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- CURSO – DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL- TURMA REGULAR 2018 Nº4/10 DATA – 02/05/2018 DISCIPLINA – DIREITO ADMINISTRATIVO PROFESSOR – FLÁVIA CAMPOS MONITOR – FERNANDA REMIGIO AULA 4 – Agentes Públicos. Bibliografia: - Curso de Direito Administrativo – Rafael Oliveira – Ed. Método Contato: Email - flavinhacp@hotmail.com Instagram - @flavinhacp Facebook - Flavia Campos AGENTES PÚBLICOS - Militares: (Art. 42 ou 142 CR/88) Art. 142, §3º, IV CR/88 Não tem direito a greve. - Servidores públicos em sentido amplo (Agentes administrativos): São aquelas pessoas que exercem uma função pública com caráter profissional. Art. 42 Os membros das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares, instituições organizadas com base na hierarquia e disciplina, são militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios. Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da mailto:flavinhacp@hotmail.com http://www.iceni.com/infix.htm - República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem. § 3º Os membros das Forças Armadas são denominados militares, aplicando-se-lhes, além das que vierem a ser fixadas em lei, as seguintes disposições: IV - ao militar são proibidas a sindicalização e a greve; 1º Servidores Temporários (Art. 37, IX CR/88): Vai firmar com a administração pública contrato com: - Prazo determinado; - Necessidade temporária; - Excepcional interesse público; O servidor temporário não ocupa cargo público (estatutário) e nem emprego público (celetista), ele exerce uma função pública em virtude de um contrato. Art. 37, II CR/88. O servidor temporário não se submete a um concurso público, mas precisa passar por um processo seletivo objetivo ou simplificado. Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração; III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período; IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público; § 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas e às sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral. 2º Servidores Celetistas: O servidor celetista é o que chamamos de empregado público, pois ocupa emprego público, se submete à CLT + Normas de direito público. Submete-se a regra do concurso público (art. 37, II CR/88), mas não adquire estabilidade. http://www.iceni.com/infix.htm - O servidor celetista se submete ao teto remuneratório na hipótese do artigo 37, §9º da CR/88. 3º Servidores Estatutários: Se submete a um estatuto próprio e ocupa um cargo público. OBS: Cargo público: - Vitalício = É aquele que possibilita a aquisição da vitaliciedade, só perdendo o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado. 3 categorias que assumem cargos vitalícios são (Magistrados, membros do MP, membros do tribunal de contas). - Efetivo = O servidor público que ocupa cargo efetivo tem a possibilidade de adquirir a estabilidade. - Em comissão = De livre nomeação e livre exoneração. NORMAS CONSTITUCIONAIS (Artigos 37 à 41 CR/88) a) Concurso Público (art. 37, II CR/88); É necessário para ingresso em cargo público e emprego público, um concurso de provas ou de provas e títulos que só podem ter caráter classificatório. Artigo 37, III CR/88, o concurso tem prazo de validade de até 2 anos prorrogável até uma vez por igual período, contado à partir da homologação. A prorrogação do prazo de validade é uma atuação discricionária da administração pública, esta prorrogação só pode se dar antes do fim do prazo inicial de acordo com o STJ. Aprovação = Mera expectativa de direito, mas existem situações que a pessoa passa a ter direito subjetivo à nomeação, são elas: - Aprovação dentro do nº de vagas no edital. (Inf. 520 STF, 354 e 411 STJ) Caso o candidato aprovado dentro do numero de vagas desista do concurso, o próximo que tinha mera expectativa passa a ter direito subjetivo à nomeação. Informativo 567 STJ. - Preterição na ordem classificatória. Súmula 15 STF - Contratação precária para a mesma função. Inf. 265 STF, 123, 300 e 367 do STJ. OBS1: O surgimento de novas vagas não trás, em regra, direito subjetivo à nomeação. (Ato discricionário) A abertura de novo concurso público, não trás, em regra direito subjetivo à nomeação. (Ato discricionário) Mas, se a não nomeação se der de forma imotivada ou arbitrária o candidato passa a ter direito subjetivo à nomeação. Informativo 811 STF. OBS2: A posse precária em um concurso público em virtude de liminar não gera fato consumado. Informativo 808 STF. Se em virtude da posse precária, por uma liminar o servidor se aposenta não há que se falar em cassação de aposentadoria. Informativo 600 STJ. ESTABILIDADE Garantia para quem ocupa cargo efetivo. http://www.iceni.com/infix.htm - Requisitos para aquisição: - Estágio probatório (art. 41, caput CR/88) 3 anos. - Aprovação na avaliação especial de desempenho (art. 41, §4º CR/88) 3 anos de acordo com STJ. - Perda do cargo do servidor estável (art. 41, §1º CR/88) Sentença judicial transitada em julgado; Processo administrativo, assegurada ampla defesa; Reprovação na avaliação periódica de desempenho, assegurada ampla defesa; - Perda do cargo em virtude no excesso no limite de gastos com pessoal (art. 169, §4º CR/88) Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público. § 1º O servidor público estável só perderá o cargo: I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa. § 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade. Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar. § 4º Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior não forem suficientes para assegurar o cumprimento da determinação da lei complementar referida neste artigo, o servidor estável poderá perder o cargo, desde que ato normativo motivado de cada um dos Poderes especifique a atividade funcional, o órgão ou unidade administrativa objeto da redução de pessoal. REMUNERAÇÃO A Remuneração é a soma do vencimento (valor fixo previsto em lei) mais as chamadas vantagens pecuniárias, indenizações (previstas nas leis estaduais). SUBSÍDIO (ART. 39, §4º CR/88) É o pagamento através de uma “parcela única” que vai ser a forma de pagamento das pessoas de poder. http://www.iceni.com/infix.htm - Asindenizações podem ser somadas ao subsídio. Artigo 144, §9º CR/88. § 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI. Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos: § 9º A remuneração dos servidores policiais integrantes dos órgãos relacionados neste artigo será fixada na forma do § 4º do art. 39. TETO REMUNERATÓRIO É o limite máximo que em regra, todo servidor público teria que respeitar, artigo 37, XI CR/88. Teto geral: Ministro do STF Tetos específicos: Municípios: Prefeito Estados: Poder Executivo: Governador Poder legislativo: Dep. Estadual Poder judiciário, membros do MP, defensores públicos e os procuradores: Desembargador do tribunal de justiça Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito http://www.iceni.com/infix.htm - Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos; Exceções: OBS1: As indenizações não se submetem ao teto remuneratório. Artigo 37, §11. § 11. Não serão computadas, para efeito dos limites remuneratórios de que trata o inciso XI do caput deste artigo, as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei. OBS2: Se os Estados e o DF quiserem instituir um “teto único” eles podem, que seria o subsídio do desembargador do tribunal de justiça. Artigo 37, §12. § 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste artigo, fica facultado aos Estados e ao Distrito Federal fixar, em seu âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições e Lei Orgânica, como limite único, o subsídio mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, não se aplicando o disposto neste parágrafo aos subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores. GREVE DO SERVIDOR PÚBLICO (Art. 37, VII CR/88) Hoje o servidor público tem direito a greve e ele pode entrar em greve em virtude da aplicação por analogia da lei 7783/89. Informativo 485 STF. É possível o desconto da remuneração do servidor que entrou em greve, a não ser que a greve tenha sido causada por uma conduta ilícita da própria administração pública. A administração pode fazer um acordo para uma compensação de horários. Informativo 845 STF. O STJ entendeu que é razoável que este desconto seja parcelado, informativo 529 STJ. E de acordo com o STF os cargos policiais não tem direito a greve, mas passa a ser uma obrigação da administração pública participar das tentativas de acordo com os servidores policiais. Informativo 860 STF. Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos http://www.iceni.com/infix.htm - Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica; http://www.iceni.com/infix.htm
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