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CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICA DE SANTA CATARINA CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO DISCIPLINA: TECNOLOGIA - INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO PROFESSORA: FABIANA MENDES PAULA DELAI RIEDI CONCRETO: Revolução na arte de projetar JOINVILLE 2020 2 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 5 2 OBJETIVOS ........................................................................................................................... 9 3.1 OBJETIVOS ESPECÍFICO ........................................................................................... 8 3 REFERENCIAL TEÓRICO E CONCEITUAL ............................................................................ 9 3.1 As origens e a evolução do concreto …………….…………….………..…………...……… 10 3.2 Definições e composição ...................................................................................... 10 3.3 Generalidades e propriedades …………………….................................................... 10 3.4 Possibilidades e aplicações do concreto …......................................................... 10 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................................. 12 5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................................13 3 1 INTRODUÇÃO Em uma breve abordagem, pode-se afirmar que o concreto, proveniente da inventividade construtiva do homem, é um material composto artificial, que depois de endurecido apresenta resistência semelhante às das rochas naturais, e em estado fresco é um material de extrema plasticidade, possibilitando inúmeras formas e tamanhos. (PEDROSO, 2009). Duas características que diferenciam o concreto dos outros materiais são a resistência à água, que diferente dos compostos como aço e madeira o concreto sofre menor deterioração quando exposto à água, tornando viável sua utilização em diversos tipos de obras, e o outro fator bastante diferencial do concreto em relação aos outros materiais é a grande disponibilização de seus elementos constituintes por um preço acessível. Como material mais utilizado na construção civil, o concreto trata-se basicamente da composição entre pelo menos um aglomerante, no caso o cimento e, também, água, pedra e areia, além de outros materiais eventuais, denominados como aditivos. O cimento, que atua como aglomerante, ao ser hidratado com a água, dá origem a uma espécie de pasta, que deverá aderir aos agregados graúdos e miúdos da mistura, formando um material de alta plasticidade e resistência à compressão. (ALMEIDA, 2002). Pode-se citar concretos específicos para diferentes tipos de finalidade, garantindo eficácia integral nos serviços do setor construtivo. Diante de todas as possibilidades propostas pelo concreto e seus derivados, e do desenvolvimento alavancado pelo seu surgimento, reconhece-se a sua importância para a humanidade, conforme corrobora Toraya: 4 ”Não estará a humanidade passando por uma era que no futuro será conhecida como a Idade de Cimento? Talvez seja muito cedo para tal afirmação, mas é legítimo perguntar sobre a existência de uma Era ou até mesmo de uma Idade marcada pelo cimento.” (TORAYA, 2002). 2 OBJETIVOS Considera-se como objetivo geral desta pesquisa realizar um estudo científico a respeito do concreto estrutural de classe de resistência C25 e traço 1:2:3, identificando sua origem, composição, propriedades e aplicações. 2.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ● Realizar uma pesquisa histórica a respeito do concreto, demonstrando as circunstâncias que conduziram a sua elaboração. ● Estabelecer relações entre o concreto e a construção civil, elencando seus usos e possibilidades. ● Detalhar as propriedades e características do material, a fim de compreender a sua performance. ● Elaborar uma análise crítica sobre o tema, ponderando a relevância do concreto para o desenvolvimento da sociedade. 3 REFERENCIAL TEÓRICO/CONCEITUAL Este tópico abrange quatro capítulos principais, como fundamentação teórica necessária para a elucidação do tema e embasamento do trabalho a ser desenvolvido. O capítulo As origens e a evolução do concreto, denota as circunstâncias e o impulsos que levaram o homem a desenvolver o material construtivo mais utilizado no Brasil e no mundo. Em Definições e composição, faz-se uma abordagem técnica, discorrendo sobre definições básicas e os elementos constituintes do concreto. Em seguida, o capítulo As propriedades do concreto aborda conceitos como resistência e trabalhabilidade, 5 realizando uma análise mais apurada a respeito do concreto específico a ser estudado, neste caso, o concreto C25, de traço 1:2:3. Por fim, o capítulo Possibilidades e aplicações do concreto demonstra a multiplicidade de usos, relacionando uma série de aplicações na construção civil. 3.1 AS ORIGENS E A EVOLUÇÃO DO CONCRETO Em um panorama amplo, para se compreender o surgimento do concreto, é preciso investigar as primeiras manifestações que induziram o homem a desenvolver tecnologias na arte de projetar e construir estruturas. Segundo Andrade e Helene (2010), por volta de 48 séculos atrás, os egípcios desenvolveram métodos e procedimentos para a utilização de rochas como material de construção de estruturas estáveis e duráveis, substituindo materiais como madeira e argila que até então eram os mais utilizados. O político e alquimista Imhotep, foi considerado e nomeado o primeiro Arquiteto da história da humanidade - já que a denominação de Engenheiro somente seria adotada muitos séculos depois - após projetar e construir em blocos de rocha a primeira pirâmide durável do planeta, a Pirâmide escalonada de Djoser (Figura 1). Figura 1: Pirâmide escalonada de Djoser, considerada a primeira pirâmide projetada e construída pelo homem. Fonte: Wikipedia, 2010. 6 Percebeu-se então que o novo material empregado se mostrou muito mais durável e competente para proteger os restos mortais dos imperadores egípcios, dando origem às obras de engenharia mais resistentes ao tempo na história da humanidade, e denotando o poder criativo e o desenvolvimento desta civilização. Posteriormente, grandes civilizações como os gregos, romanos, incas e astecas, fizeram uso da rocha, escrevendo a história por meio da construção civil. (ANDRADE; HELENE, 2010). Historicamente, quem começou a utilizar o concreto em grande escala como material de construção foi o povo da Roma Antiga. O Antigo Império Romano, aplicouconcreto simples em centenas de quilômetros de rodovias e pavimentos (Figura 2), além de construir a cúpula de maior vão livre da antiguidade, o Panteão de Roma, com 44m de diâmetro, feita em caixotões de concreto. Figura 2: Via Ápia, uma das principais estradas da antiga Roma. Fonte: Wikipedia, 2008. Andrade e Helene (2010) explicam que o concreto romano tratava-se de um concreto primitivo, obtido da mistura de cal hidratada com argila pozolânica, abundante 7 na região de Pozzuoli, que o transformava em um material muito durável mas, ainda, com resistências baixas, comparadas às de hoje. Milhares de séculos mais tarde, em 1756, o inglês John Smeaton descobre a mistura calcinada de calcário e argila, retomando o desenvolvimento do material. Na sequência, em 1818, o químico francês Louis Vicat apresenta o resultado de seus estudos sobre a criação de um tipo de cimento artificial, composto de calcário e argila. Finalmente, em 1824, o inglês John Aspdin cria e patenteia o cimento Portland, principal elemento de composição do concreto atual. (ENGEMIX, [20??], web). Aspdin queimou conjuntamente pedras calcárias e argila e, a seguir, moeu-as, transformando-as num pó fino. Percebeu então que obtinha uma mistura que, após secar, tornava-se tão dura quanto as pedras empregadas nas construções, e que a mesma não se dissolvia em água, a patenteando com o nome de cimento Portland, em função da cor e das propriedades de durabilidade e solidez semelhantes às rochas da ilha britânica de Portland. O cimento portland, misturado com água e outros materiais de construção, tais como a areia, a pedra britada, o pó-de-pedra, a cal e outros, resulta nos concretos e nas argamassas usadas na construção de casas, edifícios, pontes, barragens etc. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND, 2002, web). No Brasil, os primeiros estudos relativos à fabricação do cimento Portland iniciaram em 1888, quando o comendador Antônio Proost Rodovalho instalou uma fábrica em sua fazenda, situada em Santo Antônio - SP, que operou por anos extinguindo-se definitivamente em 1918. Várias iniciativas esporádicas de fabricação de cimento foram desenvolvidas nessa época. (BATTAGIN, 2010). Apesar das tentativas que se seguiram, o marco da implantação da indústria brasileira de cimento se deu em 1924, com a construção de uma fábrica em Perus (Figura 3), Estado de São Paulo, pela Companhia Brasileira de Cimento Portland. As 8 primeiras toneladas foram produzidas e colocadas no mercado em 1926, sendo gradativamente elevada com a implantação de novas fábricas. (CARVALHO, 2010). Figura 3: Fábrica de cimento Portland em Perus, São Paulo. Fonte: São Paulo in Foco, 2017. 3.2 DEFINIÇÕES E COMPOSIÇÃO Em uma definição breve sobre o concreto pode-se dizer que é um material empregado na construção civil, proveniente da mistura, em proporção adequada, de: aglomerantes, agregados, água e possíveis aditivos. Segundo Mehta e Monteiro (2008), em uma definição mais científica “o concreto é um material composto que consiste essencialmente de um meio contínuo aglomerante, dentro do qual estão mergulhados partículas ou fragmentos de agregados”. Neste contexto, compreende-se que: ● O aglomerante é o cimento em presença de água; ● O agregado é qualquer material granular, como areia, pedregulho, seixos, rocha britada, escória de alto-forno e resíduos de construção e de demolição; 9 ● Os aditivos e adições são substâncias químicas adicionadas ao concreto em seu estado fresco que lhe alteram algumas propriedades, adequando-as às necessidades construtivas. Com relação aos elementos que compõe o concreto, elaborou-se uma imagem esquemática: Fonte: Engemix, adaptado pela autora. Elaborou-se também um organograma demonstrando as etapas de mistura dos elementos que compõem o concreto, organizados por ordem: Fonte: Engemix, adaptado pela autora. 10 a) Pasta: Resulta das reações químicas do cimento com a água. Quando há água em excesso, denomina-se nata. b) Argamassa: Provém da pela mistura de cimento, água e agregado miúdo, ou seja, pasta com agregado miúdo. c) Concreto simples: É formado por cimento, água, agregado miúdo e agregado graúdo, ou seja, argamassa e agregado graúdo. Ao se fazer a mistura do concreto, deve-se atentar as etapas, pois elas deverão influenciar na qualidade do concreto. Portanto, para obterem-se as características essenciais do concreto, como a facilidade de manuseio quando fresco, boa resistência mecânica, durabilidade e impermeabilidade quando endurecido, faz-se necessário o conhecimento destes fatores: uso de materiais de boa qualidade; a proporção correta dos componentes; a manipulação adequada do concreto e a cura cuidadosa. (ALMEIDA, 2002). Como material estrutural, o concreto apresenta várias vantagens em relação a outros materiais, que estão diretamente relacionadas ao processo e aos seus componentes. Dentre as principais vantagens estão a alta maleabilidade, que permite grande variabilidade de formas e de concepções, a boa resistência à maioria dos tipos de solicitação, desde que seja feito um correto dimensionamento, o baixo custo dos materiais - água e agregados graúdos e miúdos -, o baixo custo de mão-de-obra, pois em geral não exige profissionais com elevado nível de qualificação, a durabilidade do material e outros. PINHEIRO (2007). Ainda sobre a sua composição, também podem ser adicionados ao concreto aditivos, que modificam algumas características do concreto, para facilitar a aplicação e melhorar a trabalhabilidade do mesmo. Dentre os mais comuns pode-se citar: o aditivo plastificante (Figura 4), que reduz em 6% a quantidade de água a ser adicionada, mantendo a resistência e elevando a trabalhabilidade (ou vice-versa); os aditivos 11 retardadores, que aumentam o tempo para aplicação, Evitando a perda de consistência e reduzindo o calor de hidratação (a perda de água é menos intensa, evita rachaduras e segregação); e o aditivo acelerador, que permite a utilização do concreto a baixas temperaturas, diminuindo o tempo de desforma do concreto (pré-moldados). (UNICAMP, [20??], web). Figura 4: Aditivo plastificante CEMIX, um dos tipos de aditivos para concreto. Fonte: VEDACIT, 2019. CIMENTO CP I - Classe de resistência: 25 MPa. O cimento de classificação CP I (Figura 5), é o primeiro cimento portland lançado no mercado brasileiro. Se diferencia por não conter nenhuma adição além de gesso, como retardador de pega.É considerado o cimento referência e base para o desenvolvimento dos outros tipos de cimento, que levam na composição outros aditivos. Apesar do cimento CP I atender às necessidades da maioria das aplicações comuns, apenas 1% de todo o cimento consumido no Brasil faz parte desta categoria. Em sua composição, utiliza uma grande quantidade de clínquer, fator que faz com que o produto ocasione maior prejuízos ao meio ambiente. 12 Enquanto ao traço 1:2:3, é considerado a fórmula básica, pois atende à maior parte das estruturas comuns em obras de pequeno porte. Neste caso, a proporção significa: ● 1: o primeiro número diz respeito ao cimento. ● 2: o segundo diz respeito ao agregado miúdo (areia). ● 3: o terceiro diz respeito ao agregado graúdo (brita). Isto significa que, ao se usar um saco de 100kg de cimento, pesando aproximadamente 80 litros, será necessário utilizar 160 litros de areia e por fim 300 litros de brita, ou seja, 1 parte de cimento por 2 partes de areia e 3 partes de brita. Lembrando que a água deve ser muito bem dosada pois implicará na trabalhabilidade do produto final. 3.3 GENERALIDADES E PROPRIEDADES Os parâmetros de classificação do concreto podem variar, entretanto, ao se falar de um modo mais amplo a respeito dos tipos de concreto, geralmente classifica-se com base no processo produtivo e/ou seus componentes. Dentro disso, pode-se citar os tipos como o concreto armado, concreto protendido, concreto leve, concreto de alto desempenho, concreto usinado entre outros. Entretanto, também é possível classificá-lo conforme massa específica e a resistência: Classificação conforme massa específica: 1. Concreto pesado = 2,8 a 5,0 tf/m³ 2. Concreto normal = 2,0 a 2,8 tf/m³ 3. Concreto leve = 1,2 a 2,0 tf/m³ Classificação conforme resistência: 1. Concreto de baixa resistência: resistência menor que 20MPa 2. Concreto de resistência convencional: resistência entre 20MPa e 40MPa 13 3. Concreto de alta resistência (CAD): resistência superior a 40MPa O concreto possui propriedade de resistência tração e compressão, neste último caso, Almeida (2002) afirma que a resistência à compressão simples é a característica mais importante de um concreto. É determinada em corpos de prova padronizados para possibilitar que resultados de diferentes concretos possam ser comparados. É necessário também compreender que as propriedades do concreto podem diferir do estado fresco para o estado molhado, como detalha Almeida (2002): PROPRIEDADES DO CONCRETO FRESCO Consistência e trabalhabilidade: ‘’A consistência traduz as propriedades intrínsecas da mistura fresca relacionada com a mobilidade da massa e a coesão entre os elementos componentes, tendo em vista a uniformidade e a compacidade do concreto. Já a trabalhabilidade não é apenas uma característica inerente ao próprio concreto, mas envolve também as considerações relativas à natureza da obra e aos métodos de execução adotados, neste caso, as operações de transporte, lançamento e adensamento do concreto devem ser cuidadosas, permitindo a obtenção de uma massa homogênea e sem vazios.’’ Exsudação: ‘’Exsudação é a tendência da água de amassamento de vir à superfície do concreto recém lançado. Em conseqüência, a parte superior do concreto torna-se excessivamente unida, produzindo um concreto poroso e menos resistente. A água, ao subir à superfície, pode carregar partículas finas de cimento, formando uma pasta, que impede a ligação de novas camadas de material e deve ser removida cuidadosamente.’’ PROPRIEDADES DO CONCRETO ENDURECIDO Massa específica: ver Classificação conforme massa específica. Deformações: ‘’As deformações do concreto podem ser causadas por variação das condições ambientes - incluindo retração e deformações provocadas por variações de 14 umidade e temperatura ambiente, e as deformações causadas pela ação de cargas externas - deformação imediata, deformação lenta, deformação lenta recuperável e fluência.’’ 3.4 POSSIBILIDADES E APLICAÇÕES DO CONCRETO Como já foi mencionado, o concreto possui um papel de destaque na construção civil, como o principal e mais consumido material construtivo. Pode-se considerar que alguns fatores principais possibilitaram a popularidade do concreto, dentre estes fatores podem ser mencionados: ● Versatilidade: É um material de fácil produção e manejo, com plasticidade notável, que possibilita ser moldado. ● Durabilidade: O concreto é um material de alta resistência a diversos fatores, inclusive a água. ● Economia: É considerado um dos materiais mais baratos do mercado, e de grande disponibilidade. De forma mais direta, pode-se relacionar a aplicação do concreto nos seguintes casos: Estruturas – Como os edifícios e pontes; Pavimentos – Como estradas e passeios; Peças pré-moldadas – Como tijolos, postes , tubos, etc. A seguir, elenca-se um exemplo para cada uma destas aplicações. ESTRUTURAS Os edifícios são compostos por um conjunto de elementos estruturais (Figura 5) responsáveis por atribuir rigidez ao mesmo, e esta resistência desses elementos está diretamente relacionada ao material que os compõe. Em uma abordagem geral, pode-se elencar os principais elementos: 15 1. Lajes: Responsáveis por receber, além das cargas permanentes, as ações de uso, transmitindo-as para os apoios; travam os pilares e distribuem as ações horizontais entre os elementos de contraventamento; 2. Vigas: elemento horizontal que delimita as lajes, suportam paredes e recebem ações das lajes ou de outras vigas e as transmitem para os apoios; 3. Pilares: elemento vertical que recebe as ações das vigas ou das lajes e dos andares superiores as transmitem para os elementos inferiores ou para a fundação; 4. Fundação: Podem ser de diversos tipos, dentre eles: blocos, lajes, sapatas, vigas, estacas etc., e são responsáveis por transferir os esforços para o solo. Figura 5: Vigas e pilares em concreto. Fonte: Viva Decora, [201?]. PAVIMENTOS Conforme já abordado, desde a roma antiga já se utilizava o concreto simples na pavimentação de vias. Na construção civil moderna, tornou-se crescente o emprego do 16 concreto em pisos industriais (Figura 6) e em pavimentos de vias urbanas e rodoviárias, principalmente nos casos de tráfego intenso e pesado. (ALMEIDA, 2002). Figura 6: Piso em concreto polido. Fonte: Lages Esteves, [201?]. PEÇAS PRÉ MOLDADAS Um exemplo simples de peça pré-moldada em concreto são os blocos de concreto (Figura 7). Este setor tem experimentado grande crescimento nos últimos anos, fruto dos investimentos dos empresários e da organização da cadeia produtiva.Os blocos de concreto têm como principais características a elevada resistência mecânica, dimensões modulares e serem vazados na posição vertical. Estas características minimizam o índice de perdas por quebras, a necessidade de cortes para modulação e passagem de instalações elétricas, e reduzem o uso de argamassa de assentamento e de revestimento, diminuindo o consumo de materiais e a geração de resíduos. (SILVA, 2014). 17 Figura 7: Bloco comum de concreto. Fonte: Balaroti, [201?]. 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS Diante do que foi pesquisado, conclui-se que a construção civil no Brasil e no mundo vem apresentando um crescimento vertiginoso, assim como um forte desenvolvimento tecnológico, atribuindo destaque para o concreto - principal componente do âmbito -, que proporciona facilidade e agilidade na construção. Constatou-se que a versatilidade deste material gera uma porção de vantagens, mas da mesma forma é importante mencionar que existem algumas desvantagens, como o seu peso próprio que é elevado. Entretanto, o maior problema do concreto trata das reformas e demolições, que são trabalhosas e geram uma grande quantidade de resíduos poluentes a natureza. A sustentabilidade no século XXI também é fator fundamental a ser considerado, visto que a construção civil causa excessivo impacto ambiental. Neste contexto, o concreto vem se remodelando para atender os requisitos do mercado, criando opções sustentáveis que substituem os agregados e aglomerantes por materiais complementares como cinzas de casca de arroz e cinzas de bagaço de cana, ou 18 simplesmente realizam a reutilização de resíduos da construção civil em sua composição, como forma de mitigar a poluição e gerar economia de recursos naturais. A respeito da vida útil do concreto observou-se que ela depende de fatores como a compactação, a cura, a qualidade dos materiais utilizados e a realização correta dos procedimentos envolvidos, lembrando que existem critério de projeto para que se evite a deterioração do material. Por fim, concluiu-se que deve-se considerar o investimento no estudo das estruturas de concreto como sendo um importantes investimentos na ciência e tecnologia, influenciando diretamente na qualidade de vida da população. Além disso, sua variabilidade permite este constante desenvolvimento, como denota o surgimento de tecnologias como o concreto de alto desempenho, o concreto de ultra-alta resistência, concreto translúcido, o concreto autolimpante e tantas outras possibilidades que surgiram e continuam a surgir, conduzindo o constante movimento do setor. 5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALMEIDA, L. C. Concreto. Campinas: Universidade Estadual de Campinas, 2002. Disponível em: [http://www.fec.unicamp.br/~almeida/au405/Concreto.pdf]. Acesso em: 28 abr. 2020. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND. Guia básico de utilização do cimento portland. 7.ed. São Paulo, 2002 BATTAGIN, A. F.; BATTAGIN, I. L. S. A evolução da normalização e de algumas propriedades dos cimentos Portland brasileiros. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIMENTO, 52, 2010, Fortaleza/CE. Anais. São Paulo: Instituto Brasileiro do Concreto, 2010. CARVALHO, J. O. A indústria do cimento: as etapas de fabricação, o mercado brasileiro e o panorama mundial. In: WORKSHOP SOBRE A INDÚSTRIA DO CIMENTO, 2, ago. 2010, São Paulo. Anais... São Paulo: SNIC, 2010. Disponível em: [http://arquivos.portaldaindustria.com.br/app/conteudo_18/2013/09/23/4970/20131002 162355200901e.pdf]. Acesso em: 30 abr. 2020. IBRACON. Concreto: material construtivo mais consumido no mundo. Concreto & Construções, São Paulo, n. 53, jan./2009. Disponível em: http://www.fec.unicamp.br/~almeida/au405/Concreto.pdf http://arquivos.portaldaindustria.com.br/app/conteudo_18/2013/09/23/4970/20131002162355200901e.pdf http://arquivos.portaldaindustria.com.br/app/conteudo_18/2013/09/23/4970/20131002162355200901e.pdf 19 [http://ibracon.org.br/publicacoes/revistas_ibracon/rev_construcao/pdf/Revista_Concret o_53.pdf]. Acesso em: 29 abr. 2020. MEHTA, Kumar; MONTEIRO, Paulo J. M. Concreto: Microestrutura, propriedades e materiais. São Paulo, IBRACON, 2008. PINHEIRO, Libânio M. Fundamentos do concreto e projeto de edifícios. São Carlos, 2007. TORAYA, Juan de las Cuevas. A era do cimento. Arquitextos, São Paulo, ano 03, n. 028.01, Vitruvius, set. 2002. Disponível em: [https://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/03.028/748/pt]. Acesso em: 28 abr. 2020. NBR 8953: Concreto para fins estruturais – Classificação por grupos de resistência, massa específica e consistência. Rio de Janeiro: ABNT, 2009. Figura 1: Pirâmide escalonada de Djoser, considerada a primeira pirâmide projetada e construída pelo homem. Disponível em: [https://pt.wikipedia.org/wiki/Pir%C3%A2mide_de_Djoser]. Acesso em: 25 abr. 2020. Figura 2: Via Ápia, uma das principais estradas da antiga Roma. Disponível em: [https://pt.wikipedia.org/wiki/Via_%C3%81pia]. Acesso em: 25 abr. 2020. Figura 3: Fábrica de cimento Portland em Perus, São Paulo. Disponível em: [http://www.saopauloinfoco.com.br/companhia-de-cimento-portland/ ]. Acesso em: 22 abr. 2020. Figura 4: Aditivo plastificante CEMIX, um dos tipos de aditivos para concreto. Disponível em: [https://www.vedacit.com.br/produtos-e-solucoes/aditivos/cemix]. Acesso em: 25 abr. 2020. Figura 5: Vigas e pilares em concreto. Disponível em: [https://www.vivadecora.com.br/pro/curiosidades/calcular-concreto/]. Acesso em: 26 abr. 2020. Figura 6: Piso em concreto polido. Disponível em: [https://www.lajesesteves.com.br/pt/produtos/piso-concreto-polido]. Acesso em: 27 abr. 2020. Figura 7: Bloco comum de concreto. Disponível em:[https://www.balaroti.com.br/bloco-concreto-115x19x24cm-valleblock-101536/p]. Acesso em: 28 abr. 2020. https://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/03.028/748/pt https://pt.wikipedia.org/wiki/Pir%C3%A2mide_de_Djoser https://pt.wikipedia.org/wiki/Via_%C3%81pia http://www.saopauloinfoco.com.br/companhia-de-cimento-portland/ https://www.vedacit.com.br/produtos-e-solucoes/aditivos/cemix https://www.vivadecora.com.br/pro/curiosidades/calcular-concreto/ https://www.lajesesteves.com.br/pt/produtos/piso-concreto-polido https://www.balaroti.com.br/bloco-concreto-115x19x24cm-valleblock-101536/p
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