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ESCOLA MUNICIPAL POLITÉCNICA ANTÔNIO LUIZ PEDROSA CURSO TÉCNICO EM CONTABILIDADE Abertura e Legalização de Empresas com ênfase em Microempresa e Empresa de Pequeno Porte Gutierrys Rodrigues Quintanilha Marcos Rodrigues Monteiro Mayara Vieira Carvalho Taynara Viana Lessa de Almeida Araruama 2017 Gutierrys Rodrigues Quintanilha Marcos Rodrigues Monteiro Mayara Vieira Carvalho Taynara Viana Lessa de Almeida Abertura e Legalização de Empresas com ênfase em Microempresa e Empresa de Pequeno Porte Trabalho de conclusão de Curso apresentado à Escola Municipal Politécnica Antônio Luiz Pedrosa como requisito parcial à obtenção do título Técnico em Contabilidade. Orientadora: Dr.ª Eluar Sebould Araruama 2017 ESCOLA MUNICIPAL POLITÉCNICA ANTÔNIO LUIZ PEDROSA CURSO TÉCNICO EM CONTABILIDADE Gutierrys Rodrigues Quintanilha Marcos Rodrigues Monteiro Mayara Vieira Carvalho Taynara Viana Lessa de Almeida Abertura e Legalização de Empresas com ênfase em Microempresa e Empresa de Pequeno Porte Trabalho de Conclusão de Curso aprovado em ___/___/___ à obtenção do título de Curso Técnico em Contabilidade. Banca Examinadora __________________________________________ Avaliador (a) – 1 _________________________________________ Avaliador (a) – 2 _________________________________________ Avaliador (a) – 3 AGRADECIMENTOS A Deus, por nos conceder sabedoria para concluir mais uma importante etapa em nossas vidas, pois é Ele quem nos sustenta, dando força e coragem. E a todos que, de alguma forma, contribuíram direta ou indiretamente para o desenvolvimento do trabalho. PENSAMENTOS “O sucesso nasce do querer, da determinação e persistência em se chegar a um objetivo. Mesmo não atingindo o alvo, quem busca e vence obstáculos, no mínimo fará coisas admiráveis.” José de Alencar RESUMO O trabalho tem como principal objeto instruir os novos e futuros empreendedores a maneira ideal de abrir e legalizar uma empresa, dando suporte desde a decisão de empreender até a abertura do empreendimento. Ao realizar a pesquisa através de e-books, cartilhas e sites descobrimos que o processo é bastante burocrático, porém com o surgimento de novas leis, para algumas categorias se tornou mais simples, contudo, deve-se ter cautela para não gerar complicações futuras e sim, o sucesso. O empreendedor é de suma importância nesse procedimento, pois empreender não é uma tarefa fácil, por isso ele deve procurar um profissional contábil, pois é de fundamental relevância para à abertura do negócio. Ele também fica responsável por orientar o empresário a concluir todas as etapas desse processo, auxiliando também nos requisitos que devem ser seguidos pelo mesmo. Informaremos por meio deste estudo, os tipos de empresas, as receitas brutas, o regime tributário adequado para cada entidade, as mudanças que entrarão em vigor, os passos para abrir e legalizar uma empresa etc. Embora seja um trabalho que descreva empresas, será enfatizado àquelas que mais tem sido instauradas no decorrer dos anos, sendo elas a Empresa de Pequeno Porte (EPP) e a Microempresa (ME) evidenciando as suas vantagens, os dados estatísticos entre outros, pois desde o surgimento da Lei 123/2006, possuem um tratamento diferenciado e muitas que usufruíram desses benefícios estão ativas no mercado até hoje, porém outras encerraram suas atividades com pouco tempo de atuação, possivelmente por falta de planejamento e/ou uma má legalização. Palavras-chaves: Profissional Contábil. Microempresa. Empresa de Pequeno Porte ABSTRACT The work has as main object to instruct the new ones and enterprising futures the ideal way to open and to legalize a company, giving support from the decision of undertaking to the opening of the enterprise. When accomplishing the research through and-books, spelling books and sites discovered that the process is quite bureaucratic; however with the appearance of new laws, for some categories if it turned simpler, however, caution should be had for not generating future complications and yes, the success. The entrepreneur is of addition importance in that procedure, because to undertake it is not an easy task, for that him it should seek an accounting professional, because it is of fundamental relevance for to the opening of the business. He is also responsible for guiding the entrepreneur to conclude all of the stages of that process, also aiding in the requirements that should be following for the same. We will inform through this study, the types of companies, the gross revenues, the appropriate tax regime for each entity, the changes that you/they will go into effect the following year, the steps to open and to legalize the company etc. Although it is a work to describe companies, it will be emphasized those that more has been established in elapsing of the years, being them the Company of Small Load and the Small business evidencing their advantages, the statistical data among other, because from the appearance of the Law 123/2006, they possess one differentiated treatment and many that enjoyed of those benefits is active in the market until today, however another contained their activities with little time of performance, possibly for planning lack and/or a bad legalization. Key words: Professional Accounting. The micro-enterprise. Small business SIGLAS E ABREVIATURAS AIDF - Autorização para Impressão de Documentos Fiscais APPCI - Alvará de Prevenção e Proteção Contra Incêndio CLT- Consolidação das Leis do Trabalho CNAE- Classificação Nacional de Atividades Econômicas CNPJ- Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas COFINS- Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social CSLL- Contribuição Social sobre o Lucro Líquido CVM- Comissão de Valores Mobiliários DAS- Documento de Arrecadação do Simples Nacional EI- Empresário Individual EIRELI - Empresa Individual de Responsabilidade Limitada EPP- Empresa de Pequeno Porte IBGE- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ICMS- Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços INPI- Instituto Nacional da Propriedade Industrial IPI- Imposto sobre Produtos Industrializados IPTU- Imposto Predial e Territorial Urbano IRPJ- Imposto de Renda Pessoa Jurídica ISS- Imposto sobre Serviços LTDA- Sociedade Limitada ME- Microempresa MEI- Microempreendedor Individual PIS/PASEP- Programa de Integração Social / Programa de Formação do Patrimônio do PME- Pequenas e Médias Empresas RFB- Receita Federal do Brasil SEBRAE- Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Resumo da Arrecadação do Simples Nacional ......................................... 28 LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Evolução dos Optantes pelo Simples Nacional ......................................... 29 Figura 2 – Classificação por Setores ............................................................................ 29 Figura 3 – Faturamento médio das EPPs por setores ................................................ 30 Figura 4 – Quantidade de negócios abertos no Brasil ................................................ 31 Figura 5 – Taxa de sobrevivência de empresas ........................................................... 32 Figura 6 – Taxa de mortalidade de empresas ............................................................. 32 11 INTRODUÇÃO Para ser feito a abertura de uma empresa, seja de qualquer porte, o empreendedor deverá procurar umprofissional contábil de sua confiança, sério e capacitado. Ele será o responsável por cada requisito. A legalização de empresas é um processo burocrático necessário e que precisa ser bem conduzido por profissional competente. Após determinado o tipo de empresa deve-se buscar conhecimento para a legalização em relação à categoria escolhida. O conhecimento de técnicas contábeis e legais é indispensável para ter uma legalização conforme manda a lei. A junção de vários métodos é importante para um excelente trabalho de legalização. Se algo sair errado poderá ocorrer dispêndio de tempo, dinheiro, multas e outros prejuízos até mais graves. Dentre as diversas aptidões de um profissional contábil, esta é apenas mais uma no processo de legalização de empresas. 12 Capítulo 1 1. Breve histórico: conceito empresa Antes de ocorrer a Revolução Industrial – em 1776 – não existiam empresas formais no mundo, existindo somente pequenos produtores domiciliares que fabricavam tecidos e utensílios domésticos, a fim de suprirem suas próprias necessidades e as de seus familiares. Nessa época, grande parte das famílias da Inglaterra possuía um equipamento usado para produzir tecido manualmente – TEAR – e, quando os motores movidos a vapor foram acoplados aos TEARES, surgiu o primeiro tipo de empresa – a indústria têxtil. Porém o conceito empresa somente ficou conhecido em 1942, quando foi implementado um novo sistema de regulação das atividades econômicas dos particulares. Nele, alargou-se o âmbito de incidência do Direito Comercial, passando às atividades de prestação de serviços e ligadas a terra se submeteram às mesmas normas aplicáveis às comerciais, bancárias, securitárias e industriais. Chamou-se o novo sistema de disciplina das atividades privadas de teoria da empresa. (ULHOA, 2008) O Direito Comercial foi dividido em algumas fases marcantes no conceito empresa. A primeira fase é marcada pela economia de troca de bens entre pessoas pertencentes aos primeiros grupos sociais. Com isso a troca dessa atividade ocasionou o surgimento da moeda como medida de valor para compra e venda de produtos. (ULHOA, 2008) A segunda teve inicio a partir do século XII, onde os comerciantes passaram a se organizar em corporações de ofício, ou seja, em ordens doutrinárias entre os praticantes que exerciam um mesmo trabalho transformando assim as regras escritas, denominadas Estatutos. Foi criado com o intuito de resolver por completo os conflitos que envolviam seus membros (comerciantes), aplicando-se as normas que nele estavam previstas. Essa fase evolutiva é também denominada subjetiva pelo fato de somente quem estivesse matriculado em uma corporação era considerado comerciante. (ULHOA, 2008) Já a terceira fase iniciou-se após a Revolução Francesa, com conhecimento público do Código Comercial Francês, que veio para substituição do sistema subjetivo vigente. Concordando com esse último sistema era considerado comerciante aquele que praticava alguns dos atos taxativamente enumerados pela lei. (ULHOA, 2008) Foi necessário passar por todas essas fases evolutivas do Direito Comercial para chegarmos ao conceito empresa. Conforme essas mudanças ocorreram, o mundo atual também sofreu algumas modificações, tornando esse conceito mais moderno e flexível, mas 13 não deixando de lado sua postura rígida com a qualidade do serviço que deverá ser apresentado por todo o corpo que a compõe. Após a formação da empresa foi necessário que um determinado indivíduo estivesse presente para por em prática os projetos da mesma, chamar-se-ia de empreendedor. 1.1. Empreendedor Empreendedor é uma pessoa que está motivada a colocar em prática suas ideias. Para ser um empreendedor deve-se ter tempo, dinheiro, ter iniciativa, organizar métodos sociais e econômicos para transformar recursos em um bom rendimento e estar ciente de seus riscos de atividades e o possível insucesso. Há outras visões em que o empreendedor é apenas um sujeito que combina requisitos necessários para engrandecer seu valor individual ou que seja impulsionado por motivações como a necessidade de conseguir algo que deseja, mas querendo ter sua autonomia. Para pessoas do mesmo ramo um empreendedor pode representar um adversário, pois podem produzir um mesmo produto ou prestar um mesmo serviço; já para outro pode ser um ótimo parceiro no qual realizem trabalhos juntos, gerando recursos para seus objetivos finais. São visões diferenciadas, mas ainda assim semelhantes se restringindo ao amplo assunto sobre empreendedorismo. Empreendedor fica mais fácil de ser comentado de um ângulo empresarial, onde muitos se encontram, mas sua atenção é restrita, pois está espalhado em várias profissões, o que dificulta uma tabela que enquadre qualidades de todos os empreendedores de todas as áreas. Mas envolve aspectos importantes: inovação para algo sem solução ou com métodos melhores para algo já solucionado. Ele também precisa ter habilidade de liderar pessoas para futuramente expandir seu negócio. Há também os que não querem correr risco e preferem optar por um mercado que já existe ou já atuaram em outras empresas e por motivos pessoais querem abrir seu próprio negócio. Então, seria alguém que reúne imaginação, habilidade de organização e de conhecer tecnicamente etapas e processos. É difícil possuir todos esses requisitos, com isso o empreendedor terá que trabalhar suas melhores qualidades para o empreendedorismo e assim reduzindo seus defeitos. 14 1.2. Empreendedorismo Empreendedorismo significa empreender, solucionar um problema complicado. É uma palavra muito usada no ramo empresarial e pode estar ligada a formação de novos produtos ou empresas. Empreender pode ser também considerado somar valor, saber identificar oportunidades e converter em um empreendimento lucrativo. O empreendedorismo é necessário para a sociedade, pois é por ele que as empresas obtêm inovações, buscam converter conhecimentos em novos produtos. Para obter sucesso uma empresa deverá buscar conhecimento sobre o mercado que irá atuar. Ter um profissional na área onde o negócio irá atuar é essencial, pois em muitos casos, nos quais capitais de terceiros tem um custo elevado, fazer uso de capital próprio é fator com grande importância para um empreendimento. A percepção de um empreendimento surge de habilidades, gostos e outros atributos particulares, podendo vir de indivíduos que não teve experiência com o ramo modernizando ou criando novos tipos de negócio. Os empresários de sucesso quanto aos que tiveram suas empresas extintas direcionam para o reconhecimento de oportunidade de negócio como principal motivo para entrada ou abertura em um negócio. Ter experiência é essencial, pois é com ela que as empresas estão ativas até hoje. 1.3. Tipos de empreendedorismo Empreendedorismo de negócios Pode-se definir como o comportamento empreendedor vinculado a uma empresa. É ter uma ideia e transformá-la em um negócio lucrativo. É necessário que tenha planejamento, criatividade e inovação. 15 Empreendedorismo Social É semelhante ao de negócios, a diferença está no objetivo social, cuja finalidade não é a geração de lucro, mas a questão social. Se um visa o crescimento empresarial (lucro) o outro busca a transformação social, a melhoria da qualidade de vida no meio em que vive. Intraempreendedorismo É a necessidade de incentivar o empreendedorismo dentro dos seus departamentos “empreendedor dentro das empresas”. Pode se aplicar tanto para o funcionário privado quanto ao funcionário público. Com isso, entende-se que o empreendedor é aquele que põem em prática os seus objetivos, criando assim seu próprio empreendimento, muitas das vezes sendo ele mesmo sua autoridade. 1.4.Alguns aspectos importantes para abrir o empreendimento Abrir uma empresa não é uma das coisas mais fáceis a se fazer. Além de todos os requisitos legais, o empresário precisa tomar muitas decisões, como nome fantasia, área de atividade, definir valores, entre outras. Uma das mais complicadas tarefas é na escolha do ramo da atividade. Decisão que pode impactar diretamente muitas outras empresas. Segue abaixo algumas estratégias práticas para facilitar a escolha do empreendimento: • Definir o segmento que deseja atuar e anotar as vantagens e desvantagens de forma clara e objetiva; • Construir um plano de negócios detalhado. Entender os detalhes do serviço e como vai ser convertido em lucro; • Fazer um curso de empreendedorismo. Há várias instituições que oferecem cursos e consultorias como amparo aos empreendedores. 16 1.5. Alguns requisitos podem ser observados para que a atividade empresarial seja desenvolvida. Potencial de mercado A área de atividade deve ser escolhida de acordo com as oportunidades de mercado no ramo de atuação escolhida. Escolher um ramo já saturado não é muito bom, a não ser que a entidade apresente um diferencial que cause algum impacto. Oportunidade Se possuir uma oportunidade única é melhor ainda para a escolha. Pode não existir lojas de acessórios hospitalares na cidade e há muitos consultórios e clínicas. Uma grande oportunidade para o empreendedor que gosta desse tipo de comércio. Investimento Alguns tipos de empresas precisam de mais investimentos. Portanto, antes de escolher, é necessário analisar o quanto poderá ou estará disposto a investir para dar início ao projeto. Uma empresa de prestação de serviços costuma não exigir muito investimento inicial, isso já não se aplica a de revenda de produtos. Tempo estimado O empreendedor deve levar em consideração o tempo de retorno do investimento. Deve-se fazer a avaliação de acordo com cada necessidade. Organização financeira é essencial para fazer esse cálculo com mais precisão no curto, médio e longo prazo. Conhecimento O empreendedor deve escolher um ramo de atividade que tenha bastante conhecimento e afinidade. Caso contrário, se informe e estude muito sobre. Isto faz diferença para o sucesso do empreendimento e direciona os rumos do seu negócio. 17 1.6. Escolha da localização Antes de escolher a localização do negócio, o empreendedor deve definir o perfil do consumidor que pretende atingir. O estudo de localização é diferente quando se trata de comércio e serviço ou de indústria. Uma indústria deve ser localizada próxima ao fornecedor e ao mercado principal. Quando se trata de comércio, principalmente varejista, é fundamental para o bom desempenho das vendas, estar localizado perto dos centros, pois há uma concentração maior de pessoas, gerando mais vendas. Quando o ponto comercial não oferece aspectos positivos, o melhor a se fazer é buscar um novo ponto onde terá mais sucesso, mesmo que isso acarrete em desembolso imediato. Ao verificar o ponto comercial o empreendedor deverá identificar a repercussão da escolha da localização no faturamento. É preciso levar em conta outros fatores que isolados ou juntos, interferem negativamente nas vendas. Para saber se o local escolhido pela entidade é favorável ou não para o comércio e serviço, deve se atentar as questões a seguir: • Identificar o perfil do consumidor que deseja atingir; • Estabelecer o produto a ser oferecido; • Checar os concorrentes próximos ao local; • Verificar as condições de higiene e segurança; • Avaliar as condições de pagamento, contrato e o prazo do aluguel; • Identificar o volume do tráfego, estacionamento e nível de ruído no local; • Analisar se o preço é compatível com sua capacidade de capital, com prazo para retorno esperado; • Verificar se à facilidade de matéria-prima e recrutamento de mão de obra; • Verificar a infraestrutura oferecida – luz, água, telefone – e as facilidades de acesso; • Observar o movimento dos locais escolhidos durante vários dias e em horas alternadas; • Se o atendimento ao cliente acontece no próprio estabelecimento; • Se o cliente é atendido fora do estabelecimento, seja em sua residência, escritório ou em outro local; • Qual o tipo de serviço a ser prestado ou a linha de produto a ser comercializada; 18 • Qual o processo operacional do negócio, principalmente relacionado à armazenagem, ao transporte, à manipulação de produtos, etc. 1.7. Cuidados a serem tomados • Evitar lojas que tenham ponto de ônibus em frente, porque o acúmulo de pessoas compromete a visibilidade; • Evitar lugares onde não à boa iluminação, por questões de segurança (no caso de lojas de rua); • Verificar se há legislação específica em seu município sobre a localização de negócios na área que você pretende abrir. 1.8. Indústria O empreendedor que deseja iniciar um negócio industrial deve considerar alguns aspectos: • Acesso fácil ao fornecedor da matéria-prima principal; • Proximidade do mercado principal (para melhor custo benefício de transporte); • Disponibilidade de mão de obra (quanto mais especializada, maior a exigência de pessoal qualificado); • Verificar se a região oferece benefícios econômicos e fiscais; • Condições ambientais da região compatíveis com o que se pretende produzir; • Legislação urbana sobre uso do solo (permissão para indústria). 1.9. Pontos a serem observados • Se conforme legislação de zoneamento urbano do município ou do estado o local é legalmente compatível; • Em caso do aluguel, a análise da documentação; • A preparação da documentação do imóvel; 19 • O requerimento ou verificação das licenças de funcionamento (Licença Prévia de Funcionamento e Vigilância Sanitária, Licença Ambiental, Vistoria do Corpo de Bombeiros e outras necessárias). 1.10. Revisão Literária Direito Comercial Pode ser definido como um ramo do direito que aborda o estudo das normas jurídicas que disciplinam e regulam as atividades das empresas, empresários e comerciantes, no exercício de suas profissões. De acordo com Coelho, Manual do Direito Comercial: “É o estudo dos meios socialmente estruturados de superação dos conflitos de interesses envolvendo empresários ou relacionados às empresas que o exploram.” Junta Comercial A Junta Comercial é uma instituição jurídica que registra todos os atos relacionados à sociedade empresarial, ou seja, sua constituição, os aumentos ou reduções de capital, seus administradores e representantes, fusões e transformações, concordatas e falências, entre outras funções. Segundo o art. 5º da Lei nº 8.934/94, cada Estado da federação possui a sua Junta Comercial, com sede na capital e jurisdição na área de circunscrição territorial respectiva. Por outro lado, a Junta Comercial também legaliza os livros de comércio, que são obrigatórios para todas as sociedades empresariais. Ao mesmo tempo, de maneira anual, depositam as contas de cada exercício contável para que os livros de comércio estejam atualizados. Receita Federal A Secretaria da Receita Federal do Brasil é um órgão específico, singular, subordinado ao Ministério da Fazenda, exercendo funções essenciais para que o Estado possa cumprir seus objetivos. É responsável pela administração dos tributos de competência da União, inclusive os previdenciários, e aqueles incidentes sobre o comércio exterior, abrangendo parte significativa das contribuições sociais do País. 20 Também subsidia o Poder Executivo Federal na formulação da política tributária brasileira, previne e combate a sonegação fiscal, o contrabando, o descaminho, a pirataria, a fraude comercial, o tráfico de drogas e de animais em extinção e outros atos ilícitos relacionados ao comércio internacional. Secretáriada Fazenda Órgão estadual responsável pela fiscalização, arrecadação, pagamento, controle e contabilização de recursos públicos dos Estados brasileiros. Além disso, a Secretaria da Fazenda também se responsabiliza pela execução e elaboração de orçamentos e pela gestão de dívidas públicas. A Secretaria da Fazenda é composta por oito diferentes sistemas, sendo eles: Sistema de Contabilidade Geral; Sistema de Auditoria Geral; Controle Administrativo e Financeiro; Administração Tributária; Gestão de Fundos; Captação de Recursos e Dívida Pública; Tesouro Estadual e Planejamento Orçamentário. As Secretarias da Fazenda são compostas por: Conselho de Políticas Financeiras, Escola Fazendária, Assessoria de Comunicação, Corregedoria da Secretaria de Estado, Ouvidoria, Consultoria Jurídica, Consultoria de Assuntos Econômicos, Tribunal Administrativo Tributário e Programa de Educação Fiscal. 21 Capítulo 2 2. Tipos de empresas e suas características 2.1. Sociedade Limitada (Ltda.) É constituída e gerida por contrato, via de regra, é uma sociedade de pessoas, mas pode ser capitalista se houver disposição expressa no contrato social. Nele serão definidos quantos e quem serão os sócios da empresa e como as quotas serão distribuídas entre eles. Deverá ter, no mínimo, dois sócios. São empresas com o capital distribuído em ações, por isso os sócios são chamados de acionistas. Elas podem ser divididas em dois tipos: • Capital Aberto: quando emitem ações para serem negociadas na bolsa de valores, com registro na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e intermediação de instituição financeira. • Capital Fechado: são empresas que não emitem ações por escolha ou por terem patrimônio inferior ao exigido pela CVM. Umas das particularidades das SAs é que os lucros devem ser obrigatoriamente divididos entre os acionistas. No mínimo 25% do lucro é distribuído aos seus acionistas, o que é denominado de dividendos. 2.2. Empresário Individual (EI) Nada mais é do que aquele que exerce em nome próprio, atividade empresarial. Trata- se de uma empresa que é titulada apenas por uma pessoa física, que integraliza bens próprios à exploração do seu negócio. O empresário em nome individual atua sem separação jurídica entre seus bens pessoais e seus negócios, ou seja, não vigora o princípio da separação do patrimônio. O proprietário responde de forma ilimitada pelas dívidas contraídas no exercício de sua atividade perante seus credores, com todos os bens pessoais que integram seu patrimônio. 22 2.3. Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI) É aquela constituída por uma única pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado, que não poderá ser inferior a 100 (cem) vezes o salário mínimo vigente no País. O titular não irá responder com seus bens pelas dívidas da empresa. O nome empresarial deverá conter a expressão “EIRELI” após a firma ou denominação. 2.4. Microempreendedor Individual (MEI) É uma pessoa que trabalha de forma autônoma, ou seja, por conta própria. Seu faturamento deverá ser de até 60 mil reais por ano, não podendo ter participação em outra empresa como sócio ou titular e também poderá ter até um funcionário contratado, que deverá receber o salário mínimo ou o piso da categoria. Por possuir um CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas), ele tem direito a criar uma conta bancária para sua empresa, emitir notas fiscais, entre outros benefícios, e é enquadrado nas normas do Simples Nacional. Suas taxas mensais são bastante reduzidas, e através do pagamento das mesmas, o MEI tem direito a benefícios como auxílio-maternidade, auxílio-doença, entre outros. De acordo a Lei Complementar 155/2016, que entrará em vigor em 2018, se enquadrará como MEI, o empresário que tiver seu faturamento anual de até 81 mil reais. 2.5. Microempresa (ME) São aquelas que possuem um faturamento bruto anual menor ou igual a 360 mil reais. Podem se enquadrar no Simples Nacional, de acordo com a Lei Complementar 123, de 2006, que estabelece uma série de critérios para. 2.6.Empresa de Pequeno Porte (EPP) É aquela que possui faturamento anual entre 360 mil a 3,6 milhões de reais. Pode também ser enquadrada no regime Simples Nacional, contanto que não esteja exercendo atividades que são vedadas ao Simples. Alguns tipos de atividades vedadas são corretora de http://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/LeisComplementares/2006/leicp123.htm 23 valores, banco de investimentos, desenvolvimento ou comercial, sociedade de crédito, entre outras. 2.7. Sociedade em Nome Coletivo Os sócios respondem ilimitadamente pelas obrigações da sociedade. Não muito utilizado, pois exige que os sócios sejam pessoas físicas com responsabilidade solidária e ilimitada por todas as dívidas da empresa podendo o credor executar os bens particulares dos sócios. 2.8. Sociedade Cooperativa Entende-se por sociedade cooperativa a associação autônoma de pessoas que se unem, voluntariamente, para satisfazer aspirações e necessidades econômicas, sociais e culturais comuns a seus integrantes, e constitui-se numa empresa de propriedade coletiva, a ser democraticamente gerida. Não devem objetivar o lucro, na verdade elas devem ter por alvo o proveito comum dos cooperados. 2.9. Sociedade Mista Uma sociedade de economia mista é uma empresa que resulta da união entre o Estado e entes privados. Normalmente, mas não obrigatoriamente, o capital da companhia é aberto, com ações negociadas em bolsa, e repartido entre acionistas individuais e/ou pessoas jurídicas. É importante destacar que, nas empresas de economia mista, pela lei brasileira, o Estado sempre tem a maior parte das ações. Essas empresas são configuradas como sociedades anônimas e seus funcionários são regidos normalmente pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). A lei que descreve o formato de uma sociedade de economia mista não é nova e remonta ao governo militar. 24 2.10.Opções Tributárias 2.10.1. Simples Nacional O Simples Nacional é um regime compartilhado de arrecadação, cobrança e fiscalização de tributos aplicável às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, previsto na Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006. Abrange a participação de todos os entes federados (União, Estados, Distrito Federal e Municípios). É administrado por um Comitê Gestor composto por oito integrantes: quatro da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), dois dos Estados e do Distrito Federal e dois dos Municípios. Para o ingresso no Simples Nacional é necessário o cumprimento das seguintes condições: • Enquadrar-se na definição de Microempresa ou de Empresa de Pequeno Porte; • Cumprir os requisitos previstos na legislação; • Formalizar a opção pelo Simples Nacional. Características principais do Simples Nacional: • Ser facultativo; • Ser irretratável para todo o ano-calendário; • Abrange os seguintes tributos: IRPJ, CSLL, PIS/PASEP, COFINS, IPI, ICMS, ISS e a Contribuição para a Seguridade Social destinada à Previdência Social a cargo da pessoa jurídica (CPP); • Recolhimento dos tributos abrangidos mediante documento único de arrecadação - DAS; • Disponibilização às ME/EPP de sistema eletrônico para a realização do cálculo do valor mensal devido, geração do DAS, para constituição do crédito tributário; • Apresentação de declaração única e simplificada de informações socioeconômicas e fiscais; • Prazo para recolhimento do DAS até o dia 20 do mês subsequente àquele em que houver sido auferida a receita bruta; 25 • Possibilidade de os Estados adotarem sublimites para EPP em função da respectiva participação no PIB. Os estabelecimentos localizados nesses Estados cuja receita brutatotal extrapolar o respectivo sublimite deverá recolher o ICMS e o ISS diretamente ao Estado ou ao Município. Reforma do Simples Foi aprovado no dia 4 de outubro, o Projeto de Lei Complementar (PLP) nº 25/2007 - Crescer sem Medo, que aumenta os limites de faturamento para o enquadramento no regime simplificado, dentre outras disposições. Com isso, o teto do programa de pagamento simplificado de tributos passará a ser de 4,8 milhões. A previsão é que a mudança ocorra a partir de 2018. 2.10.2. Lucro Real É o resultado (lucro ou prejuízo) do período de apuração (antes de computar a provisão para o imposto de renda), ajustado pelas adições, exclusões e compensações prescritas ou autorizadas pela legislação. Pode ser de dois tipos: • Anual: A empresa deve antecipar os tributos mensalmente, com base no faturamento mensal, sobre o qual se aplicam percentuais predeterminados, de acordo com o enquadramento das atividades, para obter uma margem de lucro estimado, sobre a qual recaem IRPJ e CSLL de forma semelhante ao lucro presumido. • Trimestral: Nele o IRPJ e a CSLL são calculados com base no resultado apurado no final de cada trimestre civil, teremos durante o ano quatro apurações definitivas, não havendo antecipações mensais como ocorre na opção de ajuste anual. Mas para empresas com alto faturamento durante o exercício o Lucro Real Anual pode ser mais vantajoso, pois poderá suspender ou reduzir o pagamento de IRPJ e CSLL. Umas das vantagens é que o prejuízo apurado no próprio ano pode ser compensado integralmente com os lucros do exercício. 26 2.10.3. Lucro Presumido É um tipo de tributo simplificado do IRPJ e CSLL. A alíquota varia de acordo com o tipo de atividade que atuam, sendo que essa variação vai de 1,6% até 32%, todos eles incidem sobre o faturamento. Porém nem todas as empresas podem optar pelo Lucro Presumido, pois há restrições relativas ao objeto final e o faturamento. Também não aproveitaram créditos do PIS e da COFINS, por não se enquadrarem no sistema não cumulativo, mas recolhem alíquotas mais baixas. 27 Capítulo 3 3. Microempresas e Empresas de Pequeno Porte O crescimento da economia nos países emergentes depende da criação de empresas, gerando trabalho e consequentemente renda para a população economicamente ativa por períodos longos de tempo, fazendo com que estes países possam produzir mais e melhor, melhorando sua colocação estratégica na economia mundial. As Microempresas e Empresas de Pequeno Porte alcançam a cada ano uma maior participação na economia do país, ficando próximo dos 90% do total de empresas segundo o IBGE (2004), se destacando com grandes geradores de emprego e renda, contribuindo assim, de forma crescente no aumento do PIB (Produto Interno Bruto). 3.1. Microempresa É uma empresa de pequena dimensão. A sua definição varia consoante o país, ainda que, em geral, se possa dizer que uma Microempresa conta com um máximo de dez empregados e um faturamento bruto anual entre 60 mil a 360 mil reais. Por outro lado, o proprietário da Microempresa costuma contribuir à mesma com o seu próprio trabalho. A Microempresa pode enquadrar-se dentro das Pequenas e Médias Empresas (PMEs) as Sociedades Simples, Sociedades Empresárias, Empresas Individuais de Responsabilidade Limitada (EIRELI) e Empresários Individuais devidamente registrados. Trata-se de firmas que não tenham uma incidência significativa no mercado (não vendem em grandes volumes) e cujas atividades não requeiram grandes quantias de capital (neste caso, predomina a mão de obra). 3.2. Empresa de Pequeno Porte Segmento importante dos pequenos negócios, as Empresas de Pequeno Porte (ou Pequenas Empresas) encontram-se em estágio de desenvolvimento mais avançado. Atuam como elo fundamental no encadeamento produtivo: podem ser compradores de produtos e serviços de Microempresas e também fornecedoras para Médias e Grandes Empresas. A Empresa de Pequeno Porte pode também ter origem como Microempresa que se desenvolveu e que continuará se desenvolvendo, até atingir, quem sabe, o estágio de Grande Empresa. 28 A Empresa de Pequeno Porte é um negócio com faturamento bruto anual entre 360 mil e 3,6 milhões de reais. Pode ou não, ser optante do Simples Nacional. Além do faturamento, as Empresas de Pequeno Porte também podem ser caracterizadas de acordo com a quantidade de funcionários. Para a indústria, são consideradas Empresas de Pequeno Porte aquelas que têm até 99 funcionários. Já para o comércio e serviços, o número de funcionários fica entre 10 a 49. 3.3. Enquadramento Podem ser enquadradas como ME ou EPP as empresas com essas naturezas que atenderem aos requisitos estabelecidos pela lei. Dentre os requisitos estão: teto de faturamento; não haver participação de outra pessoa jurídica no capital, nem participar do capital de outra; não exercer atividade de banco comercial, de investimento e desenvolvimento, de sociedade de crédito e correlatas. 3.4. Lei que regula as Microempresas e Empresas de Pequeno Porte Segundo a Lei Complementar Nº 123, de 14 de dezembro de 2006, considera-se ME ou EPP as Sociedades Empresárias, Sociedades Simples, as Empresas Limitadas e o empresário que se enquadra no art. 966 da Lei 10.406/2002 (atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços). Foi criada com o intuito de regularizar as atividades de Pequenas e Médias Empresas. Desde sua criação até a atualidade passou por diversas mudanças, mas seu papel é facilitar a vida empreendedora no Brasil, melhorando a vida jurídica dos empreendedores. Através dessa lei fica mais fácil abrir ou fechar uma empresa, também facilitando o pagamento de impostos tributários com a criação do Simples Nacional. Atendendo as reivindicações dos Micro e Pequenos Empresários, o estatuto visa estimular o desenvolvimento e a competitividade dos pequenos negócios como forma de gerar emprego, distribuição de renda, inclusão social, fortalecimento da economia e redução da informalidade. Todavia, no caso do produtor rural pessoa física e o agricultor familiar, tais benefícios se aplicam, exceto o regime tributário diferenciado. Outro ponto importante é que a lei institui diversos mecanismos de ampliação de oportunidades e fomento. Sendo assim, facilita o acesso a linhas de créditos oferecidas pelas instituições financeiras. 29 De acordo com a lei complementar 123/2006, caso ocorra um faturamento superior ao teto, a ME passará automaticamente a ser EPP no ano seguinte. Da mesma forma ocorre para a EPP, se o faturamento mínimo não for alcançado, ocorrerá um reenquadramento e passará de EPP para ME no exercício subsequente. Porém, se o faturamento de uma Empresa de Pequeno Porte for superior ao teto, ela não poderá usufruir do tratamento diferenciado a partir do mês seguinte. Licitações – Preferência O art. 48, para cumprimento do disposto no art.47, I da lei complementar 123/2006 estabelece que a Administração Pública possa realizar processo licitatório destinado exclusivamente à participação de Microempresas e Empresas de Pequeno Porte nas contratações cujo valor seja até 80 mil reais. O decreto 8.538/2015 regulamenta o tratamento favorecido, diferenciado e simplificado para Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, agricultor familiar, produtor rural, pessoa física, microempreendedor individual e sociedades cooperativas de consumo, nas contratações públicas de bens, serviços e obras, no âmbito da administração pública federal. Para Justen (2008, pag. 158): “A preferência assegurada às Pequenas Empresas não abrange a prerrogativa de deixar de cumprir as obrigações contratuais no tempo, no lugar e no modo devidos. O que se pretende é execuçãoplenamente satisfatória pelo particular das obrigações assumidas. A única peculiaridade reside na fixação de regras que facilitem a vitória de empresas de pequeno porte nas licitações.” 3.5. Importância das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte para o Brasil No Brasil, a importância socioeconômica das Pequenas Empresas pode ser demonstrada através dos números. Os pequenos negócios respondem por mais de um quarto do PIB brasileiro. Juntas, as cerca de nove milhões de Micro e Pequenas Empresas no país representam 27% do PIB, um resultado que vem crescendo nos últimos anos. Os dados são revelados pelo presidente do SEBRAE, Luiz Barretto: 30 “O empreendedorismo vem crescendo muito no Brasil nos últimos anos e é fundamental que cresça não apenas a quantidade de empresas, mas a participação delas na economia”. De acordo com Souza (1995, pág. 257), várias são as justificativas para as contribuições socioeconômicas das pequenas empresas: Estímulo à livre iniciativa e à capacidade empreendedora; Relação capital/trabalho com mais harmonia; Contribuição para a geração de novos empregos e absorção de mão-de-obra; Manutenção de certo nível de atividade econômica em determinadas regiões; Efeito amortecedor das distorções na atividade econômica; Efeito amortecedor dos impactos do desemprego; Potencial de assimilação, adaptação, introdução e, algumas vezes, geração de novas tecnologias de produto e de processo; Contribuição para a descentralização das atividades econômicas, em especial na função de complementação às Grandes Empresas. De uma forma bastante abrangente, Batalha e De Mori (1990) apresentam uma série de considerações que retratam a importância deste segmento para a economia, que tem sido mostrado através de: Absorção da mão-de-obra; Desenvolvimento de profissionais em atividades diferentes; Investimento de capital; Complementação para as Grandes Empresas, onde o nicho de mercado não é atraente para os grandes empreendimentos; Ambiente de trabalho potencialmente mais produtivo e agradável, pois os contatos com níveis superiores são mais diretos e frequentes; Participação no PIB – Produto Interno Bruto; Participação na massa salarial; Diversificação das exportações; Equalização do fluxo migratório em direção aos superpopulosos centros urbanos; A grande quantidade de empresas que totalizam o segmento. 3.6. Importância das Micro e Pequenas Empresas na arrecadação tributária Segundo Vasconcellos e Garcia (2008) “Para que o Estado cumpra suas funções com a sociedade, ele obtém recursos por meio da arrecadação tributária, que compõe sua receita fiscal”. Os pequenos negócios contribuem com seus tributos na arrecadação tributária nacional, estadual e municipal. Existem opções de regimes tributários onde as Microempresas e as Empresas de Pequeno Porte podem se enquadrar. As ME e EPP podem optar por dois tipos de tributação o Simples ou o Lucro Presumido. O que vai definir sua tributação será o ramo de atividade escolhida. O regime do Simples Nacional foi instituído na legislação brasileira oferecendo um tratamento simplificado a estes pequenos empreendimentos. Segundo Paes (2014) “A arrecadação do Simples Nacional cresceu à taxas muito superiores a de todos os demais tributos, tendo sido três vezes maior do que a taxa real de crescimento de toda a arrecadação”. 31 Logo, ressalta-se a relevância da contribuição em tributos que este segmento de empresas gera em relação aos demais tributos arrecadados no País. Conforme os dados estatísticos da arrecadação no regime do Simples Nacional entre os anos de 2012 e 2014 os valores arrecadados aumentaram anualmente. No ano de 2014 houve um aumento de 13,97% na arrecadação total em relação ao ano anterior, para a União o aumento foi 14,31%, para os Estados atingiu 10,63% e nos Municípios chegou a 17,28%. Os valores do resumo desta arrecadação são evidenciados abaixo: Tabela – Resumo da arrecadação do Simples Nacional Ano 2012 Variação (%) 2013 Variação (%) 2014 União 35.257,65 17,46% 41.414,66 14,31% 47.341,71 Estados 7.492,53 14,24% 8.559,39 10,63% 9.469,66 Municípios 3.750,55 17,56% 4.409,31 17,28% 5.171,31 Totais 46.500,74 16,95% 54.383,35 13,97% 61.982,68 FONTE: ELABORADA PELO AUTOR 3.7. Empresas optantes pelo Simples Nacional No período de dezembro de 2009 a Julho de 2016 houve um aumento significativo nas MEPs que optaram pelo Simples Nacional, assim como mostra o gráfico abaixo: Evolução dos Optantes pelo Simples Nacional FONTE: SEBRAE 32 3.8. Classificação por setores de ME e EPP Nota-se a partir do gráfico que as EPPs estão concentradas sobremaneira no setor de comércio, que agrega 59% do número de estabelecimentos de pequeno porte. A seguir vêm indústria (20%) e serviços (19%). Quando se compara essa distribuição à das Microempresas, algumas diferenças chamam a atenção. Comparando-se os cenários, tem-se que o comércio é o setor com maior número de empreendimentos, concentrando a mesma proporção tanto nas MEs quanto na EPPs. A principal diferença é relativa à participação das EPPs na indústria, que é substancialmente maior do que a das Microempresas (20% a 12%), diferença compensada no setor de serviços, que é proporcionalmente mais relevante para as Microempresas. Classificação por Setores FONTE: SEBRAE/NA 3.9. Faturamento médio das EPPs por setores, em valores O valor do faturamento médio do setor industrial das EPPs é 12% maior comparado com o faturamento médio nacional de todos os outros setores (serviços, comércios e construção civil) sendo inclusive maior do que o maior faturamento médio estadual (RJ, com média de R$695.328,00). O resultado é esperado, tendo em vista que as atividades da indústria geralmente têm por característica maior agregação de valor. Os setores de comércio e serviços são os que apresentam menor faturamento médio, com ligeira vantagem para o primeiro. São setores nos quais em geral as atividades são menos dinâmicas e que agregam menor valor. 33 Faturamento médio das EPPs por setores, valores FONTE: SEBRAE/NA 3.10. Quantidade de negócios abertos no Brasil No Brasil existem cerca de 14.812.460 de pequenos negócios, que estão entre eles às Microempresas, às de Pequeno Porte e também o Microempreendedor Individual. Observando o período de 2007 a 2016, nota-se que houve um aumento significativo no número de formalização de empresas no país. Do total de pequenos negócios existentes até maio de 2016 os setores de comércio e serviços juntos somam quase 90% do total. Abaixo um gráfico exemplificando. Quantidade de negócios abertos no Brasil FONTE: ADAPTADO - EMPRESÔMETRO 34 3.11. Quantidade de negócios por região De acordo com o Empresômetro (2016), à relevância de pequenos negócios no país até maio de 2016, a região Sudeste possui o maior percentual, com 49,2%, seguida da região Sul com 18,4%, região Nordeste com 18,3%, região Centro-Oeste com 8,8% e região Norte, que possui menor percentual, que é de 5,3%. 3.12. Taxa de “Sobrevivência” e “Mortalidade” A sobrevivência desses empreendimentos é condição indispensável para o desenvolvimento econômico do país. Estudos realizados no Brasil mostram que os dois primeiros anos de uma nova empresa são os mais complicados, o que torna o período mais importante para monitoramento da sobrevivência. Pesquisas mostram que a cada 100 empreendimentos criados, 73 sobrevivem aos primeiros dois anos de atividade. A taxa supera países modelo, como Itália. Isso mostra que a sobrevivência das empresas aumentou. Aquelas constituídas em 2006 com até dois anos de atividade, a taxa de sobrevivência foi de 73,1%, sendo essa superior a 2005 que foi de 71,9%. Como a taxa de mortalidade das empresas é complementar à da sobrevivência, a taxade mortalidade das empresas com até dois anos caiu de 28,1% para 26,9%, comparadas as empresas constituídas em 2005 e 2006. Foram calculadas as taxas de sobrevivência e mortalidade segmentadas de ME e EPP. Taxa de “sobrevivência” de empresas de dois anos, evolução no Brasil: FONTE: SEBRAE 35 Taxa de “mortalidade” de empresas de dois anos, evolução no Brasil: FONTE: SEBRAE 3.13. Algumas vantagens de uma Microempresa ou Empresa de Pequeno Porte Além de tratamentos diferenciados como a escolha do Simples Nacional, também a outras vantagens: • Tributação pelo regime de Caixa: A partir de 1º de janeiro de 2009, opcionalmente, as empresas optantes pelo Simples podem utilizar a receita bruta total recebida no mês - regime de caixa em substituição à receita bruta auferida - regime de competência, conforme estabelecido na Resolução CGSN 38/2008; • Facilidade na baixa de registro: As MEs e EPPs que estão sem movimento há mais de três anos poderão dar baixa nos registros dos órgãos públicos Municipais, Estaduais e Federais, mesmo sem o pagamento dos débitos tributários, multas ou taxas devidas pelo atraso na entrega das declarações nesse período; • É facultado ao empregador de Microempresa ou de Empresa de Pequeno Porte fazer- se substituir ou representar junto à justiça do trabalho por terceiros que conheçam dos fatos, ainda que não possuam vinculo trabalhista ou societário. Possui também algumas vantagens com relação às obrigações trabalhistas, são elas: • As Microempresas e as Empresas de Pequeno Porte são dispensadas: ➢ Da afixação de Quadro de Trabalho em suas dependências; 36 ➢ Da anotação das férias dos empregados nos respectivos livros ou fichas de registro; ➢ De empregar e matricular seus aprendizes nos cursos dos Serviços Nacionais de Aprendizagem; ➢ Da posse do livro intitulado “Inspeção do Trabalho” e ➢ De comunicar ao Ministério do Trabalho e Emprego a concessão de férias coletivas. 3.14. Desvantagens de uma Microempresa e Empresa de Pequeno Porte Não há muitas desvantagens, mas uma se destaca entre elas. O fato da unificação dos tributos nas esferas Federal, Estadual e Municipal não permite que empresas que compram insumos ou produtos para industrialização ou revenda de empresas do sistema simples aproveitem créditos de impostos do sistema cumulativo, como: IPI, PIS, COFINS, ICMS. Isto acaba gerando impasses em negociações entre as empresas e afastando grandes compradores do sistema simples. 37 Capítulo 4 4. A importância de um profissional na área Para abrir e legalizar uma empresa no Brasil o empreendedor necessita trilhar um caminho longo e burocrático. Para registrar a empresa o empreendedor deverá ir a instituições estaduais e municipais onde a empresa precisa ser registrada, tais como Prefeitura, Estado, Receita Federal e Previdência Social. No momento que o empreendedor decide pela abertura de uma empresa, sendo ela de qualquer porte, é aconselhado procurar um profissional contábil de sua confiança. Ele ficará encarregado dos procedimentos necessários, que serão de extrema importância para se alcançar o sucesso na legalização do empreendimento. Fica assim evidenciado como o profissional contábil deverá atuar no processo de abertura e legalização de empresas. 4.1. Passos para realizar abertura e legalização de empresas 4.1.1. Registro O registro legal de uma empresa é tirado na Junta Comercial do estado ou no Cartório de Registro de Pessoa Jurídica. Para as pessoas jurídicas, esse passo é equivalente à obtenção da Certidão de Nascimento de uma pessoa física. A partir desse registro, a empresa existe oficialmente - o que não significa que ela possa começar a operar. 4.1.2. Idade Mínima para ser Titular ou Sócio da Empresa Pode ser sócio ou titular da empresa, a pessoa natural, desde que não haja impedimento legal: • Maior de 18 anos, brasileiro (a) ou estrangeiro (a), que se achar na livre administração de sua pessoa e bens; • Menor de 18 e maior de 16 emancipado: ➢ Por concessão dos pais ou de um deles na falta do outro se o menor tiver 16 anos completos; 38 ➢ Por sentença do juiz; ➢ Pelo casamento; ➢ Pelo exercício de emprego público efetivo (servidor ocupante de cargo em órgão da administração direta, autarquia ou fundação pública federal, estadual ou municipal); ➢ Pela colação de grau em curso de ensino superior; ➢ Pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor de 16 anos completos tenha economia própria. 4.1.3. Escolha prévia do local O empreendedor deverá consultar de acordo com as entidades envolvidas no processo de registro da empresa para verificar se existem restrições que possam impedir a construção da mesma no endereço escolhido. Será necessário se atentar se atividade escolhida é compatível com as leis de zoneamento do local. É preciso fornecer o endereço o ramo empresarial para análise da administração regional ou prefeitura. É importante observar alguns requisitos: Inscrição cadastral anterior do imóvel, constante no carnê do IPTU ou em outro documento municipal; • Metragem aproximada da área a ser utilizada; • Nome da firma, de um dos sócios ou requerentes, quando autônomo; • Descrição detalhada do ramo da atividade; 4.1.4. Busca do nome empresarial O nome empresarial é aquele sob o qual a empresa exerce suas atividades. Pode ser de dois tipos: • Firma: utilizado obrigatoriamente na forma jurídica do empresário e, facultativamente, na EIRELI e Sociedade Ltda. É formado pelo nome civil do empreendedor que, para distinguir-se de outro, pode abreviar os prenomes ou acrescentar palavras ou expressões comuns; • Denominação: utilizada pela EIRELI e pela Sociedade LTDA. É formado por palavras ou expressões comuns, seguidas por palavras ou expressão que identificam a 39 atividade econômica principal e pelas expressões “EIRELI” ou “LTDA”, conforme o caso. Conforme diz a lei 8934/94, não poderão existir duas empresas com nomes idênticos exercendo a mesma atividade dentro do mesmo estado. Para consultar a existência do nome empresarial é necessário fazer a Pedido de Viabilidade, que é um serviço eletrônico de consulta prévia integrado ao Sistema Regin da Junta Comercial. É importante ressaltar que o registro do nome empresarial não garantirá o uso da marca. Para ter amparo legal é necessário que a marca esteja registrada no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). 4.1.5. Contrato Social O Contrato Social é a peça mais importante do início da empresa, e nele devem estar definidos claramente os seguintes itens: • Documentos pessoais de cada sócio (no caso de uma sociedade). • Interesse das partes; • Objetivo da empresa; • Descrição do aspecto societário e a maneira de integralização das cotas. Para ser válido, o Contrato Social deverá ter o visto de um advogado, de acordo com o § 2° do art. 1° da Lei 8.906/1994, com exceção das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte que de acordo com o § 2° do art. 9° da Lei Complementar 123/2006 são dispensadas do mesmo. 4.1.6. Tipo Jurídico O tipo jurídico é de livre escolha do empreendedor e representa a forma como a empresa irá exercer a atividade econômica escolhida. Atualmente, os tipos jurídicos mais utilizados por pequenas empresas são os seguintes: • Empresário: forma adotada pelo empreendedor que deseja ser o único dono e não se importa em responder de forma ilimitada pelas obrigações contraídas na empresa; • Empresa Individual de Responsabilidade Ltda. - EIRELI: forma utilizada pelo empreendedor que deseja ser o único dono e possuir responsabilidade limitada sobre as obrigações contraídas na empresa. Nesse caso, é preciso declararum capital social de, no mínimo, 100 salários mínimos atuais. 40 • Sociedade Limitada: forma utilizada quando empreendedores desejam se tornar sócios e preservar a responsabilidade limitada sobre as obrigações contraídas na empresa. Nesse caso, a Sociedade Limitada será do tipo: • Empresarial: se a atividade econômica for indústria, comercio ou de prestação de serviços não intelectuais: • Simples: se a atividade for de prestação de serviços intelectuais. 4.1.7. Atividade da empresa A empresa pode exercer uma ou diversas atividades econômicas. No entanto, uma atividade deve ser eleita como principal e as demais serão secundárias. No Pedido de Viabilidade, as atividades são identificadas pelo Código de Atividades Econômicas – CNAE automatizado no sistema. Já no ato de constituição da empresa, as atividades devem ser informadas claramente, iniciando-se pelas expressões. 4.1.8. Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas CNPJ É o registro das empresas junto à Receita Federal. Neste cadastro constam dados como Razão Social e a data de abertura da empresa. Para que a mesma tenha controle sobre as empresas registradas no país, fiscalizando o pagamento de impostos. 4.1.9. Inscrição Estadual Normalmente é feita na Secretaria Estadual da Fazenda. Atualmente, a maioria dos estados tem convênio com a Receita Federal, que permite obtê-la junto ao CNPJ por meio de único cadastro. É necessário consultar o órgão competente. A Inscrição Estadual é obrigatória para empresas dos setores de comércio, indústria e serviços de transporte intermunicipal e interestadual. Também estão incluídos os serviços de comunicação e energia. Se a empresa exercer atividade industrial, comercial e serviços, a inscrição deve ser feita na Secretaria Estadual da Fazenda como contribuinte do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Se a empresa exercer atividade de serviços, é necessário providenciar a inscrição na Secretaria de Finanças ou de Fazenda da Prefeitura. Esse processo varia de acordo com as 41 regras de cada município, na maioria dos estados esse registro vem atribuído automaticamente após o registro da empresa na Junta Comercial. 4.1.10. Alvarás Alvará do Corpo de Bombeiros A APPCI (Alvará de Prevenção e Proteção Contra Incêndio) é um documento expedido pelo Corpo de Bombeiros Militar do Estado que as edificações e áreas de risco de incêndio devem possuir. O órgão fará uma avaliação do grau de risco da edificação. A liberação do documento varia de acordo com o grau de risco. Alvará de Funcionamento Ele deve ser solicitado junto à prefeitura e o procedimento varia de acordo com a legislação do município vigente. Todos os estabelecimentos comerciais, industriais e/ou prestação de serviços precisam de uma licença para funcionar. As demais secretarias do município podem estar envolvidas no processo, vai depender da atividade desenvolvida. Documentos Necessários • Formulário próprio do Município; • Consulta prévia de endereço aprovada; • Cópia do CNPJ; • Cópia do Contrato Social; • Laudo dos órgãos de vistoria, quando necessário. 4.1.11. Autorização para impressão de Documentos Fiscais Após a formalização da empresa, deverá o empreendedor retornar à Agência da Receita Estadual, a qual está subordinado, para obter a Autorização para Impressão de Documentos Fiscais – AIDF (para confeccionar blocos de Notas Fiscais). 42 4.1.12. Cadastro na Previdência Social Precisa fazer o cadastro na Previdência Social independente da empresa possuir funcionários. Pois para a contratação do mesmo é preciso estar frente às obrigações trabalhistas, mesmos que seja um único trabalhador, ou sócio inicialmente. Então deverá ir até a Agência da Previdência de sua jurisdição para solicitar o cadastramento. O prazo é de 30 dias após o inicio das atividades. 4.1.13. Inscrição no Sindicato Patronal A empresa deverá ser inscrita no Sindicato Patronal da categoria que se enquadra o seu ramo de atividade e passa a pagar a Contribuição Sindical Patronal. Para saber para qual sindicato a empresa irá recolher a Contribuição Sindical, procure: • Federação da Indústria do seu Estado, se a sua empresa for uma indústria; • Federação da Comercial do seu Estado, se a sua empresa for uma comércio. Após a conclusão destas etapas, a empresa poderá operar legalmente. 43 5. Conclusão Em virtude dos fatos mencionados, observou-se que o procedimento de abrir e legalizar uma empresa é muito complexo, pois há vários requisitos a serem seguidos, mas com o estudo realizado, percebeu-se que o profissional contábil é a peça chave desse empreendimento, pois é ele quem planeja, protege e avalia qual decisão dever ser tomada para melhor desempenho da empresa. Portanto entende-se que a escolha de um bom profissional será a base para um possível sucesso. Vários aspectos influenciam na hora da abertura da empresa. Um bom local poderá levar o empreendedor a obter mais lucro, pois dependendo do público alvo, a atividade escolhida, ele sairá bem em seu negócio etc. Através das pesquisas feitas, descobriu-se que as Microempresas e Empresas de Pequeno Porte estão atuando cada vez mais no mercado, tornando-se importante no crescimento econômico do país, elas representam mais de 20% do Produto Interno Bruto Nacional (PIB). Então, vale ressaltar que, há uma gama de processos para realizar a abertura de uma empresa, porém, escolhendo o profissional contábil certo, tudo ficará mais fácil de ser fazer. 44 6. Referências BATALHA, M.O.; DEMORI, F. A pequena e média indústria em Santa Catarina. Florianópolis: UFSC, 1990. BRASIL ECONÔMICO, Empreendedorismo: Brasil teve crescimento de 20% em abertura de empresas, 2017, http://economia.ig.com.br/2017-04-18/empreendedorismo-no-brasil.html acesso em: 13/09/2017 às 10h15min. CÂMARA DOS DEPUTADOS, Legislação Informatizada - Lei Complementar Nº 123, de 14 de Dezembro de 2006 - Publicação Original, http://www2.camara.leg.br/legin/fed/leicom/2006/leicomplementar-123-14-dezembro-2006- 548099-publicacaooriginal-63080-pl.html acesso em: 25/09/2017 às 19h40min. COELHO, F.U, Manual do Direito Comercial, p.77, Ed. 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