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Introdução
A análise de balanços visa relatar, com base nas informações contábeis fornecidas pela
empresa, a posição econômico-financeira atual, as causas que determinaram a evolução
apresentada e as tendências futuras
Em outras palavras, pela análise de balanços extraem-se informações sobre a posição
passada, presente e futura (projetada) de uma empresa. 
A análise de balanços é considerada por alguns autores como “uma arte”, pois, apesar das
técnicas desenvolvidas, não há um critério ou metodologia formal de análise válidos nas
diferentes situações e aceitos unanimemente pelos analistas. Dessa forma, torna-se
impossível estabelecer uma sequência metodológica ou instrumental científico capazes de
fornecer diagnósticos sempre precisos da empresa (ASSAF NETO). Isso faz com que os
indicadores de análise sejam vistos de maneira particular por quem faz a análise,
sobressaindo-se, além do conhecimento técnico, a experiência e a própria intuição do
analista. 
Dois analistas podem chegar a conclusões diferentes sobre a mesma empresa, mesmo
tendo trabalhado com os mesmos dados e utilizados as mesmas técnicas de análise. Isso
significa que cada analista concentra-se nas demonstrações financeiras da sociedade, das
quais extrai suas conclusões a respeito de sua situação econômico-financeira, e toma (ou
influencia) decisões com relação a conceder ou não crédito, investir ou não em seu capital
acionário, alterar determinadas políticas financeiras, avaliar se a empresa está sendo bem
administrada, identificar sua capacidade de solvência (se irá falir ou não), avaliar sua
lucratividade ou se tem condições de saldar suas dívidas com recursos gerados
internamente etc.
Insumos básico da análise de balanços
Os insumos necessários ao processo de análise de balanços são os relatórios contábeis
elaborados periodicamente pelas empresas.
Os relatórios contábeis distinguem-se em obrigatórios e não obrigatórios.
Obrigatórios são aqueles definidos pela legislação societária, sendo mais conhecidos como
“demonstrações contábeis” ou “demonstrações financeiras”.
A atual Lei das Sociedades por Ações determina que ao final de cada exercício social (12
meses) toda empresa deve apurar, com base nos fatos registrados pela contabilidade, as
seguintes demonstrações contábeis:
· Balanço Patrimonial;
· Demonstração do Resultado do Exercício;
· Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados ou das Mutações do Patrimônio
Líquido;
· Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (atualmente opcional)
· Atualmente o Fluxo de Caixa se tornou obrigatório para as empresas S.As. capital
aberto
 Todos que trabalham com análises, principalmente os contadores sabem que as
demonstrações financeiras geradas no departamento de contabilidade trazem um volume
/
muito grande de dados. 
Esses dados representam a matéria-prima do setor p/o Administrador Financeiro que, de
posse deles os transformam em informações úteis para tomadas de decisões. 
Os dados representam os números ou descrições de objetos ou adventos que,
isoladamente, não provocam nenhuma reação no leitor. 
Ou seja, podemos defini-los como a matéria-prima necessária à obtenção de um produto
denominado informação. 
As informações representam, para quem as recebe, uma comunicação que pode produzir
reações ou decisão, frequentemente acompanhada de um efeito surpresa. 
Em um exemplo podemos dizer que numa partida de futebol da sel. Brasileira x sel.
Boliviana teve uma renda de R$ 286.400,00 e 36.000 pagantes, isso seria um dado, já com
a divisão da arrecadação pelo n.º de pagantes obteríamos os preços médio por ingresso o
que já se transformou em informação. 
As demonstrações financeiras publicadas no DCI, Gazeta Mercantil e outros podem
representar uma infinidade de números que são dados.
Esse pode ser um importante e justificado motivo para se transformar parte desses dados
em informações capazes de levar os dirigentes da empresa a uma decisão.
O início da análise
O Contador
A função básica do contador é compilar os dados decorrentes das operações da empresa
mediante os registros contábeis. E suas matérias-primas, são os fatos de significado
econômico-financeiro expressos em moeda e os seus produtos finais são as demonstrações
financeiras. 
O analista
O analista de balanços por sua vez preocupa-se com as demonstrações financeiras, que
necessitam ser transformadas em informações, que permitam concluir se a empresa
merece ou não crédito, se é lucrativa, se possui dívidas acima de sua capacidade, se vem
evoluindo ou regredindo ou até mesmo se sobreviverá ou irá a falência.
 Linguagem
O resultado da análise de balanços é demonstrado através de relatórios escritos em
linguagem descomplicada, com uso de gráficos representativos como auxiliares,
objetivando simplificar as conclusões mais complexas. Devem ser elaborados como se
fossem destinados a leigos mesmo que não o sejam.
 Deve-se ter o cuidado de não elaborar relatórios cheio de dados ao invés de informação,
que é o produto esperado pela alta direção da empresa, estes sempre irão querer decidir
com base nas informações obtidas, fornecidas pelos analistas sem a necessidade de
interpretar índices ou gráficos mirabolantes.
 O que realmente vai interessar à alta administração serão os comentários objetivos sobre a
situação da empresa.
 O que incluir no relatório 
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Ao invés de apresentar um relatório cheio de dados numéricos, devemos apresentar
informações como, por exemplo:
 “O grau de endividamento da empresa encontra-se em nível razoável em relação ao ramo
de atividade; entretanto, vem crescendo de maneira indesejável, pois há dois anos podia
ser considerado bom”.
 A composição do endividamento mostra um perfil de dívida insatisfatório devido à
excessiva participação das obrigações de curto prazo. Já a liquidez da empresa pode ser
considerada boa”.
 Pode se listar informações do tipo: 
- Situação financeira;
- Situação econômica;
- Desempenho;
- Eficiência na utilização dos recursos;
- Pontos fracos e fortes;
- Tendências e perspectivas;
- Quadro evolutivo;
- Adequação das fontes às aplicações de recursos
- Causas das alterações na situação financeira;
- Causas das alterações na rentabilidade;
- Evidência de erros da administração;
- Providências que deveriam ser tomadas e não foram;
- Avaliação de alternativas econômico-financeiras futuras.
Grupos de interesse
- Diretores/Acionistas;
- Clientes;
- Fornecedores;
- Instituições financeiras (instituições de crédito, bancos, corretoras de valores, etc.)
- Governo.
 Uso da informação
A informação, produto da transformação dos dados obtidos através das demonstrações
financeiras fornecidas pelo departamento de contabilidade. 
São utilizadas por todos os grupos de interesse relacionado para os mais diferentes fins.
 EXEMPLOS:
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Diretores/Acionistas – Estes se interessam pelo desenvolvimento geral da empresa, mais
precisamente no que diz respeito ao desempenho, aos resultados obtidos, ao grau de
endividamento, a lucratividade, aos prazos de pagamentos, aos prazos de recebimentos
etc.
Clientes – Estes se preocupam principalmente com nossa capacidade de dar continuidade
no processo de fornecimento de materiais necessários à fabricação de seus produtos.
Fornecedores – A preocupação dos fornecedores reside na capacidade da empresa em
honrar seus compromissos nos prazos acertados.
Instituições Financeiras – Idem fornecedores. 
Governos – Este é o sócio de todas as pessoas jurídicas e físicas, pelo menos na hora de
computar o lucro tributável (importo de Renda).
Metodologia de análise
 
“Toda análise baseia-se no raciocínio científico”.
Na maioria das ciências, o processo de tomada de decisão obedece alguma sequência como
segue:
Etapas:
1.Escolha de indicadores
2.Comparação com padrões
3.Diagnóstico ou conclusões
4.Decisão
 Obs.: Todos os tipos de profissionais têm um padrão estatístico ou não para comparar
níveis satisfatórios para dar sustentação a suas decisões. A análise se compõe através das
três primeirasetapas.
 O médico, por exemplo, tem um padrão de reações estatisticamente elaborado para
suportar seus diagnósticos.
O advogado se ampara na lei, na jurisprudência e em comentários jurídicos para defender
suas causas.
 Em análise de balanços, o raciocínio é aplicado da mesma forma:
1. Extraem-se índices das demonstrações financeiras.
2. Comparam-se os índices com os padrões;
3. Ponderam-se as diferentes informações e chega-se a um diagnóstico ou conclusão;
4. Tomam-se decisões.
 Quando esta sequência não é obedecida a análise fica prejudicada.
 Às vezes, por falta de padrões ou por não se saber construí-los, deixam-se de fazer
comparações e a análise fica comprometida por falta de elementos de referência.
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 Técnicas de análise
- Análise através de índices 
As atuais técnicas de Análise de Balanços possibilitam grande número de informações sobre
a empresa.
 Existem hoje, muitos índices surgidos de 1915 até então. Porém, com o passar do tempo,
seguindo a tendência natural da sociedade, as técnicas vêm se aprimorando, sofrendo
refinamentos como objetos de estudos nas universidades.
 A principal preocupação dos índices de balanço é possibilitar avaliação de forma genérica
sobre diferentes aspectos da empresa em análise, sem profundidade, que é alcançável
através de outras técnicas adiante.
 Análise vertical e horizontal 
As duas devem ser utilizadas conjuntamente e servem para complementar as análises por
quocientes.
Elas são mais detalhadas, envolve todos os itens das demonstrações e revelam falhas
responsáveis por anomalias encontradas.
 VERTICAL – também chamada por análise por coeficientes, é aquela através da qual se
compara cada um dos elementos do conjunto em relação ao total do conjunto. Evidencia a
porcentagem de participação de cada elemento no conjunto.
 Exemplo:
Em uma DRE onde as Despesas Administrativas são R$ 257.000 e a Receita Operacional é
R$ 1.480.000:
X = R$ 257.000 x 100 = 17%
 R$ 1.480.000
HORIZONTAL – também denominada por alguns analistas como análise por índices, tem
por finalidade evidenciar a evolução dos itens das demonstrações financeiras ao longo do
ano. 
Por meio deste tipo de análise, é possível acompanhar o desempenho de todas as contas
que compõe a demonstração analisada.
 Análise do capital de giro 
Através do cálculo dos índices de rotação ou prazos médios, é possível construir um modelo
de análise dos investimentos e financiamentos do Capital de Giro, de grande utilidade
gerencial, bem como para avaliação da capacidade de administração do Capital de Giro por
parte da empresa.
 Modelo de análise de rentabilidade
- Análise do ROI (Retorno operacional dos Investimentos): Esse tipo de análise,
desenvolvido há cerca de 50 anos, é ainda instrumento de grande utilidade na análise
interna ou externa da empresa. 
Permite ampla decomposição dos elementos que influem na determinação da taxa de
rentabilidade de uma empresa e explicam quais os fatores que levaram ao aumento ou à
queda de rentabilidade.
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Permite ainda, identificar as alternativas para modificações da rentabilidade quando esta
estiver em estudo.
Análise da “Alavancagem Financeira”
O significado da “alavancagem financeira” (Financial Leverage, em inglês) está
correlacionado ao Capital de terceiros.
Quando a alavancagem ou o grau de alavancagem é maior do que 1, o endividamento tem
um efeito de alavanca sobre o lucro que é levado para o acionista.
Por comparar o custo das diferentes alternativas de capital de terceiros com o custo do
capital próprio, a análise da “alavancagem financeira” é imprescindível para as decisões de
subscrição de ações e muito recomendável nas decisões de financiamento de longo prazo.
Análise da demonstração das Origens e Aplicações de Recursos e do Fluxo de
Caixa.
 A partir das demonstrações financeiras levantadas em 31.12.78, a Demonstração das
Origens e Aplicações de Recursos (DOAR), começou a ser divulgada, no Brasil, por
determinação da Lei n.º 6.404/76 (Lei das Sociedades Anônimas), atualmente com a lei
11638/08 é um demonstrativo opcional, deixando de ser obrigatório e passando o fluxo de
caixa para um contexto obrigatório, devido o fluxo de caixa ser mais simples para os
profissionais de outras áreas conseguir analisar seus resultados. (Obs.: este apenas para
empresas com patrimônio líquido superior a R$ 2 milhões)
 Análise Prospectiva
 A análise de balanço é realizada com base em dados contidos em demonstrações
financeiras passadas.
 O pensamento é de que analisando o passado, pode-se ter ideias do futuro, supondo-se
que o comportamento da empresa não se altere. Esse é um raciocínio dominante em
grande parte do mundo.
Usos e usuários da análise de balanços
Saber analisar balanços está se tornando uma necessidade para grande número de
pessoas.
Um dos elementos mais importantes na tomada de decisões relacionadas a uma empresa é
a análise das suas demonstrações financeira.
O Diagnóstico de uma empresa quase sempre começa com uma rigorosa Análise de
Balanços, cuja finalidade é determinar quais são os pontos críticos e permitir, de imediato,
apresentar um esboço das prioridades para a solução de seus problemas.
A política financeira de uma empresa tem reflexo nas demonstrações financeiras e é através
da sua análise que se pode conhecer os seus objetivos.
A análise de balanços é fundamental para quem pretende relaciona-se com a empresa.
A análise de balanços permite uma visão da estratégia e dos planos da empresa analisada;
permite estimar o seu futuro, suas limitações e suas potencialidades.
Cada usuário está interessado em algum aspecto particular da empresa.
Fornecedores
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O fornecedor de materiais ou serviços precisa conhecer a capacidade de pagamento de seus
clientes, ou seja, a sua liquidez.
A profundidade da análise do fornecedor depende da importância do cliente. (Valor
negociado).
Clientes (Compradores)
 Raramente o comprador analisa a situação do fornecedor.
 O cliente deve se preocupar mais é em caso de contrato de fornecimento de materiais ou
serviços considerados essenciais para a sua produção.
 Nestes casos, preocupando-se com o aspecto de continuidade, deve proceder análise mais
aprofundada.
Bancos comerciais
Esses bancos que trabalham com créditos de curto-prazo, preocupam-se com o grau de
endividamento do cliente e sua rentabilidade e capitalização.
Bancos de investimentos
Estes se preocupam muito mais com análise de tendência e fazer previsões, que é muito
mais importante para o banco de investimento. Ou seja, eles estão mais preocupados é
com a situação futura da empresa.
Corretoras de valores
Concede empréstimos às construtoras e sua análise está entre um banco comercial e um de
investimento.
Sociedades financeiras
Créditos diretos a consumidores. Essas sociedades necessitam conhecer a capacidade
financeira de seus clientes (tomadores).
Corretoras de valores e público investidor
Esses, como agentes investidores, preocupam-se com o aspecto da valorização das ações.
Concorrentes
Esta análise é de vital importância, para conhecimento profundo da situação de seus
concorrentes, e pode ser um fator de sucesso ou de fracasso da empresa no mercado.
Dirigentes
 A análise de balanços, para os administradores da empresa é instrumento importante
(complementar) para a tomada de decisão.
 A análise de balanços pode servir de guia para os dirigentes.
 Governo
O governo utiliza análise de balanços em diversas situações. Por exemplo, as concorrentes
de concorrência pública.
Acompanhamento de clientes e fornecedores
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Muitas empresas e até mesmo bancos, quebram simplesmente por não acompanhar a
situação de seus clientes/fornecedores periodicamente, faz análise inicial e depois esquece.
Padronização das demonstrações financeiras
“As demonstrações financeiras devem ser preparadas para análise, da mesma forma que
um terreno deve ser preparado e modelado para a construção de um prédio”.
 Antes de iniciar a análise, deve-se examinar detalhadamente as demonstrações
financeiras.Este trabalho consiste em uma crítica às contas das demonstrações financeiras e na
transcrição delas para um modelo previamente definido. A isto, dá-se o nome de
“Padronização”.
A padronização tem como objetivo, trazer as demonstrações financeiras a um padrão de
procedimentos e ordenamento na distribuição das contas, visando diminuir as diferenças
nos critérios utilizados pelas empresas, na apresentação de tais demonstrações. Outro
objetivo é fazer com que as demonstrações atendam às necessidades de análise e sejam
apresentadas de forma simples de visualizar e fácil de entender, isto é, de correlacionar os
diversos itens, seguindo critérios próprios adotados internamente na empresa que esteja
procedendo a análise.
 O primeiro passo para análise é verificar se estamos de posse de todas a DF’s (inclusive
notas explicativas). Também seria desejável Df’s de três períodos. Com as publicações em
colunas comparativas teremos, de posse de uma única publicação, dois períodos (exercício
atual e anterior).
 Em seguida devemos averiguar a autenticidade das DF’s. O Parecer da Auditoria nas DF’s
dá uma satisfatória margem de confiabilidade para o analista. Não havendo Parecer de
Auditoria, recomenda-se ao analista uma maior dose de conservadorismo, uma vez que,
nem sempre as DF’s refletem a realidade (principalmente as pequenas empresas)
 O segundo passo é preparar as DF’s de forma conveniente para a análise. Esta etapa
denomina-se Reclassificação de itens nas Demonstrações Financeiras.
 Muitas vezes o contador visa, através do seu agrupamento de contas nas DF’s melhorar a
situação econômico-financeira da empresa usando de uma certa subjetividade.
 Exemplo:
Se a empresa se dispõe a vender um imóvel que está classificado do Ativo Permanente, a
atitude do contador visando melhorar a situação financeira da empresa reclassifica este
imóvel no Ativo Circulante. Neste caso, estaria melhorando a situação de liquidez da
empresa a curto prazo.
 Reclassificação das Contas
Significa uma nova classificação, um novo reagrupamento de algumas contas nas DF’s,
sobretudo no Balanço Patrimonial e DRE. São alguns ajustes para melhorar a eficiência da
análise.
É necessário que o analista responsável por esta tarefa conheça bem o que representa cada
uma das contas das demonstrações financeiras, que tenha domínio do mecanismo contábil
utilizado pelas empresas, sabendo como aqueles valores surgiram, o que eles representam
e como serão liquidados. Precisa ainda saber interpretar a nomenclatura utilizada pelas
empresas, convertendo-a para planilhas internas. É fundamental que o analista tenha
condições de avaliar a relevância de cada item, à medida que tal item possa apresentar
/
dificuldade. Os fatores mais importantes devem ser esclarecidos, enquanto os menos
relevantes muitas vezes não justificam tempo que podem absorver.
 A leitura do relatório da diretoria, das notas explicativas e do parecer da auditoria é tarefa
obrigatória no processo de análise das demonstrações financeiras.
Motivos de se fazer a Padronização
Simplificação – Um balanço aberto em uma S/A, contém um nº. elevado de contas, o que
dificulta a visualização do balanço como um todo. Quando se faz cálculos fazendo análise
vertical e horizontal, por exemplo, chega-se a aproximadamente 500 a 600 números o que
é um complicador na vida do analista.
Comparabilidade – A análise é baseada em comparação e só faz sentido analisar um
balanço após o seu enquadramento num modelo que viabilize comparação com outros
balanços.
Adequação aos objetivos da análise – O exemplo de duplicatas descontadas
contabilmente demonstrada como redutora do ativo circulante. Para efeito financeiro, em
nada difere de um empréstimo bancário, uma vez que se trata de uma forma de captação
de recurso.
Precisão na classificação das contas – Consiste na adequação das contas segundo suas
próprias naturezas. Ë comum encontrarmos falhas de classificação de contas tanto no
balanço como nas demais demonstrações.
Descoberta de erros – existe caso de erros que podem ser intencionais ou não:
a) Estoques finais ou iniciais da DRE, diferentes do balanço.
 b) PDD apontado no balanço não coincide com a constituída na DRE.
 c) Dificuldade de conciliar PL inicial com PL final.
Obs.: Uma padronização rigorosa deveria sempre ser precedida da elaboração de um fluxo
de caixa, uma vez que, tanto as saídas como as entradas de caixa são bem identificadas o
que dá uma boa base para análise. 
Intimidade do analista com as demonstrações financeiras da empresa – a padronização
obriga o analista a pensar em cada conta das demonstrações e a decidir sobre sua
consistência com outras contas, suas classificações enquanto as transcreve para o modelo
padronizado.
 Demonstrações financeiras para exemplos
EM US$
CIA. BIG
BALANÇOS EM
31.12.X1 31.12.X2 31.12.X3
ATIVO CIRCULANTE
FINANCEIRO 
§ Disponível 34.665 26.309 25.000
/
§ Aplicações Financeira 128.969 80.915 62.000
SOMA 163.634 107.224 87.000
OPERACIONAL 
§ Clientes 1.045.640 1.122.512 1.529.061
§ Estoques 751.206 1.039.435 1.317.514
SOMA 1.796.846 2.161.947 2.846.575
Total do Ativo Circulante 1.960.480 2.269.171 2.933.575
§ Investimentos 72.250 156.475 228.075
§ Imobilizado 693.448 1.517.508 2.401.648
§ Intangível 0 40.896 90.037
Total do Ativo não circulante 765.698 1.714.879 2.719.760
TOTAL DO ATIVO 2.726.178 3.984.050 5.653.335
PASSIVO CIRCULANTE
OPERACIONAL 
§ Fornecedores 708.536 639.065 688.791
§ Outras Obrigações 275.623 289.698 433.743
SOMA 984.159 928.763 1.122.534
FINANCEIRO 
§ Empréstimos Bancários 66.165 83.429 158.044
§ Duplicatas Descontadas 290.633 393.885 676.699
SOMA 356.798 477.314 834.743
/
Total do Passivo Circulante 1.340.957 1.406.077 1.957.277
Passivo Não Circulante 
§ Empréstimos 314.360 792.716 1.494.240
§ Financiamentos 0 378.072 533.991
Total Passivo Não Circulante 314.360 1.170.788 2.028.231
TOTAL DE CAPITAIS DE
TERCEIROS 1.655.317 2.576.865 3.985.508
P. LÍQUIDO 
§ Capital e Reservas 657.083 1.194.157 1.350.830
§ Lucros Acumulados 413.778 213.028 316.997
Total do P. Líquido 1.070.861 1.407.185 1.667.827
TOTAL DO PASSIVO 2.726.178 3.984.050 5.653.335
DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS
CIA. BIG
Exercício
31.12.X1 31.12.X2 31.12.X3
Receita Líquida 4.793.123 4.425.866 5.851.586
§ Custo dos Produtos Vendidos (3.621.530) (3.273.530) (4.418.671)
Lucro Bruto 1.171.593 1.152.336 1.632.915
§ Despesas Operacionais (495.993) (427.225) (498.025)
§ Outras Receitas Operacionais 8.394 17.581 27.777
Lucro Oper. Antes do Imposto 683.994 742.692 1.162.667
/
de Renda
§ Receitas Financeiras 10.860 7.562 5.935
§ Despesas Financeiras (284.308) (442.816) (863.298)
Lucro Operacional 410.546 307.438 305.304
§ Resultado não Operacional 1.058 0 0
Lucro antes do Imposto de
Renda 411.604 307.438 305.304
Lucro Líquido 223.741 167.116 165.956
 DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
 
Capital
Social e
reservas
Reserva
Legal +
lucros
Acumulados
Total
Saldo em 31.12.x0 577.605 244.222 821.827
§ Lucro líquido do Exercício
de 19x1 0 223.741 223.741
§ Aumento de Capital 79.478 (30.000) 49.478
§ Dividendos 0 (24.185) (24.185)
Saldo em 31.12.x1 657.083 413.778 1.070.861
§ Lucro Líq. Do Exercício de
19x2 0 167.116 167.116
§ Aumento de Capital 537.074 (281.634) 255.440
§ Dividendos 0 (86.232) (86.232)
Saldo em 31.12.x2 1.194.157 213.028 1.407.185
/
§ Lucro Líq. Do Exercício de
19x3
 165.956 165.956
§ Aumento de Capital 156.673 0 156.673
§ Dividendos 0 (61.987) (61.987)
Saldo em 31.12.x3 1.350.830 316.997 1.667.827
 DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS
CIA. BIG
Exercício
31.12.X1 31.12.X2 31.12.X3
ORIGENS 
DAS OPERAÇÕES 
§ Lucro Líquido 223741 167.116 165.956
§ Depreciação 20.300 101.511 167.477
§ Resultado da Equivalência
Patrimonial (5.508) (10.541) (20.277)
DOS ACIONISTAS 
§ Aumento de Capital 49.478 255.440 156.673
DE TERCEIROS 
§ Novos Empréstimos e
Financiamentos 124.756 906.528 857.443Total das Origens 412.667 1.420.054 1.327.272
APLICAÇÕES 
§ Dividendos 24.185 86.232 61.987
§ Reduções Emp. Longo Prazo 0 50.100 0
/
§ Aquisição Investimentos 6.104 73.684 51.323
§ Aquisição Imobilizado 0 40.896 49.141
Total das Aplicações 64.769 1.176.483 1.214.068
VARIAÇÃO DO CAPITAL 
CIRCULANTE LÍQUIDO 347.898 243.571 113.204
 MOVIMENTAÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO
 Contas 19x0 19x1 19x2 19x3
Ativo Circulante 1.500.889 1.960.480 2.269.171 2.933.575
Passivo Circulante 1.229.264 1.340.957 1.406.077 1.957.277
Capital Circulante Líquido 271.625 619.523 863.094 976.298
Aumento ou Dim. Do Cap.
C. Líqu. 347.898 243.571 113.204 
 
 DADOS ADICIONAIS:
 31.12.X1 31.12.X2 31.12.X3
1- Receita Bruta de Vendas 6.113.052 6.227.390 8.069.229
§ (-) Devoluções e Abatimentos 152.825 184.276 249.086
Vendas Realizadas 5.960.227 6.043.114 7.820.143
§ (-) Impostos 1.107.104 1.617.248 1.968.557
Receita Líquida 4.793.123 4.425.866 5.851.586
 2- Outras Rec./Desp.
Operacionais 
/
§ Receita de Equiv. Patrimonial 5.508 10.541 20.277
§ Ganhos com a Inflação 2.886 7.040 7.500
 Total 8.394 17.581 27.777
3- Despesas Operacionais 
De Vendas 269.560 225.310 284.021
§ Administrativas 206.323 180.422 192.698
§ Gerais 20.110 21.493 21.306
 Total 495.993 427.225 498.025
 4- Compras 3.001.587 2.766.402 3.387.266
 5- Estoques 
§ Matérias-primas 264.132 269.385 317.413
§ Produtos em Processo 263.713 386.643 466.271
§ Produtos Acabados 223.361 383.407 533.830
 Total 751.206 1.039.435 1.317.514
 
6- Aumento de Capital nas seguintes datas:
30/04/x1 49.478
31/06/x2 255.440
02/02/x3 156.673
7- Os Dividendos são provisionados no encerramento de cada
exercício.
/
8- Balanço Sintético de 19x0
ATIVO PASSIVO
Circulante Circulante
Operacional 1.378.133Operacional 839.522
Financeiro 122.756Fornecedor 570.520
 1.500.889Outras Obrigações 269.002
 Financeiro 389.742
 1.229.264
 Exigível a L. Prazo 189.604
Permanente 739.806Patrimônio Líquido 821.827
TOTAL 2.240.695TOTAL 2.240.695
 
Exercício 1:
Na geração interna de fundos a empresa deve adicionar os itens que não geram saídas de caixa no momento em que
são contabilizados.
Esses itens incluem
A)
despesas com salários, encargos sociais e depreciação.
B)
despesas com depreciação, amortização e exaustão.
C)
despesas com juros, despesas tributárias e financeiras.
/
D)
despesas comerciais, administrativas e financeiras.
E)
custos com a matéria-prima e material de embalagens.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
B) 
Exercício 2:
O Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício refletem, respectivamente, os seguintes fatos
contábeis:
A)
a posição fiscal e contingencial das empresas e os resultados de suas atividades em diversas linhas de resultado.
B)
o Balanço Patrimonial dá a conhecer a posição financeira e patrimonial das empresas e a DRE, os resultados das
atividades das empresas em diversas linhas de resultado.
C)
a posição orçamentária e contingencial das empresas e os resultados de suas atividades em diversas linhas.
D)
a posição fiscal e contingencial das empresas e os resultados das atividades dos sócios das empresas.
E)
a posição fiscal e contingencial das empresas e os resultados de suas atividades extraordinárias.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
B) 
/
Exercício 3:
As reclassificações mais usuais efetuadas pelo analista das demonstrações contábeis são:
A)
duplicatas descontadas, disponíveis e fornecedores.
B)
ativos imobilizados (depreciação), capital e despesas do exercício seguinte.
C)
duplicatas descontadas, cambiais descontadas e investimentos.
D)
despesas do exercício seguinte, resultados de exercícios futuros e duplicatas descontadas.
E)
capital, participação de acionistas minoritários e depreciação.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
D) 
Exercício 4:
A análise de balanços tem como principal objetivo
A)
elaborar o balanço patrimonial e a demonstração de resultado, diferente da versão publicada.
B)
disponibilizar um novo banco de dados.
C)
calcular índices econômicos.
/
D)
calcular índices econômicos e financeiros.
E)
extrair informações das demonstrações contábeis para a tomada de decisões.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
E) 
Exercício 5:
O analista das demonstrações contábeis deve incluir no relatório de análise dados sobre
I a situação econômico-financeira.
II o desempenho e a eficiência na utilização de recursos.
III as tendências e perspectivas da Cia analisada.
IV as causas das alterações na situação econômico-financeira.
Está correto o que se afirma em
A)
I e III.
B)
II e IV.
C)
I, II e III.
D)
II, III e IV.
E)
I, II, III e IV.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
/
Comentários:
E) 
Exercício 6:
Leia atentamente as informações a seguir:
Caixa R$ 1.000,00
Duplicatas a receber R$ 2.500,00
Aplicações financeiras R$ 800,00
Estoques R$ 3.000,00
Salários a pagar R$ 4.200,00
ICMS a recolher R$ 600,00
PIS a recolher R$ 700,00
Fornecedores R$ 500,00
Empréstimos a pagar R$ 4.550,00
Patrimônio líquido R$ ?
Ao final do exercício social encerrado em 31/12/2015, uma empresa apresentou os saldos acima em seu balancete de
verificação. O contabilista teve dificuldade para apurar o valor de seu patrimônio líquido. 
Ajude-o a encontrar esse valor e assinale a alternativa correta:
A)
R$ 950,00
B)
R$ 3.250,00
C)
R$ - 3.250,00 (saldo negativo)
D)
 R$ 1.800,00
E)
R$ - 1.800,00 negativo (saldo negativo)
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
C) 
/
Exercício 7:
A depreciação acumulada é
A)
uma reserva.
B)
uma provisão somada às demais contas do Patrimônio Líquido.
C)
uma conta retificadora do ativo não circulante imobilizado.
D)
um fundo para a reposição de máquinas.
E)
uma conta retificadora do ativo não circulante intangível.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
C) 
Exercício 8:
Ao elaborar a padronização das demonstrações financeiras, o analista deve
I condensar as contas das demonstrações publicadas, examinando de modo crítico a classificação dada pelo contador
a cada conta, e transpô-las para um modelo previamente definido.
II simplificar e alterar os totais de Ativo Circulante e Passivo Circulante.
III manter inalterado o resultado líquido – com lucro ou prejuízo –, ainda que se possa alterar a classificação das
contas.
IV efetuar os ajustes necessários sempre que tiver indicações inequívocas de fraude.
Está correto o que se afirma em
A)
I, somente.
B)
/
II, somente.
C)
III, somente.
D)
IV, somente.
E)
I e II.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
A)

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