO
• BAIXO CUSTO DOS DEFENSIVOS AGRÍCOLAS
• EFICIÊNCIA DOS PESTICIDAS
• SERVIÇO DE EXTENSÃO RURAL DEFICIENTE
• FALTA DE TEMPO DO PRODUTOR
• COMPLEXIDADE DOS PROGRAMAS DE MANEJO
• PRODUTORES NÃO GOSTAM DE CORRER RISCOS
• FALTA DE COMPREENSÃO E DOS ANSEIOS DO PRODUTOR
A Era Biotecnológica e as 
Estratégias da Bioengenharia
As cultivares resistentes as pragas e as doenças serão no futuro sob o 
ponto de vista agronômico a chave para o sucesso do 
MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS
A CLONAGEM DE DIFERENTES GENES R DE RESISTÊNCIA POSSIBILITARÁ A OBTENÇÃO 
DE CULTIVARES RESISTENTES DE FORMA MAIS RÁPIDA E SEGURA
NO CAMPODA ENTOMOLOGIA A OBTENÇÃO DE CULTIVARES RESISTENTES A PRAGAS
TRANSMISSORAS DE VIROSES
NO CAMPO DAS PLANTAS INVASORAS A SOJA TRANSGÊNICA É UMA REALIDADE
PRINCÍPIOS GERAIS DE CONTROLE 
DE DOENÇAS DE PLANTAS 
• OBJETIVO MAIOR DA FITOPATOLGIA
• EFICIÊNCIA PRODUTIVA
• VARIEDADES ALTAMENTE PRODUTIVAS
• VULNERABILIDADE
• TÉCNICAS CULTURAIS (MONOCULTURA, 
UNIFORMIDADE 
GENÉTICA,ADUBAÇÃO,MECANIZAÇÃO)
• FAVORABILIDADE DE DOENÇAS
Importância do Controle de 
Doenças
Por que 
controlar
Como 
controlar
Quando 
controlar
Quando 
controlar
FUNDAMENTOS E CONCEITOS DE 
CONTROLE
• “prevenção dos prejuízos de uma doença" (Whetzel
et al., 1925), sendo admitido em graus variáveis 
(parcial, lucrativo, completo, absoluto, etc.) mas 
“aceito como válido, para fins práticos, somente 
quando lucrativo” (Whetzel, 1929).
• Fawcetti & Lee (1926), “na prevenção e no 
tratamento de doenças deviam ser sempre 
considerados a eficiência dos métodos e o custo 
dos tratamentos, sendo óbvio que os métodos 
empregados deveriam custar menos que os 
prejuízos ocasionados”.
• Portanto, numa concepção biológica, controle 
pode ser definido como a “redução na 
incidência ou severidade da doença” 
(National Research Council, 1968). 
Princípios Gerais de Controle de Doenças de Plantas
1- EXCLUSÃO
2- ERRADICAÇÃO
3- PROTEÇÃO
4- IMUNIZAÇÃO
5- TERAPIA
6-REGULAÇÃO
7- EVASÃO
(MARCHIONATO, 1949)
(WETZEL ET AL, 1925)
OS PRINCÍPIOS DE GERAIS DE CONTROLE 
EXCLUSÃO : PREVENÇÃO DA ENTRADA DO PATÓGENO NUMA ÁREA
NÃO INFESTADA OU INDENE
ERRADICAÇÃO : ELIMINAÇÃO COMPLETA DO PATÓGENO DE UMA 
ÁREA EM FOI INTRODUZIDO
PROTEÇÃO : INTERPOSIÇÃO DE UMA BARREIRA PROTETORA ENTRE
AS PARTES SUSCETÍVEIS DA PLANTA E O INÓCULO DO
PATÓGENO
IMUNIZAÇÃO : DESENVOLVIMENTO DE PLANTAS RESISTENTES OU
IMUNES AO PATÓGENO
TERAPIA : VISA ESTABELECER A SANIDADE DE UMA PLANTA COM A
QUAL O PATÓGENO JÁ ESTABELECEU UMA RELAÇÃO
OS PRINCÍPIOS DE 
GERAIS DE CONTROLE 
• EVASÃO OU ESCAPE : Visa o controle 
da doença por meio de medidas de fuga 
ou escape dos patógenos
• REGULAÇÃO: Visa o controle da doença 
por meios de medidas de manipulação do 
ambiente desfavorecendo os patógenos
Ciclo da relações patógeno-hospedeiro e princípios de controle
Sobrevivência
Erradicação
Infecção
Proteção
Colonização
Imunização|Terapia
Disseminação
Exclusão
Reprodução
Terapia
Ciclo Secundário
Hospedeiro Doente
Ciclo Primário
Fonte : Amorim,1995
P EXCLUSÃOERRADICAÇÃO
EVASÃO
DOENÇA
H
A
TERAPIA 
PROTEÇÃO
IMUNIZAÇÃO
REGULAÇÃO
EVASÃO
Figura 2. Atuação dos princípios gerais de controle nos componentes do 
triângulo da doença 
Tetraedro de doenças e princípios de controleTetraedro de doenças e princípios de controle
Exclusão
Erradicação
Proteção
Imunização
Terapia
Evasão
Regulação
Proteção
Imunização
TerapiaRegulação
A
SH
Exclusão
Erradicação
Evasão
P H
OS PRINCÍPIOS DE CONTROLE E A ABORDAGEM EPIDEMIOLÓGICA 
• Vanderplank,1963 – Análise Epidemiológicas
X = proporção de doença em um tempo t;
Taxa de infecção aparente (r) : taxa média de infecção uma doença;
Quantidade de inóculo inicial (xo) : quantidade de inóculo inicial para iniciar 
uma doença;
Tempo (t) : tempo pelo qual o hospedeiro esteve exposto ao patógeno
x = x0.exp.r t
Estratégias Epidemiológicas
• 1- eliminar ou reduzir o inóculo inicial (x0) 
ou atrasar seu desenvolvimento;
• 2-diminuir a taxa de infecção aparente (r);
• 3- encurtar o tempo (período de exposição) 
da cultura ao patógeno
PRINCÍPIOS GERAIS DE CONTROLE
REDUÇÃO DO INÓCULO INICIAL(xo) REDUÇÃO DA TAXA DE INFECÇÃO
PATÓGENO HOSPEDEIRO AMBIENTE
ESCAPE
EVASÃO
ECLUSÃO ERRADICAÇÃO TERAPIA IMUNIZAÇÃO
(RESISTÊNCIA)
PROTEÇÃO
COLONIZAÇÃO INFECÇÃO PENETRAÇÃO INOCULAÇÃODISSEMINAÇÃO SOBREVIVÊNCIA
Figura 3. Princípios de controle de doenças de plantas e modo de atuação de cada 
princípio [adaptado de Roberts & Boothroyd (1984)]. 
Tabela 1.Relação entre métodos e princípios de controle e seus efeitos 
predominantes sobre os componentes epidemiológicos inóculo inicial (xo), taxa 
de infecção aparente (r) e tempo(t) 
PRINCÍPIOS
MÉTODOS DE CONTROLE
Efeito predominante
xo r t
EVASÃO
Escolha da área de plantio
Escolha do local de plantio
Escolha da data de plantio
Plantio raso
Variedades precoces
+
+
+
+
+
+
+
EXCLUSÃO
Sementes e mudas sadias
Inspeção e certificação
Quarentena
Eliminação de vetores
Vazio Fitossanitário
+
+
+
+
PROTEÇÃO
Pulverização da parte aérea
Tratamento de sementes
+
+
Tabela 1.Relação entre métodos e princípios de controle e seus efeitos 
predominantes sobre os componentes epidemiológicos inóculo inicial (xo), taxa 
de infecção aparente (r) e tempo(t) (cont.)
PRINCÍPIOS
MÉTODOS DE CONTROLE
Efeito predominante
xo r t
REGULAÇÃO
Modificação de práticas culturais
Modificção do ambiente e nutrição
+
+
IMUNIZAÇÃO
Resistência horizntal
Resistência vertical
Uso de multilinhas
Pré-imunização
Cultura de tecidos (indexação)
+
+
+
+
+
+
+
+
TERAPIA
Termoterapia
Quimioterapia
Cirurgia
+
+
+
Relação entre princípios e métodos de controle e 
seus efeitos nos componentes epidemiológicos
EXCLUSÃO X 0 r t
Sementes e mudas sadias +
Inspeção e certificação +
Quarentena +
Eliminação de vetores
Vazio Fitossanitário
+
+
Relação entre princípios e métodos de controle e 
seus efeitos nos componentes epidemiológicos
ERRADICAÇÃO x0 r t
Rotação de culturas +
Roguing +
Eliminação de hospedeiros 
alternativos
+
Tratamento de sementes e solo +
Relação entre princípios e métodos de controle e 
seus efeitos nos componentes epidemiológicos
PROTEÇÃO x 0 r t
Pulverização +
Tratamento de sementes +
Controle biológico +
Relação entre princípios e métodos de controle e 
seus efeitos nos componentes epidemiológicos
IMUNIZAÇÃO x0 r t
Resistência +
Pré-imunização química e 
biológica
+
Relação entre princípios e métodos de controle e 
seus efeitos nos componentes epidemiológicos
TERAPIA x0 r t
Quimioterapia +
Termoterapia +
Cirurgia +
Relação entre princípios e métodos de controle e 
seus efeitos nos componentes epidemiológicos
REGULAÇÃO x0 r t
Modificação de práticas 
culturais
+
Modificação do ambiente e 
nutrição
+
Relação entre princípios e métodos de controle e 
seus efeitos nos componentes epidemiológicos
EVASÃO x0 r t
Escolha da área geográfica + +
Escolha do local de plantio + +
Escolha da época de plantio +
Plantio raso + +
Variedade precoce + +
MEDIDAS DE CONTROLE 
BASEADAS NA EVASÃO
MEDIDA DE 
CONTROLE
DOENÇA PATÓGENO EFICÁCIA
Escolha da área 
geográfica (SP)
Mal das 
Folhas
M.ulei Muito Bom
Plantios em Roraima Ferrugem da 
soja
P.pakirhizi Média
Escolha do local de 
plantio (Regiões frias)
Viroses da 
batata
PVY,PVX,PRLV Média
Plantios em regiões 
secas(produção de 
sementes)
Bacterioses 
do feijoeiro
P.syringae,X.camp
estris
Muito Bom
Modificação das 
práticas culturais
Mofo Branco S.sclerotiorum Média
MEDIDAS DE CONTROLE 
BASEADAS NA EVASÃO
MEDIDA DE CONTROLE DOENÇA PATÓGENO EFICÁCIA
PROIBIÇÃO,FISCALIZAÇÃO 
E INTERCEPTAÇÃO DO 
TRÂNSITO DE MUDAS OU 
PRODUTOS VEGETAIS
Cancro 
Cítrico
Ferrugem 
do 
cafeeiro
X.campestris
pv.citri
H.vaxtatrix
Boa
Ruim
VAZIO FITOSSANITÁRIO Ferrugem 
da soja
P.pakirhizi Boa
MEDIDAS DE CONTROLE 
BASEADAS NA ERRADICAÇÃO
MEDIDA DE 
CONTROLE
DOENÇA PATÓGENO EFICÁCIA
Eliminação completa 
do patógeno de uma 
região
Cancro 
cítrico
X.campestris
pv.citri
Média
Eliminação de 
hospedeiros alternat.
Ferrugem do 
colmo do 
trigo
P.graminis tritici Média
Eliminação dos restos 
de cultura
Antracnose 
do pimentão
C.gloeosporioides Média
Destruição de plantas 
doentes
Gomose P.parasitica Boa
Rotação de culturas Mancha 
Foliares
H.triti repentis Boa
MEDIDAS DE CONTROLE 
BASEADAS NA PROTEÇÃO
MEDIDA DE 
CONTROLE
DOENÇA PATÓGENO EFICÁCIA
UTILIZAÇÃO DE 
FUNGICIDAS 
DOENÇAS DE 
PARTE AÉRA
Vários Muito Boa
UTILIZAÇÃO DE 
FUNGICIDAS 
TRAT.SEMENTES
DAMPING-OFF Vários Muito Boa
UTILIZAÇÃO DEINSETICIDAS
Viroses(Vetores) Vários Média
MEDIDAS DE CONTROLE 
BASEADAS NA IMUNIZAÇÃO
MEDIDA DE 
CONTROLE
DOENÇA PATÓGENO EFICÁCIA
Uso de cultivares imunes, 
resistentes ou tolerantes
Sigatoka negra M.fijienis Muito Boa
Uso de fungicidas 
sistêmicos
Requeima P.infestans Muito Boa
Uso de pré-imunização 
ou proteção cruzada com 
estirpes fracas de virus
(Limão Galego)
Tristeza dos 
citros
CTV Excelente
MEDIDAS DE CONTROLE 
BASEADAS NA TERAPIA
MEDIDA DE 
CONTROLE
DOENÇA PATÓGEN
O
EFICÁCIA
Uso de fungicidas 
sistêmicos
Oidio,Ferruge
m,Manchas 
Foliares
Vários Boa
Cirurgia de troncos e 
ramos afetados
Gomose
Seca da 
Mangueira
P.parasitica
C.fimbriata
Média
Boa
Tratamento térmico Raquitismo da 
soqueira
P.rubilinea
ns
Muito boa
A Moderna Proteção de Plantas
A Era Biotecnológia e as Estratégias da 
Biengenharia
•As cultivares resistentes as pragas e as doenças serão no futuro sob o ponto de 
vista agronômico a chave para o sucesso do MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS
•A CLONAGEM DE DIFERENTES GENES R DE RESISTÊNCIA POSSIBILITARÁ A 
OBTENÇÃO DE CULTIVARES RESISTENTES DE FORMA MAIS RÁPIDA E SEGURA
•NO CAMPO DA ENTOMOLOGIA A OBTENÇÃO DE CULTIVARES RESISTENTES A 
PRAGAS TRANSMISSORAS DE VIROSES.
•NO CAMPO DAS PLANTAS INVASORAS ,INSETOS; A SOJA ,O MILHO, O ALGODÃO 
TRANSGÊNICOS É UMA REALIDADE.
A Moderna Proteção de Plantas
Perspectivas para o futuro
1- PRODUÇÃO INTEGRADA DE PLANTAS
2- PROTEÇÃO QUÍMICA
Moléculas ecologicamente estáveis
3- O IMPACTO DA BIOTENOLOGIA NA 
PROTEÇÃO DE PLANTAS
A Moderna Proteção de Plantas
Perspectivas para o futuro
A tendência da moderna agricultura é a de substituir os produtos
fitossanitários tradicionais por outros mais seletivos e específicos.
Os defensivos agrícolas têm sido o grupo de substâncias químicas
mais pesquisado de todo o mercado.
2- PROTEÇÃO QUÍMICA
Moléculas ecologicamente estáveis
A RESISTÊNCIA INDUZIDA DE PLANTAS COM 
COMPOSTOS QUÍMICOS (SAR)
COMO ACONTECE NA PRÁTICA?
PRODUTOS REGISTRADOS NO BRASIL
A Moderna Proteção de Plantas
Perspectivas para o futuro
3- O IMPACTO DA BIOTENOLOGIA NA PROTEÇÃO 
DE PLANTAS
• AUMENTO DO NÚMERO DE CULTIVARES RESISTENTES
• SOLUÇÃO DE PROBLEMAS DIFÍCEIS ( VIROSES E FUNGOS 
DO SOLO)
• DEMANDA POR FUNGICIDAS, INSETICIDAS E HERBICIDAS 
SERÁ MENOR
A Agricultura do Século XXI
- Neste século a agricultura deverá eleger como 
seu principal insumo o CONHECIMENTOCONHECIMENTO
,substituindo a profissionalização pela educação 
formal com a exigência de capacidade de 
compreensão e intervenção global no processo 
produtivo.
- O acirramento da competitividade deverá 
selecionar aqueles que ficarão no campo.
- Estes serão mais especializados e com bons 
conhecimentos gerenciais.
Epidemiologia Aplicada ao 
Manejo de Doenças de Plantas
UFRRJ IB DENF
Fitopatologia Especial – IB 238
Prof.Dr.Luís Azevedo 
luisasa@ufrrj.br
Tópicos da aula:
• Fundamentos de epidemiologia
• Conceitos de Endemia e Epidemia
• Surto epidêmico
• Processo Monocíclico e policíclico
• Fatores que interferem na epidemia
• Fitopatometria: métodos diretos e indiretos de 
quantificação de doenças
• Classificação epidemiológica de doenças - Doenças 
de juros simples e de juros compostos
• Curvas de progresso da doença
• Princípios Epidemiológicos aplicados ao controle de 
doenças
Principais métodos de controle para 
maximizar a produção agrícola
Manejo integradoManejo integrado
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M
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Introdução
• As epidemias de doenças de plantas são 
o resultado da combinação dos seguintes 
elementos: 
- plantas hospedeiras suscetíveis
- patógenos virulentos 
- condições ambientes favoráveis por um 
período de tempo relativamente longo
- participação do ser humano
Conceitos de Epidemiologia
• Epidemiologia é a ciência que estuda as 
doenças epidêmicas. (VAN DER PLANK,1963)
• Epidemiologia é o estudo das populações do 
patógeno,nas populações de hospedeiros e da 
doença resultante dessa interação,sob a 
influência do ambiente e da interferência do 
homem. (KRANZ,1974).
• A epidemiologia num sentido amplo,deve ser 
conceituada como estudo do progresso da 
doença no espaço e no tempo, em função da 
interação entre as populações do 
patógeno,população do hospedeiro e do 
meio ambiente.
Conceito de Epidemiologia
Epidemiologia é o ramo ecológico da Fitopatologia.Trata 
das populações de plantas e dos patógenos e de suas 
dinâmicas.Essas dinâmicas resultam de suas interações 
com os fatores do ambiente e a interferência de várias 
atividades dos homens,incluindo o controle de doenças.
Prof.Dr.Kranz, 2004
Por dentro da Epidemiologia
• A epidemiologia deve ser entendida como uma 
tecnologia que nos conduz ao manejo adequado de 
doenças de plantas.
• A moderna epidemiologia procura correlacionar os 
fatores básicos do patógeno,do hospedeiro, do 
ambiente e os aspectos quantitativos da doença.
• O objetivo maior da epidemiologia é propor soluções 
que venham diminuir as perdas de produtividade na 
agricultura.Para tal, a epidemiologia engloba um 
conjunto complexo de conceitos,comportamentos e 
procedimentos analíticos.
Objetivos da Epidemiologia
• a) estudar a evolução das doenças em populações do 
hospedeiro; 
• b) avaliar os prejuízos absolutos e relativos causados pelas 
doenças nas culturas; 
• c) avaliar os efeitos simples e as interações entre resistência 
do hospedeiro, medidas sanitárias, uso de fungicidas e outras 
medidas de controle das doenças; 
• d) avaliar a eficiência técnica e econômica das medidas de 
controle em cada etapa sobre os agroecossistemas; 
• e) estabelecer estratégias de controle das doenças e 
aperfeiçoá-las para a proteção das culturas. 
Conceitos de Epidemia e Endemia
• EPIDEMIA deve ser utilizado para expressar o 
desenvolvimento de doenças em populações de plantas 
em intensidade e/ou extensão.
• ENDEMIA,por sua vez, é utilizado para caracterizar uma 
doença sempre presente numa determinada área 
geográfica;sem estar em expansão.
• Exemplos de doenças endêmicas no Brasil: 
• ferrugem do cafeeiro,doenças de final de ciclo da 
soja,ramulose e ramularia do algodoeiro,cercosporiose do 
milho,requeima da batata e tomate, míldio da videira, 
manchas foliares do trigo,murcha bacteriana da batata.
Conceito de Epidemia e Endemia
• EPIDEMIA POLIÉTICA : epidemias que necessitam de 
anos para mostrar significativo aumento na intensidade 
da doença.Ex.Greening dos citros
• PANDEMIA : epidemias que ocupam uma área 
extremamente grande,de tamanho quase continental.
• Epidemia não é oposto de endemia, pois não existe uma 
doença completamente endêmica de uma lado e uma 
doença completamente epidêmica do outro.
• Este fenômeno é referido como um SURTO 
EPIDÊMICO de uma doença normalmente endêmica e, 
caso ocorra periodicamente é,chamado de epidemia 
cíclica. Ex.Ferrugem do cafeeiro – Safra 2005|06 –
Triângulo Mineiro,Zona da Mata (MG);Ferrugem da folha 
do trigo – Safra 2005|06 – PR e RS;Requeima da batata
• (SP-2007)
Dispersão da ferrugem da soja no mundoDispersão da ferrugem da soja no mundo
EXEMPLO DE PANDEMIAEXEMPLO DE PANDEMIA
1934
1902
1957
1940
1966
1934
1998
2001
1999
2004
2001
2002
2003 1996
2004
Componentes da Epidemia
Triângulo da Doença
• Gaumann (1951) : condições para uma epidemia.
• HOSPEDEIRO: acúmulo de indivíduos 
suscetíveis;propensão do hospedeiro para a doença e 
presença de hospedeiros alternativos apropriados.
• PATÓGENO: possuir alta capacidade infectiva, isto 
é,alto potencial epidêmico, condicionado por presença 
de patógeno agressivo,alta capacidade 
reprodutiva,eficiente dispersão,não haver restrições 
para o seu desenvolvimento.
• AMBIENTE: condições metereológicas ótimas para o 
seu desenvolvimento.
- Alto potencial epidêmico
- Presença de patógeno agressivo- Alta capacidade reprodutiva
- Eficiente dispersão 
- Não haver restrições para o desenvolvimento
EPIDEMIA
(Gaumann,1951)
EPIDEMIA
H
P
A
- Acúmulo de hospedeiros suscetíveis
- Propensão do hospedeiro para a doença
- Presença de hospedeiros alternativos
Condições ótimas 
para desenvolvimento
Componentes da Epidemia
• Conceito de epidemiologia : Figura 
tradicional do triângulo da doença.
• Conceito de epidemiologia : atual é 
representado por um TETRAEDRO ( 
ZADOKS & SHEIN,1980)
Tetraedro da EpidemiologiaTetraedro da Epidemiologia
MANEJO DA
CULTURA
VULNERABILIDADE
FAVORABILIDADE
A
SH
PATOGENICIDADE
P H
T
E
M
P
O
EPIDEMIA
QTADE DE
DOENÇA
H
P
A
TOTAL DE AGRESSIVIDADE
TO
TA
L 
DE
 C
ON
DI
ÇÕ
ES
FA
VO
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CE
ND
O 
A 
SU
SC
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IB
IL
ID
AD
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TAL DE CO
NDIÇÕ
ES
FAVO
RECENDO
 A SUSCETIBILDADE
- Monocultura
- Grandes áreas de cultivo
- Técnicas de cultivo
- Máximo potencial genético 
Exemplos de Epidemias 
Mundiais
• Fogo-santo ou fogo-de-santo-antônio 
na Idade Média
• Epidemia da Requeima em 1845 na 
Europa
• Epidemia de Helmintosporiose em 
Bengala em 1942 (3 milhões de mortos)
• Epidemia de Helminthosporiose do 
milho nos E.U.A na década de 70.
Requeima da batata
(“Fome Irlandesa”)
• 1846 -o fungo seria causa ou conseqüência da 
doença?
• Irlanda - fungo atacou os batatais dois meses 
inteiros mais cedo e destruiu 80 % da produção.
- As Conseqüências foram brutais :
• 2 milhões de mortos e mais de 1 milhão de 
imigrantes
• A população da Irlanda que era de 8,3 mihões em 
1846 passou para 5,2 mio 30 anos depois
Exemplos de Epidemias 
Importantes no Brasil
• O MOSAICO DA CANA-DE-ACÚCAR –
Década de 20
• TRISTEZA DOS CITROS - 1940
• CANCRO CÍTRICO – 1957
• O MAL DO PANAMÁ E A BANANA MAÇÃ
• O CARVÃO DA CANA-DE-ACÚCAR
• O MAL DAS FOLHAS DA SERINGUEIRA
• CLOROSE VARIAGADA DOS CITROS
• FERRUGEM ASIÁTICA DA SOJA
Exemplos de Epidemias 
Recentes no Brasil
• FERRUGEM DA SOJA Pakopsora pachyrhizi
• CERCOSPORIOSE DO MILHO Cercospora zea-
maydis
• SIGATOKA NEGRA Micosphaerella fijiensis
• MORTE SÚBITA EM CITROS
• MANCHA DE MYROTHECIUM Myrothecium roridum
• GREENING DOS CITROS (HLB)
CONDIÇÕES QUE AFETAM O 
DESENVOLVIMENTO DE EPIDEMIAS
A- Fatores Relacionados ao Hospedeiro
- níveis de resistência genética ou suscetibilidade 
do hospedeiro
- grau de uniformidade genética das plantas 
hospedeiras 
- tipo de cultura 
- idade da planta hospedeira. 
-
CONDIÇÕES QUE AFETAM O DESENVOLVIMENTO DE 
EPIDEMIAS
A- Fatores Relacionados ao Hospedeiro
Resistência genética das plantas aos patógenos
- O nível de resistência genética ou suscetibilidade do hospedeiro constitui importante 
fator no desenvolvimento de epidemias.Porém, a resistência genética pode ter duração 
limitada.A razão desse fenômeno é a variabilidade genética tanto do 
hospedeiro como do patógeno.
- Da pressão de seleção, resultante da co-evolução dos patógenos e hospedeiros, 
surgem patógenos com novos genes de virulência, estabelecendo novas raças 
fisiológicas, capazes de vencer os genes de resistência. Exemplos no Brasil.
-Tentando incorporar maior variabilidade as cultivares de plantas autógamas, 
portadoras de resistência à doenças, melhoristas têm desenvolvido as cultivares 
multilinhas.
-As várias linhas, numa cultivar multilinha, têm genes ou diferentes sistemas genéticos 
que atuam sobre os genes de virulência das raças do patógeno para qual esta 
multilinha foi criada.
CONDIÇÕES QUE AFETAM O DESENVOLVIMENTO DE 
EPIDEMIAS
A- Fatores Relacionados ao Hospedeiro
Resistência genética das plantas aos 
patógenos
- Grande número de casos em que as raças fisiológicas são estáveis por um 
longo período tem sido relacionado e poucas raças têm sido definidas dentro 
das populações desses patógenos.
- Um bom exemplo é a murcha do algodoeiro, causada por F.oxysporum
f.sp.vasinfectum. Apenas 4 raças distintas foram encontradas: duas nos 
Estados Unidos,uma na Índia e outra do Egito.
- Essas raças são estáveis, e a resistência das cultivares de algodão a 
Fusarium permanece duradoura por muitas décadas.
- A murcha da ervilha (F.oxysporum f.sp.pisi) e a murcha do repolho 
(F.oxysporum f.sp.conglutians) são outros exemplos de patogenicidade 
estável. 
CLASSIFICAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA 
DA RESISTÊNCIA
• Monogênica,oligogênica ou poligênica, de acordo com 
o número de genes envolvidos.
• A resistência pode, também, ser classificada de acordo com sua 
efetividade contra raças do patógeno. Esta classificação, proposta 
por Vanderplank (1963), é muito interessante do ponto de vista prático.
• Segundo Vanderplank, existem resistências que são efetivas contra 
algumas raças do patógeno e resistências que são efetivas contra 
todas as raças. 
• No primeiro caso, temos as resistências ditas verticais
(também chamadas de raças-específicas), ao passo que no 
segundo caso temos as resistências horizontais (ou raça-
não-específicas). 
A- Fatores Relacionados ao Hospedeiro
Resistência genética das plantas aos patógenos
a) RESISTÊNCIA VERTICAL ( RESISTÊNCIA RAÇA – ESPECÍFICA)
- É determinada por um ou pouco genes.
- É controlada monogenicamente, é utilizada para raças específicas dos 
patógenos e, na maioria da vezes, tem curta duração no controle eficiente das 
doenças devido ao fato de ser quebrada pelo aparecimento de novas raças do 
patógeno.
b)REISTÊNCIA HORIZONTAL (RESISTÊNCIA RAÇA – NÃO ESPECÍFICA)
- É poligênica, tipo de resistência controlada por muito genes, cuja atuação 
individual é de baixa eficiência.Vanderplank(1963) classificou este tipo de 
resistência como resistência horizontal ou de campo.
- Parece ser herdada de forma semelhante aos caracteres quantitativos, como 
produtividade, qualidade,precocidade etc.
- Uma das vantagens do uso da resistência horizontal é a sua estabilidade e 
durabilidade.Entretanto, sua natureza complexa a torna difícil de ser explorada 
nos programas de melhoramento.
REAÇÃO À NOVA RAÇA DE P. pachyrhizi (2003) DE CULTIVARES DE SOJA 
RESISTENTES EM 2002 
REAÇÃO
CULTIVAR
2002 2003 
BRS 134 2,0 (1,0) 5,0
BRSMS – BACURI 2,0 5,0
CS 201 (ESPLENDOR) 2,0 5,0
FT – 2 2,0 (1,0) 5,0 
FT – 17 2,0 -
FT – 2001 2,0 – 4,0 -
IAC PL-1 3,0 – 5,0 (1,0) 5,0
KI-S 601 3,0 (1,0) -
OCEPAR 7 (BRILHANTE) 3,0 – 4,0 (2,0) -
REAÇÃO DE CULTIVARES DE SOJA COM GENES ESPECIFICOS
DE RESISTÊNCIA A DIFERENTES POPULAÇÕES DE P. pachyrhizi, 
Germoplasmas CV GEN Paraguai Brasil USA
2002 2002 2003 2003
PI 200492 KOMATA Rpp 1 0 1 5 3 
G 58 PI 200 492 (?) Rpp 1 4 5 5 4
PI 368039 Tainung 4 Rpp 1 + ? - 1 4 4
GC 84051-32-1 TN 4 x (Shih Shih x SRF 4C Rpp 1 + ? 1 5 5 4
GC 84051-9-1 TN 4 x (Shih Shih x SRF 4C Rpp 1 + ? 1 3,5 5 4
PI 548663 Dowling Rpp 1 3 5 5 4,2
PI 230970 Rpp 21 1 4 3,3 
G 8586 PI 230970 Rpp 2 2 1 5 5 
PI 462312 Ankur Rpp 3 - 1 5 4
G 7955 Ankur Rpp 3 0 2,5 5 3 
GC 85037-2-3-5 Ankur x PI 230970 Rpp3 + Rpp2 1 2 4 2,5 
PI 459025 A Bing-Nan Rpp 4 2 3,5 4 5
PI 459025 B (Bing-Nan) Rpp 4 0 4 5 4 
PI 459025C (Bing-Nan) Rpp 4 - 5 5 -
PI 459025 D (Bing_Nan) Rpp 4 3 3,5 5 3,8
PI 459025 F (Bing-Nan) Rpp 4 - 5 5 5 
G 10428 PI 459 025 Rpp 4 1 1,5 5 5 
Quadro 4.Severidade((% ) de área foliar infectada) da ferrugem asiática em 
50 genótipos de soja em casa de vegetação 
Genótipo
Severidade de 
P. pachyrhizi(1) 
Caiapônia 9,17 abcde
Elite 9,17 abcde
IAC 23 9,08 abcdef
Monsoy
8222
9,04 abcdef
Conquista 9,04 abcdef
Msoy 9001 9,02 abcdef
Mineiros 8,98 abcdef
Msoy 8200 8,98 abcdef
Sambaíba 8,96 abcdef
Nambu 8,94 abcdef
Liderança 8,91 abcdef
Luziânia 8,75 abcdef
Tabarana 8,75 abcdef
Genótipo Severidade de 
P. pachyrhizi(1)
Uirapuru 8,70 abcdef
IAC 24 8,65 abcdef
DM 339 8,65 abcdef
IAC 17 8,34 abcdef
Splendor 8,32 abcdef
Riqueza 8,17 bcdef
Linhagem 16 8,13 bcdef
Coodetec 208 8,00 cdef
Dedini 7,88 def
Monsoy 8211 7,76 ef
Fortuna 7,75 ef
Emgopa 313 7,48 f
A- Fatores Relacionados ao Hospedeiro 
Grau de uniformidade genética das plantas 
hospedeiras
- Plantas hospedeiras geneticamente uniformes, principalmente em 
relação a genes associados com a resistência a doenças, são cultivadas em 
grandes áreas, existe uma grande probabilidade de uma nova raça do 
patógeno aparecer e infectar seu genoma, resultando numa epidemia. 
- A monocultura é utilizada em grandes áreas e é composta por 
cultivares suscetíveis, as epidemias se desenvolvem rapidamente, de 
maneira incontrolável.
São exemplos recentes as explosões do cancro da haste,do nematóide do 
cisto, do oidio e da ferrugem da soja e as doenças do algodoeiro.
� Tipo de cultura 
Em culturas anuais, como feijão, arroz, milho, algodão e hortaliças, as 
epidemias desenvolvem muito mais rapidamente (normalmente em poucas 
semanas) que em cultivos perenes (cafeeiro), como fruteiras e essências 
florestais. 
Nessas culturas, as epidemias demoram mais tempo para se 
desenvolverem.Como exemplo, citam-se a ferrugem do cafeeiro,a tristeza 
dos citros e o mal-das-folhas da seringueira. 
A- Fatores Relacionados ao Hospedeiro
Idade da planta hospedeira
- Tombamentos de plântulas causadas por Rhizoctonia solani, os 
hospedeiros (ou suas partes) são suscetíveis somente durante o 
estádio inicial de crescimento, tornando-se resistentes no estádio adulto 
(resistência adulta). 
- Infecções de flores ou frutos por Botrytis e Glomerella, e em todas as 
infecções pós-colheita, partes das plantas são resistentes durante o 
estádio de crescimento e na fase inicial do estádio adulto, mas tornam-
se suscetíveis próximo à maturação. 
- Contudo, em outras doenças, como requeima da batata (causada por 
Phytophthora infestans) e pinta preta do tomateiro (causada por 
Alternaria solani), um período de suscetibilidade juvenil durante o 
estádio de crescimento da planta é seguido por um período de relativa 
resistência no início do estádio adulto e depois suscetibilidade após a 
maturação. 
A- Fatores Relacionados ao Hospedeiro
ESTADO NUTRICIONAL DA PLANTA E DESENVOLVIMENTO 
DE DOENÇAS
- Tem sido observado que, em solos com boa fertilização e equilíbrio de nutrientes, 
as perdas causadas pelas doenças são menores do que em solos com limitações
nutricionais.
- Zambolim et al.(2001) apresentam uma revisão sobre o efeito da nutrição mineral
sobre as doenças de plantas causadas por patógenos do solo.Segundo esses 
autores, a nutrição influencia todas as partes do triângulo da doença.Embora seja
sabido que no solo ocorrem vários ciclos de elementos minerais, ainda pouco se
conhece a respeito da dinâmica de suas interações com o meio ambiente,com a
planta e com os patógenos.
-Muitos elementos minerais requeridos para o crescimento das plantas podem 
favorecer ou desfavorecer o desenvolvimento de determinadas doenças.Esses 
elementos minerais estão diretamente envolvidos em todos os mecanismos de 
defesa,como componentes de células,substratos, enzimas e carregadores de 
elétrons ou como ativadores, inibidores e reguladores de metabólitos.
TEMPO
PLANTA
Metabolismo,
Taxa de crescimento,
Resistência e escape
NUTRIENTES
Taxa de absorção,
Forma,disponibilidade e
equilíbrioAMBIENTE FÍSICO 
E BIOLÓGICO
MICROORG.
Patógeno,
Antagonista e 
sinergia
Figura 2.Dinâmica das interações que influenciam a manifestação das doenças.
Fonte: Zambolim et al.(2001)
A- Fatores Relacionados ao Hospedeiro
ESTADO NUTRICIONAL DA PLANTA E DESENVOLVIMENTO 
DE DOENÇAS
- Não é possível generalizar o efeito de um nutriente em particular para 
todas as combinações patógeno-hospedeiro.
- A interação entre o patógeno, o hospedeiro,o ambiente e o tempo é que 
determina como a doença é afetada pela nutrição.Um único nutriente 
pode favorecer uma doença e reduzir outra.
- A disponibilidade do elemento mineral para a planta e o seu efeito sobre 
a doença são dependentes de sua forma e solubilidade, da presença 
de competidores, de associações microbiológicas e de fatores 
ambientais,como: pH,umidade,ervas daninhas, cultura antecedente,
temperatura e aeração, além de produtos químicos utilizados na 
condução da cultura.
BRUSONE
Magnaporthe grisea
BRUSONEBRUSONE
MagnaportheMagnaporthe griseagrisea
Condições favoráveis ao desenvolvimento da EPIDEMIA
Excesso de adubação nitrogenada no plantio; 
Espaçamentos adensados; 
Alta densidade de semeadura; 
Período de molhamento (12 -16 horas);
Baixa luminosidade;
Manejo Integrado da Brusone
Arroz de Terras Altas
PRÁTICAS CULTURAIS ( 1 )
• Plantio de cultivares precoces no cedo
• Aração profunda no 2 - 3 ano
• Plantio uniforme ( 2 cm) 
• Uso de sementes sadias
• Semeadura contrária ao vento 
• Plantio em menor tempo possível
Manejo Integrado da Brusone
Arroz de Terras Altas
PRÁTICAS CULTURAIS ( 2 )
• Evitar altas doses de Nitrogênio
• Adubação nitrogenada somente no 
primórdio floral
• Densidade de semeadura
• Evitar plantios escalonados
B- Fatores relacionados ao patógeno
• Os principais fatores do patógeno : a)nível de virulência e 
agressividade;b) quantidade de inóculo próximo ao 
hospedeiro;c) tipo de reprodução, ecologia e modo de 
disseminação. 
- Nível de virulência e agressividade
A VIRULÊNCIA de um isolado de determinado patógeno também está 
associada à quantidade de doença induzida no hospedeiro, ou seja, quanto 
maior a intensidade da doença, mais virulento o isolado. 
A AGRESSIVIDADE está associada à velocidade no aparecimento dos 
sintomas da doença, ou seja, quanto mais agressivo for determinado isolado, 
mais rápido será o aparecimento dos sintomas. 
Vanderplank (1963) propôs que raças virulentas de um patógeno são 
aquelas capazes de infectar uma ou mais variedades de um mesmo 
hospedeiro, mas não todas. 
Um patógeno tem raças agressivas quando tem capacidade de infectar 
todas as variedades de um mesmo hospedeiro, variando apenas quanto 
ao grau de patogenicidade. 
B- Fatores relacionados ao patógeno
- Quantidade de inóculo próximo ao hospedeiro 
Quanto maior a quantidade de propágulos do patógeno (células bacterianas, 
esporos ou esclerócios fúngicos, ovos de nematóides, plantas infectadaspor vírus, 
etc.) dentro ou próximo das áreas cultivadas com as plantas hospedeiras, maior 
quantidade de inóculo chegará ao hospedeiro e com maior rapidez, aumentando 
muito as chances de uma epidemia. 
- Tipo de reprodução
Patógenos que possuem alta capacidade de reprodução, incluindo alta produção de 
inóculo e ciclos de vida curto, mas sucessivos, características de patógenos
policíclicos (ex.: fungos causadores de ferrugens, míldios e manchas foliares), têm 
capacidade de causar grandes e freqüentes epidemias, o que normalmente não 
acontece com patógenos que não formam ciclos de vida sucessivos, característica 
de patógenos monocíclicos (ex: fungos causadores de murchas vasculares e 
carvões). 
- Ecologia e modo de disseminação do inóculo
Patógenos que produzem seu inóculo na superfície de partes aéreas de hospedeiros 
(ex: fungos causadores de ferrugens, míldios e manchas foliares), têm capacidade 
de dispersar esse inóculo facilmente e a várias distâncias, resultando em epidemias 
mais freqüentes e sérias do que aqueles que se reproduzem dentro da planta (ex: 
fungos e bactérias que infectam o sistema vascular, fitoplasmas, vírus e 
protozoários) ou que necessitam de vetores para a sua disseminação. 
C- Fatores relacionados ao ambiente
• O ambiente pode afetar a disponibilidade, estádio de 
crescimento e suscetibilidade genética do hospedeiro. 
Pode também afetar a sobrevivência, a taxa de 
multiplicação, a esporulação, a distância de disseminação 
do patógeno, a taxa de germinação dos esporos e a 
penetração. 
• As variáveis ambientais que mais afetam o 
desenvolvimento de epidemias de doenças de plantas 
são o período de água livre na folha,a umidade 
relativa do ar e a temperatura. 
C- Fatores relacionados ao ambiente 
• Umidade
• Umidade abundante, prolongada ou freqüente, seja na forma de 
orvalho, chuva ou mesmo umidade relativa é fator predominante no
desenvolvimento da maioria das epidemias causadas por fungos, 
bactérias e nematóides, pois facilita a reprodução e a disseminação 
da maioria dos patógenos. 
• Em alguns casos, no entanto, fitopatógenos habitantes do solo, 
como Fusarium e Streptomyces, são mais severos em climas 
secos. 
• Epidemias causadas por vírus e fitoplasmas são apenas 
indiretamente afetadas pela umidade, no que se refere ao efeito 
sobre a atividade do vetor. Tal atividade pode ser aumentada, como 
acontece com fungos e nematóides que são vetores de certos vírus, 
ou reduzida em tempo chuvoso, como é o caso de insetos vetores 
de vírus e fitoplasmas. 
• Alta umidade do solo é importante para certos fungos como 
Phytophthora e Pythium. 
C- Fatores relacionados ao ambiente
• � Luminosidade A qualidade e quantidade de luz disponível ao 
hospedeiro afeta a fotossíntese e, conseqüentemente, as reservas
nutritivas, afetando também a sua reação a uma determinada doença. 
• � pH O pH influencia tanto as plantas como os patógenos. Se um pH 
desfavorecer a planta, poderá favorecer o patógeno. Em geral, os 
fungos desenvolvem-se bem numa faixa de pH entre 4.5 a 6.5, 
enquanto bactérias preferem de 6.0 a 8.0.
• � Fertilidade do solo A nutrição mineral das plantas, governada 
pela disponibilidade de nutrientes no solo, tem sido um dos fatores 
mais estudados com relação à suscetibilidade e resistência de 
plantas a doenças. Certos patógenos infectam mais severamente 
plantas subnutridas e outros preferem plantas vigorosas. De um 
modo geral, elevados teores de Nitrogênio tendem a aumentar a 
suscetibilidade, enquanto altas concentrações de Potássio reduzem a 
suscetibilidade. Com respeito ao Fósforo, nenhuma generalização 
pode ser feita. 
D-Fatores relacionados ao homem
Seleção e preparo do local de plantio 
Campos mal drenados e, consequentemente, com aeração do solo deficiente, especialmente se 
próximos a outros campos infestados, tendem a favorecer o aparecimento e desenvolvimento de 
epidemias. Além disso, o histórico da área selecionada para o plantio em relação à ocorrência de 
doenças é fundamental, pois poderá evitar aumento de níveis de doenças e prevenir epidemias. 
Seleção do material de propagação 
O uso de sementes, mudas e outros materiais propagativos contaminados com patógenos
aumentam a quantidade de inóculo inicial dentro com campo de cultivo e favorecem grandemente 
o desenvolvimento de epidemias. O uso de materiais propagativos isentos de patógenos ou 
tratados, podem reduzir drasticamente as chances de epidemias. 
Práticas culturais 
Monocultura contínua, grandes áreas plantadas com uma mesma variedade, altos níveis de 
fertilização nitrogenada, manutenção de restos culturais no campo, plantio adensado, irrigação 
excessiva e injúrias pela aplicação de herbicidas, dentre outras práticas inadequadas, aumentam 
a possibilidade e a severidade de epidemias. 
Introdução de novos patógenos
A facilidade e a freqüência de viagens ao redor do mundo têm aumentado o movimento de 
sementes, tubérculos, estacas e outros materiais. Esses eventos aumentam a possibilidade de 
introdução de patógenos em áreas onde o hospedeiro não teve chance de evoluir para 
resistência a estes patógenos, o que resulta freqüentemente em epidemias severas. 
Tetraedro de DoençasTetraedro de Doenças
MANEJO DA
CULTURA
VULNERABILIDADE
FAVORABILIDADE
A
SH
PATOGENICIDADE
P H
T
E
M
P
O
DOENÇA
INF
ESP
LES
DIS
INF
ESP
DIS
LES
processo monocíclico
processo monocíclico
(ciclo de infecção)
pr
op
or
çã
o 
de
 d
oe
nç
a
tempo
processo policíclico
Figura 5. Curva de progresso da doença.A proporção (X) no eixo vertical é protada contra 
o tempo(T) no eixo horizontal
PROCESSOS EPIDEMIOLÓGICOS
A- Processo Monocíclico
- Um processo monocíclico é formado de macroprocessos
tais como: infecção, esporulação e disseminação .Os 
macroprocessos isoladamente não são cíclicos, somente 
fazem parte do processo cíclico.
- Cada macroprocesso é formado de vários 
microprocessos.Dessa forma, o macroprocesso infecção 
engloba a germinação,penetração e colonização como 
microprocessos.
- Estes podem ser subdivididos em submicroprocessos, 
subdividindo-se a nível de vários fenômenos celulares, 
desde que contribuem para o crescimento do patógeno.
Ferrugem da Soja – Fundação MT
CURVA DE PROGRESSO DA FERRUGEM ASIÁTICA DA SOJA
Se
ve
ri
da
de
 d
a 
D
oe
n
ça
20%
40%
60%
80%
100%
66,7 sc/ha
Controle ideal
Ferrugem da Soja – Fundação MT
CURVA DE PROGRESSO DA FERRUGEM ASIÁTICA DA SOJA
Se
ve
ri
da
de
 d
a 
D
oe
n
ça
20%
40%
60%
80%
100%
Controle ideal
Ferrugem da Soja – Fundação MT
CURVA DE PROGRESSO DA FERRUGEM ASIÁTICA DA SOJA
Se
ve
ri
da
de
 d
a 
D
oe
n
ça
20%
40%
60%
80%
100%
45,5 sc/ha
Controle Difícil
Ferrugem da Soja – Fundação MT
CURVA DE PROGRESSO DA FERRUGEM ASIÁTICA DA SOJA
Se
ve
ri
da
de
 d
a 
D
oe
n
ça
20%
40%
60%
80%
100%
31,9 sc/ha
Fora de Controle
PROCESSOS EPIDEMIOLÓGICOS
- Patógenos Monocíclicos
- Os patógenos monocíclicos infectam o hospedeiro 
durante a estação de cultivo e não ocorre produção de 
novos propágulos para futuras infecções até o final da 
mesma estação,normalmente quando as plantas morrem.
- Um exemplo bem comum desse tipo de patógeno é 
Fusarium oxysporum.No caso da murcha-de-fusário, os 
conídios estão presentes no solo numa densidade que 
resulta em certo número de plantas infectadas.
• Ao final da estação,novos clamidosporos ficam no 
solo,aumentando a densidade destes no solo,constituindo-
se inóculo para o próximo plantio.
- Outro exemplo é o Carvão do milho.
B- PROCESSO POLICÍCLICO
- As epidemias são definidas como o crescimento de uma população de 
patógenos virulentos numa população de hospedeiros num determinado 
tempo e espaço.
Considerando-se uma população de unidades infectivas, cada ciclo de 
infecção se interliga a outros,ocorrendo simultaneamente diversas 
sequências de CICLOS DE INFECÇÃO.
- Uma epidemia envolve, portanto, uma série de processos 
monocíclicos.Esta série de processos monocíclicos irá constituir um 
PROCESSO POLICÍCLICO.INF
ESP
LES
DIS
INF
ESP
DIS
LES
processo monocíclico
processo monocíclico
(ciclo de infecção)
pr
op
or
çã
o 
de
 d
oe
nç
a
tempo
processo policíclico
Figura 5. Curva de progresso da doença.A proporção (X) no eixo vertical é protada contra 
o tempo(T) no eixo horizontal
OS PRINCÍPIOS DE CONTROLE E A ABORDAGEM EPIDEMIOLÓGICA 
• Vanderplank,1963 – Análise Epidemiológica
X = proporção de doença em um tempo t;
Taxa de infecção aparente (r) : taxa média de infecção uma doença;
Quantidade de inóculo inicial (xo) : quantidade de inóculo inicial para iniciar 
uma doença;
Tempo (t) : tempo pelo qual o hospedeiro esteve exposto ao patógeno
x = xo.exp.r t
Estratégias Epidemiológicas
• 1- eliminar ou reduzir o inóculo inicial (xo) 
ou atrasar seu desenvolvimento;
• 2-diminuir a taxa de infecção aparente (r);
• 3- encurtar o tempo (período de exposição) 
da cultura ao patógeno
Estratégias Epidemiológicas
Manejo da doença pela redução do inóculo inicial (x0)
(Medidas Sanitárias ou Profiláticas)
- Diminuição do número de propágulos na área da 
cultura
- Retardar o máximo o início da epidemia (fase inicial 
do desenvolvimento da doença)
- Melhor resultado para as doenças monocíclicas ou
- Patógenos necrotróficos
Manejo da doença pela redução do inóculo inicial
(Medidas Sanitárias ou Profiláticas)
a) Resistência vertical ((Uromyces phaseoli var. typica), a antracnose do 
feijoeiro (Colletotrichum lindemuthianum), a brusone do arroz 
(Pyricularia grisea), as ferrugens do trigo (folha e colmo) (Puccinia
recondita f.sp. tritici e Puccinia graminis f.sp. tritici)
b) Tratamento de sementes com fungicidas (Pyricularia grisea, Phoma
sorghina, Phaeoisariopsis griseola, Colletotrichum lindemuthianum, 
Bipolaris sorokiniana, Drechslera tritici-repentis, Ustilago tritici, 
Drechslera teres, Cercospora kikuchii, Cercospora sojina)
c) Rotação da cultura (queima da haste da soja (Phomopsis sojae), 
antracnose da soja (Colletotrichum truncatum), antracnose e mancha 
angular do feijão (Colletotrichum lindemuthianum e Phaeoisariopsis
griseola), brusone (Pyricularia grisea) e cercosporioses do amendoim 
(Cercospora arachidicola e Cercosporidium personatum)
d) Métodos sanitários ( poda dos ramos em frutíferas de clima 
temperado)
e) Cultura de meristemas ( culturas propagadas assexuadamente –
ornamentais)
f) Enterrio dos restos culturais e aração profunda (fungos do solo)
Manejo de doenças pela redução 
da taxa de infecção aparente (r)
a) Resistência parcial (soja,feijão,milho)
b) Remoção de plantas doentes durante 
o ciclo cultural (gomose)
c)Aplicações preventivas e sistemáticas 
de fungicidas protetores e sistêmicos
d) Manejo do ambiente (Requeima)
e) Redução do transporte do inóculo
secundário 
(transpalntio,desbrota,capação e poda)
Quantificação de Doenças
• A quantificação de doenças é denominada 
PATOMETRIA .A doença normalmente é 
quantificada baseando-se na intensidade dos 
sintomas e/ou sinais;
• A quantificação de doenças, é de fundamental 
importância no estudo e na análise das 
epidemias, porém de difícil execução, uma vez 
que é um procedimento laborioso e 
relativamente caro.
Quantificação de Doenças
(PATOMETRIA)
• a) estudar o desenvolvimento de uma curva do 
progresso da doença ou de epidemias;
• b)avaliação da resistência de cultivares a patógenos em 
programas de melhoramento;
• c)comparação da eficácia de fungicidas no controle de 
doenças;
• d) determinação do timing de aplicação de fungicidas no 
controle de doenças;
• e) a determinação de perdas em rendimentos de grãos 
em função da intensidade da doença(nível de dano 
econômico)
• f) verificar o efeito das práticas culturais no controle e na 
intensidade de doenças
Características Desejáveis numa 
Avaliação de Doenças
• A avaliação de doença pode ser caracterizada com o 
objetivo de atender aos propósitos para os quais ela foi 
elaborada, de acordo com sua acuracidade, precisão 
e reprodutibilidade.
• Uma analogia aos conceitos de acurácia e precisão na 
quantificação de doenças de plantas pode ser visualizada 
quando um atirador tem como objetivo colocar todas as 
flechas no círculo central de um alvo.
• O círculo central corresponde às quantidades reais de 
doença.Se as flechas são colocadas como na Fig.1a, o 
atirador é acurado e preciso.Se as flechas são colocadas 
como na Fig.1b, o atirador é preciso (baixa variabilidade), 
porém não é acurado.Na Fig.1 c,verifica-se que o atirador 
não é acurado e nem preciso.
Acurácia e Precisão
...
....
...
......
...
...
... ...
...
PRECISO
IMPRECISO E NÃO-ACURADO
(b)
(c)
(a)
PRECISO E ACURADO
Características Desejáveis numa 
Avaliação de Doenças
• ACURÁCIA refere-se à proximidade dos valores 
quantificados em uma amostra em relação aos 
valores verdadeiros.
• PRECISÃO refere-se à repetibilidade dos valores 
associados à amostra, com a menor variação 
possível entre si.
Características Desejáveis numa 
Avaliação de Doenças
• É importante a caracterização dos estádios fenológicos
do hospedeiro nos quais as doenças foram avaliadas; 
a data ou caracterização dos componentes do clima 
durante o progresso da epidemia; a metodologia 
utilizada na avaliação, de preferência torná-la 
disponível para outras pessoas que queiram repetir o 
experimento; e o treinamento do avaliador, pois a 
percepção da quantidade de doença pode variar de 
observador para observador.
V. FASE VEGETATIVA 
 
Vc. Da emergência a cotilédones abertos 
Vi. Primeiro nó; folhas unifolioladas abertas 
V2. Segundo nó; primeiro trifólio aberto 
V3. Terceiro nó; segundo trifólio aberto 
Vn Enésimo (último) nó com trifólio aberto, antes da floração 
 
R. FASE REPRODUTIVA (OBSERVAÇÃO NA HASTE PR[NCIPAL) 
 
R1. inicio da floração: até 50% das plantas com uma flor 
R2. Floração plena: maioria dos racemos com flores abertas 
R3. Final da floração: vagens com até 1~5 cm de comprimento 
R4. Maioria das vagens no terço superior com 2 4 cm, sem grãos perspetiveis 
R5.l Grãos perceptíveis ao tato a 10% de enchimento da vagem 
R5.2 Maioria das vagens com 10% - 25% de enchimento 
R5.3 Maioria das vagens entre 25% e 50% de enchimento 
R5.4 Maioria das vagens entre 50% e 75% de enchimento 
R5.5 Maioria das vagens entre 75% e 100% de enchimento 
R6. Vagens com enchimento pleno (100%) e folhas verdes 
 
R7.1 Início a 50% de amarelecimento das folhas 
R7.2 Entre 50% e 75% de folhas amarelas 
R7.3 Mais de 75% de folhas amarelas 
R8.1 Início a 50% de desfolha 
R8.2 Mais de 50% de desfolha à precolheita 
R9. Maturação de colheita 
Estádios fenológicos da cultura da soja
Características Desejáveis numa 
Avaliação de Doenças
• Um dos erros mais comuns na avaliação de doenças é a 
tendência a superestimação ou subestimação
da doença.
• Essa tendência se mantém durante todo o processo de 
avaliação.Se o avaliador é treinado para distinguir o que 
é tecido sadio e qual é a proporção de um em relação 
ao outro, isso leva a uma avaliação mais acurada.
• Outro problema que surge da ilusão proporcionada pela 
relação entre tamanho e número de lesão, pois folhas 
com muitas lesões de pequeno tamanho aparentam ter 
mais doença que aquelas com poucas lesões de 
tamanho maior.
Doenças do milho
Métodos de avaliação
• Treinamento para avaliação
Do
en
ça
sd
o 
m
ilh
o
Prof.Marcelo Canteri - UEL
Doenças do milho
Métodos de avaliação
• Treinamento para avaliação
Do
en
ça
sd
o 
m
ilh
o
Métodos Diretos de Avaliação de 
Doenças 
• Entre os métodos diretos de avaliação de doenças 
encontram-se as estimativas da incidência e da 
severidade, e as técnicas de sensoriamento remoto, 
utilizadas na quantificação de doenças em áreas 
extensas.
• Os métodos mais utilizados na quantificação de doenças 
são : escalas descritivas, escalas 
diagramáticas,contagem de número e diâmetro de 
lesões, relação entre incidência-severidade,análise de 
imagens e sensoriamento remoto.
• Os métodos de avaliação que utilizam análise de imagense 
sensoriamento remoto ainda apresentam limitações, devido 
principalmente ao custo dos equipamentos que são 
utilizados,como câmeras digitais,scanners e radiômetro de 
múltiplo espectro.
Avaliação de Doenças
MÉTODOS DIRETOS
• Incidência - % de plantas doentes em uma 
amostra
• Severidade - % da área ou volume de tecidos 
coberto por sintomas ou sinais (área foliar 
infectada)
Métodos Diretos de Avaliação de 
Doenças 
• O sistema de avaliação utilizado para quantificar doença 
é dependente do objetivo do trabalho a ser executado.
• Em programas de melhoramento é comum o uso de 
escalas de notas que variam, por exemplo de 0 a 6; em 
que 0 indica ausência total de doença e 6 sua 
intensidade máxima, que muitas vezes representa a 
morte da planta.
• Este tipo de escala é útil em teste de seleção de 
variedades resistentes, porém de pouco valor para 
estudos epidemiológicos.
• Uma avaliação inadequada é aquela em que não 
existem valores quantitativos e sim qualitativos, como 
índices de doença classificados por valores qualitativos 
como leve, moderado e alto.
Métodos Diretos de Avaliação de 
Doenças 
Quantificação da Incidência 
- A incidência é avaliada pela porcentagem de plantas, 
frutos e ramos infectados.Este parâmetro deve ser 
utilizado para patógenos do solo causadores de murchas 
e podridões radiculares.
- A incidência é de fácil utilização ,prática e rápida.Só 
não é tão precisa para avaliar doenças foliares, apesar 
do seu uso para tal fim.
- Em alguns casos tem sido constatadas, as correlações 
entre incidência e severidade.Para as ferrugens e 
manchas foliares do trigo, uma incidência de 80% 
corresponde a 5% de severidade.
Métodos Diretos de Avaliação de 
Doenças 
Quantificação da Severidade 
- A severidade é determinada avaliando-se a porcentagem de área 
de tecido doente (sintomas e / ou sinais visíveis).É o parâmetro mais 
usado para a quantificação de doenças de plantas, porque expressa, 
com mais precisão, o dano real causado pelo patógeno. 
- A variável severidade é a mais apropriada para quantificação de
doenças foliares como manchas, crestamentos, ferrugens, oídios e 
míldios. Nestes casos, a porcentagem da área de tecido foliar 
coberto por sintomas retrata melhor a intensidade da doença que a 
incidência. 
- Para facilitar a avaliação da severidade de doenças, várias 
estratégias têm sido propostas, dentre as quais se destacam a 
utilização de escalas descritivas, de escalas diagramáticas e de
imagens de vídeo por computador. 
Métodos Diretos de Avaliação de 
Doenças 
• Escalas descritivas
• Embora simples, são as mais utilizadas, principalmente 
para avaliar resistência de plantas a doenças.Consistem, 
essencialmente, em classificar a intensidade da doença.
• Escalas descritivas utilizam chaves com certo número de 
graus para quantificar doenças. Cada grau da escala 
deve ser apropriadamente descrito ou definido. São 
numerosos os exemplos de utilização de escalas 
descritivas. 
• Algumas são bastante úteis e largamente empregadas, 
pois representam uma metodologia uniforme de coleta de 
dados. 
Escalas de Avaliação
• A primeira escala visual para estimação de doença foi 
desenvolvida por Nathan Augustus Cobb ( 1892), na 
Austrália, para auxiliar na avaliação de ferrugem em 
cereais.Essa escala é dividida em cinco pontos, que 
representam as severidades de 1,5,10,25 e 50%.
• Peterson et al.(1948) modificaram a escala de Cobb e 
apresentaram uma representação diagramática tanto do 
tipo de pústulas quanto da percentagem de severidade.
• Para representar 100% de ferrugem, os autores utilizaram 
pústulas cobrindo uma área de 37% da área total do 
diagrama e menores valores de percentagem foram 
também calculados, todos com o auxílio de um 
planímetro.
• Há de salientar a importância do desenvolvimento dessa 
escala, no ano de 1948,constituindo-se base para a 
maioria das escalas diagramáticas que são utilizadas 
atualmente.
Escalas diagramáticas
• Escalas diagramáticas são representações ilustradas de uma série
de plantas ou parte de plantas com sintomas em diferentes níveis 
de severidade. 
• Atualmente, essas escalas constituem-se na principal 
ferramenta de avaliação da severidade para muitas doenças. 
Embora algumas críticas tenham sido feitas com relação à 
rigidez dos níveis das escalas, seu uso tem sido bem sucedido, 
principalmente nos trabalhos de levantamento e avaliação do 
progresso de doenças, bem como na seleção de materiais 
resistentes em programas de melhoramento. 
• A utilização de escalas diagramáticas serve, na verdade, como guia 
para o avaliador que vai determinar a severidade de uma doença. 
Sempre que possível, o avaliador deve ser treinado previamente, 
pois freqüentemente a vista humana superestima a intensidade da 
doença. 
Escala diagramática para avaliar a severidade 
da ferrugem asiática.Embrapa,2003
Escalas diagramáticas para a Pinta Preta 
(Alternaria solani ) em batata e tomate
Fonte : Azevedo,1998 – Manual de Quantificação de Doenças de Plantas
ESCALAS DIAGRAMÁTICAS
Oídio das Cucurbitáceas Crestamento Gomoso
Fonte : Azevedo,1998 – Manual de Quantificação de Doenças de Plantas
Programa DISTRAIN (Disease Trainning)
-Treinamento de avaliadores
- oito doenças foliares de cereais (ferrugens,oídio,
-Septoriose,escaldadura,helminthosporiose,
-mancha em rede.
-Simulação de imagens
Etapas na quantificação de doenças
1- Amostragem de unidades doentes com sintomas e sinais
(cova,planta,ramos,frutos,sementes, etc.)
- Caminhada em W OU Z dentro da cultura
- Parcelas experimentais ( marcar as plantas)
- Plantas pequenas ( amostragem de toda a planta)
- Plantas grandes (ramos marcados)
2 – avaliação da severidade (escalas diagramáticas)
3- Avaliação dos estádios fenológicos (crescimento das 
plantas)
7. CURVAS DE PROGRESSO E CLASSIFICAÇÃO 
EPIDEMIOLÓGICA DE DOENÇAS 
7.1 Curva de Progresso da Doença 
- Curvas de progresso da doença podem ser construídas para 
qualquer patossistema: o hospedeiro pode ser anual, perene ou 
semi-perene; de origem tropical ou temperada; o patógeno pode 
seu um fungo (Figura 4.a), uma bactéria (Figura 4.b), um vírus ou 
qualquer outro agente causal; a epidemia pode ser de curta, média 
ou longa duração; a área na qual a doença está ocorrendo pode ser 
desde uma pequena parcela experimental até um continente inteiro. 
- Independentemente da situação considerada, vários parâmetros 
importantes da curva de progresso da doença podem ser 
caracterizados, em que se destacam: época de início da epidemia 
(to), quantidade de inóculo inicial (xo), taxa de aumento da doença 
(r), forma e área abaixo da curva de progresso da doenças, 
quantidades máxima (xmax) e final (xf)de doença e duração da 
epidemia. 
Figura 4. Curvas de progresso de doenças: (a) queima das folhas do 
inhame, causada por Curvularia eragrostidis, em Aliança [segundo 
Michereff (1998)]; (b) murcha bacteriana do tomateiro, causada por 
Ralstonia solanacearum, em Camocim de São Félix (segundo Silveira 
et al.(1998)]. 
Classificação Epidemiológica de 
Doenças 
• A teoria da classificação epidemiológica de doenças, 
desenvolvida por Vanderplank em 1963 e utilizada até 
hoje, é baseada na analogia entre crescimento de 
capital (dinheiro) e crescimento de doença. 
• Dois tipos de crescimento de capital podem ser 
considerados: a juros simples e a juros compostos. 
Vejamos um exemplo na Tabela 2, no qual dispomos de 
um capital inicial (y0) de R$ 100,00 e uma taxa de 
rendimento mensal de 10% (r = 0,1). 
Tabela 2. Demonstração de rendimentos por juros simples e 
compostos, considerando um capital (Y0) de R$ 100,00 e uma 
taxa de rendimento (dx) mensal de 10% (r = 0,1). 
Tempo 
- meses 
Juros Simples 
Y = yo + yo . r. t 
Juros Compostos
Y = yo . exp r.t
(t) Capital dx Capital dx
(R$) (R$/ mês) (R$/(R$) mês) 
1 110 10 110 10 
2 120 10 122 12 
3 130 10 135 13 
... ... ... ... ... 
58 680 10 33.029 3.142 
59 690 10 36.503 3.474 
60 700 10 40.343 3.840 
• Numa abordagem epidemiológica, taxasde juros tornam-se taxas de infecção e 
capital torna-se doença, sendo caracterizados dois grupos: doenças 
de juros simples e doenças de juros compostos. 
• No caso de doenças de juros simples, também denominadas doenças 
monocíclicas, plantas infectadas durante o ciclo da cultura não servirão de fonte de 
inóculo para novas infecções durante o mesmo ciclo. 
• É o caso típico da murcha-de-fusário do tomateiro, cujo agente causal (Fusarium
oxysporum f.sp. lycopersici) . O aumento gradativo do número de plantas doentes 
durante o ciclo da cultura não é devido, primariamente, à movimentação do 
patógeno a partir de plantas doentes a novos sítios de infecção e, sim, ao inóculo
original, no caso da doença citada anteriormente, devido a clamidosporos
previamente existentes no solo. 
• No caso de doenças de juros compostos, também denominadas doenças 
policíclicas, plantas infectadas durante o ciclo da cultura servirão de fonte de 
inóculo para novas infecções durante o mesmo ciclo. 
• É o caso típico da requeima das folhas da batata, cujo agente causal (Phytophthora
infestans ), em condições favoráveis, pode produzir uma geração a cada 5 dias. 
Essa situação é análoga ao crescimento de capital a juros compostos, ou seja, 
plantas doentes rendem novas plantas doentes durante o ciclo da cultura. Para que 
isto ocorra, está implícita uma movimentação do patógenos a partir de plantas 
doentes em direção a novos sítios de infecção.

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