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Prática Pedagógica: Gestão de sala de aula Título da Unidade: A gestão aplicada à sala de aula: conceito e fundamentação A sala de aula é o espaço em que o ensino-aprendizagem se efetiva, considerando a legislação, as políticas educacionais, as teorias das áreas de conhecimento, a postura e a atuação do professor de acordo com a sua formação, as concepções sobre a educação adotadas, o desenho do currículo etc. Nesse sentido, a sala de aula, vista não só como espaço físico, mas como lugar de ensinar e aprender, necessita ser pensada e planejada, levando em consideração todas essas variáveis. 1º passo: Arofundando o conhecimento Seção 1: Os diferentes níveis de planejamento Nesse contexto, como elaborar o planejamento de modo a garantir que, na sala de aula, todos os estudantes aprendam na sua longa jornada pela escola? Nessa perspectiva, o planejamento do ensino deve dialogar com o planejamento global da escola, explicitado em seu projeto político-pedagógico. • Articular-se com a realidade histórica e estar intimamente relacionado à experiência de vida dos alunos. • Assegurar a transmissão de conhecimentos e, ao mesmo tempo, o espaço para a produção de novos conhecimentos. • Proporcionar a compreensão sobre os desdobramentos do planejamento didático e do projeto político-pedagógico na gestão da sala de aula. • Pautar-se nas demandas próprias do universo sociocultural dos alunos e em suas necessidades. comum o uso da avaliação como instrumento de controle dos alunos, servindo para dar limite a certos comportamentos indesejáveis. Essa atitude não revela um modo educativo, portanto, profissional, de lidar com a questão. Avaliar o desempenho do educando não pode se tornar, ainda, mecanismo de coerção, por parte do professor, em um exercício arbitrário de poder. A avaliação como mecanismo disciplinar traumatiza e anula individualidades, mediante a imposição da visão de mundo daquele que pretensamente “detém” o saber. A seguir, explore a galeria e conheça a visão de Souza et al. (2005) sobre a avaliação de aprendizagem. • Não se reduz à verificação do que o aluno aprendeu. • Dá parâmetros para o professor reavaliar o próprio trabalho, observando constantemente sua própria prática, tendo em vista a efetiva aprendizagem de todos os alunos. • Exige que o professor trabalhe com os resultados para intervir durante o processo de ensino-aprendizagem, modificando, se necessário, aspectos da metodologia e dos conteúdos estabelecidos inicialmente. Consiste em um processo, na medida em que deve ocorrer em vários momentos, não podendo ser entendida, portanto, apenas como o final de uma etapa. • Não pode se tornar coercitiva ou disciplinar. • Deve constituir-se em instrumento para conhecer a apropriação do conhecimento pelo aluno. A imagem a seguir pode ajudar você a entender melhor como se inter-relacionam os três níveis do sistema de ensino no Brasil, trabalhados no texto. 1. No nível dos sistemas ou redes de ensino, planejam-se grandes estratégias para atender às necessidades da sociedade e dos cidadãos que necessitam formar-se. Nesse nível, são construídos os diagnósticos que apontam as prioridades em que se baseiam as políticas de educação. Essas ações causam impacto no currículo, na avaliação e no próprio financiamento da educação. Também é nesse nível que se dá o acompanhamento sistemático das ações e seus ajustes, sempre que necessários, apoiando e sustentando a autonomia das escolas e seus projetos educativos. 2. No nível da unidade escolar, concretiza-se o projeto político-pedagógico da escola. É por meio dele que a escola define intenções, metas e seus objetivos educacionais, modo de fazer avaliações e diagnósticos, programação, concepções, princípios e orientações que devem nortear a prática pedagógica crítica e reflexiva. Isso serve como base para os projetos de cada um dos professores da escola. Os planos didáticos de ensino, as atividades, as tarefas, as avaliações e todas as demais situações didáticas de uma escola devem ser coerentes com esse projeto. 3. No nível da sala de aula e do ensino, são definidos os planos de ação didática específicos. Essa prática tem impactos no uso do tempo dos alunos tanto em sala de aula quanto em atividades extraclasse e até mesmo extraescolares. É no planejamento do professor que se observa, de modo singular, preciso e em pequena escala, a realização dos propósitos da escola em seu contexto histórico-cultural. esse contexto, o planejamento didático é o primeiro instrumento de que o professor dispõe para fazer a gestão de sala de aula. Por meio dele, o docente organizará dois outros elementos fundamentais ao funcionamento do cotidiano da classe: o tempo e o espaço. º passo: Construindo inferências e hipóteses Seção 2: Relações entre plano de ensino e a rotina pedagógica O cotidiano escolar e, especificamente, o da sala de aula, precisa de gestão porque as intenções dos diferentes níveis de planejamento não se realizam sem que alguém os coloque em prática no dia a dia com os alunos. Por isso, o professor precisa articular os diferentes níveis do planejamento educacional, mais particularmente do planejamento didático, que é o nível que lhe compete: o da sala de aula e do ensino-aprendizagem. O planejamento do docente é de fundamental importância na gestão da sala de aula. Para elaborá-lo, o professor deve: • Conhecer as políticas e a legislação educacional, sendo capaz de desenvolver uma análise crítica dos impactos causados por elas no contexto escolar. • Conhecer a concepção de formação e os principais objetivos contidos no projeto político-pedagógico da escola em que atua. • Considerar quem são seus alunos; em qual contexto social, político e econômico estão inseridos; os objetivos do ensino-aprendizagem; a abordagem metodológica que deseja abordar; as questões burocráticas; o tempo, o espaço e os recursos que estão disponíveis, etc.
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