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Maria Luzia Paiva de Andrade José Marcos Barros Devillart DISCIPLINA: LINGUAGENS E PESQUISA REVISÃO 2020-1 Bem-vindos! SEÇÃO 20: TIPOS E GÊNEROS TEXTUAIS: Gêneros Textuais: São textos que produzimos em nosso dia a dia com características comuns. Os gêneros textuais variam de acordo com o contexto, com quem o está produzindo, para quem se destina, sua finalidade etc. Exemplos de gêneros textuais: carta, recibo, bula, manual, notícia de jornal, entrevista, crônica, editorial, divulgação científica etc. TIPOLOGIA TEXTUAL A tipologia textual varia de acordo com a intenção do autor e a função do texto. Apresenta estruturas sintáticas, tempos e modos verbais, classes gramaticais, combinações etc. Tipos de textos: narrativo, descritivo, argumentativo, expositivo, explicativo ou informativo, instrucional ou injuntivo. A) Narrativo: conta histórias e fatos reais ou imaginários. Características principais: emprego de tempos do pretérito e a presença de personagens. Ações e cenários. Predomina nos seguintes gêneros: crônicas, romance, fábula, como de fada, novela etc. DESCRITIVO B) Descritivo: O texto descritivo detalha uma imagem que o leitor não vê, mas imagina. Sua história pode ser real ou imaginária. Características principais: os espaços (paisagem, objeto), o predomínio do imperfeito ou do presente e a insistência sobre as localizações. Predomina nos seguintes gêneros: retrato, anúncio, classificado, receita, lista de compras, cardápio etc. ARGUMENTATIVO C) Argumentativo: o texto argumentativo procura convencer, apresentar e defender um ponto de vista e muitas vezes acaba sendo a favor ou contra alguma ideia. Características marcantes: verbos no presente do indicativo ou no pretérito, uso de pronomes pessoais do caso reto em seus discursos, eu e nós, principalmente. Predomina nos seguintes gêneros: manifesto, sermão, editorial de jornal, crítica, monografia, redação dissertativa etc. EXPOSITIVO, EXPLICATIVO OU INFORMATIVO D) Expositivo, explicativo ou informativo: Relata fatos históricos, econômicos, geográficos etc. Procura transmitir conhecimento e tem caráter didático. Características marcantes: verbos no presente do indicativo ou no pretérito. Linguagem objetiva e referencial. Pode apresentar gráficos, cifras, expressões numéricas etc. O autor utiliza as formas do verbo na 3ª pessoa do singular para ocultar-se. Predomina nos seguintes gêneros: aula didática, verbete de dicionário etc. INSTRUCIONAL OU INJUNTIVO E) Texto instrucional: apresenta uma ação como a realização das questões de uma prova e ensina como realizar uma tarefa como as receitas, os manuais de instrução, as bulas de remédios etc. Esse tipo de texto é também muito usado na publicidade, o qual recomenda a compra de um produto. Características marcantes: uso da 2ª pessoa do singular ou do pronome de tratamento você. O emprego do imperativo, do futuro do indicativo e do infinitivo. Predomina nos seguintes gêneros: horóscopos, propaganda, receita culinária, manual de instrução, livros de autoajuda etc. F) O TEXTO NARRATIVO A narração relata as mudanças progressivas que vão ocorrendo nas pessoas e nas coisas de um determinado texto. Os episódios e relatos organizam-se de forma a estabelecer uma relação de anterioridade e de posterioridade, isto é, a temporalidade. Foco narrativo: O foco narrativo é o primeiro elemento que constitui a narração. Toda narração tem um narrador (a pessoa que conta a história, podendo ser: Foco narrativo em primeira pessoa ou narrador-personagem. Foco narrativo em terceira pessoa ou narrador-observador, narrador onisciente, ou seja, aquele que sabe das coisas. G) ELEMENTOS DE UMA NARRATIVA FICCIONAL Narrador: quem narra os acontecimentos; Personagem: quem atua, vive os acontecimentos da história; Espaço: é o ambiente, o cenário onde as personagens transitam e desenrolam a história. Tempo: é a época, o momento em que desenrolam os acontecimentos. Enredo: é a estrutura da narrativa, o texto fica centrado em um conflito que deve ser desenrolado. H) O texto Descritivo Tipos de descrição: objetiva, subjetiva e técnica. Descrição objetiva: quando o autor se aproxima da realidade procurando transmitir uma imagem concreta e precisa. Descrição subjetiva: quando o autor emite juízos de valor e enfatiza características que o impressionam. Descrição técnica: detalha a imagem do objeto através da linguagem técnica, objetiva, geralmente ligada a área de ciência e tecnologia. Neste caso, a linguagem deve ser denotativa. É o caso dos manuais de instrução e dos artigos científicos. I) O TEXTO DISSERTATIVO A dissertação é dividida em três partes: introdução, desenvolvimento e conclusão. Introdução: apresenta-se a ideia ou o ponto de vista que será defendido. Desenvolvimento ou argumentação: desenvolve-se o tema para tentar convencer o leitor. Conclusão: dá-se o desfecho para o texto, coerente com o que foi apresentado. Tipo de linguagem: é denotativa e em 3ª pessoa. As orações geralmente estão no período composto por subordinação na maioria das vezes, possibilitando assim o uso de conectivos ou conectores. J) O TEXTO EXPOSITIVO, EXPLICATIVO OU INFORMATIVO Este texto tem como objetivo apresentar informações sobre um objeto ou fato específico. A base do texto expositivo é o tema central, é a determinação do objetivo a que se destina o texto. Dependendo da informação, a sequência textual pode ser: Narrativa: a informação está centrada em uma narração. Descritiva: a informação está centrada no detalhamento do fato. Explicativa: a informação está centrada em um conhecimento específico. SEÇÃO 17: PROCESSOS SIMBÓLICOS, LINGUAGEM E SOCIEDADE. Linguagem: sistema de sinais usados para indicar a função comunicativa entre as pessoas e para a expressão de ideias, valores, intenções e sentimentos. Características da linguagem: sistema estruturado, possui signos ou sinais, tem função indicativa ou denotativa, tem função comunicativa, tem função conotativa, ou seja, expressa pensamentos, sentimentos e valores, e permite a compreensão e interpretação do contexto social, econômico e cultural. Principais recursos estilísticos: Níveis de Linguagem e Variações Linguísticas: As variações linguísticas são as diferenças apresentadas na língua de acordo com as condições sociais, culturais, regionais e históricas. Todas as variedades linguísticas são corretas desde que estabeleçam a interação verbal entre as pessoas. Existem essas formas variáveis porque a sociedade é dividida em grupos, por exemplo, jovens e velhos, regiões, profissões, classes sociais etc. As variantes linguísticas estão presentes na fala e na escrita. Na fala, o interlocutor percebe a variação enquanto o diálogo está sendo reproduzido. Na escrita, o interlocutor percebe a variação após a produção do texto. TIPOS DE VARIANTES: Variantes geográficas ou regionais: variações que se dão de um lugar para outro. As variantes regionais ou os dialetos são uns dos aspectos mais conhecidos da variação linguística. Variantes situacionais: variações que se observam em uma mesma pessoa dependendo da situação que ela se encontra. Variantes sociais: variações existentes entre os grupos sociais. As variedades sociais são facilmente identificadas entre as variedades populares, faladas pelas classes sociais menos favorecidas e as variedades cultas, faladas pelas classes de maior prestígio social. Variantes históricas: variações que se dão de uma época para outra. Gírias: é uma das variedades que a língua pode apresentar. É um tipo de linguagem criado por um grupo determinado com a intenção de se distinguir dos demais falantes. Quando esse tipo de linguagem está ligado a profissões, é chamado de jargão. Ocorre entre médicos, jornalistas, advogados, dentistas etc. Seção 6 – Elementos de Coesão e Coerência Textuais Coesão se manifesta no plano do conteúdo do texto; Coerência se manifesta no plano da expressãodo texto. Disponível em: http://edusampaio.com/2012/03/06/dl-080-coesao-e-sentido/ Acesso em 31 mar. de 2019 Coesão textual é a conexão linguística que permite a amarração das ideias do texto. * Procedimentos gramaticais de coesão: Substituição: Ex.: João amava Maria. Ele a amava mais que tudo. Reiteração: Ex.: A família gostava de passear junta. Pai, mãe e filhos viajavam sempre. Conjunção: Ex.: Estava doente, mas foi trabalhar assim mesmo. Alguns mecanismos de coesão ocorrem por: - Retomada gramatical (pronomes, artigos, numerais, advérbios): Ex.: De manhã ela foi à escola. Lá aprendeu um pouco de matemática. - Retomada lexical (substantivos, adjetivos, verbos): Ex.: Gostava de amar. Gostava de agradecer. Gostava de viver. - Retomada elíptica (elipse ou ocultamento): Ex.: João e Maria foram ao mercado. Ele comprou carne. Ela, frango. - Repetição (lexical e sintática): Ex.: Bebida e direção não combinam. Se beber, não pegue no volante. Encadeamento argumentativo (com o emprego de operadores discursivos): Ex.: Carlos fazia tudo com muito amor. Deste modo, conseguiu uma promoção. Justaposição (sem sequenciadores): Ex.: Gentileza gera Gentileza. Amor. Beleza. Riqueza. Vim. Vi. Venci. A Coerência “A relação que se estabelece entre as partes do texto, criando uma unidade de sentido”. (José Luiz Fiorin) Semântica: Desta vez, vou dar um livro só para Paola e Cristina. Sintática: Homens e mulheres parece que são felizes, sendo que não fazem nada para mudar. Estilística: Prezado Diretor, quero ti falar uma parada. Pragmática: - Aqui está calor. - Quer que ligue a televisão? - Não precisa. Eu nunca gostei de banana. O ESTUDO DE COESÃO TEXTUAL - Mecanismos de coesão: Coesão referencial: quando um elemento se remete a outro elemento do mesmo texto. É a substituição. A SUBSTITUIÇÃO de um elemento por outro se dá nas seguintes situações: Pronomes pessoais, indefinidos, possessivos, demonstrativos, relativos, os advérbios e preposições e em algumas formas verbais. Ex.: Os alunos farão uma prova esta semana. Eles conseguirão bons resultados. A coesão referencial também se dá através da REITERAÇÃO de elementos do texto, da seguinte forma: de forma idêntica: Comprou uma linda casa, mas a casa precisava de uma reforma. com um determinante: Comprou uma linda casa, mas essa casa precisava de uma boa reforma. de forma abreviada: O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística fará um novo censo no próximo ano; o IBGE é uma respeitada instituição nacional. de forma ampliada: O IBGE fará um novo censo no próximo ano; o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística é uma respeitada empresa nacional. Com palavra cognata: da mesma família: Sabemos que passear é ótimo, mas muitos passeios são verdadeiras aventuras. Com sinônimos ou quase-sinônimos através de usos de hipônimos, hiperônimos e nomes genéricos. Exemplos: Hipônimos: Houve um acidente envolvendo três veículos e os carros tiveram que ser rebocados. (carros é o hipônimo de veículos). Hiperônimos: Recebi um buquê de rosas vermelhas, as flores estavam lindas. Nomes genéricos: Comprei legumes, verduras, frutas e muitas outras coisas na feira da praça. Com aposto: Pelé, rei do futebol, foi Ministro dos Esportes. Coesão Recorrencial: esse tipo tem como característica a REPETIÇÃO de um elemento anterior, ou seja, voltar a acontecer de novo. Exemplos: Recorrência de termos: O bebê chorava, chorava, chorava... Recursos fonológicos: Os principais problemas do Brasil são a corrupção, a inflação, a falta de noção e a educação. Elipse: Tudo o que queremos não é só o seu sucesso, mas a sua felicidade. (queremos também a sua felicidade). Coesão Sequencial: a coesão se dá por meio de acréscimos no texto, com o uso de conectivos ou conjunções. Alguns exemplos: Condicionalidade: Iremos à praia, caso não chova. Causalidade: Todos se interessaram pela matéria, porque era um assunto de grande utilidade. Explicação ou justificativa: A prova estava fácil, pois toda a matéria foi comentada aqui. Disponível em: http://colunas.revistaepocanegocios.globo.com/ideiaseinovacao/2011/10/18/quem-aprendeu-a-inovar-aprendeu-como/ Acesso em: 31 mar. de 2019. Seção 9: Tipos de Conhecimento Conhecimento: Sujeito < – > fenômeno < - > imagem Teológico – questões aparentemente inexplicáveis; Explicações pela fé, fruto de revelação da divindade ou inspiração divina, dogmático. Filosófico – questões sobre a condição humana no universo; Articulações entre relações lógicas e conceituais. Conceitos não passíveis de serem submetidos à observação e experimentação. DICAS DE ESTUDO E APROVEITAMENTO NA EAD Empírico – questões sobre os seres e fenômenos da realidade; Conhecimento adquirido e acumulado de modo prático. Chamado de senso comum. Científico – gerado por necessidade de compreender a natureza e o universo. Questionamento à luz da razão. Observável e experimentável. Transformação de dúvidas em certezas. Método: rigor de análise por meio de um conjunto de ações descritivas e ordenadas que nos permite atingir um objetivo. SEÇÃO 14: OBJETO DE PESQUISA – TEMA E PROBLEMAS DA PESQUISA Objeto da pesquisa é o foco, é o eixo central de sua investigação. Não é o ASSUNTO, mas aquilo que dentro de um assunto maior lhe chamou a atenção. Sem definição do objeto de estudo o trabalho de pesquisa fica comprometido. O objeto deve ser relevante não só para o pesquisador, mas para a comunidade acadêmica e a sociedade. Tema: é o assunto que se deseja estudar e pesquisar. O tema é escolhido conforme as experiências que o estudante adquiriu por meio dos livros ou da prática profissional. A pesquisa deve ser focada sobre um problema relacionado ao tema, ou seja, uma questão associada ao tema com importância real, e que ainda não tenha sido devidamente respondida pela literatura existente. PROBLEMA: A Definição de Problema. Toda pesquisa se inicia com algum tipo de problema ou uma indagação. Um problema é de natureza científica quando envolve variáveis que podem ser testadas, observadas e manipuladas. Um problema de pesquisa pode ser determinado por razões de ordem prática ou de ordem intelectual. O problema da pesquisa trata-se do questionamento relativo ao tema que é usado como parâmetro para o estudo. Durante a delimitação do tema, você tem que saber exatamente onde aplicará a sua pesquisa. Em outras palavras, temos que definir onde aplicaremos a pesquisa, qual a região, a cidade, para qual grupo de pessoas etc., que será o seu OBJETO de estudo. Depois de definido o TEMA, levanta-se então uma QUESTÃO para ser respondida através de uma HIPÓTESE, que será confirmada ou negada através do trabalho de pesquisa. A hipótese é a proposição testável que pode vir a ser a solução do problema. Uma boa hipótese é aquela que pode ser contestada, ou seja, confrontada com os dados da realidade. Justificativa: costuma ser um texto curto, geralmente de um único parágrafo, que serve para apresentar um argumento muito convincente para aquele estudo, ou seja, as razões que nos levaram a assumir determinada postura e não outra. SEÇÕES 11 e 12: ETAPAS DE UM PROJETO DE PESQUISA e TIPOS DE PESQUISA 1 – Definição e recorte do tema; 2 – Formulação das questões de pesquisa; 3 – Estabelecimentos de hipóteses; 4 – Definição do método a ser seguido e dos instrumentos para a coletas de dados. Métodos: entre os principais métodos disponíveis, temos: 1 – Pesquisa experimental: testar o efeito de uma determinada variável. 2 – Pesquisa documentalou bibliográfica: exame de documentos, livros, jornais, revistas etc. 3 – Pesquisa Etnográfica: observação participante, ou seja, o pesquisador tem contato direto com a comunidade estudada. 4 – Estudo de caso: examinar detalhadamente um único objeto ou fato. É um estudo exaustivo e profundo sobre um indivíduo, evento, instituição ou comunidade. 5 – Pesquisa-ação: o pesquisador, além de observar uma situação, ele participa dela. Instrumentos de coletas de dados: Existem alguns instrumentos básicos de coleta de dados (técnicas) que podem gerar dados quantitativos e qualitativos: São elas: observação participante, entrevista, questionário, análise de documentos, grupos focais, história oral, história de vida, diário de campo etc. ANÁLISE DE DADOS: De acordo com o tipo de variável utilizada é possível fazer a classificação da pesquisa em: Pesquisa Quantitativa: Os resultados aparecem em números, percentagens e proporções. Os dados são analisados através da estatística descritiva ou inferencial. Pesquisa Qualitativa: há descrição de aspectos do fenômeno: visão de mundo, valores, opiniões. Representam dados não-métricos. Representam dados qualitativos informações obtidas em entrevistas, conversas, materiais audiovisuais etc. Recomendamos a leitura das unidades, do material de apoio e das videoaulas postadas na plataforma. BONS ESTUDOS! Obrigada! Bons estudos e sucesso na avaliação!! Saudações acadêmicas! Direitos autorais:(c) Artistashmita | Dreamstime.com *
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