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Estudo dirigido sobre os principais sistemas de Classificação dos Seres Vivos Desde que se conhecem a diversidade dos diferentes seres vivos que habitam a biosfera, os seres humanos buscam nomeá-los e classifica-los para facilitar a compreensão dos grupos de organismos. Os nomes dos seres foram designados em latim, por ser uma língua considerada imutável e que, portanto, poderia ser entendida internacionalmente. A classificação dos seres vivos teve como objetivo, inicialmente, apenas organizar plantas e animais semelhantes morfologicamente. Com o tempo, a classificação passou a se basear, além das características externas, em relações evolutivas, ecológicas, fisiológicas, genéticas entre os seres. 1ª Fase da História da Classificação: Macroscópico Aristóteles No século IV a.C, Aristóteles dividiu os seres em (a) animais (móveis) e (b) plantas (imóveis) (Fig 1) e subdividia-os conforme o habitat em que se encontravam (terra, água, ar). Aristóteles também foi responsável por classificar os animais em “animais com sangue vermelho” e “animais sem sangue vermelho” Teofrasto Discípulo de Aristóteles, Teofrasto classificou as plantas por seu uso/forma de cultivo. Publicou dois importantes trabalhos: Historia plantarum (História das plantas) e De causis plantarum (Sobre as causas das plantas).Figura 1. Classificação de Aritstóteles 2ª Fase da História da Classificação: Microscópico Antonie van Leeuwenhoek Através de microscópios construídos por ele mesmo, relatou a existência dos microrganismos, inicialmente chamados de animáculos. Carolus Linnaeus Foi o naturalista que, na época, mais contribuiu para a Classificação dos Seres Vivos com sua publicação Systema Nature (Fig 2). Lineu era criacionista e acreditava que as espécies eram fixas. Agrupou todos os seres vivos em dois grupos: Reino Animal e Reino Vegetal e ainda considerava um Reino Mineral para os seres inanimados. O sistema de dois reinos proposto por Lineu, também chamado Sistema Binomial, foi mantido por muito tempo. Nesse sistema, as plantas eram caracterizadas pela presença de parede celular, por serem sésseis e fazerem fotossíntese. Os animais eram caracterizados pelo fato de conseguirem se locomover em busca de abrigo, de alimento ou para fugir de predadores, por não fazerem fotossíntese e não possuírem parede celular. Bactérias ainda eram consideradas plantas por possuírem parede celular, os fungos eram considerados plantas por possuírem parede celular e apresentarem estruturas semelhantes a raízes. “Algas” macroscópicas e microscópicas também estavam incluídas nas plantas. Os considerados unicelulares eucariontes heterótrofos com capacidade de se deslocar eram considerados animais e classificados como protozoários.Figura 2. Systema Nature Darwin e Wallace A partir de 1858, com os estudos de Darwin e Wallace acerca da evolução das espécies, as concepções evolutivas foram incorporadas na classificação dos seres vivos. Darwin criou genealogias de seres vivos que hoje são chamadas árvores filogenéticas John Hogg e Ernst Haeckel Em 1860 e 1866, respectivamente, John Hogg e Haeckel introduziram o Reino Protista para os organismos que não eram considerados nem plantas e nem animais. Haeckel era defensor da Teoria Evolutiva proposta por Darwin e representou seu sistema de classificação através de uma árvore (Fig 3). 3ª Fase da História da Classificação: 5 reinos Herbert Copeland Com o surgimento do microscópio eletrônico, em 1936, Herbert Copeland propôs um sistema de classificação em 4 reinos: Animalia, Plantae, Protoctista e Mychota ou Monera. Robert Whittaker Em 1950, Whittaker com seu sistema de 5 reinos (Animalia, Fungi, Monera, Plantae e Protista) substituiu a ideia de Copeland. Figura 3. Árvore proposta por Haeckel 4 ª Fase da História da Classificação: Biologia Molecular Karlene Schwarts e Lynn Margulius Em 1982, essas duas pesquisadoras resgataram o termo Protista para agrupar as “algas”. Mantiveram o Reino Monera, mas subdividiram-no em dois sub-reinos: Eubacteria e Archea. No reino das plantas, consideraram apenas as plantas terrestres. E mantiveram os reinos Fungi e Animalia. Carl Woose Quase que ao mesmo tempo que Schwarts e Margulius, Woose elaborou outra proposta de classificação baseada na filogenia molecular (comparando RNA ribossomais). Os dados desse pesquisador mostraram que os eucariotos são muito próximos entre si, enquanto que os procariotos se dividiam em dois outros grupos. Dessa forma, surgiu o que chamamos de Domínio, acima de Reino. Os domínios estabelecidos até então foram Archea, Bacteria e Eukaria (Fig 4). Figura 4. Dominios Bacteria, Archea e Eukaria propostos por Woose Sandra L. Baldauf Em 2003, Baldauf propôs um sistema de classificação dos eucariontes, posteriormente aprimorado em 2007 e que continua sendo bem aceito até hoje (Fig 5.). Figura 5. Classificação dos eucariontes Referências Livro: Biologia Vegetal – Raven https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Seresvivos/Ciencias/bioclassifidosseresvivos.php https://www.todamateria.com.br/classificacao-dos-seres-vivos/ https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/979161/mod_resource/content/1/Bio_Filogenia_top01.pdf
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