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Aulas Completas: Narrativas Midiáticas

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3p Narrativas Midiáticas
1 O gênero textual narrativo
Estamos sempre rodeados de narrativas, em ações e formas das 
pessoas em se comunicarem. 
Algumas narrativas nos despertam, outras, não. Isso acontece 
porque precisamos de uma sequência de histórias/fatos em marca 
temporal na terceira pessoa e os verbos no passado.
Existência de personagens ou participantes
Fatos em sequência 
Marcadores temporais
Verbos indicadores de ação
Tempo verbal
Textos em terceira pessoa
De acordo com o escritor Patrick Charaudeau e Dominique 
Maingueneau (2004), devemos considerar uma narrativa o texto com 
uma sucessão de ações e eventos em um determinado espaço de 
tempo, devendo haver uma determinada intriga que desencadeie essas 
ações e eventos.
A poética de Aristóteles:
O prólogo (começo): Exposição não problemática;
O nó (meio): Introdução da tensão;
O desfecho (fim): Pode resolver ou não a tensão.
Mímesis: Imitação (representação espelhada da realidade). Para 
Aristóteles, a poética (narrativa) seria uma das artes de imitação da 
1.
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realidade.
Mito (fábula): A imitação de uma ação.
Catarse: Purgação das emoções.
Segundo o filósofo, “o que distingue a tragédia da comédia: uma se 
propõe imitar os homens, representando-os piores; a outra os torna 
melhores do que são na realidade”.
O Formalismo Russo e Vladimir Propp
Uma análise do texto literário descontextualizado, que não leva em 
conta a perspectiva histórica e qualquer relação com o autor.
Joseph Campbell e a jornada do herói
Com base no pensamento de Carl Jung – para o qual o homem 
deveria ser analisado em sua integridade e vida em comunidade, nunca 
isolado do contexto sociocultural e universal –, o autor propôs um 
modelo de análise de narrativa que combinava os conceitos da 
psicanálise moderna com os arquétipos mitológicos de culturas 
espalhadas por todo o globo terrestre: a jornada do herói ou Monomito.
As etapas da jornada do herói:
Mundo comum;
O chamado da aventura;
A recusa do chamado;
O encontro com o mentor (ou ajuda sobrenatural);
A travessia do primeiro limiar;
O ventre da baleia (testes, aliados e inimigos);
A aproximação da caverna oculta;
A provação suprema;
A recompensa;
O caminho de volta;
11.
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A ressurreição;
O retorno com o elixir (todas as tramas são resolvidas).
2 Características textuais e linguísticas da narrativa
Estrutura e linguagem da narrativa
A estrutura do conto Desenredo de Guimarães Rosa apresenta-nos 
mais de um clímax, ou seja, mais de um momento de grande tensão no 
texto, seguindo o que Aristóteles propôs como organização 
característica das narrativas: prólogo, nó e desfecho.
Estágios da narrativa:
Exposição: Apresentação do herói em seu cotidiano, ainda sem 
tensão alguma.
Complicação: Entrada de uma tensão; há um evento (ou mais de 
um) que inicia o processo de problematização da história, que 
seria o estágio mais longo.
Clímax: Momento de mais tensão da narrativa, podendo haver 
mais de um.
Desfecho / desenlace: As complicações se resolvem para a 
felicidade ou não de nosso herói.
Características linguísticas
Gramática, são utilizados todos os tempos passados. O presente o 
indicativo pode surgir como metáfora temporal;
Pessoa, podem ser primeira e terceira;
Textualidade, concisão para oferecer informações necessárias, 
clareza e verossimilhança com a coerência interna e externa, 
evitando contradição;
Marcadores temporais, através de advérbios (“quando? Ao se 
–
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levantar”). 
Elementos da narrativa
Enredo
Tempo
Espaço
Narrador
Caracterização da notícia
Apresentar sequência de ações;
Ter personagens;
Espaço onde as ações ocorreram;
Definições temporais;
Uso do registro culto da língua;
Pretérito perfeito do indicativo;
Ordem cronológica linear;
Narrado em terceira pessoa (observador).
A narrativa publicitária em muito se assemelha à literária, pois 
precisa persuadir o interlocutor.
O cinema e a televisão talvez sejam as mídias que mais se 
aproximam da literatura, pois suas narrativas, muitas vezes, são 
adaptações de enredos e personagens desenvolvidos em contos e 
romances.
3 Classificação dos Gêneros Narrativos
A teoria de Aristoteles: classificação dos gêneros narrativos
Relembrando: os elementos da narrativa são enredo, tempo, espaço 
e narrador. 
O cinema está diretamente ligado à literatura. 
Aristoteles fala sobre a poética narrativa (dramático, fábula, canto), 
o conceito de mimese (recriação de obra literária, o orador que imita 
outrem por voz, estilo ou gestos). 
- Meio diz respeito à linguagem, através do ritmo do canto e dos 
versos.
- Objeto refere-se àquilo que é imitado do mundo.
- Modo é como o texto será apresentado.
Gêneros narrativos dramáticos
Abrangem os textos literários destinados à representação cênica. 
Esses textos tiveram sua origem nas festas em homenagem ao deus 
Dionísio.
- Tragédia constitui-se por seis elementos: a fábula, o caráter, as 
falas, as ideas, o espetáculo e o canto.
- Comédia é a imitação do homem, estruturada em quatro partes: 
prólogo, párodo (coro trajando máscaras), episódio (diálogo entre dois 
atores) e o êxodo (desenlace). Objetivo era criticar a sociedade através 
do ridículo.
Gêneros narrativos épicos
São textos que trazem narrações de feitos grandiosos, centrados na 
figura de um herói, tendo como pano de fundo a história de povos e 
civilizações.
- Epopeia é um poema narrativo em terceira pessoa e dividido em 
cantos / livros. O narrador mantém distanciamento em relação aos 
acontecimentos. Seu objeto são assuntos sérios. Há a presença do 
maravilhoso (interferência divina), narrando fenômenos históricos, 
lendário ou mítico.
Gêneros narrativos líricos
São textos que trazem narrações de feitos grandiosos, centrados na 
figura de um herói, tendo como pano de fundo a história de povos e 
civilizações. Poemas que extravasam emoções íntimas pela expressão 
verbal rítmica e melodiosa.
- Eu lírico, a voz que expressa suas emoções no poema, que não se 
confunda com o poeta/autor;
- Subjetividade, da primeira pessoa, no tempo presente do 
indicativo.
A proposta de Mikhail Bakhtin
Passa-se a considerar todo o contexto em que a comunicação 
acontece: quem participa do processo (os sujeitos), quando acontece a 
interação, onde, em que sociedade, com que objetivos. Portanto, a 
comunicação pode ser definida como a interação entre sujeitos.
Esses sujeitos (agentes da comunicação) produzem enunciados 
(textos/ atos de fala), que passam por um processo de mediação (os 
sujeitos estabelecem uma relação entre os enunciados, a linguagem e a 
cultura), utilizando-se da linguagem (um sistema constituído de signos 
que provocam efeitos de sentido) para garantir essa interação.
Gênero do discurso
Um conjunto de enunciados, em uma dada situação de 
comunicação, com a função de garantir a interação e que possui 
características próprias constituídas historicamente, conforme as 
necessidades da sociedade.
Gêneros do cinema
Ação, Comédia, Drama, Fantástico, Ficção Científica, Film Noir 
(preto e branco), Musical, Terror, Thriller (suspense) e Western.
4 O texto jornalístico - narrativo e dissertativo
O texto jornalístico e representação simbólica da realidade
A narrativa jornalística tem como premissa a ideia de que esta trata 
da verdade em seus enredos, de o texto jornalístico representar a 
realidade de modo imparcial e objetivo, caracterizando o jornalista 
como um narrador sem subjetividade, quase como um ser à parte do 
mundo em que vivemos.
Gêneros textuais jornalísticos: a notícia, a nota, a reportagem, o 
editorial, a coluna, o ombudsman e a crônica
- Notícia e Nota, narrativa com função comunicativa, informando 
dentro da linguagem da norma culta, no pretérito perfeito e imparcial 
(Musa de verão x Bacurau). Cotidiano, objetiva e terceira pessoa (o quê, 
quem, quando, onde, por que, como).
- Reportagem são fenômenos sociais e políticos, extrapolando a 
própria notícia, assinada pelojornalista.
- Editorial, se caracteriza pela subjetividade. Sua função 
comunicativa é opinar sobre os assuntos, apresentando aos 
interlocutores a posição de determinado veículo de comunicação.
- Coluna tem por objetivo discorrer sobre uma interpretação da 
realidade para orientar o leitor.
- Crônica menos institucionalizado, ou seja, o texto que mais deixa o 
jornalista livre de amarras estruturais, de conteúdo e de estilo.
5 A linguagem radiofônica
Os gêneros radiofônicos
A linguagem radiofônica exige o domínio da oratória, a arte de falar, 
de proferir textos orais de forma clara, garantindo os efeitos de sentido 
desejados apenas com o uso da linguagem sonora: voz mais música e 
efeitos sonoros.
- Publicitário ou comercial tem a função comunicativa de tentar 
persuadir e convencer a audiência;
- Jornalismo ou informativo o primeiro gênero de nosso rádio, pois a 
primeira transmissão radiofônica no Brasil foi um pronunciamento do 
então Presidente Epitácio Pessoa, em comemoração ao centenário da 
Independência do Brasil. Se caracteriza por ter como objetivo informar 
o ouvinte sobre assuntos do cotidiano que se tornaram notícia ou ainda 
opinar sobre os fatos. O primeiro programa jornalístico foi criado por 
Roquette-Pinto, O Jornal da Manhã. 
- Entretenimento inicia-se com o primeiro momento das 
transmissões de rádio, pois, inicialmente, este veículo resumia-se a 
transmitir música (orquestras) e informação.
- Educativo-cultural tem por finalidade promover a educação da 
sociedade, não apenas com programas de alfabetização, como 
também com instruções os sobre assuntos mais diversos: desde 
biografias até documentários, relacionando-os a práticas sociais.
O rádio na era digital
O rádio se adaptou muito bem às novas possibilidades que a 
internet proporcionou. Entrou nas redes sociais, nas plataformas de 
vídeo (como o YouTube), criou seus sites e blogs, enfim, sobreviveu aos 
que desacreditaram seu charme e competência.
As vozes do rádio, com a internet, passaram a ter rostos. E o 
alcance se tornou muito maior, pois o mundo agora é o limite para o 
rádio, pois qualquer emissora pode ser sintonizada na web em qualquer 
lugar e a qualquer hora.
Temos agora um público protagonista do processo comunicacional, 
que tem o poder de escolher o que consumir, onde e como, e ainda 
produzir seu próprio conteúdo e replicá-los.
6 A linguagem da TV no século XXI
Narrativas ficcionais televisivas
Você conhece a história de Sherazade? Essa personagem salvou 
sua própria vida porque escolheu a estratégia perfeita para tornar-se 
indispensável dia após dia na vida de seu esposo, o rei Xariar: narrar 
histórias ao longo de 1001 noites, sempre interrompendo as histórias ao 
amanhecer, para continuar na próxima noite.
"As narrativas ficcionais da TV se valem de “personagens saídos de 
um pretenso ‘real’ e configurados pelo olhar de quem vive a existência 
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1.
que a TV veicula em situações sempre performáticas”."
- Barbosa (2007)
A construção do mundo ficcional
O autor utiliza-se de uma ideia central que o faz aprofundar-se em 
um mundo narrativo para que possa provocar uma resposta emocional 
de sua audiência. Essa ideia pode ser:
um tema: violência doméstica; abuso infantil; reforma agrária;
uma vontade: ajudar mães que tiveram seus filhos desaparecidos a 
receber a atenção da justiça;
uma pergunta: como se deu o processo de migração dos italianos 
para o Brasil?.
A premissa será, assim, a motivação do autor para desenvolver a 
narrativa de modo inédito, criando uma trama inovadora.
Com base na premissa, o autor constrói a trama da narrativa, ou 
seja, uma sequência de eventos que se caracteriza pela relação de 
causa e consequência, pois cada evento levará a outro, até a resolução 
do conflito.
Novela × Minissérie × Reality Show
- Novela, a trama era melodramática, eram histórias de amor com 
10 personagens em média, cujo protagonista, o galã, era caracterizado 
semelhante ao que Joseph Campbell propôs em sua jornada do herói: 
sempre nobre, pleno de virtudes, representava o bem que lutaria contra 
o mal, superando obstáculos até garantir êxito. O direito de nascer e o 
Véu da noiva são destaques.
Narrativa seriada contém entre 150 e 180 capítulos, uma obra 
aberta, passível de reformulações durante a exibição, inclusive 
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radicais.
Duração de 45 minutos, imprimindo uma certa padronização, 
repetição e limitação à criatividade.
Gancho em cada capítulo fazendo com que a ação interaja com o 
telespectador para garantir a audiência no dia seguinte, criando 
expectativas.
Cenários fazem da câmera uma narradora através da cenografia.
Enfermidade.
Entretenimento sempre oferecido nos mesmos horários, inserindo-
se na rotina do espectador, apresentando uma realidade do que 
poderia ser, não de como é.
Sem compromisso com a verossimilhança baseado na realidade 
cotidiana, provocando uma simbiose entre o ficcional e o 
informativo.
- Minissérie, a exigência do mercado quanto à qualidade da 
dramaturgia, levou à decisão das emissoras de TV de inserir em sua 
programação um programa cujo formato se assemelhava à novela: a 
minissérie. Lampião e Maria Bonita, como destaque.
Divisão em capítulos
Horários por causa do horário de exibição, a minissérie garante 
uma maior liberdade para a escolha de suas temáticas e de sua 
estética, podendo experimentar inclusive.
Produção de capítulos, sendo 20 ou menos, embora possam 
chegar até 80, com maior cuidado de detalhes que uma novela.
Caracterização de personagens mais verossímil.
- Reality Show, o fenômeno da globalização gerou uma sociedade 
carente de subjetividade, ou seja, constituída de indivíduos que sentem 
a necessidade de ter, pelo menos por um momento, a oportunidade de 
1.
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perceber-se único. Garantiu ao público a chance de ser visto, de fazer-
se único por um curto período, em doses diárias pequenas.
Base do programa 
Identificação do público com personagens
Debates
Hibridismo entre realidade e ficção
Comportamento dos participantes
Semelhança com a realidade social e moral
Infotainment: informação e entretenimento
Há um tema a ser discutido entre a apresentadora, que é jornalista, 
os convidados e a plateia. Durante a discussão, o público recebe 
informações sobre um determinado assunto e opina. Encontro com 
Fátima Bernardes.
Pontos negativos: escassez de visão crítica, falta de seriedade com 
pautas sérias, informação com status de entretenimento, 
descaracterização do papel do jornalista.
7 A publicidade como narrativa do consumo
Podemos afirmar, que a linguagem publicitária em muito se 
assemelha à literária, pois utiliza-se da função estética (ou poética), 
que a linguagem pode assumir para garantir os efeitos de sentido 
desejados, dentre eles, ativar as sensações do leitor, persuadindo-o, 
não apenas convencendo-o sobre algo.
O objeto da publicidade é persuadir o outro. Essa linguagem 
publicitária, diferente da literária, deseja levar o leitor a agir, por isso 
lança mão de outra função da linguagem: a função conativa (ou 
apelativa).
Ao usar vocábulos que solicitam ações (modo imperativo dos 
verbos), que se dirigem ao leitor (pronomes de segunda pessoa), que 
qualificam os referentes (adjetivos e advérbios), que marcam a 
interação (interjeições, cacoetes de comunicação), que sensibilizam o 
interlocutor (fórmulas mágicas ou encantatórias que garantem a 
cooperação do interlocutor).
Relação entre texto e imagem na publicidade
A publicidade se caracteriza por uma linguagem híbrida, ou seja, 
por uma linguagem cuja matriz se constituiu da imbricação de outras: a 
matriz verbal e a visual — se pensarmos em textos publicitários 
impressos — mais a matriz sonora — se pensarmos em VTs para 
televisão, por exemplo.
Isso obriga os gêneros publicitários a combinarem texto, som e 
imagem, constituindo um todo significativo.
Nos gêneros publicitários, texto e imagem se complementam para 
gerar efeitos de sentido; o que o texto deixa de informarserá dito pela 
imagem e vice-versa.
Publicidade na web: narrativas de consumo
A Renault, além de veicular seu comercial na televisão, exibiu seu 
VT no YouTube, o que, aliás, permitiu à marca um feedback imediato.
Assistimos a uma narrativa reconhecidamente para fins de venda, 
uma narrativa que normalmente é descartada pelo público porque se 
sabe que o objetivo é persuadir a comprar algo, mas que, desta vez, 
conseguiu manter a atenção da audiência, e mais, conseguiu que essa 
audiência recomendasse o vídeo e ainda assistisse mais de uma vez.
Ao interagir, as marcas assumem características humanas e passam 
a ser percebidas pelo público como pessoas, e assim vão fortalecendo 
seu espaço no mercado, porque essa aproximação faz que haja uma 
fidelização e, em momentos de crise, é possível contornar a situação de 
modo mais eficiente e rápido. Essas, no entanto, não são as únicas 
estratégias usadas na web. Há ainda storytellings, sobre os quais 
conversaremos em nossa próxima aula.

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