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Português – Cespe 100 Questões Comentadas e Corrigidas | Provas 1 – 4 Prof. Carlos Zambeli www.acasadoconcurseiro.com.br www.acasadoconcurse i ro .com.br 5 P o rtu g u ê s www.acasadoconcurseiro.com.br PROVA 1 – INSS 2016 – TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL Texto I 1 Naquele novo apartamento da rua Visconde de Pirajá pela primeira vez teria um escritório para trabalhar. Não era um cômodo muito grande, mas dava para armar ali a minha tenda 4 de reflexões e leitura: uma escrivaninha, um sofá e os livros. Na parede da esquerda ficaria a grande e sonhada estante onde caberiam todos os meus livros. Tratei de encomendá-la a 7 seu Joaquim, um marceneiro que tinha oficina na rua Garcia D’Ávila com Barão da Torre. O apartamento não ficava tão perto da oficina. Era 10 quase em frente ao prédio onde morava Mário Pedrosa, entre a Farme de Amoedo e a antiga Montenegro, hoje Vinicius de Moraes. Estava ali havia uma semana e nem decorara ainda o 13 número do prédio. Tanto que, quando seu Joaquim, ao preencher a nota de encomenda, perguntou-me onde seria entregue a estante, tive um momento de hesitação. Mas foi só 16 um momento. Pensei rápido: “Se o prédio do Mário é 228, o meu, que fica quase em frente, deve ser 227”. Mas lembrei-me de que, ao ir ali pela primeira vez, observara que, 19 apesar de ficar em frente ao do Mário, havia uma diferença na numeração. — Visconde de Pirajá, 127 ― respondi, e seu 22 Joaquim desenhou o endereço na nota. —Tudo bem, seu Ferreira. Dentro de um mês estará lá sua estante. 25 ― Um mês, seu Joaquim! Tudo isso? Veja se reduz esse prazo. — A estante é grande, dá muito trabalho... Digamos, 28 três semanas. Ferreira Gullar. A estante. In: A estranha vida banal. Rio de Janeiro: José Olympio, 1989 (com adaptações). No que se refere aos sentidos do texto I, julgue os próximos itens. 1. O trecho “dá muito trabalho” (L. 27) constitui uma referência de seu Joaquim à confecção da estante, tarefa que, segundo ele, seria trabalhosa. ( ) Certo ( ) Errado 6 Português Cespe | 100 Questões Comentadas e Corrigidas 2. De acordo com as informações do texto, é correto inferir que seu Joaquim era analfabeto, uma vez que ele “desenhou o endereço na nota” (L. 22). ( ) Certo ( ) Errado 3. A expressão “armar ali a minha tenda” (L. 3) foi empregada no texto em sentido figurado. ( ) Certo ( ) Errado 4. De acordo com as informações do texto, Vinicius de Moraes passou a morar no apartamento onde antes residia Mário Pedrosa. ( ) Certo ( ) Errado 5. O “momento de hesitação” (L. 15) vivido pelo narrador deveu-se ao medo de informar o endereço a um desconhecido. ( ) Certo ( ) Errado 6. O verbo dever foi empregado na linha 17 no sentido de ser provável. ( ) Certo ( ) Errado Julgue os seguintes itens, a respeito de aspectos linguísticos do texto I. 7. A correção gramatical e o sentido do texto seriam preservados, caso se substituísse o trecho “lembrei-me de que” (L. 18) por lembrei que. ( ) Certo ( ) Errado 8. A forma verbal “teria” (L. 2) está flexionada na terceira pessoa do singular, para concordar com “apartamento” (L. 1), núcleo do sujeito da oração em que ocorre. ( ) Certo ( ) Errado 9. Seria mantida a correção do texto caso o trecho “onde caberiam” (L.6) fosse substituído por que caberia. ( ) Certo ( ) Errado 10. O No período “Tanto que, quando (...) momento de hesitação” (L. 13 a L. 15), o emprego de todas as vírgulas deve-se à mesma regra de pontuação. ( ) Certo ( ) Errado 7 Português Cespe | 100 Questões Comentadas e Corrigidas 1 Bibliotecas sempre deram muito o que falar. Grandes monarquias jamais deixaram de possuir as suas, e cuidavam delas estrategicamente. Afinal, dotes de princesas foram 4 negociados tendo livros como objetos de barganha; tratados diplomáticos versaram sobre essas coleções. Os monarcas portugueses, após o terremoto que dizimou Lisboa, se 7 orgulhavam de, a despeito dos destroços, terem erguido uma grande biblioteca: a Real Livraria. D. José chamava-a de joia maior do tesouro real. D. João VI, mesmo na correria da 10 partida para o Brasil, não se esqueceu dos livros. Em três diferentes levas, a Real Biblioteca aportou nos trópicos, e foi até mesmo tema de disputa. Internet: <http://observatoriodaimprensa.com.br> (com adaptações). Acerca de aspectos linguísticos e dos sentidos do texto acima, julgue os itens que se seguem. 11. Princesas e diplomatas eram valorados conforme a qualidade das bibliotecas que seus países possuíam e a parcela dos livros que estavam dispostos a ceder em negociações diversas. ( ) Certo ( ) Errado 12. A Real Livraria foi erguida com os destroços resultantes do terremoto que atingiu Lisboa, como símbolo da força de Portugal na superação da tragédia que acabava de assolar o país. ( ) Certo ( ) Errado 13. A expressão “essas coleções” (L. 5) retoma, por coesão, o termo “Bibliotecas” (L. 1). ( ) Certo ( ) Errado 14. O sinal de dois-pontos empregado imediatamente após “biblioteca” (L. 8) introduz um termo de natureza explicativa. ( ) Certo ( ) Errado 8 Português Cespe | 100 Questões Comentadas e Corrigidas PROVA 2 – TCE-PA – 2016 Texto CB5A1AAA 1 Tratando-se do dever de prestar contas anuais, cabe, inicialmente, verificar como tal obrigação está preceituada no ordenamento jurídico. A Constituição Federal prevê que cabe 4 ao presidente prestar contas anualmente ao Poder Legislativo. Por simetria, tal obrigação estende-se ao governador do estado e aos prefeitos municipais. 7 O dever anual de prestar contas é da pessoa física. Assim sendo, no nível municipal, esse dever é do prefeito, que, nesse caso, age em nome próprio, e não em nome do 10 município. Tal obrigação se dá em virtude de força da lei. O povo, que outorgou mandato ao prefeito para gerir seus recursos, exige do prefeito — por meio de norma editada pelos 13 seus representantes — a prestação de contas. Sendo tal prestação obrigação personalíssima, não se pode admitir que seja executada por meio de pessoa interposta. Isso quer dizer 16 que o tribunal de contas deve recusar, por exemplo, a prestação de contas apresentada por uma prefeitura referente à obrigação de um ex-prefeito. Quer dizer também que o ex-prefeito 19 continua sujeito a todas as sanções previstas para aqueles que não prestam contas. Por essa razão, é necessário que haja a separação das 22 contas — que devem, inclusive, ser processadas em autos distintos — quando ocorrer de o cargo de prefeito ser ocupado por mais de uma pessoa durante o exercício financeiro. Nesse 25 caso, cada um será responsável pelo período em que ocupou o cargo. Ailana Sá Sereno Furtado. O dever de prestar contas dos prefeitos. Internet: < https://jus.com.br> (com adaptações). A respeito das ideias veiculadas no texto CB5A1AAA, julgue os próximos itens. 15. As contas do prefeito e da prefeitura devem ser prestadas separadamente, uma vez que servem a funções distintas. ( ) Certo ( ) Errado 16. O presidente da República, o governador do estado e o prefeito municipal devem prestar contas no início de cada ano. ( ) Certo ( ) Errado 17. Ao ex-prefeito, que continua sujeito a todas as sanções previstas em lei, não é permitido apresentar contas após o prazo previsto para essa obrigação. ( ) Certo ( ) Errado 9 Português Cespe | 100 Questões Comentadas e Corrigidas 18. Governadores e prefeitos devemprestar contas ao Congresso Nacional. ( ) Certo ( ) Errado Julgue os itens que se seguem, a respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto CB5A1AAA. 19. A correção gramatical do texto seria mantida caso, na linha 14, a partícula “se” fosse empregada imediatamente após a forma verbal “pode” — escrevendo-se da seguinte forma: pode-se. ( ) Certo ( ) Errado 20. Sem prejuízo do sentido original e da correção gramatical do texto, o trecho “é necessário que haja a separação das contas” (L. 21 e 22) poderia ser reescrito da seguinte forma: é necessário que hajam contas separadas. ( ) Certo ( ) Errado 21. O termo “ao Poder Legislativo” (L. 4) exerce a função de complemento da forma verbal “prevê” (L. 3). ( ) Certo ( ) Errado 22. A expressão “Por essa razão” (L. 21) introduz no parágrafo em que ocorre uma ideia de finalidade. ( ) Certo ( ) Errado Texto CB5A1BBB 1 A partir do momento em que o Estado passa a cobrar tributos de seus cidadãos, amealhando para si parte da riqueza nacional, surge a necessidade de destinação de tais quantias à 4 realização das necessidades públicas, pois, não visando ao lucro, o Estado não pode cobrar mais do que os dispêndios que lhe são imputados. Na chamada atividade financeira do Estado, 7 sua principal ferramenta é o orçamento público, pois nele constam as decisões políticas tomadas pelo administrador com o objetivo de satisfação dos interesses coletivos. 10 Muito mais do que um mero documento de estimação e fixação das receitas e despesas, o orçamento, conforme o texto constitucional vigente, constitui um verdadeiro sistema 13 integrado de planejamento, de sorte que, constituindo um verdadeiro orçamento-programa, o orçamento público passa a constituir etapas do planejamento de desenvolvimento 16 econômico e social, isto é, passa a ser conteúdo dos planos e programas nacionais, regionais e setoriais, que devem ser compatibilizados com o plano plurianual. 19 Extrapolando-se os limites da simples teoria clássica do orçamento, pode-se dizer que o orçamento, em sua feição 10 Português Cespe | 100 Questões Comentadas e Corrigidas atual, não deve ser compreendido unicamente como a simples 22 autorização de gastos do Poder Executivo pelo Poder Legislativo. Não se pode olvidar que, a partir do momento em que houve a limitação das antigas monarquias absolutistas, o 25 rei passou a necessitar de autorização de seus vassalos para a realização dos gastos da coroa — como preceituado, por exemplo, na Magna Charta Libertatum, de 1215, e na Petition 28 of Rights, de 1628. Também não se deve desconsiderar que a revolução orçamentária deveu-se, em grande parte, à idealização do Estado liberal burguês, que emana, segundo 31 especialistas da área, de razões políticas, e não financeiras. Conquanto esses fatos tenham contribuído para a formação do orçamento em sua tessitura tradicional, é preciso, 34 hoje, refletir sobre a real natureza da lei orçamentária atual, se autorizativa ou impositiva. César Augusto Carra. O orçamento impositivo aos estados e aos municípios. Internet: <libano.tce.mg.gov.br> (com adaptações). Julgue os itens a seguir, acerca das ideias do texto CB5A1BBB. 23. A limitação das antigas monarquias absolutistas e a idealização do Estado liberal burguês estão relacionadas à formação do orçamento em sua tessitura tradicional. ( ) Certo ( ) Errado 24. O Estado não pode cobrar dos cidadãos mais do que o necessário para cobrir seus gastos, porque não visa ao lucro. ( ) Certo ( ) Errado Julgue os itens seguintes, com relação aos aspectos linguísticos do texto CB5A1BBB. 25. A substituição do vocábulo “olvidar” (L. 23) por esquecer manteria o sentido e a correção gramatical do texto. ( ) Certo ( ) Errado 26. A supressão da preposição “em” (L. 1) prejudicaria a correção gramatical do texto. ( ) Certo ( ) Errado 27. Na linha 6, o pronome “lhe” refere-se a “Estado”. ( ) Certo ( ) Errado 28. A expressão “de sorte que” (L. 13) denota algo positivo, tendo sido empregada no texto para defender o lado positivo de o orçamento público constituir um “orçamento-programa” (L. 14). ( ) Certo ( ) Errado 11 Português Cespe | 100 Questões Comentadas e Corrigidas PROVA 3 – MPE-RR – 2017- PROMOTOR DE JUSTICA SUBSTITUTO Texto 1A16AAA 1 Para muitos, o surgimento da civilização decorreu da renúncia social ao uso da força física como forma de reparar injustiças. Fazer justiça com as próprias mãos passou a ser 4 considerado, assim, um ato de barbaridade. O sentimento de justiça, muito arraigado no ser humano, aparece em diversas espécies animais, tendo origens 7 antigas na escala evolutiva: de ratos a gorilas, punir infrações parece ser útil há muitas eras. Deslealdade e desobediência, por exemplo, despertam no ser humano o senso de certo e errado 10 e despertam automaticamente desejos de vingança ou de reparação. Para conviver em sociedade, é necessário, entretanto, conter tais impulsos, franqueando-se ao Estado a 13 efetivação da justiça. Quando as pessoas reservam-se o direito de usar a força física, sob a argumentação de que estão fazendo justiça, 16 transmitem a mensagem de que não creem mais no pacto social. Alegando a falta de ação efetiva do Estado, elas afirmam que seu senso de justiça não está satisfeito e, por isso, 19 resolvem agir por si mesmas. Produz-se, assim, um círculo vicioso no qual as pessoas sentem-se injustiçadas, não creem na ação do Estado e, por isso, rompem o pacto social, o que 22 gera mais injustiça. Daniel Martins de Barros. Justiça com as próprias mãos. Internet: <www.emais.estadao.com.br> (com adaptações). 29. Conclui-se das ideias expressas no texto 1A16AAA que a atuação do Estado na reparação de injustiças é a) desnecessária, já que o cidadão garante a justiça pelo emprego da força física quando a ação estatal não é efetiva. b) necessária, porque o uso da força pelo cidadão redunda em mais injustiça. c) desnecessária, já que, a exemplo de diversas espécies animais, o ser humano é capaz de definir as condutas sociais passíveis de punição. d) necessária, pois, anteriormente à constituição do Estado, os agrupamentos humanos eram caracterizados por uma situação de barbárie social. 30. Mantendo-se o sentido original e a correção gramatical do texto 1A16AAA, o vocábulo “entretanto” (L. 12) poderia ser substituído por a) ainda. b) mas. c) sobretudo. d) todavia. 12 Português Cespe | 100 Questões Comentadas e Corrigidas 31. De acordo com o último parágrafo do texto 1A16AAA, a) o direito de utilizar força física para reparar injustiças restringe-se ao Estado. b) o poder de utilizar a força física para garantir a efetivação da justiça é atribuído ao Estado pelo pacto social. c) os cidadãos conferem ao Estado direito de preferência para atuar na reparação de injustiças e na manutenção do pacto social. d) o sentimento de falta de ação estatal resulta no uso da força física e no rompimento do pacto social, o que agrava a injustiça. 32. Assinale a opção em que a proposta de reescrita apresentada mantém o sentido original e a correção gramatical do período “Alegando a falta de ação efetiva do Estado, elas afirmam que seu senso de justiça não está satisfeito e, por isso, resolvem agir por si mesmas.” (L. 17 a 19). a) Devido ao fato delas alegarem a falta de ação efetiva do Estado, afirmam que seu senso de justiça não está satisfeito e, por fim, resolvem agir por si. b) Com base na alegação de quefalta ação efetiva do Estado, elas afirmam que seu senso de justiça não está satisfeito e, portanto, resolvem agir por conta própria. c) À medida em que alegam a falta de ação efetiva do Estado, elas afirmam que seu senso de justiça está insatisfeito e, assim, resolvem agir por si. d) Apesar de elas alegarem de que há falta de ação efetiva do Estado, afirmam que seu senso de justiça não está satisfeito e, logo resolvem agir por si próprias. 13 Português Cespe | 100 Questões Comentadas e Corrigidas PROVA 4 – TRE-BA – 2017 Texto CG2A1AAA 1 Pode-se dizer que a cidadania é essencialmente consciência de direitos e deveres e exercício da democracia: direitos civis, como segurança e locomoção; direitos sociais, 4 como trabalho, salário justo, saúde, educação, habitação etc.; direitos políticos, como liberdade de expressão, de voto, de participação em partidos políticos e sindicatos etc. 7 Não há cidadania sem democracia. O conceito de cidadania, contudo, é um conceito ambíguo. Em 1789, a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão 10 estabelecia as primeiras normas para assegurar a liberdade individual e a propriedade. Nascia a cidadania como uma conquista liberal. Hoje, o conceito de cidadania é mais 13 complexo. Com a ampliação dos direitos, nasceu também uma concepção mais ampla de cidadania. De um lado, existe uma 16 concepção consumerista de cidadania (direito de defesa do consumidor) e, de outro, uma concepção plena, que se manifesta na mobilização da sociedade para a conquista de 19 novos direitos e na participação direta da população na gestão da vida pública, por meio, por exemplo, da discussão democrática do orçamento. Esta tem sido uma prática, 22 sobretudo no nível do poder local, que tem ajudado na construção de uma democracia participativa, superando os limites da democracia puramente representativa. Moacir Gadotti. Escola cidadã – educação para e pela cidadania. Internet: <http://acervo.paulofreire.org> (com adaptações). 33. De acordo com as ideias do texto CG2A1AAA, a) a participação direta da população na gestão da vida pública constitui prática recente na sociedade brasileira. b) a democracia é uma condição para a existência da cidadania. c) os direitos civis e os direitos políticos merecem destaque entre os direitos dos cidadãos. d) o alargamento da concepção de cidadania nos dias de hoje constitui uma conquista da sociedade atual. e) a conquista do direito à liberdade individual e à propriedade é o objetivo maior de uma sociedade democrática. 34. No texto CG2A1AAA, o termo “que”, empregado na linha 22, remete a a) “prática” (L. 21). b) “nível” (L. 22). c) “poder local” (L. 22). d) “discussão” (L. 20). e) “orçamento” (L. 21). 14 Português Cespe | 100 Questões Comentadas e Corrigidas 35. A correção gramatical, a coerência e o sentido do texto CG2A1AAA seriam mantidos caso a forma verbal “tem ajudado” (L. 22) fosse substituída por a) vem ajudando. b) ajudou. c) ajudaria. d) vinha ajudando. e) pode ajudar. Texto CG2A2AAA 1 Em sua definição, o voto em branco é aquele que não se dirige a nenhum candidato entre os que disputam as eleições. São considerados, portanto, votos estéreis, porque 4 não produzem frutos. Os votos nulos, por sua vez, são aqueles que, somados aos votos em branco, compõem a categoria dos votos estéreis, inválidos ou, como denominou o Tribunal 7 Superior Eleitoral, votos apolíticos. Logo, os votos em branco e os nulos são votos que, a princípio, não produzem resultado nem influenciam no resultado do pleito. 10 Ao comparecer às urnas no dia das eleições, o eleitor que apresentar voto em branco ou nulo pode fazê-lo por diversas razões. Esses motivos podem embasar tanto a postura 13 dos que votam em branco quanto a dos que votam nulo, pois o resultado final é o mesmo: invalidar o voto. Assim sendo, não é razoável diferenciar o voto em branco do voto nulo. 16 Deve-se considerar a essência do ato, a sua real motivação, que é a invalidação. É evidente que não se sabe, ao certo, a razão que motiva cada eleitor a votar em branco ou nulo; entretanto, 19 em ambos os casos, não há dúvida quanto à invalidade do voto por ele dado. Renata Dias. Os votos brancos e nulos no estado democrático de direito: a legitimidade das eleições majoritárias no Brasil. In: Estudos eleitorais, v. 8, n.º 1, jan./abr. 2013, p. 36-8 (com adaptações). 36. Acerca do papel das conjunções na organização argumentativa do texto CG2A2AAA, julgue os itens subsequentes. I -A conjunção “porque” (L. 3) combina duas orações que mantêm entre si uma relação de causalidade. II – A conjunção “como” (L. 6) indica uma comparação entre as afirmações das orações por ela conectadas. III – A conjunção “Logo” (L. 7) introduz um período que explica o raciocínio apresentado em períodos anteriores. IV – A conjunção “entretanto” (L. 18) estabelece relação de contraposição entre os conteúdos das orações por ela combinadas. Estão certos apenas os itens 15 Português Cespe | 100 Questões Comentadas e Corrigidas a) I e III. b) I e IV. c) II e III. d) II e IV. e) III e IV. 37. No segundo parágrafo do texto CG2A2AAA, a forma verbal “fazê-lo” (L. 11) remete a a) “o resultado final” (L. 14). b) “embasar tanto a postura dos que votam em branco quanto a dos que votam nulo” (L. 12 e 13). c) “voto em branco ou nulo” (L. 11). d) “apresentar voto em branco ou nulo” (L. 11). e) “comparecer às urnas no dia das eleições” (L. 10). 38. Assinale a opção que apresenta termo que desempenha a mesma função sintática que “a razão” (L. 17), no texto CG2A2AAA. a) “o mesmo” (L. 14). b) “votos estéreis” (L. 6). c) “o Tribunal Superior Eleitoral” (L. 6 e 7). d) “dúvida” (L. 19). e) “resultado” (L. 8). Gabarito: 1. C 2. E 3. C 4. E 5. E 6. C 7. C 8. E 9. E 10. C 11. E 12. E 13. C 14. C 15. E 16. E 17. E 18. E 19. E 20. E 21. E 22. E 23. C 24. C 25. C 26. C 27. C 28. C 29. B 30. D 31. D 32. B 33. B 34. A 35. A 36. B 37. D 38. C
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