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Atividade Objetiva 3 Princípios Jurídicos nas Organizações

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Leia o texto abaixo:
 
Como visto, o princípio da função social do contrato desempenha o papel de impor aos titulares de posições contratuais o dever de perseguir, ao lado de seus interesses individuais, a interesses extracontratuais socialmente relevantes, dignos de tutela jurídica, relacionados ou alcançados pelo contrato. Deste modo, no sistema em vigor, a função social amplia para o domínio do contrato a noção de ordem pública. A função é considerada um fim para cuja realização se justifica a imposição de preceitos inderrogáveis e inafastáveis pela vontade das partes. Por isso mesmo, dispõe o art. 2.035 do Código Civil que “nenhuma convenção prevalecerá se contrariar preceitos de ordem pública, tais como os estabelecidos por este Código para assegurar a função social da propriedade e dos contratos”.
I - No direito brasileiro, a liberdade de contratar não é absoluta
 PORQUE
II - A liberdade de contratar é limitada pelos princípios da função social e da boa-fé, pelas normas de ordem pública e pelos bons costumes.
 
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta:
 A asserção I é uma proposição verdadeira, e a asserção II é uma proposição falsa. 
 A asserção I é uma proposição falsa, e a asserção II é uma proposição verdadeira. 
 As asserções I e II são proposições falsas. 
 As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a asserção II não é uma justificativa correta da asserção I. 
 As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a asserção II é uma justificativa correta da asserção I.
RESPOSTA
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a asserção II é uma justificativa correta da asserção I.
A alternativa está correta, pois as partes são livres para contratar, estabelecendo as regras que irão disciplinar seus interesses, mas desde que respeitem as normas de ordem pública, os bons costumes, a boa-fé e a função social do contrato. Assim, as asserções I e II são verdadeiras, e a asserção II justifica a asserção I, pois a liberdade individual é limitada por esses princípios, admitindo-se ainda a revisão judicial do contrato.
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Leia o texto abaixo:
 
No século XXI, o contrato continuou sendo importante instrumento destinado à satisfação das necessidades por bens e serviços. Apenas se consolidou o reconhecimento social do valor do contrato como instituição jurídica, de modo que a sua celebração pelas partes não seja obstáculo para que somente uma delas tenha seus interesses satisfeitos, nem que o contrato seja causa eficiente de danos, porque este deve ser expressão de justiça substancial – e não mais formal – entre as partes. O princípio jurídico por meio do qual esse valor se manifesta é a função social do contrato. Na sua aplicação ao caso concreto, corrigem-se desequilíbrios decorrentes da ideia de que pacta sunt servanda. Mediante limitação à liberdade de contratar, a pessoa deve não apenas agir corretamente – de acordo com o princípio da boa-fé – mas também deve agir de tal modo que tal exercício não seja manifestação distorcida do individualismo nem da busca do autointeresse em detrimento da contraparte ou até mesmo da sociedade.
Considerando as informações apresentadas, assinale a opção correta:
 O princípio da função social do contrato regula apenas os efeitos do contrato perante a sociedade, não se aplicando entre as partes contratantes 
 O princípio da boa-fé objetiva, previsto no art. 422 do Código Civil, incide apenas no período que vai da conclusão do contrato até sua execução, não compreendendo as fases pré-contratual e pós-contratual 
 O princípio do pacta sunt servanda não admite exceções, pois o contrato tem força obrigatória entre as partes e eventual revisão judicial vai de encontro ao princípio da boa-fé objetiva. 
 Pelo princípio do equilíbrio econômico, há possibilidade de revisão judicial do contrato por onerosidade excessiva superveniente. 
 Pelo princípio do consensualismo, as partes podem celebrar qualquer tipo de contrato, mas desde que estejam previstos no Código Civil. 
RESPOSTA
Pelo princípio do equilíbrio econômico, há possibilidade de revisão judicial do contrato por onerosidade excessiva superveniente.
A alternativa está correta. O princípio do equilíbrio econômico funciona como limite à força obrigatória dos contratos, e o art. 317 do Código Civil admite a possibilidade da parte pleitear a revisão do contrato quando um fato superveniente desvirtuar sua finalidade social, violar a boa-fé e significar o enriquecimento indevido para uma das partes, em detrimento da outra.
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Leia o texto abaixo:
RECURSO ESPECIAL. CIVIL. PLANO DE SAÚDE. VIOLAÇÃO DO ART. 535 DO
CPC. NÃO OCORRÊNCIA. INTERNAÇÃO HOSPITALAR. CONVERSÃO EM
ATENDIMENTO MÉDICO DOMICILIAR. POSSIBILIDADE. SERVIÇO DE HOME
CARE. CLÁUSULA CONTRATUAL OBSTATIVA. ABUSIVIDADE. SUSPENSÃO
TEMPORÁRIA DO TRATAMENTO. DANO MORAL. CONFIGURAÇÃO.
AGRAVAMENTO DAS PATOLOGIAS. GRANDE AFLIÇÃO PSICOLÓGICA.
1. Ação ordinária que visa a continuidade e a prestação integral de serviço
assistencial médico em domicílio (serviço home care 24 horas), a ser custeado
pelo plano de saúde bem como a condenação por danos morais.
2. Apesar de os planos e seguros privados de assistência à saúde serem regidos
pela Lei nº 9.656/1998, as operadoras da área que prestam serviços
remunerados à população enquadram-se no conceito de fornecedor, existindo,
pois, relação de consumo, devendo ser aplicadas também, nesses tipos
contratuais, as regras do Código de Defesa do Consumidor (CDC). Ambos
instrumentos normativos incidem conjuntamente, sobretudo porque esses
contratos, de longa duração, lidam com bens sensíveis, como a manutenção da
vida. Incidência da Súmula nº 469/STJ.
3. Apesar de, na Saúde Suplementar, o tratamento médico em domicílio não ter
sido incluído no rol de procedimentos mínimos ou obrigatórios que devem ser
oferecidos pelos planos de saúde, é abusiva a cláusula contratual que importe
em vedação da internação domiciliar como alternativa de substituição à
internação hospitalar, visto que se revela incompatível com a equidade e a boa-
fé, colocando o usuário (consumidor) em situação de desvantagem exagerada
(art. 51, IV, da Lei nº 8.078/1990). Precedentes.
(...)
(REsp 1537301/RJ, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA
TURMA, julgado em 18/08/2015, DJe 23/10/2015)
 
Considerando o julgado apresentado, avalie as afirmações a seguir:
I. O STJ aplicou ao caso em tela a teoria do
diálogo das fontes.
II. O STJ não reconheceu a aplicação direta dos direitos fundamentais ao caso
em tela.
III. A recusa no fornecimento de atendimento
home care viola a função social do contrato, pois coloca os interesses financeiros da seguradora acima dos
interesses do paciente, causando-lhe onerosidade excessiva.
IV. O STJ aplicou ao caso em tela a boa-fé subjetiva.
 
Estão corretas apenas as alternativas:
 III e IV 
 I e II 
 II e III 
 I e IV 
 II e IV 
RESPOSTA
 I e IV 
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Leia o texto abaixo:
 
Na concepção considerada clássica ou tradicional, o contrato resulta da entrada no mundo jurídico da vontade acorde dos figurantes ou contratantes, com a irradiação dos efeitos próprios. Essencial é que cada um dos figurantes conheça a manifestação de vontade que o outro fez. Não basta que as duas manifestações de vontade coincidam. É preciso que estejam de acordo (Pontes de Miranda, 1972, v. 38, p. 7). O esquema clássico é, pois, o da oferta e da aceitação, que se fundem no consenso ou concordância, consideradas as manifestações de vontade livres e conscientes de pessoas capazes civilmente.
(LÔBO, Paulo. Direito civil: contratos. 3a ed. São Paulo: Saraiva, 2017, p. 15)
Considerando o texto apresentado, avalie as informações a seguir:
I - O consentimento, ou acordo de vontades, é requisito de ordem geral de validade dos contratos,
conforme previsto no art. 104 do Código Civil.
II - A capacidade civil dos contratantes é requisito objetivo de validade dos contratos.
III. Em regra, o direito brasileiro prevê a liberdade de forma na celebração do contrato.
É correto o que se afirma em:
 
 III, apenas 
 I, apenas 
 I e II, apenas 
 II e III, apenas 
 I, II e III 
RESPOSTA 
 III, apenas 
A alternativa está correta, pois apenas a afirmação III é verdadeira. A afirmação III é verdadeira, pois dispõe o art. 107 do Código Civil: “a validade da declaração de vontade não dependerá de forma especial, senão quando a lei expressamente a exigir”. Assim, no direito brasileiro, em regra, a forma é livre, podendo as partes celebrar o contrato verbalmente, por escrito, através de contrato público ou particular, a não ser naqueles casos em que a lei exige certo formalismo (contrato escrito, público ou particular).
A asserção I está incorreta, pois o consentimento ou acordo de vontades é requisito de ordem especial de validade dos contratos. Os requisitos de ordem geral estão previstos no art. 104 do Código Civil e são: agente capaz; objeto lícito, possível, determinado ou determinável; e forma prescrita ou não defesa em lei.
A asserção II está incorreta, pois a capacidade civil dos contratantes constitui requisito civil de validade dos contratos.
Leia o texto a seguir:
 
Na terça-feira (30/4), o presidente da República editou a Medida Provisória 881, que instituiu a “Declaração de Direitos de Liberdade Econômica”.
O impacto da MP 881/2019 ainda não pode ser estimado. A sua pretensão, porém, é bastante abrangente. É princípio expresso da MP 881/2019 “a intervenção subsidiária, mínima e excepcional do Estado sobre o exercício de atividades econômicas”.
No que tange aos contratos, sem dúvida, a MP 881/2019 pretendeu conferir uma feição mais liberal, favorável ao “pacta sunt servanda” e menos intervencionista.
(TERAOKA, Thiago Massao Cortizo. O jogo está virando? A MP 881/2019 e o prestígio da autonomia privada. CONJUR. Disponível em: https://www.conjur.com.br/2019-mai-04/thiago-teraoka-mp-8812019-prestigio-autonomia-privada#_ftn1. Acesso em: 16 jul. 2019)
A cláusula pacta sunt servanda citada no texto acima transcrito corresponde:
 
À teoria da imprevisão 
 À função social do contrato 
 Ao equilíbrio econômico do contrato 
 Ao sinalagma 
 À força obrigatória dos contratos 
RESPOSTA 
 À força obrigatória dos contratos 
A alternativa está correta. A cláusula pacta sunt servanda representa a força obrigatória dos contratos, consubstanciando-se na regra de que o contrato faz lei entre as partes, devendo ser por ela cumprido como se suas cláusulas estivessem previstas em lei.

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