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Português – Cespe 
100 Questões Comentadas e Corrigidas | Provas 1 – 4
Prof. Carlos Zambeli
www.acasadoconcurseiro.com.br
www.acasadoconcurse i ro .com.br
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www.acasadoconcurseiro.com.br
PROVA 1 – INSS 2016 – TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL
Texto I
1	   Naquele	 novo	 apartamento	 da	 rua	 Visconde	 de	 Pirajá	
	 pela	 primeira	 vez	 teria	 um	 escritório	 para	 trabalhar.	 Não	 era	 um	
	 cômodo	 muito	 grande,	 mas	 dava	 para	 armar	 ali	 a	 minha	 tenda
4	 de	 reflexões	 e	 leitura:	 uma	 escrivaninha,	 um	 sofá	 e	 os	 livros.	
	 Na	 parede	 da	 esquerda	 ficaria	 a	 grande	 e	 sonhada	 estante	
	 onde	 caberiam	 todos	 os	 meus	 livros.	 Tratei	 de	 encomendá-la	 a
7	 seu	 Joaquim,	 um	 marceneiro	 que	 tinha	 oficina	 na	 rua	 Garcia	
	 D’Ávila	com	Barão	da	Torre.
	   O	 apartamento	 não	 ficava	 tão	 perto	 da	 oficina.	 Era
10	 quase	 em	 frente	 ao	 prédio	 onde	 morava	 Mário	 Pedrosa,	 entre	
	 a	 Farme	 de	 Amoedo	 e	 a	 antiga	 Montenegro,	 hoje	 Vinicius	 de	
	 Moraes.	 Estava	 ali	 havia	 uma	 semana	 e	 nem	 decorara	 ainda	 o
13	 número	 do	 prédio.	 Tanto	 que,	 quando	 seu	 Joaquim,	 ao	
	 preencher	 a	 nota	 de	 encomenda,	 perguntou-me	 onde	 seria	
	 entregue	 a	 estante,	 tive	 um	 momento	 de	 hesitação.	 Mas	 foi	 só
16	 um	 momento.	 Pensei	 rápido:	 “Se	 o	 prédio	 do	 Mário	 é	 228,	
	 o	 meu,	 que	 fica	 quase	 em	 frente,	 deve	 ser	 227”.	 Mas	
	 lembrei-me	 de	 que,	 ao	 ir	 ali	 pela	 primeira	 vez,	 observara	 que,
19	 apesar	 de	 ficar	 em	 frente	 ao	 do	 Mário,	 havia	 uma	 diferença	 na	
	 numeração.
	   —	 Visconde	 de	 Pirajá,	 127	 ―	 respondi,	 e	 seu
22	 Joaquim	desenhou	o	endereço	na	nota.
	   —Tudo	 bem,	 seu	 Ferreira.	 Dentro	 de	 um	 mês	 estará	
	 lá	sua	estante.
25	   ―	 Um	 mês,	 seu	 Joaquim!	 Tudo	 isso?	 Veja	 se	 reduz	
	 esse	prazo.
	   —	 A	 estante	 é	 grande,	 dá	 muito	 trabalho...	 Digamos,
28	 três	semanas.
Ferreira	Gullar.	A	estante.	In:	A	estranha	vida	banal.	Rio	de	Janeiro:	José	Olympio,	1989	(com	adaptações).
No que se refere aos sentidos do texto I, julgue os próximos itens.
1. O	trecho	“dá	muito	trabalho”	(L.	27)	constitui	uma	referência	de	seu	Joaquim	à	confecção	da	
estante,	tarefa	que,	segundo	ele,	seria	trabalhosa.
( ) Certo   ( ) Errado
6
Português Cespe | 100 Questões Comentadas e Corrigidas
2. De	acordo	com	as	informações	do	texto,	é	correto	inferir	que	seu	Joaquim	era	analfabeto,	uma	
vez	que	ele	“desenhou	o	endereço	na	nota”	(L.	22).
( ) Certo   ( ) Errado
3. A	expressão	“armar	ali	a	minha	tenda”	(L.	3)	foi	empregada	no	texto	em	sentido	figurado.
( ) Certo   ( ) Errado
4. De	acordo	com	as	informações	do	texto,	Vinicius	de	Moraes	passou	a	morar	no	apartamento	
onde	antes	residia	Mário	Pedrosa.
( ) Certo   ( ) Errado
5. O	 “momento	 de	 hesitação”	 (L.	 15)	 vivido	 pelo	 narrador	 deveu-se	 ao	 medo	 de	 informar	 o	
endereço	a	um	desconhecido.
( ) Certo   ( ) Errado
6. O	verbo	dever	foi	empregado	na	linha	17	no	sentido	de	ser provável.
( ) Certo   ( ) Errado
Julgue os seguintes itens, a respeito de aspectos linguísticos do texto I.
7. A	correção	gramatical	e	o	sentido	do	texto	seriam	preservados,	caso	se	substituísse	o	trecho	
“lembrei-me	de	que”	(L.	18)	por	lembrei que.
( ) Certo   ( ) Errado
8. A	forma	verbal	“teria”	(L.	2)	está	flexionada	na	terceira	pessoa	do	singular,	para	concordar	com	
“apartamento”	(L.	1),	núcleo	do	sujeito	da	oração	em	que	ocorre.
( ) Certo   ( ) Errado
9. Seria	mantida	a	correção	do	texto	caso	o	trecho	“onde	caberiam”	(L.6)	fosse	substituído	por	
que caberia.
( ) Certo   ( ) Errado
10. O	No	período	“Tanto	que,	quando	(...)	momento	de	hesitação”	(L.	13	a	L.	15),	o	emprego	de	
todas	as	vírgulas	deve-se	à	mesma	regra	de	pontuação.
( ) Certo   ( ) Errado
7
Português Cespe | 100 Questões Comentadas e Corrigidas
1	   Bibliotecas	 sempre	 deram	 muito	 o	 que	 falar.	 Grandes	
	 monarquias	 jamais	 deixaram	 de	 possuir	 as	 suas,	 e	 cuidavam	
	 delas	 estrategicamente.	 Afinal,	 dotes	 de	 princesas	 foram
4	 negociados	 tendo	 livros	 como	 objetos	 de	 barganha;	 tratados	
	 diplomáticos	 versaram	 sobre	 essas	 coleções.	 Os	 monarcas	
	 portugueses,	 após	 o	 terremoto	 que	 dizimou	 Lisboa,	 se
7	 orgulhavam	 de,	 a	 despeito	 dos	 destroços,	 terem	 erguido	 uma	
	 grande	 biblioteca:	 a	 Real	 Livraria.	 D.	 José	 chamava-a	 de	 joia	
	 maior	 do	 tesouro	 real.	 D.	 João	 VI,	 mesmo	 na	 correria	 da
10	partida	 para	 o	 Brasil,	 não	 se	 esqueceu	 dos	 livros.	 Em	 três	
	 diferentes	 levas,	 a	 Real	 Biblioteca	 aportou	 nos	 trópicos,	 e	 foi	
	 até	mesmo	tema	de	disputa.
Internet:	<http://observatoriodaimprensa.com.br>	(com	adaptações).
Acerca de aspectos linguísticos e dos sentidos do texto acima, julgue os itens que se seguem.
11. Princesas	e	diplomatas	eram	valorados	conforme	a	qualidade	das	bibliotecas	que	seus	países	
possuíam	e	a	parcela	dos	livros	que	estavam	dispostos	a	ceder	em	negociações	diversas.
( ) Certo   ( ) Errado
12. A	Real	Livraria	foi	erguida	com	os	destroços	resultantes	do	terremoto	que	atingiu	Lisboa,	como	
símbolo	da	força	de	Portugal	na	superação	da	tragédia	que	acabava	de	assolar	o	país.
( ) Certo   ( ) Errado
13. A	expressão	“essas	coleções”	(L.	5)	retoma,	por	coesão,	o	termo	“Bibliotecas”	(L.	1).
( ) Certo   ( ) Errado
14. O	sinal	de	dois-pontos	empregado	imediatamente	após	“biblioteca”	(L.	8)	introduz	um	termo	
de	natureza	explicativa.
( ) Certo   ( ) Errado
8
Português Cespe | 100 Questões Comentadas e Corrigidas
PROVA 2 – TCE-PA – 2016
Texto CB5A1AAA
1	   Tratando-se	 do	 dever	 de	 prestar	 contas	 anuais,	 cabe,	
	 inicialmente,	 verificar	 como	 tal	 obrigação	 está	 preceituada	 no	
	 ordenamento	 jurídico.	 A	 Constituição	 Federal	 prevê	 que	 cabe
4	 ao	 presidente	 prestar	 contas	 anualmente	 ao	 Poder	 Legislativo.	
	 Por	 simetria,	 tal	 obrigação	 estende-se	 ao	 governador	 do	 estado	
	 e	aos	prefeitos	municipais.
7	   O	 dever	 anual	 de	 prestar	 contas	 é	 da	 pessoa	 física.	
	 Assim	 sendo,	 no	 nível	 municipal,	 esse	 dever	 é	 do	 prefeito,	 que,	
	 nesse	 caso,	 age	 em	 nome	 próprio,	 e	 não	 em	 nome	 do
10	município.	 Tal	 obrigação	 se	 dá	 em	 virtude	 de	 força	 da	 lei.	 O	
	 povo,	 que	 outorgou	 mandato	 ao	 prefeito	 para	 gerir	 seus	
	 recursos,	 exige	 do	 prefeito	 —	 por	 meio	 de	 norma	 editada	 pelos
13	seus	 representantes	 —	 a	 prestação	 de	 contas.	 Sendo	 tal	
	 prestação	 obrigação	 personalíssima,	 não	 se	 pode	 admitir	 que	
	 seja	 executada	 por	 meio	 de	 pessoa	 interposta.	 Isso	 quer	 dizer
16	que	 o	 tribunal	 de	 contas	 deve	 recusar,	 por	 exemplo,	 a	 prestação	
	 de	 contas	 apresentada	 por	 uma	 prefeitura	 referente	 à	 obrigação	
	 de	 um	 ex-prefeito.	 Quer	 dizer	 também	 que	 o	 ex-prefeito
19	continua	 sujeito	 a	 todas	 as	 sanções	 previstas	 para	 aqueles	 que	
	 não	prestam	contas.
	   Por	 essa	 razão,	 é	 necessário	 que	 haja	 a	 separação	 das
22	contas	 —	 que	 devem,	 inclusive,	 ser	 processadas	 em	 autos	
	 distintos	 —	 quando	 ocorrer	 de	 o	 cargo	 de	 prefeito	 ser	 ocupado	
	 por	 mais	 de	 uma	 pessoa	 durante	 o	 exercício	 financeiro.	 Nesse
25	caso,	 cada	 um	 será	 responsável	 pelo	 período	 em	 que	 ocupou	 o	
	 cargo.
Ailana	Sá	Sereno	Furtado.	O	dever	de	prestar	contas	dos	prefeitos.	Internet:	<	https://jus.com.br>	(com	adaptações).
A respeito das ideias veiculadas no texto CB5A1AAA, julgue os próximos itens.
15. As	contas	do	prefeito	e	da	prefeitura	devem	ser	prestadas	separadamente,	uma	vez	que	servem	
a	funções	distintas.
( ) Certo   ( ) Errado
16. O	presidente	da	República,	o	governador	do	estado	e	o	prefeito	municipal	devem	prestar	contas	
no	início	de	cada	ano.
( ) Certo   ( ) Errado
17. Ao	 ex-prefeito,	 que	 continua	 sujeito	 a	 todas	 as	 sanções	 previstas	 em	 lei,	 não	 é	 permitido	
apresentar	contas	após	o	prazo	previsto	para	essa	obrigação.
( ) Certo   ( ) Errado
9
Português Cespe | 100 Questões Comentadas e Corrigidas
18. Governadores	e	prefeitos	devemprestar	contas	ao	Congresso	Nacional.
( ) Certo   ( ) Errado
Julgue os itens que se seguem, a respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto 
CB5A1AAA.
19. A	correção	gramatical	do	texto	seria	mantida	caso,	na	linha	14,	a	partícula	“se”	fosse	empregada	
imediatamente	após	a	forma	verbal	“pode”	—	escrevendo-se	da	seguinte	forma:	pode-se.
( ) Certo   ( ) Errado
20. Sem	prejuízo	do	sentido	original	e	da	correção	gramatical	do	texto,	o	trecho	“é	necessário	que	
haja	a	separação	das	contas”	(L.	21	e	22)	poderia	ser	reescrito	da	seguinte	forma:	é necessário 
que hajam contas separadas.
( ) Certo   ( ) Errado
21. O	termo	“ao	Poder	Legislativo”	(L.	4)	exerce	a	função	de	complemento	da	forma	verbal	“prevê”	
(L.	3).
( ) Certo   ( ) Errado
22. A	 expressão	 “Por	 essa	 razão”	 (L.	 21)	 introduz	 no	 parágrafo	 em	 que	 ocorre	 uma	 ideia	 de	
finalidade.
( ) Certo   ( ) Errado
Texto CB5A1BBB
1	   A	 partir	 do	 momento	 em	 que	 o	 Estado	 passa	 a	 cobrar	
	 tributos	 de	 seus	 cidadãos,	 amealhando	 para	 si	 parte	 da	 riqueza	
	 nacional,	 surge	 a	 necessidade	 de	 destinação	 de	 tais	 quantias	 à
4	 realização	 das	 necessidades	 públicas,	 pois,	 não	 visando	 ao	
	 lucro,	 o	 Estado	 não	 pode	 cobrar	 mais	 do	 que	 os	 dispêndios	 que	
	 lhe	 são	 imputados.	 Na	 chamada	 atividade	 financeira	 do	 Estado,
7	 sua	 principal	 ferramenta	 é	 o	 orçamento	 público,	 pois	 nele	
	 constam	 as	 decisões	 políticas	 tomadas	 pelo	 administrador	 com	
	 o	objetivo	de	satisfação	dos	interesses	coletivos.
10	  Muito	 mais	 do	 que	 um	 mero	 documento	 de	 estimação	
	 e	 fixação	 das	 receitas	 e	 despesas,	 o	 orçamento,	 conforme	 o	
	 texto	 constitucional	 vigente,	 constitui	 um	 verdadeiro	 sistema
13	 integrado	 de	 planejamento,	 de	 sorte	 que,	 constituindo	 um	
	 verdadeiro	 orçamento-programa,	 o	 orçamento	 público	 passa	 a	
	 constituir	 etapas	 do	 planejamento	 de	 desenvolvimento
16	econômico	 e	 social,	 isto	 é,	 passa	 a	 ser	 conteúdo	 dos	 planos	 e	
	 programas	 nacionais,	 regionais	 e	 setoriais,	 que	 devem	 ser	
	 compatibilizados	com	o	plano	plurianual.
19	  Extrapolando-se	 os	 limites	 da	 simples	 teoria	 clássica	
	 do	 orçamento,	 pode-se	 dizer	 que	 o	 orçamento,	 em	 sua	 feição	
10
Português Cespe | 100 Questões Comentadas e Corrigidas
	 atual,	 não	 deve	 ser	 compreendido	 unicamente	 como	 a	 simples
22	autorização	 de	 gastos	 do	 Poder	 Executivo	 pelo	 Poder	
	 Legislativo.	 Não	 se	 pode	 olvidar	 que,	 a	 partir	 do	 momento	 em	
	 que	 houve	 a	 limitação	 das	 antigas	 monarquias	 absolutistas,	 o
25	 rei	 passou	 a	 necessitar	 de	 autorização	 de	 seus	 vassalos	 para	 a	
	 realização	 dos	 gastos	 da	 coroa	 —	 como	 preceituado,	 por	
	 exemplo,	 na	 Magna	 Charta	 Libertatum,	 de	 1215,	 e	 na	 Petition
28	of	 Rights,	 de	 1628.	 Também	 não	 se	 deve	 desconsiderar	 que	 a	
	 revolução	 orçamentária	 deveu-se,	 em	 grande	 parte,	 à	
	 idealização	 do	 Estado	 liberal	 burguês,	 que	 emana,	 segundo
31	especialistas	da	área,	de	razões	políticas,	e	não	financeiras.
	   Conquanto	 esses	 fatos	 tenham	 contribuído	 para	 a	
	 formação	 do	 orçamento	 em	 sua	 tessitura	 tradicional,	 é	 preciso,
34	hoje,	 refletir	 sobre	 a	 real	 natureza	 da	 lei	 orçamentária	 atual,	 se	
	 autorizativa	ou	impositiva.
César	Augusto	Carra.	O	orçamento	impositivo	aos	estados	e	aos	municípios.	Internet:	<libano.tce.mg.gov.br>	(com	adaptações).
Julgue os itens a seguir, acerca das ideias do texto CB5A1BBB.
23. A	limitação	das	antigas	monarquias	absolutistas	e	a	idealização	do	Estado	liberal	burguês	estão	
relacionadas	à	formação	do	orçamento	em	sua	tessitura	tradicional.
( ) Certo   ( ) Errado
24. O	Estado	 não	 pode	 cobrar	 dos	 cidadãos	mais	 do	 que	 o	 necessário	 para	 cobrir	 seus	 gastos,	
porque	não	visa	ao	lucro.
( ) Certo   ( ) Errado
Julgue os itens seguintes, com relação aos aspectos linguísticos do texto CB5A1BBB.
25. A	 substituição	 do	 vocábulo	 “olvidar”	 (L.	 23)	 por	 esquecer	manteria	 o	 sentido	 e	 a	 correção	
gramatical	do	texto.
( ) Certo   ( ) Errado
26. A	supressão	da	preposição	“em”	(L.	1)	prejudicaria	a	correção	gramatical	do	texto.
( ) Certo   ( ) Errado
27. Na	linha	6,	o	pronome	“lhe”	refere-se	a	“Estado”.
( ) Certo   ( ) Errado
28. A	expressão	“de	sorte	que”	(L.	13)	denota	algo	positivo,	tendo	sido	empregada	no	texto	para	
defender	o	lado	positivo	de	o	orçamento	público	constituir	um	“orçamento-programa”	(L.	14).
( ) Certo   ( ) Errado
11
Português Cespe | 100 Questões Comentadas e Corrigidas
PROVA 3 – MPE-RR – 2017- PROMOTOR DE JUSTICA SUBSTITUTO
Texto 1A16AAA
1	   Para	 muitos,	 o	 surgimento	 da	 civilização	 decorreu	 da	
	 renúncia	 social	 ao	 uso	 da	 força	 física	 como	 forma	 de	 reparar	
	 injustiças.	 Fazer	 justiça	 com	 as	 próprias	 mãos	 passou	 a	 ser
4	 considerado,	assim,	um	ato	de	barbaridade.
	   O	 sentimento	 de	 justiça,	 muito	 arraigado	 no	 ser	
	 humano,	 aparece	 em	 diversas	 espécies	 animais,	 tendo	 origens
7	 antigas	 na	 escala	 evolutiva:	 de	 ratos	 a	 gorilas,	 punir	 infrações
	 parece	 ser	 útil	 há	muitas	 eras.	 Deslealdade	 e	 desobediência,	 por	
	 exemplo,	 despertam	 no	 ser	 humano	 o	 senso	 de	 certo	 e	 errado
10	e	 despertam	 automaticamente	 desejos	 de	 vingança	 ou	 de	
	 reparação.	 Para	 conviver	 em	 sociedade,	 é	 necessário,	
	 entretanto,	 conter	 tais	 impulsos,	 franqueando-se	 ao	 Estado	 a
13	efetivação	da	justiça.
	   Quando	 as	 pessoas	 reservam-se	 o	 direito	 de	 usar	 a	
	 força	 física,	 sob	 a	 argumentação	 de	 que	 estão	 fazendo	 justiça,
16	 transmitem	 a	 mensagem	 de	 que	 não	 creem	 mais	 no	 pacto	
	 social.	 Alegando	 a	 falta	 de	 ação	 efetiva	 do	 Estado,	 elas	
	 afirmam	 que	 seu	 senso	 de	 justiça	 não	 está	 satisfeito	 e,	 por	 isso,
19	 resolvem	 agir	 por	 si	 mesmas.	 Produz-se,	 assim,	 um	 círculo
	 vicioso	 no	 qual	 as	 pessoas	 sentem-se	 injustiçadas,	 não	 creem	
	 na	 ação	 do	 Estado	 e,	 por	 isso,	 rompem	 o	 pacto	 social,	 o	 que
22	 	gera	mais	injustiça.
Daniel	Martins	de	Barros.	Justiça	com	as	próprias	mãos.	Internet:	<www.emais.estadao.com.br>	(com	adaptações).
29. Conclui-se	das	ideias	expressas	no	texto	1A16AAA	que	a	atuação	do	Estado	na	reparação	de	
injustiças	é
a) desnecessária,	 já	que	o	cidadão	garante	a	 justiça	pelo	emprego	da	força	física	quando	a	
ação	estatal	não	é	efetiva.
b) necessária,	porque	o	uso	da	força	pelo	cidadão	redunda	em	mais	injustiça.
c) desnecessária,	já	que,	a	exemplo	de	diversas	espécies	animais,	o	ser	humano	é	capaz	de	
definir	as	condutas	sociais	passíveis	de	punição.
d) necessária,	pois,	anteriormente	à	constituição	do	Estado,	os	agrupamentos	humanos	eram	
caracterizados	por	uma	situação	de	barbárie	social.
30. Mantendo-se	 o	 sentido	 original	 e	 a	 correção	 gramatical	 do	 texto	 1A16AAA,	 o	 vocábulo	
“entretanto”	(L.	12)	poderia	ser	substituído	por
a) ainda.
b) mas.
c) sobretudo.
d) todavia.
12
Português Cespe | 100 Questões Comentadas e Corrigidas
31. De	acordo	com	o	último	parágrafo	do	texto	1A16AAA,
a) o	direito	de	utilizar	força	física	para	reparar	injustiças	restringe-se	ao	Estado.
b) o	poder	de	utilizar	a	força	física	para	garantir	a	efetivação	da	justiça	é	atribuído	ao	Estado	
pelo	pacto	social.
c) os	cidadãos	conferem	ao	Estado	direito	de	preferência	para	atuar	na	reparação	de	injustiças	
e	na	manutenção	do	pacto	social.
d) o	sentimento	de	falta	de	ação	estatal	resulta	no	uso	da	força	física	e	no	rompimento	do	
pacto	social,	o	que	agrava	a	injustiça.
32. Assinale	a	opção	em	que	a	proposta	de	reescrita	apresentada	mantém	o	sentido	original	e	a	
correção	gramatical	do	período	“Alegando	a	falta	de	ação	efetiva	do	Estado,	elas	afirmam	que	
seu	senso	de	justiça	não	está	satisfeito	e,	por	isso,	resolvem	agir	por	si	mesmas.”	(L.	17	a	19).
a) Devido	ao	fato	delas	alegarem	a	falta	de	ação	efetiva	do	Estado,	afirmam	que	seu	senso	de	
justiça	não	está	satisfeito	e,	por	fim,	resolvem	agir	por	si.
b) Com	base	na	alegação	de	quefalta	ação	efetiva	do	Estado,	elas	afirmam	que	seu	senso	de	
justiça	não	está	satisfeito	e,	portanto,	resolvem	agir	por	conta	própria.
c) À	medida	em	que	alegam	a	falta	de	ação	efetiva	do	Estado,	elas	afirmam	que	seu	senso	de	
justiça	está	insatisfeito	e,	assim,	resolvem	agir	por	si.
d) Apesar	de	elas	alegarem	de	que	há	falta	de	ação	efetiva	do	Estado,	afirmam	que	seu	senso	
de	justiça	não	está	satisfeito	e,	logo	resolvem	agir	por	si	próprias.
13
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PROVA 4 – TRE-BA – 2017
Texto CG2A1AAA
1	   Pode-se	 dizer	 que	 a	 cidadania	 é	 essencialmente	
	 consciência	 de	 direitos	 e	 deveres	 e	 exercício	 da	 democracia:	
	 direitos	 civis,	 como	 segurança	 e	 locomoção;	 direitos	 sociais,
4	 como	 trabalho,	 salário	 justo,	 saúde,	 educação,	 habitação	 etc.;	
	 direitos	 políticos,	 como	 liberdade	 de	 expressão,	 de	 voto,	 de	
	 participação	em	partidos	políticos	e	sindicatos	etc.
7	   Não	 há	 cidadania	 sem	 democracia.	 O	 conceito	 de	
	 cidadania,	 contudo,	 é	 um	 conceito	 ambíguo.	 Em	 1789,	 a	
 Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão
10	estabelecia	 as	 primeiras	 normas	 para	 assegurar	 a	 liberdade	
	 individual	 e	 a	 propriedade.	 Nascia	 a	 cidadania	 como	 uma	
	 conquista	 liberal.	 Hoje,	 o	 conceito	 de	 cidadania	 é	 mais
13	complexo.
	   Com	 a	 ampliação	 dos	 direitos,	 nasceu	 também	 uma	
	 concepção	 mais	 ampla	 de	 cidadania.	 De	 um	 lado,	 existe	 uma
16	concepção	 consumerista	 de	 cidadania	 (direito	 de	 defesa	 do	
	 consumidor)	 e,	 de	 outro,	 uma	 concepção	 plena,	 que	 se	
	 manifesta	 na	 mobilização	 da	 sociedade	 para	 a	 conquista	 de
19	novos	 direitos	 e	 na	 participação	 direta	 da	 população	 na	 gestão
	 da	 vida	 pública,	 por	 meio,	 por	 exemplo,	 da	 discussão	
	 democrática	 do	 orçamento.	 Esta	 tem	 sido	 uma	 prática,
22	sobretudo	 no	 nível	 do	 poder	 local,	 que	 tem	 ajudado	 na	
	 construção	 de	 uma	 democracia	 participativa,	 superando	 os	
	 limites	da	democracia	puramente	representativa.
Moacir	Gadotti.	Escola	cidadã	–	educação	para	e	pela	cidadania.	 
Internet:	<http://acervo.paulofreire.org>	(com	adaptações).
33. De	acordo	com	as	ideias	do	texto	CG2A1AAA,
a) a	participação	direta	da	população	na	gestão	da	vida	pública	constitui	prática	recente	na	
sociedade	brasileira.
b) a	democracia	é	uma	condição	para	a	existência	da	cidadania.
c) os	direitos	civis	e	os	direitos	políticos	merecem	destaque	entre	os	direitos	dos	cidadãos.
d) o	alargamento	da	 concepção	de	 cidadania	 nos	dias	 de	hoje	 constitui	 uma	 conquista	da	
sociedade	atual.
e) a	conquista	do	direito	à	 liberdade	individual	e	à	propriedade	é	o	objetivo	maior	de	uma	
sociedade	democrática.
34. No	texto	CG2A1AAA,	o	termo	“que”,	empregado	na	linha	22,	remete	a
a) “prática”	(L.	21).
b) “nível”	(L.	22).
c) “poder	local”	(L.	22).
d) “discussão”	(L.	20).
e) “orçamento”	(L.	21).
14
Português Cespe | 100 Questões Comentadas e Corrigidas
35. A	correção	gramatical,	 a	 coerência	e	o	 sentido	do	 texto	CG2A1AAA	seriam	mantidos	 caso	a	
forma	verbal	“tem	ajudado”	(L.	22)	fosse	substituída	por
a) vem	ajudando.
b) ajudou.
c) ajudaria.
d) vinha	ajudando.
e) pode	ajudar.	
Texto CG2A2AAA
1	   Em	 sua	 definição,	 o	 voto	 em	 branco	 é	 aquele	 que	 não	
	 se	 dirige	 a	 nenhum	 candidato	 entre	 os	 que	 disputam	 as	
	 eleições.	 São	 considerados,	 portanto,	 votos	 estéreis,	 porque
4	 não	 produzem	 frutos.	 Os	 votos	 nulos,	 por	 sua	 vez,	 são	 aqueles	
	 que,	 somados	 aos	 votos	 em	 branco,	 compõem	 a	 categoria	 dos	
	 votos	 estéreis,	 inválidos	 ou,	 como	 denominou	 o	 Tribunal
7	 Superior	 Eleitoral,	 votos	 apolíticos.	 Logo,	 os	 votos	 em	 branco	
	 e	 os	 nulos	 são	 votos	 que,	 a	 princípio,	 não	 produzem	 resultado	
	 nem	influenciam	no	resultado	do	pleito.
10	  Ao	 comparecer	 às	 urnas	 no	 dia	 das	 eleições,	 o	 eleitor	
	 que	 apresentar	 voto	 em	 branco	 ou	 nulo	 pode	 fazê-lo	 por	
	 diversas	 razões.	 Esses	 motivos	 podem	 embasar	 tanto	 a	 postura
13	dos	 que	 votam	 em	 branco	 quanto	 a	 dos	 que	 votam	 nulo,	 pois	
	 o	 resultado	 final	 é	 o	 mesmo:	 invalidar	 o	 voto.	 Assim	 sendo,	
	 não	 é	 razoável	 diferenciar	 o	 voto	 em	 branco	 do	 voto	 nulo.
16	Deve-se	 considerar	 a	 essência	 do	 ato,	 a	 sua	 real	 motivação,	 que	
	 é	 a	 invalidação.	 É	 evidente	 que	 não	 se	 sabe,	 ao	 certo,	 a	 razão	
	 que	 motiva	 cada	 eleitor	 a	 votar	 em	 branco	 ou	 nulo;	 entretanto,
19	em	 ambos	 os	 casos,	 não	 há	 dúvida	 quanto	 à	 invalidade	 do	 voto	
	 por	ele	dado.
Renata	Dias.	Os	votos	brancos	e	nulos	no	estado	democrático	de	direito:	a	legitimidade	das	eleições	majoritárias	no	Brasil.	 
In:	Estudos	eleitorais,	v.	8,	n.º	1,	jan./abr.	2013,	p.	36-8	(com	adaptações).
36. Acerca	do	papel	das	conjunções	na	organização	argumentativa	do	texto	CG2A2AAA,	julgue	os	
itens	subsequentes.
I	 -A	 conjunção	 “porque”	 (L.	 3)	 combina	duas	orações	que	mantêm	entre	 si	 uma	 relação	de	
causalidade.
II	–	A	conjunção	“como”	(L.	6)	indica	uma	comparação	entre	as	afirmações	das	orações	por	ela	
conectadas.
III	–	A	conjunção	“Logo”	(L.	7)	 introduz	um	período	que	explica	o	raciocínio	apresentado	em	
períodos	anteriores.
IV	–	A	conjunção	“entretanto”	(L.	18)	estabelece	relação	de	contraposição	entre	os	conteúdos	
das	orações	por	ela	combinadas.
Estão	certos	apenas	os	itens
15
Português Cespe | 100 Questões Comentadas e Corrigidas
a) I	e	III.
b) I	e	IV.
c) II	e	III.
d) II	e	IV.
e) III	e	IV.
37. No	segundo	parágrafo	do	texto	CG2A2AAA,	a	forma	verbal	“fazê-lo”	(L.	11)	remete	a
a) “o	resultado	final”	(L.	14).
b) “embasar	tanto	a	postura	dos	que	votam	em	branco	quanto	a	dos	que	votam	nulo”	(L.	12	e	13).
c) “voto	em	branco	ou	nulo”	(L.	11).
d) “apresentar	voto	em	branco	ou	nulo”	(L.	11).
e) “comparecer	às	urnas	no	dia	das	eleições”	(L.	10).
38. Assinale	 a	 opção	 que	 apresenta	 termo	 que	 desempenha	 a	mesma	 função	 sintática	 que	 “a	
razão”	(L.	17),	no	texto	CG2A2AAA.
a) “o	mesmo”	(L.	14).
b) “votos	estéreis”	(L.	6).
c) “o	Tribunal	Superior	Eleitoral”	(L.	6	e	7).
d) “dúvida”	(L.	19).
e) “resultado”	(L.	8).
Gabarito: 1.	C 2.	E 3.	C 4.	E 5.	E 6.	C 7.	C 8.	E 9.	E 10.	C 11.	E 12.	E 13.	C 14.	C 15.	E 16. E 17.	E 18.	E 
19.	E 20.	E 21.	E 22.	E 23.	C 24.	C 25.	C 26. C 27. C 28.	C 29.	B 30.	D 31.	D 32.	B 33. B 34.	A 35. A 
36.	B 37.	D 38.	C

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