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Política nacional de saúde da pessoa idosa

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PAULA CORRÊA – T2 
 1 
Política nacional de saúde da 
pessoa idosa 
o A LONGEVIDADE está diretamente associada às 
melhorias nas condições gerais de vida. o 
envelhecimento populacional foi possível graças ao 
desenvolvimento das ciências e da medicina, à 
diminuição da mortalidade e à redução da fecundidade. 
porém, esse processo ocorreu de forma rápida, sem 
tempo para uma reorganização social e das áreas da 
saúde adequada para atender às novas demandas 
emergentes. 
o Com a transição epidemiológica que tem ocorrido na 
população mundial, a expectativa para o ano de 2050, é 
que haverá mais idosos do que crianças abaixo de 15 
anos. O resultado desta mudança é que estão nascendo 
menos crianças e as pessoas idosas estão vivendo mais. 
Isto torna envelhecida a população. 
o A Organização Mundial de Saúde – OMS aponta, nos 
seus estudos, que o Brasil em 2050 será o 6º país mais 
envelhecido no mundo. 
o ENVELHECIMENTO é um processo que se inicia no 
nascimento e a velhice é uma das fases da vida, assim 
como a infância, a adolescência, a juventude e a vida 
adulta. 
o A velhice humana é construída durante o decorrer da 
vida, sendo um processo influenciado por inúmeros 
fatores, que moldam o envelhecimento: internos 
(psicológicos, biológicos) e externos (culturais, sociais). 
o SENESCÊNCIA - Refere-se aos processos biológicos 
inerente ao organismo e que são inevitavelmente 
progressivos, é o declínio físico e mental que acontece 
naturalmente, sem incapacidades. 
o SENILIDADE – O outro modo de envelhecer, que vem 
acompanhado de doenças, que causam transtornos 
físicos e mentais, com sequelas e complicações, 
impedindo uma velhice plena e saudável. Refere-se às 
alterações resultantes de traumas e doenças que 
ocorreram ao longo do ciclo vital. 
o O envelhecimento, hoje, é um direito do ser humano, 
que perpassa por vários direitos sociais, tais como 
saúde, assistência social, transporte, habitação, justiça, 
trabalho, previdência e outros. 
o É função das politicas de saúde contribuir para que mais 
pessoas alcancem as idades avançadas com o melhor 
estado de saúde possível, através de um 
envelhecimento ativo e saudável. 
o Com a Constituição de 1988, o tema envelhecimento 
ganhou espaço nas pautas de discussão das políticas 
públicas. Desde então, cresce a legislação voltada para 
a população idosa no país. 
o Para garantir os direitos e a proteção do Estado às 
pessoas idosas, surgiram: 
• A Política Nacional do Idoso, 
• A Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa e 
• O Estatuto do Idoso. 
Essas legislações, focadas na população idosa, norteiam as 
ações nas áreas sociais e de saúde, garantindo os direitos e 
a proteção do Estado. 
o A Portaria no 399 de 22/02/2006 criou o Pacto pela 
Vida, que estabeleceu seis áreas prioritárias de atuação, 
dentre elas a saúde da população idosa. Nesse 
documento, pela primeira vez na história do SUS, a 
saúde da população idosa consta como prioridade das 
três esferas de governo (federal, estadual e municipal). 
o Outro marco importante é a Política Nacional de Saúde 
da Pessoa Idosa – PNSI, instituída pela portaria 
2528/GM de 19/10/2006 
DIRETRIZES DA POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE DA 
PESSOA IDOSA – PNSI 
1. Promoção do envelhecimento ativo e saudável 
2. Atenção integral, integrada à saúde da pessoa idosa 
3. Estímulo às ações intersetoriais, visando à integralidade 
da atenção 
4. Provimento de recursos capazes de assegurar qualidade 
da atenção à saúde da pessoa idosa 
5. Estímulo à participação e fortalecimento do controle 
social; 
6. Formação e educação permanente dos profissionais de 
saúde do SUS na área de saúde da pessoa idosa; 
7. Divulgação e informação sobre a Política Nacional de 
Saúde da Pessoa Idosa para profissionais de saúde, 
gestores e usuários do SUS; 
8. Promoção de cooperação nacional e internacional das 
experiências na atenção à saúde da pessoa idosa; 
9. Apoio ao desenvolvimento de estudos e pesquisas. 
 
o Esta política trabalha com o paradigma “Capacidade 
Funcional” em dois grandes eixos: as pessoas idosas 
independentes e a parcela frágil deste segmento 
populacional. 
o A capacidade funcional está relacionada com aspectos 
físicos, cognitivos e emocionais do indivíduo. 
o Por exemplo, um idoso com hipertensão arterial e 
diabetes é considerado saudável se mantém o controle 
dessas doenças crônicas e sua capacidade funcional 
preservada. Da mesma maneira, o idoso hipertenso e 
diabético que não faz controle dessas doenças poderá 
sofrer complicações e sequelas que comprometem a 
capacidade funcional. 
o A finalidade primordial da PNSI é recuperar, manter, 
promover a autonomia e a independência dos 
PAULA CORRÊA – T2 
 2 
indivíduos idosos, direcionando medidas coletivas e 
individuais de saúde para este fim, em consonância com 
os princípios e diretrizes do SUS. 
o Quando a pessoa idosa começa a desenvolver um 
declínio de sua capacidade funcional, ela tem prejuízos 
em suas atividades de vida diária, podendo apresentar 
dependência para uma ou mais atividades do cotidiano 
e pode comprometer, também, a sua autonomia. 
o Independência e autonomia são outros termos 
frequentemente utilizados na área de envelhecimento. 
A independência relaciona-se com a habilidade de 
realizar, sem auxílio de outras pessoas, as atividades de 
vida diária. 
o As atividades de vida diária são divididas em: 
1. “Atividades básicas de vida diária” que são as 
relacionadas ao autocuidado (banho, alimentação, 
continência, vestir- se, deambular etc.) e as 
2. “Atividades instrumentais de vida diária” que se 
relacionam a tarefas mais práticas do nosso dia a 
dia (usar o telefone, fazer compras, preparar 
refeições, cuidar da casa, utilização de transportes, 
controle financeiro). 
o A autonomia é a capacidade que o indivíduo possui de 
tomar decisões e gerenciar a sua própria vida. 
o Às vezes, mesmo estando dependente para algumas 
atividades diárias, necessitando de ajuda de terceiros 
para alimentação e banho, por exemplo, o idoso é 
autônomo, pois está apto a tomar decisões sobre a sua 
própria vida. 
o É importante diferenciar estes termos e reforçar que 
estas condições são independentes entre si. 
o Para avaliar a capacidade funcional do idoso, os 
profissionais da área da saúde utilizam ferramentas que 
auxiliam na identificação de possíveis perdas funcionais. 
São testes de: 
• Rastreio cognitivo, 
• Rastreio para risco de depressão, 
• Testes de mobilidade e equilíbrio 
• Escalas de avaliação de atividades básicas e 
instrumentais de vida diária; 
• Levantamento de dados nutricionais e de 
alimentação 
• Queixas relacionadas a fala e comunicação; 
• Investigação de suporte familiar e social, entre 
outras. 
o Assegurar a capacidade funcional da população idosa 
demanda, na organização dos serviços, um olhar para 
além das doenças, buscando a compreensão quanto aos 
aspectos funcionais do individuo que envelhece, bem 
como suas condições socioeconômicas e sua capacidade 
de autocuidado. 
o Políticas Públicas de envelhecimento e Saúde da Pessoa 
Idosa no SUS 
 
 
o Dimensões do envelhecimento ativo e Rede 
Intersetorial 
 
o Atenção Básica e Cidades “amigas das pessoas idosas” 
• Uma cidade amiga do idoso estimula o 
envelhecimento ativo ao otimizar oportunidades 
para saúde, participação e segurança, a fim de 
aumentar a qualidade de vida das pessoas à medida 
que envelhecem.” Dr. Alexandre Kalache, Diretor 
do Programa de Envelhecimento e Curso da Vida da 
OMS 
REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE DA PESSOA IDOSA – 
RASPI 
o A Rede de Atenção à Saúde da Pessoa Idosa - RASPI, tem 
como eixo principal a avaliação da capacidade funcional 
a partir da Atenção Básica, classificando os idosos em 
saudáveis, pré-frágeis e frágeis. 
PAULA CORRÊA – T2 
 3 
o Para esta avaliação, foi instituído o instrumento 
Avaliação Multidimensional da Pessoa Idosa na Atenção 
Básica – AMPI-AB, aplicado e discutido pelas equipes de 
equipamentos da Atenção Básica, que deverão elaborar 
um plano de cuidados,conforme as necessidades de 
cada idoso avaliado. 
o OBJETIVO – Garantir a promoção e a atenção integral à 
saúde da pessoa idosa na Atenção Básica, 
estabelecendo um sistema integrado, no qual as 
condições mais prevalentes e de baixa complexidade 
são atendidas no nível primário (Unidade Básica de 
Saúde – UBS e Estratégia de Saúde da Família - ESF). 
o Os idosos classificados como saudáveis e pré-frágeis 
serão acompanhados na UBS, enquanto os idosos 
classificados como frágeis farão acompanhamento na 
atenção especializada, com a Unidade de Referência à 
Saúde do Idoso – URSI. 
o Outros encaminhamentos para especialistas e exames 
diagnósticos também acontecem, conforme a 
necessidade. 
UNIDADE DE REFERÊNCIA À SAÚDE DO IDOSO – 
URSI 
o A Unidade de Referencia à Saúde do Idoso – é um ponto 
secundário de atenção, de caráter ambulatorial, que 
utiliza os mecanismos de referência e contrarreferência, 
o apoio matricial e a educação permanente em saúde 
como instrumentos para assegurar a integralidade do 
atendimento. Busca, desta forma, superar a 
fragmentação das ações e a descontinuidade da atenção 
à saúde, organizando, assim, uma rede de atenção, 
coordenada pela Atenção Básica. 
PROGRAMA ACOMPANHANTE DE IDOSOS – PAI 
o O Programa Acompanhante de Idosos – é uma 
modalidade de cuidado domiciliar biopsicossocial a 
pessoas idosas em situação de fragilidade clínica e 
vulnerabilidade social, que disponibiliza a prestação dos 
serviços de profissionais da saúde e acompanhantes de 
idosos, para apoio e suporte nas Atividades de Vida 
Diárias (AVD’s) e para suprir outras necessidades de 
saúde e sociais. 
o As ações de Intersetorialidade, desenvolvidas em 
conjunto, principalmente, com: 
• A Secretaria Municipal de Desenvolvimento e 
Assistência 
• Social – SMADS, 
• O Ministério Público Estadual – Promotoria de 
Justiça de Direitos Humanos – Idoso e 
• A Secretaria Estadual da Saúde – SES, através: 
1. Dos serviços Instituto Paulista de Geriatria e 
Gerontologia – IPGG, 
2. Centro de Referência do Idoso – CRI Norte e 
3. Os 2 AMES Idoso (Lapa e Vila Mariana) 
Todos estes serviços fecham a trama desta rede 
o A proposta conta com alguns diferenciais, como: 
permitir o acompanhamento longitudinal por 5 anos; 
possibilitar a identificação do idoso frágil por meio do 
índice de vulnerabilidade clinico-funcional; permitir o 
monitoramento de condições crônicas de saúde; alertar 
a pessoa idosa e os profissionais de saúde para os 
medicamentos potencialmente de risco; entre outros. 
 
DIREITOS FUNDAMENTAIS DO IDOSO 
o Vida 
o Liberdade 
o Respeito/Dignidade 
o Alimentos 
o Saúde 
o Educação 
o Cultura 
o Esporte 
o Lazer 
o Profissionalização e trabalho 
o Previdência social 
o Assistência social 
o Habitação 
o Transporte 
 
 
 
“O corpo envelhece sem a sua permissão... A alma só 
envelhece se você permitir!”

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