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Guia para estudo do Método de Custeio por Absorção x Método de Custeio Variável

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MATERIAL DE ESTUDO 
Disciplina: CONTABILIDADE DE CUSTOS Data: 
Professor: CÉZAR CARLOS C. DOS SANTOS JÚNIOR Turma: 3º SEMESTRE 
Nome Legível do Aluno: 
 
 
Guia para estudo do Método de Custeio por Absorção x Método de 
Custeio Variável: Qual o melhor? 
 
Pode até parecer engraçado a primeira vista, mas presenciamos conhecer algumas discussões 
já existentes sobre o “melhor método de custeio”. Os adeptos do Custo Variável argumentam 
que “minha empresa trabalha com Método de Custeio Variável por A, B e C motivos”. Já 
os defensores do Custo por Absorção rebatem que “a minha adotou com sucesso o Método 
Custeio por Absorção por X, Y e Z razões”. Cada lado tem ótimos argumentos e a discussão 
pode ir longe... 
Mas vale sempre lembrar que não se trata aqui de um duelo entre Honda x Yamaha ou 
Android x Iphone. Na Gestão Empresarial não existe certo ou errado. Existe o que funciona 
para cada empresa. Neste sentido, não há como comparar o Método de Custeio Variável e o 
Método de Custeio por Absorção e tentar achar um “vencedor”. Até porque eles são 
totalmente complementares. 
Neste material de estudo vamos entender a fundo como funciona o Método de Custeio 
Variável e o Método de Custeio por Absorção, sendo que a o longo da leitura vamos conferir 
vários exemplos, com aplicações práticas. 
Diferenciando Custos de Despesas 
Antes de entrarmos mais a fundo nos conceitos de Custo Variável e Custo por Absorção, 
precisamos dar um passo atrás e reforçar um conceito que costuma confundir bastante os 
marinheiros de primeira viagem e algumas vezes prega peças até nos mais 
experientes: a diferença entre custos e despesas. 
https://www.treasy.com.br/blog/excelencia-na-gestao-empresarial
 
De maneira bem resumida, são considerados Custos, todo e qualquer desembolso relativo à 
aquisição ou produção de mercadorias. Alguns exemplos de custos são: matérias-primas, 
insumos e embalagens. Também compõem Custos os chamados Gastos Gerais de Fabricação 
(GGF), como depreciação de máquinas e equipamentos, energia elétrica, manutenção, 
materiais de conservação e limpeza para fábrica, viagens de pessoas ligadas à fábrica, etc. 
Já as Despesas são todos gastos relativos à administração da empresa que não estão 
diretamente ligados à produção ou compra de mercadorias. Como exemplo, podemos citar 
os desembolsos com salários e demais gastos de áreas como comercial, marketing, design, 
desenvolvimento de produtos e o financeiro. Ou seja, são os gastos que a empresa precisa ter 
para manter a estrutura funcionando, porém não contribuem diretamente para geração de 
novos itens que serão comercializados. 
Mas esta é uma definição bem resumida para um assunto bem mais longo. Portanto, se você 
quiser se aprofundar para entender bem as diferenças, recomendo aprofundar a leitura sobre 
o tema. 
Pois bem. Agora que já estamos conceituados sobre as diferenças de Custos e Despesas, 
vamos seguir em frente com nosso material e entender um pouco mais sobre o Custeio 
Variável e o Custeio por Absorção. 
Método de Custeio Variável (Método de Custeio Direto) 
O Método de Custeio Variável (também conhecido por Método de Custeio Direto, é um dos 
Métodos de Custeio mais conhecidos e utilizados entre as empresas, principalmente aquelas 
que trabalham no modelo industrial ou comércio). E um dos principais motivos para isto é sua 
simplicidade e objetividade. 
Os Custos Variáveis (ou Custos Diretos), como o próprio nome sugere, são aqueles que 
variam de acordo com o volume de produção e vendas da empresa. Ou seja, seus valores 
dependem diretamente do volume produzido, que por sua vez vai variar conforme volume de 
vendas efetivadas em um determinado período de tempo. 
Veja alguns exemplos de itens classificados custos variáveis: 
 Matérias primas; 
 Insumos produtivos; 
 Embalagens; 
De acordo com as atividades realizadas pela empresa, podemos classificar os custos de vendas 
de três formas: CPV, CMV e CSV. Vamos detalhar um pouco mais o CPV (por ser o mais 
complexo), mas antes vamos ver um pouco sobre cada um deles: 
 CPV (Custo dos Produtos Vendidos) – Este tipo de classificação do custo de vendas 
geralmente está associado às indústrias, que fabricam os produtos que vendem. Neste 
caso, o custo dos produtos será composto de matérias-primas e insumos utilizados na 
fabricação; 
 CMV (Custo das Mercadorias Vendidas) – Já o CMV é utilizado no cálculo dos custos 
de vendas de empresas de comércio ou que apenas revendem mercadorias. Para as 
mercadorias vendidas, o custo será o próprio preço de compra do item que será 
revendido; 
 CSV (Custo dos Serviços Vendidos) – Por fim, temos o CSV, que como o próprio nome 
ajuda a explicar, é o custo dos serviços prestados. Também conhecido como CSP 
(Custo dos Serviços Prestados), geralmente este tipo de custeio é utilizado em 
empresas onde não existe a venda de um produto ou mercadoria, e sim a prestação de 
um serviço, que pode ser desde horas de uma pessoa (como o caso de uma 
consultoria, escritórios de advocacia, agências de marketing, etc.), como um aluguel de 
uma máquina, equipamento ou até mesmo recurso computacional pago 
mensalmente. O CSV é um pouco mais complexo de ser calculado e geralmente é feito 
utilizando o Método de Custeio por Absorção, que vamos ver mais a frente. 
PS: Vale lembrar que os custos (sejam eles CPV, CMV ou CSV) só acontecem quando ocorre a 
venda dos produtos ou serviços, do contrário deverão ser considerados como Estoques. 
Exemplo de Cálculo de Custo Variável (Custo Direto) 
Para ficar mais fácil de entender, vamos partir para um exemplo prático utilizando uma 
empresa fictícia que produz chocolates. Vamos imaginar que em um determinado mês esta 
empresa está planejando vender 10.000 unidades de trufas e 10.000 unidades de bombons, a 
R$ 3,00 e R$ 2,00 cada unidade respectivamente. Este volume de vendas gerará então para a 
empresa um faturamento de R$ 50.000,00 conforme imagem 
abaixo: 
Todavia, para produzir as trufas e bombons, a empresa precisará adquirir as matérias-primas 
e insumos (chocolate, recheios, etc.) utilizados na produção dos itens vendidos. Independente 
do quanto de matéria-prima a empresa comprar, o que importa para o cálculo do Custo 
Variável é a quantidade realmente utilizada na produção dos itens vendidos. 
Sendo assim, é de extrema importância conhecermos a quantidade de cada matéria-prima 
utilizada para produzir 1 unidade de trufa e também para a produção de 1 unidade de 
bombom. Assim, fazendo um cálculo simples podemos chegar ao Custo Variável Unitário de 
cada produto (quantidade de matéria-prima necessária multiplicada pelo preço de compra da 
matéria-prima). E por fim, multiplicando o custo unitário pela quantidade total do item 
vendida, temos o Custo Variável Total ou CPV (Custo dos Produtos Vendidos). 
 
Método de Custeio por Absorção (Custeio Integral) 
Até aqui foi fácil, certo? Afinal, calcular o Custo Variável é simples, não é mesmo? Se sabemos 
que precisamos de 30g de chocolate para produzir uma trufa, que o chocolate custa R$ 30,00 
o quilo e que vamos vender 10.000 trufas, fica fácil calcular que vamos gastar R$ 9.000,00 em 
chocolate para produzir as 10.000 trufas. Mas quando falamos do Custeio por Absorção, é um 
pouco diferente! 
O Custeio por Absorção, também chamado Custeio Integral ou Custo Integral, recebe esse 
nome exatamente por absorver os Custos Fixos no custo final de cada produto vendido. 
Ou seja, o Custo por Absorção tem como premissa debitar ao Custo dos Produtos Vendidos 
todos os custos da área de fabricação, sejam esses custos definidos como custos diretos ou 
indiretos, fixos ou variáveis, de estrutura ou operacionais. O próprio nome do Método de 
Custeio por Absorção deixa claro o que precisa ser feito: garantir que cada produto absorva 
uma parcela dos custos diretos e indiretos, relacionados à fabricação. 
E ofator fundamental para a utilização do Método de Custeio por Absorção está na correta 
distinção entre Custos e Despesas. Apenas os desembolsos relativos aos produtos vendidos 
(sejam eles diretos ou indiretos) deverão ser alocados no Custo dos Produtos Vendidos. Todos 
os demais desembolsos (Despesas Administrativas, Despesas Financeiras, Investimentos, etc.) 
devem ficar de fora da composição. 
Vale aqui o mesmo tratamento em relação a “ativação dos custos”. O Custo por Absorção só 
acontece no momento da venda dos produtos. Do contrário os custos relativos aos produtos 
em elaboração e aos produtos acabados que ainda não tenham sido vendidos devem ser 
tratados como Estoques de Produtos em Elaboração ou Estoques de Produtos Acabados. 
Exemplo de Cálculo de Custo por Absorção (Custo Integral) 
A exemplo do que fizemos com o Método de Custeio Variável, vamos entender na prática 
como aplicar o Custo por Absorção. Para isto, vamos imaginar que nossa pequena fábrica de 
chocolate tenha R$ 18.500,00 de Custos Fixos, conforme imagem abaixo: 
 
Veja que estamos falando de Custos Fixos, mas todos ainda são relacionados à produção. Não 
há nenhuma Despesa Administrativa listada na imagem. Estes Custos, como o próprio nome 
diz, são fixos. Acontecendo ou não a venda dos produtos, eles continuarão a existir. 
O que precisamos agora é achar uma forma de cada um dos produtos vendidos pagar um 
pedacinho destes Custos Fixos. Para isto, precisamos de um “driver de custeio”. Este “driver”, 
em tradução literal, é exatamente um direcionador dos Custos Fixos para cada produto 
vendido. O driver de custeio mais comumente utilizado é o tempo de produção de cada item. 
Neste sentido, vamos imaginar que cada trufa leve 5 minutos para ser produzida, enquanto 
cada bombom precisa de 3 minutos. Quando multiplicamos este tempo pelo volume total de 
trufas e bombons produzidos no mês, chegamos a conclusão que vamos precisar de 80.000 
minutos para confeccionar as 10.000 trufas e os 10.000 bombons. 
Agora ficou fácil. Temos o tempo necessário para cada trufa e cada bombom, o tempo total 
de produção dos 20.000 itens e também os Custos Fixos. Basta fazer uma regra de três e 
encontrar o quanto cada unidade deve absorver dos Custos Fixos. Veja na imagem abaixo 
como ficaria nosso exemplo: 
 
 
Custo por Absorção NÃO é Rateio! 
Os rateios, em geral, geram muito trabalho administrativo, não impactam o resultado final da 
empresa e geralmente não possuem um critério único e que atenda todas as possibilidades, 
gerando discussões longas e pouco produtivas. 
Quando estamos falando do Método de Custeio por Absorção, nos referimos a alocação dos 
Custos Fixos Produtivos, nunca das Despesas Fixas Administrativas (Despesas Operacionais). 
Veja que nos exemplos as Despesas que fizemos as alocações são todas relacionadas a 
produção. Despesas Operacionais como salários do pessoal administrativo, despesas de 
marketing, etc., não devem ser absorvidas pelo custo. 
Ignorar esta premissa pode levar a calcular indicadores importantes como a Margem de 
Contribuição, Ponto de Equilíbrio e EBITDA¹ incorretamente e comprometer completamente 
as informações utilizadas pela diretoria para tomada de importantes decisões. Vamos 
aproveitar o gancho e entender um pouquinho dos impactos da correta apuração de custos 
nestes indicadores. 
Os impactos dos Métodos de Custeio na Margem de Contribuição Bruta, Margem de 
Contribuição Líquida, Ponto de Equilíbrio Econômico e EBITDA. 
Para fechar nosso exemplo, agora que temos todas as variáveis na mão, podemos calcular 
facilmente aMargem de Contribuição Bruta e Margem de Contribuição Líquida de nossa 
fábrica de chocolates: 
 
 
OBS: Por não ser o foco deste material, simplificamos o cálculo dos impostos, pressupondo 
que a empresa está no regime de tributação Simples Nacional. 
Vale lembrar que os Custos Variáveis Unitários vão sempre acompanhar o volume de 
produção. Como vimos um pouco mais acima, se precisamos de 30g de chocolate para 
produzir uma trufa, para produzir 1.000 trufas vamos precisar de 30 Kg de chocolate. Para 
produzir 10.000 trufas vamos precisar de 300 Kg de chocolate. E assim por diante. 
Claro que com um volume de produção maior, podemos negociar melhor com fornecedores e 
conseguir melhores preços de compras das matérias-primas. Mas quando falamos de Custos 
Variáveis, os ganhos de escala são marginais. 
Já os Custos por Absorção Unitários diminuem conforme o volume de produção. Ou seja, 
como é feito um “racha” dos Custos Fixos pelo volume de itens produzidos, uma vez que o 
volume de produção cresce, temos mais produtos “entrando no racha” e ficando mais barato 
para cada um. Então quando falamos em Custos por Absorção, os ganhos de escala são 
bastante consideráveis. 
Claro que há um limite. Por exemplo, vamos imaginar que com 5 funcionários a empresa 
consiga produzir as 20.000 unidades de chocolates. Talvez, com os mesmos 5 funcionários 
seja possível chegar a 30.000 unidades produzidas, mas para produzir 31.000 unidades, seja 
https://www.treasy.com.br/blog/planejamento-tributario
necessário a contratação de mais 1 pessoa. Sendo assim, é preciso sempre realizar Simulações 
de Cenários antes de tomar qualquer decisão de aumentar o diminuir o volume de produção e 
venda. 
Ou seja, os Custos Variáveis e Custos por Absorção influenciam diretamente a Margem de 
Contribuição (Bruta e Líquida) de sua empresa. 
E uma vez que chegamos a Margem de Contribuição, estamos a poucos passos de conseguir 
entender dois outros indicadores importantíssimos: o Ponto de Equilíbrio Econômico e 
o EBITDA (também conhecido por LAJIDA). 
De forma bem resumida, se você conhece a Margem de Contribuição, basta levantar quais 
serão as Despesas Operacionais (ou Despesas Administrativas) e facilmente saberá se a 
empresa para de pé (atinge o Ponto de Equilíbrio) e se gera resultado operacional (EBITDA 
positivo). 
¹EBITDA é a sigla de “Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization”, que 
significa "Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização", em português. 
O EBITDA é um indicador financeiro, também chamado de Lajida, e representa quanto uma 
empresa gera de recursos através de suas atividades operacionais, sem contar impostos e 
outros efeitos financeiros. 
O EBITDA é importante para os empresários e administradores de empresas, pois dá a 
possibilidade deles não analisarem apenas o resultado final da organização, e sim o processo 
com um todo, e esse indicador é bastante utilizado no mercado de ações. 
O EBITDA é utilizado essencialmente para analisar o desempenho das organizações, pois ele é 
capaz de medir a produtividade e a eficiência da empresa, um ponto que é essencial para o 
empresário que pretende investir. O termo é bastante utilizado por analistas financeiros em 
análise de balanços de contabilidade de empresas de capital aberto. 
https://www.treasy.com.br/blog/simulacoes-de-cenarios-criando-alternativas-para-o-futuro-de-sua-empresa
https://www.treasy.com.br/blog/simulacoes-de-cenarios-criando-alternativas-para-o-futuro-de-sua-empresa