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Didatica Geral - Aula 3

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Prévia do material em texto

Aula 3 
“ 
O planejamento é um processo de sistematização e organização das 
ações do professor. É um instrumento da racionalização do trabalho 
pedagógico que articula a atividade escolar com os conteúdos do 
contexto social (LIBÂNEO, 1991). 
“ 
O ato de planejar está presente em todos os momentos da vida 
humana. A todo o momento as pessoas são obrigadas a planejar, a 
tomar decisões que, em alguns momentos, são definidas a partir de 
improvisações; em outros, são decididas partindo de ações 
previamente organizadas (KENSKI, 1995). 
O significado do termo ‘planejamento’ é muito ambíguo, mas no 
seu uso trivial ele compreende a ideia de que sem um mínimo de 
conhecimento das condições existentes numa determinada situação 
e sem um esforço de previsões das alterações possíveis desta 
situação nenhuma ação de mudança será eficaz e eficiente, ainda 
que haja clareza dos objetivos dessa ação. Nesse sentido trivial, 
qualquer indivíduo razoavelmente equilibrado é um planejador [...]. 
Não há uma ‘ciência do planejamento’ e nem mesmo há métodos 
de planejamentos gerais e abstratos que possam ser aplicados a 
tantas variedades de situações sociais e educacionais, 
principalmente se considerarmos a natureza política, histórica, 
cultural, econômica etc. (AZANHA, 1993, p. 70-78). 
“ 
Planejamento é um processo de busca de equilíbrio entre meios e fins, 
entre recursos e objetivos, na busca da melhoria do funcionamento do 
sistema educacional. Como processo o planejamento não corre em um 
momento do ano, mas a cada dia. A realidade educacional é dinâmica. 
Os problemas, as reivindicações não têm hora nem lugar para se 
manifestarem. Assim, decide-se a cada dia, a cada hora (SOBRINHO, 
1994, p.3). 
Em síntese, o planejamento é uma tomada de decisão 
sistematizada, racionalmente organizada sobre a educação, o 
educando, o ensino, o educador, as matérias, as disciplinas, os 
conteúdos, os métodos e técnicas de ensino, a organização 
administrativa da escola e sobre a comunidade escolar. 
 
O planejamento da educação é composto por diferentes níveis de 
organização. Assim, podemos pensar em nível macro no 
Planejamento do Sistema de Educação, que corresponde ao 
planejamento da educação em âmbito nacional, estadual e 
municipal. Este planejamento elabora, incorpora e reflete as 
políticas educacionais. 
O planejamento global da escola corresponde às ações sobre o 
funcionamento administrativo e pedagógico da escola; para tanto, 
este planejamento necessita da participação em conjunto da 
comunidade escolar. Nos dias atuais, em que o trabalho pedagógico 
tem sido solicitado em forma de projeto, o planejamento escolar 
pode estar contido no Projeto Político Pedagógico – PPP, ou no 
Plano de Desenvolvimento Escolar – PDE. 
 
O planejamento curricular é a organização da dinâmica escolar. É 
um instrumento que sistematiza as ações escolares do espaço físico 
às avaliações da aprendizagem. 
O planejamento de ensino envolve a organização das ações 
dos educadores durante o processo de ensino, integrando 
professores, coordenadores e alunos na elaboração de uma 
proposta de ensino, que será projetada para o ano letivo e 
constantemente avaliada. 
 
O planejamento de aula organiza ações referentes ao trabalho 
na sala de aula. É o que o professor prepara para o 
desenvolvimento da aprendizagem de seus alunos, 
coerentemente articulado com o planejamento curricular, com 
o planejamento escolar e com o planejamento de ensino. 
Ao estudar esta unidade, reflita sobre a importância do 
planejamento como uma prática crítica e transformadora do 
pedagogo; por isso, faz-se necessário que você compreenda as 
duas dimensões que constituem o planejamento: 
 
Dimensão política – toda ação humana é eminentemente uma 
ação política. O planejamento não pode ser uma ação docente 
encarada como uma atividade neutra, descompromissada e 
ingênua. Mesmo quando o docente “não” planeja, ele traduz uma 
escolha política. A ação de planejar é carregada de 
intencionalidades, por isso, o planejamento deve ser uma ação 
pedagógica comprometida e consciente. 
Dimensão técnica – o saber técnico é aquele que permite 
viabilizar a execução do ensino, é o saber fazer a atividade 
profissional. No caso da prática do planejamento educacional, o 
saber técnico determina a competência para organizar as ações 
que serão desenvolvidas visando à aprendizagem dos alunos. 
Cabe ao professor saber fazer, elaborar, organizar a prática 
docente. Veja, na unidade 1, o que diz Morin (1999) sobre as 
quatro aprendizagens fundamentais para alicerçarem o 
conhecimento. Verifique que a dimensão técnica é a segunda 
aprendizagem: aprender a fazer - para poder agir sobre o meio 
envolvente. A dimensão técnica do conhecimento vai do 
aprender do aluno a fazer fazendo. 
Momentos ou etapas do planejamento 
Por ser uma atividade de natureza prática, o planejamento 
organiza-se em etapas sequenciais, que devem ser 
rigorosamente respeitadas no ato de planejar: 
 
Diagnóstico sincero da realidade concreta dos alunos. Estudo 
real da escola e a sua relação com todo contexto social em que 
está inserida. 
Vamos relembrar a unidade 2 deste módulo: os alunos e os 
professores possuem uma experiência social e cultural que não 
pode ser ignorada pelo planejamento 
Organização do trabalho pedagógico. 
Nesta etapa, os elementos da Didática são sistematizados 
através de escolhas intencionais. Definição de objetivos a 
serem alcançados, escolha de conteúdos a serem aprendidos 
pelos alunos e a seleção das atividades, técnicas de ensino, que 
serão desenvolvidas para que a aprendizagem dos alunos se 
efetive. Esse momento representa a organização da 
metodologia de ensino. 
Sistematização do processo de avaliação da aprendizagem 
Avaliação entendida como um meio, não um fim em si 
mesma, que acompanha todo processo da metodologia de 
ensino. A avaliação deve diagnosticar, durante a aplicação da 
metodologia de ensino, como os alunos estão aprendendo e o 
que aprenderam. Isso para que a metodologia mude seus 
procedimentos didáticos, , a tempo, se for necessário, 
favorecendo a reelaboração do ensino, tendo em vista a efetiva 
aprendizagem. 
•   Requisitos para o planejamento do ensino 
•   Agora que estudamos que o planejamento necessita de um 
rigor de sistematização das atividades, apresentamos alguns 
requisitos essenciais para o professor realizar um 
planejamento justo e coerente com seus alunos. Lembre-se, 
estes requisitos são saberes adquiridos ao longo da 
formação de professor, por isso, aproveitem ao máximo 
cada disciplina, cada conteúdo e cada atividade. 
Conhecer em profundidade os conceitos centrais e leis gerais da 
disciplina, conteúdos básicos, bem como dos seus procedimentos 
investigativos (e como surgiram historicamente na atividade 
científica). 
 
Saber avançar das leis gerais para a realidade concreta, entender a 
complexidade do conhecimento para poder orientar a 
aprendizagem. 
 
Escolher exemplos concretos e atividades práticas que demonstrem 
os conceitos e leis gerais, os conteúdos e os assuntos de maneira 
que todos os entendam. 
 
Iniciar o ensino do assunto pela realidade concreta (objetos, 
fenômenos, visitas, filmes), para que os alunos formulem relações 
entre conceitos, ideias-chave, das leis particulares às leis gerais, 
para chegar aos conceitos científicos mais complexos. 
 
Saber criar problemas e saber orientá-los (situações de 
aprendizagem mais complexas, com maior grau de incerteza que 
propiciam em maior medida a iniciativa e a criatividade do aluno). 
 
Objetivo da educação e do ensino 
Toda ação humana tem um propósito orientado e dirigido em 
prol daquilo que se quer alcançar. Assim, é a ação docente que 
deve ser realizada em função dos objetivos educacionais. 
 
Objetivos educacionais orientam a tomada de decisão no 
planejamento, porque são proposições que expressam com 
clareza e objetividade a aprendizagem que se espera do aluno. 
São os objetivos que norteiama seleção e organização dos 
conteúdos, a escolha dos procedimentos metodológicos e 
definem o que avaliar. 
Os objetivos são finalidades que pretendemos alcançar. 
Retratam os valores e os ideais educacionais, a aprendizagem 
dos conteúdos das ciências, as expectativas e necessidades de 
um grupo social. Para articularmos os valores gerais da 
educação (concepção de educação) com as aprendizagens dos 
conteúdos programáticos e as atividades que o professor 
pretende desenvolver na sua aula, devemos elaborar os 
objetivos gerais e os específicos. 
 
O objetivo geral expressa propósitos mais amplos acerca da 
função da educação, da escola, do ensino, considerando as 
exigências sociais, do desenvolvimento da personalidade ou do 
desenvolvimento profissional dos alunos. 
 
O objetivo específico expressa as expectativas do professor 
sobre o que deseja obter dos alunos no processo de ensino. Ao 
iniciar o planejamento, o professor deve analisar e prever quais 
resultados ele pretende obter, com relação à aprendizagem dos 
alunos. Esta aprendizagem pode ser da ordem dos 
conhecimentos, habilidades e hábitos, atitudes e convicções, 
envolvendo aspectos cognitivo, afetivo, social e motor. 
 
AVALIAR É UM 
PROCESSO COMPLEXO 
 
CONCEITO DE 
AVALIAÇÃO 
 
“ 
É a verificação da aprendizagem, é a parte final do processo de ensino 
iniciado com o planejamento do curso e é por meio dela que se chega a 
conclusão sobre a utilidade ou não dos esforços despendidos pelo 
professor e aluno nos trabalhos escolares (NÉRICI, 1969). 
“ 
Avaliação é um processo contínuo de pesquisas que visa interpretar os 
conhecimentos, habilidades e atitudes dos alunos, tendo em vista 
mudanças esperadas no comportamento, propostas nos objetivos, a fim 
de que haja condições de decidir sobre alternativas do planejamento 
do trabalho do professor e da escola como um todo (PILETTI, 2010). 
“ 
Para Haydt (2006), o termo avaliar tem sido constantemente associado 
a expressões como fazer prova, fazer exame, atribuir nota, repetir ou 
passar de ano. Esta associação, tão frequente em nossas escolas, é 
resultante de uma concepção pedagógica arcaica, mas 
tradicionalmente dominante. 
Moretto (2003, p. 16): “A avaliação não deverá ser um acerto de 
contas e sim um momento privilegiado de estudos”. 
Na relação entre aluno e professor, o que se tem observado com 
frequência é uma dicotomia entre as concepções prévias dos estudantes e 
as escolares. Como as primeiras são fruto do contexto, isto é, muitas 
vezes oriundas do senso comum, são consideradas pela escola como 
representações sem importância ou mesmo erradas. Nesse caso, julga-se 
que a função da escola é transmitir ao aluno o que é certo para que ele 
abandone suas ideias prévias e passe a adotar as concepções oficiais. 
 
E para ter certeza de que isso ocorrerá, a escola faz provas 
com o objetivo de verificar se o sabe oficial foi absorvido e 
está sendo repetido com perfeição. Se isso ocorrer, tudo bem, 
o aluno é aprovado, caso contrário... é bomba! Ora, esta 
postura deixa de considerar o ponto de partida do processo da 
construção do conhecimento no aluno, isto é, o que ele já sabe 
quando algo novo lhe é ensinado (MORETTO, 2003, p. 106). 
Para Kensky (2011, p. 139-140): 
Ao assumirmos que o ato de avaliar se faz presente em todos 
os momentos da vida humana, estamos admitindo que ele 
também está presente em todos os momentos vividos em sala 
de aula. O dia a dia da sala de aula é um rico momento do 
cotidiano de cada uma das pessoas que ali se encontram. Na 
atualidade, a sala de aula é um dos raros espaços onde as 
pessoas se encontram fisicamente presentes para realizarem 
atividades em comum e se ajudarem mutuamente a aprender. 
 
São formulados juízos provisórios que orientam a tomada de 
decisões e a definição das tarefas e atividades a serem 
realizadas, como a participação em um projeto, a melhor 
utilização do ambiente da sala de aula ou os questionamentos 
sobre determinado assunto que podem resultar em vários 
desdobramentos de projetos e de pesquisas individuais ou 
coletivas. 
 
Essas definições, julgamentos e reorientações de percurso 
fazem parte de um processo que vai resultar, de alguma forma, 
no objetivo principal da ação docente: a aprendizagem do 
aluno. Portanto, é preciso ter consciência de que avaliar essa 
aprendizagem é uma ação que começa bem antes, no início da 
interação didática, e prossegue como energia circulante 
durante todo o processo de aprendizagem”. 
Para Esteban (2001): 
A avaliação, na ótica do exame, atende às exigências de natureza 
administrativa, serve para reconhecer formalmente a presença 
(ou ausência) de determinado conhecimento, mas não dispõe da 
mesma capacidade para indicar qual é o saber que o sujeito 
possui ou como está interpretando as mensagens que recebe. 
Tampouco pode informar sobre o processo de aprendizagem dos 
estudantes. A partir do exame, o professor pode avaliar se o 
aluno foi capaz de responder adequadamente às suas perguntas. 
Porém, o erro ou acerto de cada uma das questões não indica os 
processos de aprendizagem desenvolvidos para adquirir o 
conhecimento demonstrado, tampouco o raciocínio que conduziu 
à resposta dada. 
 
Para a construção do processo ensino/aprendizagem, estas são 
as questões efetivamente significativas, e não o erro ou acerto, 
como ressalta a lógica do exame. A avaliação, organizada 
segundo esta lógica, responde à necessidade de usar os 
resultados como explicação para o fracasso/sucesso escolar 
numa dimensão exclusivamente técnica, sem deixar 
transparecer a dinâmica de inclusão e exclusão, que implica a 
concepção de homogeneidade em que se fundamenta”. 
Na visão de LIbaneo (2013), a avaliação exerce 3 funções: 
Função pedagógico-didática – se refere ao papel da 
avaliação no cumprimento dos objetivos gerais e específicos 
da educação escolar; 
 
Função diagnóstica – permite identificar progressos e 
dificuldades dos alunos e a atuação do professor que, por sua 
vez, determinam modificações do processo de ensino para 
melhor cumprir as exigências dos objetivos; 
 
Função de controle – se refere aos meios e à frequência das 
verificações e de qualificação dos resultados escolares. 
Tipos de instrumento de avaliação: 
Testes, provas escrita, oral, de múltipla escolha, discursivas, 
de memorização, reflexivas, redação, trabalhos, individual e 
em grupo, seminários, pesquisas, observação e registro em 
diário de bordo, portfólio, autoavaliação, conselho de classe.

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