Buscar

O que são métodos de custeio

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

O que são métodos de custeio
Manter um orçamento equilibrado é fundamental para que um negócio entenda os gastos relacionados com os processos de produção de um empreendimento, tais quais a produção e a venda. Sabendo exatamente quanto custa essa produção, faz com que o negócio se torne mais lucrativo e rentável.
Portanto, é preciso saber exatamente quanto custa produzir um determinado produto ou ofertar um determinado serviço. É preciso saber precificar, e muitas vezes os empreendedores e donos do negócio fazem isso de acordo com os valores cobrados pelos concorrentes.
Entender os diferentes métodos de custeio é importante para ter um controle financeiro dos custos e gastos que uma empresa tem na produção de bens e serviços.
A importância dos métodos de custeio
Sem saber o valor de produção e um serviço ou produto, pode ser que o valor final, cobrado nas vendas, não esteja cobrindo todos os custos envolvidos. Cada tipo de negócio utiliza métodos de custeio diferentes. É preciso saber o que são para adaptá-los a cada negócio.
Sem fazer a correta precificação, donos de negócios podem estar cobrando um valor menor do que realmente deveriam, já que os custos para produzir esse bem ou serviço são mais elevados do que o empresário entendia. Com isso, o lucro é menor do que o inicialmente calculado.
Assim, é possível que um negócio não renda o esperado por uma questão de falta de precificação correta. É fundamental que cada empresa avalie, dentro dos diferentes métodos de custeio existentes, aquele que melhor se encaixa no modelo de negócio. Como fazer isso? É simples, mas antes é preciso conhecer os tipos de métodos de custeio utilizados no mercado. Vamos lá!
Principais métodos de custeio
Para que você possa implementar um método de custeio eficiente no seu negócio, é necessário entender o que deve ser calculado como custo para a produção de um determinado produto ou serviço. Cada negócio pode utilizar um método. Veja alguns dos mais comuns já testados e garantidos no mundo empresarial.
Custeio por absorção
Utilizando os Princípios Fundamentais da Contabilidade, esse método é bastante comum. Ele consiste em agrupar todos os custos fixos no custo final de cada produto ou serviço vendido. É conhecido como custeio integral ou custo integral, justamente por absorver todos os custos da produção e repassá-los para cada produto final vendido.
É um método baseado na distinção real de custos e despesas, onde é garantido que cada produto absorva uma parcela dos custos relacionados à fabricação, sejam eles diretos ou indiretos.
3.1. VANTAGEM DO CUSTEIO POR ABSORÇÃO
• Pode melhorar a utilização dos recursos, absorvendo todos os custos produção permitindo apuração do custo total de cada produto;
• Entre algumas vantagens, Padoveze (2000, p. 50) “considera que a mais óbvia vantagem do custeamento por absorção é que ele está de acordo com os Princípios Fundamentais de Contabilidade (PFC) e as leis tributárias”.
• Outra vantagem citada pelo autor é que ele pode ser menos custoso de programar, pois ele não requer a separação dos custos de manufatura nos componentes fixos e variáveis.
3.2. DESVANTAGENS DO CUSTEIO POR ABSORÇÃO
• Os custos, por não se relacionarem com este ou aquele produto ou a esta ou aquela unidade, são quase sempre distribuídos à base de critérios de rateio, quase sempre com grande grau de arbitrariedade;
• O custo fixo por unidade depende ainda do volume de produção; pior de tudo isso, o custo de um produto pode variar em função da alteração de volume de outro produto.
• Os custos fixos existem independentes da fabricação ou não desta ou daquela unidade, e acabam presentes no mesmo montante, mesmo que ocorram oscilações (dentro de certos limites).
• Segundo Martins (1998), a desvantagem deste método está no aspecto gerencial, já que todos os custos deverão se incorporar aos produtos, inclusive os fixos. Deve-se utilizar algum critério de rateio para alocação destes custos. Assim, mesmo que o critério de rateio seja o mais ideal, haverá certo grau de arbitrariedade na alocação de custos.
Um problema na utilização do método de custeio por absorção esta na fixação dos preços sem conhecer a margem real de cada produto vendido e de forma menos eficaz visando resultado global.
Custeio padrão
É um tipo de custeio onde é antecipada a estimativa de margem de gastos baseada em um objetivo de produção. É estipulada uma margem de gastos baseada em uma estimativa de produção, que não é necessariamente a real. É propícia para definir um valor de gastos ideal caso a empresa o atinja.
A desvantagem desse método é que o negócio utiliza dados de aplicações especulativas, o que pode não ajudar a melhorar a gestão de custos do empreendimento.
Custeio variável
Esse é um método de custeio que utiliza em seu cálculo apenas os custos variáveis relacionados à produção, excelente para estabelecer os custos de um produto ou definir a margem de contribuição do empreendimento. É tido como simplificado e objetivo justamente por envolver apenas os custos variáveis, diretos ou indiretos, na produção de um produto ou serviço, deixando os custos fixos de fora.
Com os custos fixos considerados diretamente no resultado da produção, o custeio variável é: a soma do custo variável divido pelo custo da produção correspondente.
.1. ALGUMAS VANTAGENS NA UTILIZAÇÃO DO CUSTEIO VARIÁVEL
Os defensores da utilização deste método argumentam como vantagem que os custos fixos, existem independentemente da fabricação ou não de um produto, os custos fixos podem ser vistos como encargos necessários para que a empresa tenha condições de produzir, e não como encargo de produto específico.
Os custos são distribuídos aos produtos por rateios, que contém em maior ou menor grau a arbitrariedade. Todavia, para a tomada de decisão, o rateio, por melhores que sejam os critérios pode fazer um produto não rentável, e é claro, isto não é correto.
Por essas razões e para aperfeiçoar decisões, o custeio variável tende a ser mais utilizado, lembrando que não é um sistema aceito legalmente, sua utilização limita-se à contabilidade para efeitos internos da empresa, chamada Contabilidade Gerencial.
Padovezze (2003 - p. 170) descreve:
a) Os custos dos produtos são mensuráveis objetivamente, pois não sofrerão processos arbitrários ou subjetivos de distribuição dos custos comuns;
b) O lucro líquido não é afetado por mudanças de aumento ou diminuição de inventários;
c) Os dados são necessários para a análise das relações custo-volume-lucro são rapidamente obtidos do sistema de informação contábil;
d) É mais fácil para os gerentes industriais entender o custeamento dos produtos sob o custeio direto, pois os dados são próximos da fábrica e de sua responsabilidade, possibilitando a correta avaliação de desempenho setorial.
e) O custeamento direto é totalmente integrado com o custo padrão e o orçamento flexível, possibilitando o correto controle de custo.
4.2. ALGUMAS DESVANTAGENS DO CUSTEIO DIRETO
De acordo com Padovezze (2003 p. 170):
a) A exclusão dos custos fixos indiretos para valoração dos estoques causa a sua subavaliação, fere os princípios contábeis e altera o resultado do período;
b) Na prática, a separação de custo fixos e variáveis não e tão clara como parece, pois existem custos, semivariáveis e semifixos, podendo o custeamento direto incorrer em problemas semelhantes de identificação dos elementos de custeio;
c) O custeamento direto é um conceito de custeamento e análise de custos para decisões de curto prazo, mas subestima os custos fixos, que são ligados à capacidade de produção e de planejamento de longo prazo, podendo trazer problemas de continuidade para a empresa.
Após citar algumas vantagens, do custeamento variável ou direto, Benedicto – 1997 p. 142 assim se expressa:
“Em linhas gerais, pode-se inferir que o custeio direto/variável oferece mais informações úteis e relevantes para a tomada de decisão do que as demais abordagens do método de custeio, principalmente por evidenciar, de forma clara e objetiva, a margem de contribuição que a instituição precisater para suportar determinado volume de atividade, de modo a absorver os seus custos fixos e gerar resultados favoráveis. Em síntese, o método do custeio variável oferece condições para os gestores”:
• Avaliarem os impactos de redução ou aumento de custos nos resultados da entidade, tornando-se um instrumento relevante ao planejamento e controle das atividades;
• Avaliarem o desempenho de forma mais significativa dos centros de resultados do que aquela proporcionada pelo custeio por absorção, uma vez que os centros de resultados absorvem custos fixos e sua rentabilidade fica prejudicada com os rateios efetuados, tornando ás vezes um centro de resultado produtivo em não-produtivo ou vice-versa.
Custeio ABC
O método baseado em atividade, ou método ABC, rastreia os custos individuais de cada atividade para verificar como cada uma delas está relacionada à geração de receitas e o consumo individual de recursos. É específico para cada método de produção de um produto.
É a apropriação dos custos envolvidos, como: diretos, indiretos, variáveis e fixos. Ou seja, de maneira individual, cada produto é precificado de acordo com os custos de produção envolvidos. Se na produção de um determinado produto houver um processo de montagem, esse processo deve ser calculado como despesa de produção para chegar a uma correta precificação do mesmo.
O método baseado em atividades é uma evolução dos métodos de custeio por oferecer às empresas dados mais minuciosos quando as variáveis básicas da produção começarem a mudar, com a diversificação de produtos e ações, e o acréscimo dos custos indiretos na formação dos custos diretos.
Método de Custeio Variável (Método de Custeio Direto)
O Método de Custeio Variável (também conhecido por Método de Custeio Direto, como o soco do Rocky Balboa) é um dos Métodos de Custeio mais conhecidos e utilizados entre as empresas, principalmente aquelas que trabalham no modelo industrial ou comércio. E um dos principais motivos para isto é sua simplicidade e objetividade.
Os Custos Variáveis (ou Custos Diretos), como o próprio nome sugere, são aqueles que variam de acordo com o volume de produção e vendas da empresa. Ou seja, seus valores dependem diretamente do volume produzido, que por sua vez vai variar conforme volume de vendas efetivadas em um determinado período de tempo.
Veja alguns exemplos de itens classificados custos variáveis:
· Matérias-primas;
· Insumos produtivos;
· Embalagens;
De acordo com as atividades realizadas pela empresa, podemos classificar os custos de vendas de três formas: CPV, CMV e CSV. Neste artigo, vamos detalhar um pouco mais o CPV (por ser o mais complexo), mas antes vamos ver um pouco sobre cada um deles:
· CPV (Custo dos Produtos Vendidos) - Este tipo de classificação do custo de vendas geralmente está associado às indústrias, que fabricam os produtos que vendem. Neste caso, o custo dos produtos será composto de matérias-primas e insumos utilizados na fabricação;
· CMV (Custo das Mercadorias Vendidas) - Já o CMV é utilizado no calculo dos custos de vendas de empresas de comércio ou que apenas revendem mercadorias. Para as mercadorias vendidas, o custo será o próprio preço de compra do item que será revendido;
· CSV (Custo dos Serviços Vendidos) - Por fim, temos o CSV, que como o próprio nome ajuda a explicar, é o custo dos serviços prestados. Também conhecido como CSP (Custo dos Serviços Prestados), geralmente este tipo de custeio é utilizado em empresas onde não existe a venda de um produto ou mercadoria, e sim a prestação de um serviço, que pode ser desde horas de uma pessoa (como o caso de uma consultoria, escritórios de advocacia, agências de marketing, etc.), como um aluguel de uma máquina, equipamento ou até mesmo recurso computacional pago mensalmente (exemplo de softwares online, como o Treasy). O CSV é um pouco mais complexo de ser calculado e geralmente é feito utilizando o Método de Custeio por Absorção, que vamos ver mais a frente.
PS: vale lembrar que os custos (sejam eles CPV, CMV ou CSV) só acontecem quando ocorre a venda dos produtos ou serviços, do contrário deverão ser considerados como Estoques. Mas este já é assunto para um novo post.
Exemplo de Cálculo de Custo Variável (Custo Direto)
Para ficar mais fácil de entender, vamos partir para um exemplo prático utilizando uma empresa fictícia que produz chocolates. Vamos imaginar que em um determinado mês esta empresa está planejando vender 10.000 unidades de trufas e 10.000 unidades de bombons, a R$ 3 e R$ 2 cada unidade respectivamente. Este volume de vendas gerará então para a empresa um faturamento de R$ 50.000, conforme imagem abaixo:
Todavia, para produzir as trufas e bombons, a empresa precisará adquirir as matérias-primas e insumos (chocolate, recheios, etc.) utilizados na produção dos itens vendidos. Independente do quanto de matéria-prima a empresa comprar, o que importa para o cálculo do Custo Variável é a quantidade realmente utilizada na produção dos itens vendidos.
Sendo assim, é de extrema importância conhecermos a quantidade de cada matéria-prima utilizada para produzir 1 unidade de trufa e também para a produção de 1 unidade de bombom. Assim, fazendo um calculo simples podemos chegar ao Custo Variável Unitário de cada produto (quantidade de matéria-prima necessária multiplicada pelo preço de compra da matéria-prima). E por fim, multiplicando o custo unitário pela quantidade total do item vendida, temos o Custo Variável Total ou CPV (Custo dos Produtos Vendidos).
Método de Custeio por Absorção (Custeio Integral)
Até aqui foi fácil, certo? Afinal, calcular o Custo Variável é simples, não é mesmo? Se sabemos que precisamos de 30g de chocolate para produzir uma trufa, que o chocolate custa R$ 30 o quilo e que vamos vender 10.000 trufas, fica fácil calcular que vamos gastar R$ 9.000 em chocolate para produzir as 10.000 trufas. Mas quando falamos do Custeio por Absorção, o buraco é um pouco mais embaixo!
O Custeio por Absorção, também chamado Custeio Integral ou Custo Integral, recebe esse nome exatamente por absorver os Custos Fixos no custo final de cada produto vendido.
Ou seja, o Custo por Absorção tem como premissa debitar ao Custo dos Produtos Vendidos todos os custos da área de fabricação, sejam esses custos definidos como custos diretos ou indiretos, fixos ou variáveis, de estrutura ou operacionais. O próprio nome do Método de Custeio por Absorção deixa claro o que precisa ser feito: garantir que cada produto absorva uma parcela dos custos diretos e indiretos, relacionados à fabricação.
E o fator fundamental para a utilização do Método de Custeio por Absorção está na correta distinção entre Custos e Despesas. Apenas os desembolsos relativos aos produtos vendidos (sejam eles diretos ou indiretos) deverão ser alocados no Custo dos Produtos Vendidos. Todas os demais desembolsos (Despesas Administrativas, Despesas Financeiras, Investimentos, etc.) devem ficar de fora da composição.
Vale aqui o mesmo tratamento em relação a “ativação dos custos”. O Custo por Absorção só acontece no momento da venda dos produtos. Do contrários os custos relativos aos produtos em elaboração e aos produtos acabados que ainda não tenham sido vendidos devem ser tratados como Estoques de Produtos em Elaboração ou Estoques de Produtos Acabados.
Exemplo de Cálculo de Custo por Absorção (Custo Integral)
A exemplo do que fizemos com o Método de Custeio Variável, vamos entender na prática como aplicar o Custo por Absorção. Para isto, vamos imaginar que nossa pequena fábrica de chocolate tenha R$ 18.500 de Custos Fixos, conforme imagem abaixo:
Veja que estamos falando de Custos Fixos, mas todos ainda são relacionados à produção. Não há nenhuma Despesa Administrativa listada na imagem. Estes Custos, como o próprio nome diz, são fixos. Acontecendo ou não a venda dos produtos, eles continuarão a existir.
O que precisamos agora é achar uma forma de cada um dos produtos vendidos pagar um pedacinho destes Custos Fixos. Para isto, precisamos de um “driver de custeio”. Este “driver”, em tradução literal, é exatamenteum direcionador dos Custos Fixos para cada produto vendido. O driver de custeio mais comumente utilizado é o tempo de produção de cada item.
Neste sentido, vamos imaginar que cada trufa leve 5 minutos para ser produzida, enquanto cada bombom precisa de 3 minutos. Quando multiplicamos este tempo pelo volume total de trufas e bombons produzidos no mês, chegamos a conclusão que vamos precisar de 80.000 minutos para confeccionar as 10.000 trufas e os 10.000 bombons.
Agora ficou fácil. Temos o tempo necessário para cada trufa e cada bombom, o tempo total de produção dos 20.000 itens e também os Custos Fixos. Basta fazer uma regra de três e encontrar o quanto cada unidade deve absorver dos Custos Fixos. Veja na imagem abaixo como ficaria nosso exemplo:
Custo por Absorção NÃO é Rateio!
Aqui na Treasy somos defensores ferrenhos do não uso dos rateios. Entre uma série de motivos, os rateios, em geral, geram muito trabalho administrativo, não impactam o resultado final da empresa e geralmente não possuem um critério único e que atenda todas as possibilidades, gerando discussões longas e pouco produtivas. Inclusive já falamos disto no artigo Centro de Serviços Compartilhados (CSC) – Um manifesto pelo fim dos rateios, onde sugerimos o uso de um CSC como alternativa mais eficaz aos rateios.
Quando estamos falando do Método de Custeio por Absorção, nos referimos a alocação dos Custos Fixos Produtivos, nunca das Despesas Fixas Administrativas (Despesas Operacionais).
Veja que nos exemplos as Despesas que fizemos as alocações são todas relacionadas a produção. Despesas Operacionais como salários do pessoal administrativo, despesas de marketing, etc., não devem ser absorvidas pelo custo.
Ignorar esta premissa pode levar a calcular indicadores importantes como a Margem de Contribuição, Ponto de Equilíbrio e EBITDA incorretamente e comprometer completamente as informações utilizadas pela diretoria para tomada de importantes decisões. Vamos aproveitar o gancho e entender um pouquinho dos impactos da correta apuração de custos nestes indicadores.
Os impactos dos Métodos de Custeio na Margem de Contribuição Bruta, Margem de Contribuição Líquida, Ponto de Equilíbrio Econômico e EBITDA
Para fechar nosso exemplo, agora que temos todas as variáveis na mão, podemos calcular facilmente a Margem de Contribuição Bruta e Margem de Contribuição Líquida de nossa fábrica de chocolates:
OBS: Por não ser o foco deste artigo, simplificamos o cálculo dos impostos, pressupondo que a empresa está no regime de tributação Simples Nacional.
Vale lembrar que os Custos Variáveis Unitários vão sempre acompanhar o volume de produção. Como vimos um pouco mais acima, se precisamos de 30g de chocolate para produzir uma trufa, para produzir 1.000 trufas vamos precisar de 30 Kg de chocolate. Para produzir 10.000 trufas vamos precisar de 300 Kg de chocolate. E assim por diante.
Claro que com um volume de produção maior, podemos negociar melhor com fornecedores e conseguir melhores preços de compras das matérias-primas. Mas quando falamos de Custos Variáveis, os ganhos de escala são marginais.
Já os Custos por Absorção Unitários diminuem conforme o volume de produção.  Ou seja, como é feito um “racha” dos Custos Fixos pelo volume de itens produzidos, uma vez que o volume de produção cresce, temos mais produtos "entrando no racha" e ficando mais barato para cada um. Então quando falamos em Custos por Absorção, os ganhos de escala são bastante consideráveis.
Claro que há um limite. Por exemplo, vamos imaginar que com 5 funcionários a empresa consiga produzir as 20.000 unidades de chocolates. Talvez, com os mesmos 5 funcionários seja possível chegar a 30.000 unidades produzidas, mas para produzir 31.000 unidades, seja necessário a contratação de mais 1 pessoa. Sendo assim, é preciso sempre realizar Simulações de Cenários antes de tomar qualquer decisão de aumentar o diminuir o volume de produção e venda.
Ou seja, os Custos Variáveis e Custos por Absorção influenciam diretamente a Margem de Contribuição (Bruta e Líquida) de sua empresa. I
8. CONCLUSÃO
Conclui-se que diante de um ambiente competitivo em que empresas buscam diferentes formas de reduções de custos e diferenciações em serviços e produtos, torna-se indispensável à adoção de um sistema de custo que melhor atende a realidade da empresa. Para o desenvolvimento de estratégias é necessário que conheçam os custos e despesas em detalhes, bem como os fatores que causam suas variações.
Analisando a utilização dos dois métodos, verifica-se que não existe o melhor método de custeio, pois as informações geradas por cada sistema seria um complemento das necessidades de cada empresa, portanto é preciso avaliar em conjunto qual sistema será mais objetivo para aquela empresa. Pelo custeio por absorção, a empresa estaria de acordo com as exigências da Legislação Fiscal, podendo utilizá-lo na elaboração dos demonstrativos contábeis externos. Pelo custeio variável, a empresa teria informações importantes para tomadas de decisão, com a utilização da margem de contribuição e elaboração de relatórios gerenciais internos.
Método de custeio variável
O método de custeio variável (também conhecido por método de custeio direto) é um dos métodos de custeio mais conhecidos e utilizados entre as empresas, principalmente a indústria e o comércio. E um dos principais motivos para isso é sua simplicidade e objetividade, já que nesse método somente são apropriados como custos de fabricação os custos variáveis, diretos e indiretos. Os custos fixos, pelo fato de existirem mesmo que não haja produção, não são considerados como custo de produção, mas sim como despesas.
O sistema de custeio variável fundamenta-se na separação dos custos em variáveis e fixos, isto é, em custos que oscilam proporcionalmente ao volume da produção/venda e custos que se mantêm estáveis perante volumes de produção/venda oscilantes dentro de certos limites. Esse sistema produz informações importantíssimas, como a margem de contribuição (contribuição marginal), e proporciona os subsídios necessários para a tomada de decisão nas empresas. Mais a frente vamos ver como fazer o cálculo dos custos baseado nesta metodologia.
Método de custeio por absorção
O custeio por absorção, também chamado custeio integral ou custo integral, recebe esse nome por absorver os custos fixos no custo final de cada produto vendido. Ou seja, o custo por absorção tem como premissa debitar ao custo dos produtos vendidos (CPV) todos os custos da área de fabricação, sejam esses custos definidos como custos diretos ou indiretos, fixos ou variáveis, de estrutura ou operacionais. O próprio nome do método de custeio por absorção deixa claro o que precisa ser feito: garantir que cada produto absorva uma parcela dos custos diretos e indiretos relacionados à fabricação.
E o fator fundamental para a utilização do método de custeio por absorção está na correta distinção entre custos e despesas. Apenas os desembolsos relativos aos produtos vendidos (diretos ou indiretos) deverão ser alocados no custo dos produtos vendidos. Todas os demais desembolsos (despesas administrativas, despesas financeiras, investimentos etc.) devem ficar de fora da composição. Para entender as diferenças entre custos e despesas e ter em mãos os números corretos para trabalhar, acesse o artigo Custos x Despesas - saiba a diferença. Logo mais, vamos mostrar como fazer os cálculos usando esses números.
Para começar a aplicar um desses dois sistemas de custeio na sua empresa agora mesmo, criamos uma planilha com a metodologia de Custeio por Absorção e Custeio Variável.. Com ela, essa atividade vai ficar muito mais rápida e prática. Para baixar, basta clicar na imagem, é gratuito!
Custeio Baseado em Atividades
O custeio baseado em atividades (custeio ABC) parte do princípio de que os custos de uma empresa são gerados pelas atividades desempenhadas nela e que essas atividades são consumidas por produtos e serviços gerados nesta mesma empresa. Essa metodologia permite mensurar com mais exatidão as despesas e os custosindiretos — aqueles que não estão diretamente ligados à produção —, por meio da análise das atividades, dos seus geradores de custos e dos utilizadores.
Parece confuso? Calma, vamos utilizar o exemplo de uma fábrica de roupas para explicar direitinho. Nesta fábrica de roupas são produzidas camisetas e camisas e são desenvolvidas, entre tantas outras, as atividades de comprar materiais, cortar e costurar. Aplicando o método de custeio ABC a esta produção, é possível identificar o valor de quanto o produto camiseta usa da atividade de comprar materiais, por exemplo.
Antes, vamos esclarecer que o ABC é um método de rastrear os custos das atividades realizadas por uma empresa e de verificar como essas atividades estão relacionadas para a geração de receitas e o consumo de recursos. Seu principal objetivo é amenizar as distorções provocadas pelo uso do rateio arbitrário dos custos indiretos, sendo uma tentativa de rastreamento para identificar os verdadeiros causadores de custos.
Essa metodologia pode ser considerada uma evolução de outros sistemas de medição de custos. Isso porque ela surgiu justamente para suprir as necessidades das empresas por informações mais detalhadas quando duas variáveis fundamentais da produção fabril começaram a mudar: o aumento da participação dos custos indiretos na composição dos custos totais e o aumento da diversificação dos produtos e processos. Com isso, calcular os custos da forma tradicional já não respondia questões ligadas à gestão estratégica do negócio, que busca a melhoria contínua dos processos, da qualidade e do desempenho da empresa como um todo.
Mas é importante ressaltar que os cálculos feitos pelo método de custeio ABC não são aceitos pela legislação societária e fiscal. Portanto, eles devem ser usados para a gestão e o controle interno da empresa, o famoso “gerencial”. Como consequência, auxiliarão no gerenciamento orçamentário e na prestação de contas também.
Como calcular os custos usando os 3 métodos de custeio
Para você entender como cada um dos sistemas de custeio funcionam e qual o resultado que eles apresentam, agora, como prometido, vamos mostrar como fazer os cálculos de acordo com cada metodologia. Para facilitar, vamos usar o exemplo da fábrica de roupas e começar pelo custeio baseado em atividades, que é um pouco mais complexo que os outros.
No quadro abaixo, temos os produtos, a produção mensal, o valor unitário e o total das vendas (faturamento) da nossa fábrica de roupas. Para o cálculo, foi considerado que tudo o que foi produzido foi vendido:
Depois dos valores verificados no quadro acima, precisamos identificar os custos diretos por unidade de produto. Na nossa fábrica de roupas, temos:
E então, elencamos os custos indiretos e as despesas:
Com todos esses números em mãos, vamos aplicar a metodologia seguindo 4 passos:
1º - Identificar as atividades relevantes de cada departamento:
2º - Atribuir custos às atividades:
3º - Fazer o levantamento dos direcionadores das atividades e o levantamento da quantidade de direcionadores para cada produto:
Diante dessas definições, vamos ver qual é o custo de cada atividade conforme seus direcionadores:
4º - Demonstrar os resultados:
Aqui, é a hora de fazer um resumo de todos os custos da produção, diretos e indiretos, e incluir os valores encontrados por atividade, que é o real objetivo desta metodologia. Veja como fica a demonstração do resultado da nossa fábrica de roupas:
Agora, vamos ver como ficam os custos quando usamos o método de custeio variável. Vamos pegar os números da fábrica de roupas:
Para fabricar as camisetas e as camisas é preciso comprar o tecido, que é a matéria-prima, e os outros insumos, como botões e linha, que serão usados na produção. Aqui, o importante é saber a quantidade realmente utilizada na produção dos itens e não o total da matéria-prima e insumos comprados. Assim, é essencial saber a quantidade de tecido usado para fazer uma camiseta e uma camisa.
Dessa forma, fazendo um cálculo simples, podemos chegar ao custo variável unitário (quantidade de matéria-prima consumida multiplicada pelo preço da matéria-prima). Somando o custo unitário de cada matéria-prima, temos o custo variável do produto. Por fim, multiplicando o custo variável pela quantidade vendida, temos o custo variável total ou custo do produto vendido (CPV). Muito importante lembrar que para conseguir chegar a um valor preciso da quantidade de matéria prima usada para cada produto, o processo produtivo da empresa precisava estar bem estruturado.
Para finalizar, vamos mostrar como fica o cálculo usando o método de custeio por absorção. É importante lembrar que, nesta metodologia, os custos fixos — aqueles que ocorrem havendo ou não produção — são absorvidos no custo final de cada produto vendido. Seguindo em nossa fábrica de roupas, sabemos que ela tem um custo fixo de R$ 24.000,00, assim dividido:
Para fazermos o cálculo, precisamos achar um direcionador de custos fixos, que vai mostrar a forma como cada produto vendido absorve o pagamento de um pedacinho deste custo. O direcionador mais utilizado é o tempo de produção de cada item. Assim, vamos supor que cada camiseta leva 20 minutos para ser produzida, enquanto cada camisa demora 25 minutos. Ao multiplicarmos este tempo pelo número de peças feitos no mês, temos: 200.000 minutos para confeccionar 10.000 camisetas e 125.000 minutos para fazer as 5.000 camisas.
Bom, agora que temos o tempo necessário para a produção de cada item, o tempo total de produção (325.000 minutos) e também os custos fixos, podemos encontrar o quanto cada unidade produzida vai absorver dos custos fixos. Para isso, basta fazer uma regra de três, multiplicando o valor total dos custos (R$ 24.000,00) pelo tempo de produção total de cada item (200.000 e 125.000) e dividindo pelo tempo de produção total (325.000). Veja na tabela o resultado final:
Conclusão
Você percebeu que o valor final do custo feito pelo método de absorção, ficou diferente do custo calculado pelo método variável? Isso reflete diretamente no preço final do seu produto, pois isso é tão importante escolher o método mais adequado ao seu negócio.
De forma bem simples, mas didática, vimos neste artigo três maneiras de calcular os custos de produção de uma empresa. Claro que, normalmente, estes cálculos são feitos de modo automático, seja por meio de planilhas, como a que indicamos, seja com o uso de softwares programados para isso. Dificilmente essas contas são feitas à mão, porém, é imprescindível que empresários, gestores e até encarregados da área de produção entendam de onde vem cada número e índice envolvido no processo produtivo. Assim, quando receberem os resultados, saberão o que pode ser melhorado ou otimizado.
Esperamos que este post seja bastante útil para você e que também seja capaz de inspirar sua equipe na busca pela melhoria contínua dos processos corporativos. Se tiver alguma dúvida ou quiser compartilhar sua experiência sobre o assunto com a gente, fique à vontade para deixar um comentário aqui embaixo.
E, claro, continue acompanhando o nosso blog. Toda semana publicamos novos artigos relacionados a planejamento, orçamento e acompanhamento econômico-financeiro. Além disso, disponibilizamos, mensalmente, materiais gratuitos para download como modelos de planilhas, white papers e e-books. E se quiser receber nosso conteúdo por e-mail, cadastre-se para receber nossa newsletter e siga-nos também nas redes sociais para ficar por dentro de tudo que acontece por aqui!
O que é o Custeio ABC?
O Custeio ABC é uma metodologia de rastreamento de custos das atividades realizadas por uma empresa e de verificação sobre como essas atividades estão relacionadas para a geração de receitas e o consumo de recursos. Sua principal função é amenizar as distorções provocadas pelo uso do rateio arbitrário.
Ele consiste em observar separadamente as várias atividades de uma empresa, para identificar individualmente os custos envolvidos em cada processo. Assim, no método de Custeio ABC são identificados os custos maisaltos envolvidos em cada ação ou medida que a empresa toma. A partir disso, as informações obtidas permite que seja feito um aprimoramento onde existem ineficiências.
O Custeio ABC se estabeleceu com o desenvolvimento da automatização industrial, o que elevou custos indiretos, por exemplo os ligados à eletricidade.
Objetivos do Custeio ABC
Devido a sua análise individual, o Custeio Baseado em Atividades possibilita:
1. Rateamento e divisão dos custos;
2. Descobrir os produtos que envolvem os maiores custos de produção;
3. Considerar não apenas serviços e produtos como consumidores de recursos, mas atividades que levam à obtenção do produto ou serviço final.
Logo, o método de Custeio ABC acaba servindo, em uma empresa, como uma forma de aumentar a competitividade ao proporcionar a diminuição dos preços aplicados aos produtos. Essa diminuição se dá a partir de custos reduzidos previamente nas atividades operacionais.
Custeio por absorção X Custeio variável: principais diferenças
Diante do que foi dito, podemos dizer que as principais diferenças entre o método de custeio por absorção e o método de custeio variável são: 
DIFERENÇAS COMPARATIVAS ENTRE O CUSTEIO DE ABSORÇÃO E CUSTEIO VARIÁVEL Diante das várias definições, cabe-se estabelecer algumas diferenças entre os métodos de custeio. Entre elas, destacam-se: 4.1- NO CUSTEIO POR ABSORÇÃO: - Todos os custos de fabricação são considerados como custo do produto; - O resultado varia de acordo com a produção; - É necessário utilizar métodos de rateio, muitas vezes arbitrários, para atribuir os custos fixos aos produtos; - É possível estabelecer o custo total unitário dos produtos; - Não identifica a margem de contribuição; - Importante para decisões de longo prazo; - Não há preocupação pela classificação; - Classifica os custos em diretos ou indiretos; - Debita o segmento cujo custo está sendo apurado os seus custos diretos e também os custos indiretos através de uma taxa de absorção; - Os resultados apresentados sofrem influência direta ao volume de produção; - É um critério legal, fiscal, externo; - Aparentemente, sua filosofia básica alia-se aos preceitos contábeis geralmente aceitos, principalmente aos fundamentos do “regime de competência”; - Apresenta a Margem Operacional – diferença entre as receitas e os custos diretos e indiretos do segmento estudado; - O custeamento por absorção destina-se a auxiliar a gerência no processo de determinação da rentabilidade e de avaliação patrimonial; 6 - Como o custeamento por absorção trata dos custos diretos e indiretos de determinado segmento, sem cogitar de perquirir se os custos são variáveis ou fixos, apresenta melhor visão para o controle da absorção dos custos da capacidade ociosa. 4.2 - NO CUSTEIO VARIÁVEL - Apenas os custos variáveis são considerados; - O resultado varia somente em função das vendas; - Não se utilizam métodos de rateio, os custos fixos são considerados como despesa e não como custo do produto; - Há um custo unitário parcial, pois considera os custos variáveis; - Identifica a margem de contribuição unitária e global; - Classifica os custos em fixos e variáveis; - Também classifica os custos em diretos e indiretos; - Debita o segmento, cujo custo está sendo apurado, apenas os custos que são diretos ao segmento e variáveis em relação ao parâmetro escolhido como base; - Os resultados apresentados sofrem influência direta do volume de vendas; - É um critério administrativo, gerencial interno; - Aparentemente, sua filosofia básica contraria os preceitos geralmente aceitos na Contabilidade, principalmente os fundamentos do “regime de competência”; - Apresenta a Contribuição Margina – diferença entre as receitas e os custos diretos e variáveis do segmento estudado; - O custeamento variável destina-se a auxiliar, sobretudo, a gerência no processo de planejamento e de tomada de decisões; - Como o custeamento variável trata dos custos diretos e variáveis de determinado segmento, o controle da absorção dos custos da capacidade ociosa não é bem explorado

Continue navegando