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Avaliação- Governança corporativa, compliance e etica (resumo filme Enron: Os Mais Espertos da Sala)

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FOLHA DE RESPOSTAS – AI 
Governança corporativa, compliance e ética
Nome: Robson Aparecido Felix De Arruda
No inicio dos anos 2000 chamava a atenção o crescimento vertiginoso de uma jovem empresa chamada Enron. Localizada em Houston, no estado do Texas foi fundada pelo ambicioso Kenneth Lay, Enron se tornou em poucos anos a 7º maior corporação dos EUA. Vamos conhecer a seguir como a empresa se envolveu no maior escândalo corporativo da historia daquele País afetando milhares de pessoas e acendendo a luz vermelha para as organizações de todo mundo.
Inicialmente a Empresa Enron pertencia ao ramo de petróleo setor esse em alta na época, a organização já tinha sua importância no meio empresarial contudo desde muito cedo a empresa se envolvia em denuncias de corrupção e negociatas ilegais, o que resultava em ótimos rendimentos financeiros para a empresa, Lay apoiava abertamente as atitudes de seus diretores e executivos com mal conduta pois para ele o que importava era o retorno financeiro e o crescimento de seu império chamado Enron, o que ninguém imaginava que esse império iria ruir em pouco tempo. Lay não se mostrava interessado nas robustas evidencias apresentadas pelos auditores contra integrantes da empresa, o que cominou com a prisão de 2 de seus colaboradores. Essa seria uma importante oportunidade para Kenneth Lay de consertar as falhas da Enron e focar na Governança corporativa, porém sua atitude vinha na contramão disso, buscou um substituto para seus executivos presos , o visionário Jeffrey Skilling. Jeffrey assim com Lay era ambicioso, inteligente com grande articulação para convencer investidores, queria começar o negócio do zero porém tinha uma importante condição para entrar na empresa ( condição essa que colaborou com a falência da organização), poder usar um novo método de contabilidade, chamado de marcação de mercado. Condição essa que foi prontamente atendida pelo fundador da Enron.
A marcação de mercado permitia a Enron registar lucros futuros potenciais no dia que o negocio era fechado, independente de quanto dinheiro acabasse entrando, sendo assim no mundo externo o lucro da empresa seria aquilo, que a mesma dissesse que fosse planejado no inicio. Não conheço claramente as leis Norte-Americana porém creio que a mesma conduta se caracteriza grave crime. Jeffrey com seu alto poder de convencimento prometia fazia falsas promessas que não tinha como cumprir como: a venda de energia a longo prazo por determinado valor porém não havia como provar que poderia cumprir tal compromisso, essa atitude junto com a postura autoconfiante de Jeffrey me remeteu ao vídeo indicado pela professora do curso Governança corporativa, compliance e ética da escola de negócios Saint Paul/ LIT em que o empresário brasileiro Aike Batista fundador da empresa OGX também no seguimento de petróleo, no vídeo Batista persuadia investidores a “comprar” a ideia, da empresa ou seja convidava a investir na mesma, apresentava dados animadores e o mesmo era sempre autoconfiante com grande poder de convencimento, me recordo que até os entrevistadores nesse programa de TV apresentado em aula ficavam eufóricos com a fala de Aike.
Jeffrey era um influenciador, um líder nato, uma inspiração para todos naquela organização, fato que comprova isso é que quando o mesmo fez uma cirurgia nos olhos para eliminar o uso de óculos quase todos os funcionários da Enron também passaram pela cirurgia. As atitudes e aventuras de Jeffrey eram citadas como lendas na empresa, esse dados nos revelam como ele persuadia seus subordinados e convencia os stakeholders.
Enquanto a alta cúpula da Enron trazia dados animadores e promessas que não tinha como provar a mesma cúpula ocultavam os fatos negativos da empresa com os desfalques criado pelos seus executivos como no caso de Low Pai, braço direito de Lay e Jeffrey, que desviou grandes quantias de dinheiro da Enron.
Na época que toda essa negociata acontecia com o consentimento de seu fundador e interferência direta de seu principal executivo (Jeffrey Skilling), as ações na bolsa de valores estavam populares nos EUA, e até quem possuía pouco dinheiro queria investir nela. A Enron montou uma campanha agressiva para conquistar esse publico, como a empresa se mostrava confiante, estável e era um modelo de negócios, associado ao fato que seus representantes esconder seus desfalques não teve dificuldade para conquistar esse objetivo (ingressar na bolsa de valores).
Enron tinha sedes em todo o mundo o que evidenciava sua postura bem sucedida, porém nessa época sua crise financeira foi se agravando, muito disso se devia pois a mesma se aventurava em áreas empresariais que não tinha conhecimento como o de gás natural e eletricidade, negligenciando estudo e tendências empresariais. A empresa era um fenômeno aos olhos da sociedade e de leigos no assunto, o valor das ações da Enron estavam dobrando e todos confiavam na empresa, os cidadãos americanos passam (e eram influenciados) a investir o fundo de aposentadoria nas ações da Enron. Todos os analistas do setor financeiro da época recomendavam a compra de ações da Enron pois confiavam nos dados fornecidos pela empresa. Enquanto as ações da Enron subia e conquistava os investidores os negócios da empresa continuavam perdendo dinheiro, parte pelos seus maus investimentos sem conhecimento técnico do negócio, e parte pelos desvios de dinheiro desviados por seus executivos.
A empresa persistia com a estratégia de marcação de mercado, mesmo já sendo de conhecimento de seu fundador e executivos o tamanho do prejuízo da organização, o mesmos continuavam a negligenciar fatos e tendências que demostravam um novo rumo nas atitudes. A prova que a alta cúpula da empresa sabia da real situação da empresa foi que os executivos prevendo o desastre que estava por vir retiraram seus investimentos na bolsa de valores da Enron.
No meio de toda essa crise e imprudência interna a Enron era premiada por analistas e por revistas e meios de comunicação do segmento empresarial e continuava a inspirar confiança na sociedade.
A real situação da empresa começou vir a tona quando um equipe de reportagem começou a estudar os dados e balanços fornecidos pela empresa. A jornalista responsável pela matéria verificou que as informações não fazia sentido, porém como sempre tudo era desmentido e a profissional foi desqualificada por Jeffrey.
A empresa continuava perdendo dinheiro no entanto reportava apenas lucros o que refletia o valor das ações em alta.
O cerco estava se fechando para os administradores da Enron e para encobrir seus delitos eram obrigados a criar outras empresas para “fazem negócios com a Enron” para assim mascarar as ações fraudulentas. Uma grande rede de bônus e propina foi criada favorecendo até grandes instituições financeiras.
O fator que expôs todo o esquema de propina da Enron foi as negociatas no setor de energia elétrica no estado da Califórnia onde a empresa faturou bilhões de dólares de maneira ilegal e iniciou uma crise no setor. Após esse fato os negócios ilícitos e fraudulentos orquestrados pelos executivos e diretores da Enron e negligenciado por Kenneth Lay, foram se tornando público e indignando a população.
Sem mais em que se agarrar Lay e Jeffrey usando usa amizade com o recém Presidente George W. Bush dá sua cartada final para salvar a empresa e utilizada sua influencia para indicar colaboradores da Enron para trabalhar em setores de energia do governo, o que proporcionava vantagem para a empresa e permitia a manipulação de dados da Enron se alinhando a do governo. Mesmo com essa manobra a confiança na empresa já não era a mesma e as ações na bolsa de valores começaram a despencar.
Executivos e diretores foram presos e responsabilizados pelos inúmeros crimes perante a legislação americana, a crise na Enron se aprofundava cada vez mais, em poucos meses a empresa declarou falência, deixando um rasto de desempregados e investidores desolados.
É possível que no inicio Jeffrey e os outros executivos acreditavam intimamente nas suas mentiras e tinhaa convicção que estavam fazendo a coisa certa. Foram se tornando pessoas gananciosas, orgulhosas e arrogantes, cometendo crimes piores do que os iniciais.
A governança corporativa da Enron não funcionava , o conselho de administração era omisso, inativo e pouco participante. Os auditores externos possivelmente fizeram “vista grossa” eliminando uma serie de documentos.
Outro terrível erro que relacionei foi que o comitê de auditoria, não era independente pois o mesmo prestava serviços para Enron, afetando assim as boas praticas da politica de governança.
“Os mais espertos da sala” no final não foram tão espertos assim pois foram condenados a duríssimas penas na prisão, tiveram que devolver o dinheiro (com exceção pelo que entendi do executivo Low Pai) e perderam toda sua credibilidade corporativa.
O fato descrito nesse trabalho foi considerado na época nos EUA o “crime corporativo do século”.

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