Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 SEGURANÇA DO TRABALHO Docente: Gilmara Oliveira Fundamentos de Segurança e Saúde no Trabalho 8 Quando você construir uma casa nova, faça um parapeito em torno do terraço, para que não traga sobre a sua casa a culpa pelo derramamento de sangue inocente, caso alguém caia do terraço. 2 Deuteronômio – Capítulo 22 Desde que o trabalho foi descoberto, estabeleceram- se várias evidencias e correlações do trabalho com os acidentes e doenças. Uma das doenças profissionais mais encontradas na época, foi a silicose, ou seja, a “ASMA DOS MINEIROS”, uma doença típica de trabalho em minas de extração. 3 Desenvolvimento Industrial Decorrente dessas atividades, em 1700, foi publicado um livro na Itália, que tratava dessas doenças e das demais ocupações. Na época, o médico Bernardino Ramazzini, realizou diversos estudos, envolvendo o assunto, mas não evoluiu com eficiência devido à grande quantidade de trabalhos artesanais e dificuldades em constatar que o trabalho poderia estar diretamente ligado às doenças deflagradas ne época. 4 Desenvolvimento Industrial VOCE SABIA? Mais tarde no século XVIII, iniciava –se na Inglaterra, a REVOLUÇÂO INDUSTRIAL. Nessa época, buscava-se a produção a todo custo, não importando se isso iria refletir na saúde e segurança dos trabalhadores. Com o aparecimento da maquina a vapor, a grande maioria das fábricas começaram a expandir suas estruturas para as áreas mais centrais das cidades, facilitando a contratação de mão de obra. 5 Desenvolvimento Industrial VOCE SABIA? Porque o dia 1º de Maio foi instituído como dia do trabalho? A historia desse inicia em 1886, nos estados unidos. Nessa época começaram a ser organizados de protesto, onde os trabalhadores reivindicavam seus direitos. O principal motivo era diminuir a carga horaria de trabalho de 13 horas por dia, para 8 horas. Essa greve foi tão grande e intensa que paralisou todo o sistema de produção americano. Os funcionários hesitavam trabalhar à medida que suas reinvindicações não eram atendidas. Outros países também organizaram esse tipo de manifesto, mas foi somente em 1919 que o dia 1] de Maio foi oficialmente proclamado feriado. Em meados de 1967 e 1968, um norte americano chamado Flank Bird, iniciou um extenso estudo sobre os conhecimentos dos acidentes de trabalho. Na época, Flank Bird estudou aproximadamente 170.000 pessoas que estavam envolvidas em acidentes de trabalho em companhias americanas, chegando à conclusão que para cada 600 incidentes, havia um acidente com afastamento, reforçando que esses dados adviham de probabilidades. 6 Desenvolvimento Industrial Já para a América Latina, estas preocupações começaram a aparecer apenas no século XX. Em 1950, foram estabelecidos procedimentos e objetivos para a saúde ocupacional por meio da O.I.T. (Organização Internacional do Trabalho). Ações, estas, que foram estipuladas devido ao desenvolvimento industrial local. 7 Desenvolvimento Industrial 8 Responsabilidade socioambiental Conceito: 9 Está ligada a ações que respeitam o meio ambiente e a políticas que tenham como um dos principais objetivos a sustentabilidade. Todos são responsáveis pela preservação ambiental: governos, empresas e cada cidadão. Histórico 10 o 11 Responsabilidade socioambiental Certamente, você já ouviu falar em responsabilidade socioambiental, não é mesmo? Pois sabia que foi na década de 1990 por meio de uma reunião mundial sobre gerenciamento ambiental, que se tornou forte a divulgação responsabilidade socioambiental. 12 Responsabilidade socioambiental Mas de que forma as organizações podem chegar a um patamar de responsabilidade socioambiental? Quais os caminhos a percorrer? Quais as dificuldades a serem encontradas? 13 Responsabilidade socioambiental Todos esses questionamentos são naturais quando se busca um objetivo, uma nova forma de fazer algo novo. Tal situação refletiu em diversas ações voltadas para a área ambiental, entre elas, é possível destacar: a) Respeitar e auxiliar a comunidade; b) Criar politicas de meio ambiente; c) Criar dispositivos para a proteção dos trabalhadores; d) Realizar sistemas que garantam ações ambientalmente corretas; e) Buscar o crescimento sustentável; f) Inserir ações ambientais na missão das organizações g) Ser estratégico com as ações ambientais; h) Atender clientes e fornecedores com foco ambiental; i) Auxiliar as comunidades na busca pelo desenvolvimento sustentável. 14 ECO 92 ECO 92 - Acordo global dos países para reverterem a alarmante tendência de degradação ambiental apontada por especialistas e ativistas ecológicos. Foi a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro, em junho de 1992. Também conhecida como Cúpula da Terra, ela reuniu mais de 100 chefes de Estado para debater formas de desenvolvimento sustentável, um conceito relativamente novo à época. “O primeiro uso do termo é de 1987feito pela ONU. Dai nasce a Agenda 21 através de consulta a população. 15 Agenda 21 A Agenda 21 pode ser definida como um instrumento de planejamento para a construção de sociedades sustentáveis, em diferentes bases geográficas, que concilia métodos de proteção ambiental, justiça social e eficiência econômica. A Agenda 21 Brasileira é um instrumento de planejamento participativo para o desenvolvimento sustentável do país, resultado de uma vasta consulta à população brasileira. 16 Qualidade de Vida Para iniciar o estudo, pense nas seguintes questões: Quais são as suas preocupações? Trabalho, relacionamento, família? Como você tem cuidado do seu corpo? Ele é sua casa e a forma como você cuida dele, é que determina sua aparência, seu estado mental e emocional. Você leva uma vida saudável? 17 Qualidade de Vida Para ter uma vida saudável não basta apenas evitar doença, é preciso estar bem emocionalmente, fisicamente, socialmente e espiritualmente. As nossas escolhas afetam amaneira como vivemos e a quantidade de nãos que vivemos. 18 Qualidade de Vida 19 DESVIO É toda ação que visa o não cumprimento de uma norma ou procedimento de segurança, podendo gerar agravos à saúde e à integridade física do trabalhador, bem como, um diminuição na produção fabril. Termologia Técnica 20 Vamos entender melhor através de alguns exemplos: Termologia Técnica a) Circular fora da faixa de segurança; b) Dirigir uma empilhadeira ou plataforma elevatória sem ser habilitado; c) Executar um trabalho ema altura sem utilizar sinto de segurança d) Realizar um trabalho com solda sem o preenchimento de uma permissão de trabalho especial; e) Não realizar o bloqueio de energias perigosas ao realizar uma ação preventiva ou corretiva em maquinas e equipamentos; f) Trabalhar em maquinas ou equipamentos com correias ou engrenagem expostas; g) Não reportar princípios de incêndios ou qualquer emergência; h) Não realizar o Check-list de segurança da empilhadeira antes de utiliza-la. 21 Um incidente compreende toda uma situação que poderia ter gerado dano pessoal. Ele inclui o dano material, o de estrutura e a perda de tempo para arrumar algo gerado por um incidente. Incidente a) batida de empilhadeira em caixa de hidrante; b) Queda de materiais próximo ao trabalhador; c) Vazamento de vapor; d) Vazamento de óleo de maquinas e equipamentos; e) Vazamento de produtos químicos; f) Colisão sem lesão corpora. 22 SEGURANÇA DO TRABALHO Denomina-se Segurança do Trabalho, a disciplina que congrega estudos e pesquisas visando eliminar os fatores perigosos que conduzem ao acidente ou reduzir os seus efeitos. 23 24 O Que é Segurança do Trabalho ? Segurança do trabalho pode ser entendida como conjuntos de medidas que são adotadas visando zerar os acidentes de trabalho, doenças ocupacionais, bem como proteger a integridade e a capacidade de trabalho do trabalhador 25 A Segurança do Trabalhoestuda diversas disciplinas como: Introdução a Segurança Higiene e Medicina do Trabalho Prevenção e Controle de riscos em maquinas, equipamentos e instalações. Psicologia na Engenharia de Segurança Comunicação e Treinamento Gerência de Riscos Proteção contra incêndio e explosões O ambiente e as doenças do trabalho Etc... 26 Quadro de Segurança da Empresa Compõe-se de uma equipe multidisciplinar composta por: -Eng° de Segurança do Trabalho -Técnico de Segurança do Trabalho -Médico do Trabalho -Enfermeiro do Trabalho -Auxiliar em Enfermagem do Trabalho 27 Estes profissionais formam o SESMT- Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho. Também os funcionários da empresa constituem a CIPA- Comissão Interna de Prevenção de Acidentes 28 A Segurança do Trabalho é definida por normas e leis. No Brasil a Legislação de Segurança do Trabalho compõe-se de Normas Regulamentadoras, Normas Regulamentadoras Rurais, outras leis complementares, como portarias e decretos e também as convenções Internacionais da Organização Internacional do Trabalho, ratificadas pelo Brasil. 29 Porque minha empresa precisa constituir uma Equipe de Segurança do Trabalho? 30 Porque é exigido por lei. Por outro lado, a Segurança do Trabalho faz com que a empresa se organize, aumentando a produtividade e a qualidade dos produtos, melhorando as relações humanas no trabalho e a qualidade de vida do trabalhador 31 É toda situação perigosa que possa causar dano ou lesão em alguma pessoa ou ao patrimônio. Perigo é a situação que contém “uma fonte de energia ou de fatores fisiológicos e de comportamento/conduta que, quando não controlado conduzem a eventos/ocorrências prejudiciais/nocivas,” Perigo 32 É a expectativa de uma perda. É uma combinação de gravidade e da probabilidade apresentadas por um perigo. Temos vários equipamentos eletrônicos ligados na energia elétrica em nossa casa, certo? Os fios constituem um risco, porém há uma possibilidade pequena de ser um perigo se eles estiverem em perfeito estado de conservação. Assim, o risco é visto como algo potencial. Risco 33 34 Conceito Legal - Lei 8213/91 Art. 19 O da CLT É aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, ou perda, ou redução permanente ou temporária da capacidade para o trabalho. Acidente de trabalho 35 CONCEITO PREVENCIONISTA É uma ocorrência não programada, inesperada ou não, que interrompe ou interfere no processo normal de uma atividade, ocasionando perda de tempo útil e/ou lesões nos trabalhadores e/ou danos materiais, sendo resultado de ações, cometidas ou condições existentes, abaixo dos padrões de segurança estabelecidos. 36 CAUSAS DO ACIDENTE DO TRABALHO Todo acidente tem causas definidas, por mais imprevisível que possa parecer. Os acidentes, de maneira geral, são resultados de uma combinação de causas, entre elas a falha humana e a falha de material. 37 CAUSAS DO ACIDENTE DO TRABALHO Os quatro elementos que estão envolvidos em processos industriais são: ‘ Pessoas Equipamentos Materiais Ambiente 38 CAUSAS DO ACIDENTE DO TRABALHO Pessoas Queimadura de terceiro grau – não estava usando balaclava. 39 CAUSAS DO ACIDENTE DO TRABALHO Equipamentos 40 CAUSAS DO ACIDENTE DO TRABALHO Materiais 41 CAUSAS DO ACIDENTE DO TRABALHO Ambiente 42 Planejamento, Organização, Liderança e Controle 43 Causas Básicas A falta de controle administrativo permite a existência de certas causas básicas que geram acidentes afetando a operação industrial. 44 Essas Causas são Classificadas em dois Grupos: Fatores Pessoais de insegurança Falta de conhecimento ou de capacidade para o trabalho ou tarefa. Movimentação incorreta ou insuficiente. Problemas físicos ou mentais Outros. Fatores do trabalho Normas inadequadas de trabalho. Projeto inadequado Operação inadequada. Normas inadequadas de compras. Desgaste anormal devido ao uso inadequado ou abuso. Outros. 45 Causa imediata Ë um ato abaixo dos padrões, também, conhecido como atos e condições inseguras que podem levar a um acidente. O sintoma da causa imediata pode ser a existência das causas básicas que podem afetar a operação industrial e consequentemente remeter as perdas pessoais e ao patrimônio. 46 CONSEQUÊNCIAS DO ACIDENTE DO TRABALHO Para o Trabalhador Sofrimento Físico; Desamparo à Família; Incapacidade para o trabalho. Para a Sociedade Aumento de impostos; Aumento do custo de vida; Perda de elementos produtivos; Maior número de dependentes para coletividades. 47 CONSEQUÊNCIAS DO ACIDENTE DO TRABALHO Para a Empresa Perda de tempo, produtos e Faturamento; Dificuldades com autoridade; Gastos com serviços médicos. 48 Em uma carpintaria, é muito utilizada a serra circular, que produz elevado nível de ruído e muita poeira no ambiente. Um trabalhador, sem treinamento adequado e sem usar o EPI especificado, levanta a proteção da serra freqüentemente para que a madeira, mais larga que a bancada da serra circular, possa deslizar mais facilmente e assim direcionar o seu corte. Durante o serviço, o trabalhador machuca seu dedo. O que causou o acidente com lesão? 49 CAUSAS DO ACIDENTE 1. Com relação à Pessoa: 2. Com relação ao Equipamento: 3. Com relação ao Material: 4. Com relação ao Ambiente de Trabalho: 50 Com relação à Pessoa: estava sem treinamento não usava o EPI retirou (levantou) a proteção da serra adotou postura inadequada para o trabalho faltou supervisão Com relação ao Equipamento: a eliminação da proteção da serra deveria desligar a máquina a serra deveria estar realizando sua tarefa sem necessidade de adaptações Com relação ao Material: a madeira deveria estar adequada ao tamanho da bancada da serra circular Com relação ao Ambiente de Trabalho: o ruído e a poeira no ambiente de trabalho causam além de doença do trabalho, desconcentração e irritabilidade ao trabalhador 51 ESTATISTICA – NACIONAL E ESTADUAL 52 Para levantamento estatístico, considere as novas metodologias que caracterizam os acidentes de trabalho no Brasil. Desde abril de 2007, entende-se como acidente de trabalho aqueles eventos que tiverem Comunicação de Acidente de Trabalho – CAT protocoladas no INSS e aqueles que, embora não tenham sido objetivo de CAT, deram origem ao beneficio por incapacidade de natureza acidentaria. 53 54 Análise de acidente 55 Análise de Acidentes Para chegar nesse diagnóstico, deve haver um trabalho muito cuidadoso de coleta, análise, agrupamento, catalogação. Um processo de análise completo, sobre todos os aspectos possíveis do acidente. Atenção Análise de Acidentes Nenhuma técnica é simples demais que deva ser descartada, principalmente quando o assunto é acidente de trabalho. E nenhuma técnica é demasiada complexa que não se pode utilizar. Pode ocorrer que, em algum momento, seja necessário reunir mais de uma testemunha ou pessoa envolvida na ocorrência, de forma que o trabalho em equipe seja fundamental. Você já ouviu falar em BRAINSTORM? Análise de Acidentes A técnica de brainstorm ou tempestade cerebral é utilizada para fazer um levantamento inicial de informações. Essa técnica consiste em registrar – em um quadro escolar, folhas de flip chart – o máximo possível de causas para o ocorrido, que é relatado pelos participantes. Nesse processo, nada é desperdiçado, todas as opiniões e causas possíveis são anotadas, invariavelmente. Análise de Acidentes Em seguida ao brainstorm, pode ser realizado um diagrama de espinha de peixe ou diagrama de Ishikawa. Apesar de ser uma ferramenta de gestão de qualidade, esse diagrama, de elaboração prática e fácil, pode se tornar uma excelente ferramentana mão do técnico, pois permite agrupar causas possíveis e chegar a um relatório, contendo todo o diagnóstico levantado na primeira fase (brainstorm). Análise de Acidentes Análise de Acidentes Análise de Acidentes É importante determinar pelo menos um indivíduo para cada tarefa que deve ser feita. Paralelamente, podem ser pesquisadas outras causas sobre possíveis riscos que venham a causar algum dano no mesmo ambiente. A seguir outra ferramenta de qualidade pode ser empregada, o 5W2H Análise de Acidentes Plano de Ação O plano de ação criado deve ser divulgado e executado por meio de anúncios (intranet, murais, reuniões, CIPA, etc.), por meio de comunicado aos responsáveis envolvidos, direta ou indiretamente (e-mail, arta, comunicado interno), e aos gestores e diretores, por gráficos e apresentações. Análise de Acidentes Plano de Ação A necessidade de evitar preconceitos ou utilizar argumentos pré-concebidos, por exemplo, se houve falta de cuidado do trabalhador, então o erro é humano. Mas não se analisa o porquê de o trabalhador não ter tomado cuidados extras naquela situação, se o procedimento correto foi seguido, se os dispositivos de segurança estavam ajustados adequadamente, entre outros. Algumas orientações no processo de análise devem ser destacadas. Análise de Acidentes Reabilitação Profissional Apesar da importância da reabilitação profissional, é necessário aumentar os esforços para reabilitar os trabalhadores com deficiência ou consequência de algum acidente de trabalho ou doença profissional. Atualmente, a reabilitação profissional abrange a prestação de serviços assistenciais a um grupo amplo de pessoas com condicionamento físico e mental diferentes. O que é Reabilitação Profissional?? Reabilitação Profissional é um processo que permite ao indivíduo com problemas de ordem psicológica, cognitiva, emocional, comprometimento funcional físico ou de saúde para superar obstáculos ao acesso, manutenção ou regresso, parcial ou total, às suas funções no trabalho e na vida pessoal e outras ocupações úteis à sociedade. Reabilitação Profissional Foco da Reabilitação Profissional O foco da reabilitação profissional é ajudar trabalhadores a manter ou recuperar a capacidade produtiva, de ação e participação no trabalho, ao contrário de tratar a doença ou lesão por si própria. Reabilitação Profissional Reabilitação Profissional Atualmente, a reabilitação profissional é bastante reconhecida, pois gera notáveis benefícios econômicos para as empresas e para o governo, além de propiciar ao trabalhador o engajamento em uma atividade útil e uma valorização do indivíduo, na recuperação de problemas de saúde física e mental. Nota: Reabilitação Profissional No Brasil, a Previdência Social é o órgão governamental que tem o objetivo de oferecer aos segurados incapacitados para o trabalho, por motivo de doença ou acidente, os meios de reeducação ou readaptação profissional para o seu retorno ao mercado de trabalho. O atendimento é feito por equipe de médicos, assistentes sociais, psicólogos, sociólogos, fisioterapeutas e outros profissionais. A reabilitação profissional pode ser prestada também aos dependentes, de acordo com a disponibilidade das unidades de atendimento da Previdência Social. Depois de concluído o processo de reabilitação profissional, o INSS emitirá certificado indicando a atividade para a qual o trabalhador foi capacitado profissionalmente. Reabilitação Profissional Nesses casos, é comum surgirem problemas, principalmente da parte do trabalhador, que argumenta não conseguir realizar as mesmas atividades de antes do ocorrido. Algumas vezes, chefes e gerentes não colaboram e aumentam ainda mais o preconceito que já pode existir antes desse estímulo negativo, devido a problemas com baixa produtividade, por exemplo. Reabilitação Profissional Reabilitação Profissional Artigo 118 da Lei nº 8.213 de 24 de Julho de 1991 Art. 118. O segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida, pelo prazo mínimo de doze meses, a manutenção do seu contrato de trabalho na empresa, após a cessação do auxílio-doença acidentário, independentemente de percepção de auxílio-acidente. Reabilitação Profissional Sendo assim, algumas empresas veem estas dispensas médicas (altas) programadas como um desafio que exige esforços e cautela na execução de casos mais complexos, que possam desgastar a relação da empresa com o INSS, em especial nos casos onde houve, efetivamente, redução da capacidade produtiva do trabalhador. Reabilitação Profissional Naturalmente, é muito mais viável e inteligente para a empresa investir em reabilitação profissional do indivíduo, para que este exerça novas funções originais no ambiente da empresa ou fora deste. Reabilitação Profissional Sob o ponto de vista financeiro, os recursos investidos inicialmente são amplamente compensados, por meio da redução ou extinção de pedidos de reparação por dano, pensão vitalícia, entre outros contratempos. Reabilitação Profissional A lei 8.213/91, em seu artigo 93, regula a obrigatoriedade das empresas com 100 ou mais empregados preencherem seus quadros com 2% a 5% dos cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas portadoras de deficiência. Reabilitação Profissional Art. 93. A empresa com 100 (cem) ou mais empregados está obrigada a preencher de 2% (dois por cento) a 5% (cinco por cento) dos seus cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas portadoras de deficiência, habilitadas, na seguinte proporção: I - até 200 empregados...........................................2%; II - de 201 a 500.......................................................3%; III - de 501 a 1.000...................................................4%; IV - de 1.001 em diante. .........................................5%. Reabilitação Profissional a) Análise e avaliações. b) Serviços de recolocação. c) Estabelecimento de metas e planejamento de intervenção. d) Prestação de consultoria e promoção da saúde, em prol do retorno ao trabalho. e) Apoio à autogestão das condições de saúde. f) Aconselhamento de carreira profissional. g) Aconselhamento individual e em grupo, focado em facilitar os ajustes ao impacto médico e psicológico da deficiência. h) Avaliação de programas e pesquisas. i) Intervenções para eliminar aspectos ambientais, atitudinais, trabalhistas, entre outros. Reabilitação Profissional Técnicas utilizadas para Reabilitação Profissional Para levantamento estatístico, considere as novas metodologias que caracterizam os acidentes de trabalho no Brasil. Desde abril de 2007, entende-se como acidentes de trabalho aqueles eventos que tiveram Comunicação de Acidente de trabalho – CAT protocoladas no INSS e aqueles que, embora não tenham sido objeto de CAT, deram origem ao benefício por incapacidade de natureza acidentária. (MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL), 2009). Estatísticas – Estadual e Nacional Estatísticas – Estadual e Nacional A maneira que o INSS contabiliza essas informações de registro de CATs leva em consideração a data do acidente de trabalho. No caso de doença profissional é considerada a data da incapacidade laborativa para suas atividades habituais ou no dia em que foi realizado o diagnóstico do trabalhador Todos os dados de acidentes que não tem suas CATs registradas pelas organizações são obtidos pelo levantamento da diferença entre o conjunto de benefícios acidentários concedidos pelo INSS com data de acidente no ano civil* e o conjunto de benefícios acidentários concedidos com CAT vinculada, referente ao mesmo ano. * Ano Civil : Período de tempo compreendido entre 1 de janeiro e 31 de dezembro Estatísticas – Estadual e Nacional Para chegar nessa estatística, é necessário que o trabalhador informe anualmente o número de acidentes ocorridos em seu estabelecimento,o que é papel da segurança do trabalho, mais especificamente dos técnicos em segurança do trabalho. Estatísticas – Estadual e Nacional Mas como saber esses dados???? É possível considerar diversos indicadores para medir o risco no trabalho. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) utiliza três indicadores para medir e comparar a periculosidade entre diferentes setores de atividades econômicas de um país (ILO< 1971). Estatísticas – Estadual e Nacional Estatísticas – Estadual e Nacional Indíce de frequência Indíce de gravidade Indíce de incidência Estatísticas – Estadual e Nacional A NBR nº 14.280 (ABNT, 2011) sugere a construção dos seguintes indicadores: . taxa de frequência (total, com perda de tempo e sem perda de tempo de atividade), . taxa de gravidade e medidas de avaliação da gravidade (número médio de dias perdidos em consequência de incapacidade temporária total, número médio de dias perdidos em consequência de incapacidade permanente e tempo médio computado). Estatísticas – Estadual e Nacional Muitos estudos, elaborados por especialistas, sugerem a adoção de um indicador que permita avaliar o custo social dos acidentes do trabalho. Entre todos os indicadores sugeridos, é possível destacar três que foram considerados bases para o estudo: os índices de frequência, gravidade e custo Nota: Estatísticas – Estadual e Nacional Este indicador mede a quantidade de acidentes que geraram benefício, para cada 1.000.000 de homens-horas trabalhada, podendo ser escrito como a seguinte fórmula. TAXA DE FREQUÊNCIA ACOMPANHE!!! Estatísticas – Estadual e Nacional É o número de acidentados por milhão de horas de exposição ao risco, em determinado período. Essa taxa é expressa e calculada pela seguinte fórmula: F=N X 1.000.000 H Onde: F = Taxa de Frequência de acidentados N= Número de acidentados H= Horas-Homem de exposição ao risco TAXA DE FREQUÊNCIA HHT é a quantidade de homens-horas trabalhada. Esse cálculo é realizado por meio da somatória das horas de trabalho de cada trabalhador exposto ao risco de acidentes de trabalho. A quantidade de trabalhadores se remete ao número de pessoas registradas na organização durante aquela determinada competência fiscal. Para o numerador desse índice, serão contemplados somente os acidentes de trabalho que geraram benefícios pagos pela previdência social a fim de não penalizar as organizações que informam seus números corretamente. TAXA DE FREQUÊNCIA Estatísticas – Estadual e Nacional Essa taxa indica a potencialidade de cada um dos acidentes registrados, a partir do período real de afastamento do trabalhador, determinando, assim, a perda laborativa devido à incapacidade para o trabalho. TAXA DE GRAVIDADE ACOMPANHE!!! Estatísticas – Estadual e Nacional É o número que exprime a quantidade de dias computados nos acidentes com afastamentos por milhão de horas-homem de exposição ao risco. Essa taxa é expressa e calculada pela seguinte fórmula: G = T x 1.000.000 H Onde: G = Taxa de Gravidade T= Tempo computado H= Horas-Homem de exposição ao risco TAXA DE GRAVIDADE Segundo a Organização Internacional do Trabalho – OIT, esse indicador deve ser multiplicado por 1.000. A NBR 14.280/2011 recomenda a multiplicação por 1.000.000. A sugestão da OIT FOI ADOTADA PELA METODOLOGIA. TAXA DE GRAVIDADE 94 Caso e Relatos
Compartilhar