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IMPLANTES MACRO E MICROGEOMETRIA Profa. Thais Izidoro Pires – Cirurgiã-Dentista e Implantodontista - Mestranda em Clínica Odontológica enfasê em cirurgia Bucomaxilofacial- UFJF Professora Estácio - JF CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE SÁ JUIZ DE FORA Faculdade de Odontologia INTRODUÇÃO • Em 2000, somente o mercado americano tinha de escolher entre mais de 1.300 diferentes formatos dos implantes e 1.500 pilares em vários materiais, formas, tamanhos, diâmetros, comprimentos, superfícies e conexões. • Mais do que nunca, uma linguagem comum tornou-se necessária. IMPLANTE DENTÁRIO ESTRUTURA DE UM IMPLANTE DENTARIO DE TITÂNIO Conexão protética Conexão protética ESTRUTURA DE UM IMPLANTE DENTARIO DE TITÂNIO O corpo do implante e especialmente confeccionado para facilitar tanto a cirurgia quanto a carga protética na interface do implante com o osso. QUAL IMPLANTE ? • A geometria do implante tem sido relacionada como fator importante durante o processo de osseointegração, garantindo o processo de estabilização primária e a distribuição das tensões ao longo do tecido ósseo, o que favorece a longevidade dos implantes CORPO DO IMPLANTE/ MACROGEOMETRIA Macrogeometria do corpo do implante O desenho do implante tem influência direta sobre três parâmetros clínico-biológicos: (1)aumento da estabilidade primária e do torque de inserção; (2)adaptação a defeitos anatómicos e alvéolos pós- extração; (3)manutenção ou reabsorção da crista óssea marginal IMPLANTE CÔNICO Configuração permite a instalação do implante numa posição mais axial, diminuindo a probabilidade de perfuração. evita fenestrações na parede vestibular; maior estabilidade primária devido à uma força compressiva lateral superior sobre as paredes ósseas durante a instalação do implante. MACROGEOMETRIA As situações clínicas em que ocorre severa reabsorção óssea após perda de dentes, as opções de tratamento com implantes incluem a necessidade de reconstrução óssea prévia e instalação de implantes convencionais ou apenas de implantes curtos Não é indicado implantes cônicos devido a estabilidade ocorrer na região cervical MACROGEOMETRIA Consenso nas pesquisas até o atual momento INDICAÇÃO DE IMPLANTES CÔNICOS: • baixa densidade óssea (onde se procura a maior compactação óssea possível com a mínima eliminação de osso) • protocolos de carga imediata ou precoce e em situações de defeitos anatómicos • alveólos pós-extracionais, no sentido de obter o máximo de estabilidade primária. MACROGEOMETRIA MACROGEOMETRIA IMPLANTE CILINDRICO O desenho cilíndrico é uma alternativa existente no mercado e é recomendado por alguns autores para casos de osso compacto, de forma a evitar problemas de sobrecarga, isquemia e osteólise FOR ÇAS MAST IGATÓ R IAS estabi l idade pr imár ia fo r mato do implante estabi l idade pr imár ia fo r mato do implante FOR ÇAS MAST IGATÓ R IAS Apesar de menos estáveis no momento de inserção, os implantes cilíndricos mostram um ganho de estabilidade rápido, devido à formação precoce de tecido ósseo após o coágulo originado entre a parede do alvéolo e o implante. MACROGEOMETRIA Estress x necrose tecidual x reparação x osseointegração *Torques mais baixos podem ser benéficos, nova tecnologia Densidade óssea???? DENSIDADE ÓSSEA Osso Cortical Osso Medular Maior Interface Osseointegração MAIOR DENSIDADE ÓSSEA Melhor dissipação de forças cervicais MAIOR DIÂMETRO DO IMPLANTE Melhor dissipação de forças cervicais MAIOR COMPRIMENTO DO IMPLANTE TAMANHO DO IMPLANTE MACROGEOMETRIA IMPLANTES CONVENCIONAIS (LONGOS) x IMPLANTES REDUZIDOS E sc o lh a d o s Im p la n te s E sc o lh a d o s Im p la n te s E sc o lh a d o s Im p la n te s E sc o lh a d o s Im p la n te s E sc o lh a d o s Im p la n te s E sc o lh a d o s Im p la n te s E sc o lh a d o s Im p la n te s E sc o lh a d o s Im p la n te s E sc o lh a d o s Im p la n te s 6,0 mm 7,0 mm 8,0 mm Carregamento oblíquo deve ser evitado. Assim, um correto planejamento reabilitador e, o controle das forças mastigatórias para permitir um direcionamento das forças ao longo eixo do implante são relevantes para o sucesso. Além disso, a macrogeometria especialmente desenvolvida para os implantes curtos, tipo de rosca e tratamento de superfície estão associados ao sucesso. MACROGEOMETRIA TAMANHO DOS IMPLANTES ESTRUTURA DE UM IMPLANTE DENTARIO DE TITÂNIO ROSCAS DO IMPLANTE Implantes transferem cargas oclusais aos tecidos biológicos adjacentes, sendo o objetivo do desenho do implante estar ser voltado para o amortecimento das cargas biomecânicas (distribuição e dissipação das forças) MACROGEOMETRIA ROSCAS DO IMPLANTE FUNÇÕES DA ROSCAS DOS IMPLANTES DENTÁRIO: • contato inicial • melhorar a estabilidade primárial • aumentar a área de superfície do implante dentário promover uma dissipação do estresse mais favorável MACROGEOMETRIA Há três parâmetros que devem ser comparados em relação ao desenho da rosca: MACROGEOMETRIA profundidade formato Passo PASSO DE ROSCA - P (THREAD PITCH): Refere-se à distância entre o centro de um filete de rosca e o centro do próximo filete medido paralelamente ao eixo do parafuso. Pode ser também definido pelo avanço de um parafuso quando descreve uma rotação completa, enroscando deste modo numa porca que se encontra imóve.l Os passos da rosca são divididos em contínuos e descontínuos MACROGEOMETRIA Há três parâmetros que devem ser comparados em relação ao desenho da rosca: MACROGEOMETRIA profundidade formato Passo FORMATO É determinada pela largura e o ângulo do filete de rosca. Podem apresentar-se em forma triangular (V), trapezoidal, redonda, quadrada e por fim em forma de dente de serra Há três parâmetros que devem ser comparados em relação ao desenho da rosca: MACROGEOMETRIA profundidade formato Passo • Profundidade da rosca – h (Thread depth): Corresponde à altura do triângulo fundamental. Corresponde à distância compreendida entre o diâmetro exterior e o diâmetro interior do implante roscado A forma da rosca do implante dentário, influencia o tipo de forças que são transferidas para o osso receptor. Os esforços de mastigação originam três tipos de forças que são aplicadas nas interfaces osso- implante que podem influenciar o grau de integração óssea • Forças de compressão • Forças de tração • Forças de corte Alguns estudos, realizados por Bumgardner et al. em 2000, concluem que o ângulo do perfil de rosca influencia a direção da força na interface osso- implante. A intensidade da força de corte aumenta à medida que o ângulo do perfil de rosca aumenta MICROGEOMETRIA COMPOSIÇÃO • O titânio é um material biomórfico, ele apresenta duas fases α e β. A fase α é estável até a temperatura de 882,5°C e acima desta temperatura a fase β torna-se estável. • Os implantes de TICP são a escolha para a aplicação intraóssea devido à resistência ao ataque ácido, ao módulo de elasticidade compatível ao osso, Os implantes de Ti podem ser classificados de 1 a 4 dependendo do seu grau de pureza, resistência à corrosão, condutibilidade e força (resistência mecânica). Não é apresentado puro e sim na forma de ligas, principalmente com 6% de alumínio (Al), 4% de vanádio (V), 0,25% de ferro (Fe), 0,2% de oxigênio (O) e 90% de Ti. MICROGEOMETRIA MICROGEOMETRIA Tratramento de superfícies dos implantes A microgeometria do implante é um aspecto essencial a ser analisado, uma vez que tem influência comprovada na qualidade obtida da osseointegração • SUPERFICIEUSINADA • SUPERFICIE MODIFICADA POR ÁCIDO • SUPERFÍCIE MODIFICADA POR LASER • SUPERFÍCIE ANODIZADA • TICP revestido com hidroxiapatita – método biomimético MICROGEOMETRIA • tratamento de superfície ESTRUTURA DE UM IMPLANTE DENTARIO DE TITÂNIO Conexão protética CONEXÕES PROTÉTICAS • Para realizar a conexão entre as próteses, a Odontologia possui algumas opções como o sistema Cone Morse, o Hexágono Externo e o Hexágono interno. • A utilização de sistemas de mplantes com conexões em hexágono externo por muitos anos tornou-se este tipo de conexão muito popular, e é até hoje o sistema de maior utilização na implantodontia • Presença de um mecanismo antirrotacional; reversibilidade; compatibilidade entre diversos sistemas. CONEXÕES PROTÉTICAS HEXAGONO EXTERNO HEXAGONO EXTERNO As principais desvantagens: Micro-movimentos devido à pouca altura do hexágono (0,7mm em média) que podem causar afrouxamento do parafuso, afrouxamento do pilar, e até mesmo fratura do parafuso; Um centro de rotação elevado, que causa menor resistência a movimentos rotacionais e laterais; Micro-fenda entre o implante e o pilar, que causa reabsorções ósseas ao redor da região cervical do implante. • São superiores as de hexágono externo, pois se trata de uma conexão mais profunda e com maior contato do pilar com as paredes internas do implante, diminuindo a possibilidade de micro movimentos durante as cargas, o que possibilita um menor estresse ao parafuso de retenção. CONEXÕES PROTÉTICAS HEXAGONO INTERNO As principais desvantagens: paredes mais finas ao redor da área de conexão; dificuldades em se ajustar divergências de angulação entre implantes CONEXÕES PROTÉTICAS HEXAGONO INTERNO CONE MORSE Possível vantagem dos implantes cone-Morse e a possibilidade de centralização das tensões ao longo eixo do implante reduzindo a magnitude de tensões na cortical óssea. CONEXÕES PROTÉTICAS IMPLANTES SWITCHED- PLATFORM TECIDO INFLAMATÓRIO CONECTIVO REABSORÇÃO ÓSSEA EM NÍVEL CERVICAL REABSORÇÃO ÓSSEA EM NÍVEL CERVICAL RISCO DE PERI - IMPLANTITE RISCO DE PERI - IMPLANTITE RISCO DE PERI - IMPLANTITE RISCO DE PERI - IMPLANTITE Fixação em nível ósseo Fixação em nível ósseo Fixação em nível ósseo Selamento ósseo Fixação i n f ra -óssea Fixação i n f ra -óssea Fixação i n f ra -óssea Aporte Sanguíneo
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