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PROFESSORES CARLOS ALFAMA E PAULO IGOR Professores Carlos Alfama e Paulo Igor AÇÃO PENAL 01) AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA Na ação penal pública incondicionada a atuação do Ministério Público não depende de manifestação de vontade da vítima do crime ou de terceiros. TITULARIDADE E PEÇA ACUSATÓRIA: O titular da ação penal pública incondicionada é o Ministério Público (art. 129, I, CF/88), que exerce seu direito de ação através da peça acusatória denominada “denúncia”. AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA COMO REGRA GERAL: CP. Art. 100 - A ação penal é pública, salvo quando a lei expressamente a declara privativa do ofendido. 1º - A ação pública é promovida pelo Ministério Público, dependendo, quando a lei o exige, de representação do ofendido ou de requisição do Ministro da Justiça. A ação penal pública incondicionada é a regra no nosso ordenamento jurídico. Para que se possa saber a espécie de ação penal referente a determinado delito, deve-se analisar se o Código Penal ou se a lei especial dispõe em sentido contrário, pois se não o fizer tratar-se-á de hipótese de ação penal pública incondicionada. Quando o delito depende de representação costuma-se usar a expressão na lei: “somente se procede mediante representação”, quando o delito depende de requisição utiliza-se comumente a expressão: “somente se procede mediante requisição do Ministro da Justiça”, e, por último, quando se trata de delito de ação penal de iniciativa privada, normalmente costa na lei a expressão: “somente se procede mediante queixa”. PROCESSO JUDICIALIFORME: O processo judicialiforme era a possibilidade admitida antes da CF/88 de que o processo penal fosse iniciado pelo Auto de Prisão em Flagrante (APF) ou por uma portaria da própria autoridade judiciária (dispensando, assim, a atuação do Ministério Público), nas contravenções penais (art. 26, CPP) e nos crimes de lesão corporal culposa e homicídio culposo (Lei nº 4.611/65). Apesar de o art. 26 do CPP não ter sido revogado, é PROFESSORES CARLOS ALFAMA E PAULO IGOR Professores Carlos Alfama e Paulo Igor posicionamento pacífico que o dispositivo não foi recepcionado pela CF/88, que, ao adotar o sistema acusatório em sua sistemática, não admite mais a possibilidade do processo judicialiforme. NÃO SUJEIÇÃO AO PRAZO DECADENCIAL: Diferentemente da ação penal privada, que está sujeita ao prazo decadencial de 06 meses, a contar, em regra, da data de conhecimento da autoria, a ação penal pública pode ser proposta enquanto não tiver ocorrido a extinção da punibilidade. 02) AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA A ação penal pública condicionada é aquela de titularidade do Ministério Público, mas que depende do implemento de uma condição específica imposta pela lei, qual seja, a representação do ofendido ou a requisição do Ministério Público. RAZÃO DA DEFINIÇÃO DE UM DELITO COMO DE AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA: Segundo a doutrina, a definição de um crime pela lei penal como sendo de ação penal pública condicionada decorre das seguintes razões: 01) “strepitus iudicii”: Escândalo do processo pelo ajuizamento da ação penal. Muitas vezes o processo judicial pode aumentar a repercussão social do delito, sendo assim a lei reserva ao ofendido a análise da conveniência de permitir a persecução penal. 02) O fato afeta imediatamente uma vítima determinada e, apenas mediatamente, o interesse público ou coletivo. CUIDADO! Não é correto afirmar que a reduzida gravidade do crime é a razão para que a lei o defina como de ação penal pública condicionada. Prova disso é que o estupro, crime hediondo, é de ação penal pública condicionada, enquanto as contravenções penais são de ação penal pública incondicionada. A) REPRESENTAÇÃO DO OFENDIDO CONCEITO: É a manifestação de vontade da vítima no sentido de demonstrar interesse na persecução criminal do autor do delito. PROFESSORES CARLOS ALFAMA E PAULO IGOR Professores Carlos Alfama e Paulo Igor PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE OU CONVENIÊNCIA: O ofendido ou seu representante legal podem optar pelo oferecimento ou não da representação. NATUREZA JURÍDICA: Em regra funciona como condição específica da ação penal. No entanto, se o processo já estiver em andamento e lei nova passar a exigir a representação, esta terá a natureza jurídica de condição de prosseguibilidade da ação penal (foi o que aconteceu em decorrência do art. 91, da Lei dos Juizados Especiais). INFORMALISMO: Não há necessidade de forma especial para a representação. A jurisprudência dos tribunais superiores entende que é admissível como representação qualquer forma que demonstre de forma inequívoca a vontade da vítima de ver iniciada a persecução penal. Nesse sentido, já se admitiu a simples narração da violência sexual efetuada pela vítima à autoridade policial e reproduzida em juízo (STJ, 5ª Turma, HC 89.475/PR, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, j. 28/08/2008, DJe 22/09/2008). EFICÁCIA OBJETIVA DA REPRESENTAÇÃO: A representação feita pelo ofendido demonstra seu interesse na persecução penal do fato, abrangendo todos os autores/partícipes ainda que não expressos pelo representante. Não se admite, no entanto, a persecução criminal por fatos não abrangidos na representação (STF, 2ª Turma, HC 98.237/SP). POSSIBILIDADE DE RENÚNCIA: O art. 104, quando se referiu à renúncia o fez apenas em relação ao direito de queixa. Portanto, não é possível a renúncia ao direito de representação. Entender de modo diverso seria acrescentar no ordenamento jurídico uma hipótese de extinção da punibilidade sem previsão legal. Exceção fica a cargo da Lei do Juizados, que prevê que, tratando-se de ação penal pública condicionada à representação, a homologação do acordo de composição dos danos civis acarreta renúncia ao direito de representação (Lei nº 9.099/95, art. 74, parágrafo único). DESTINATÁRIO DA REPRESENTAÇÃO: A representação pode ser feita ao juiz, ao MP ou à autoridade policial. PROFESSORES CARLOS ALFAMA E PAULO IGOR Professores Carlos Alfama e Paulo Igor Art. 39. O direito de representação poderá ser exercido, pessoalmente ou por procurador com poderes especiais, mediante declaração, escrita ou oral, feita ao juiz, ao órgão do Ministério Público, ou à autoridade policial. • Quando formulada à autoridade policial: o CPP determina que esta instaure o Inquérito Policial, ou, não sendo competente, remeta a representação à autoridade que for (art. 39, §3º, CPP). Art. 39. § 3º Oferecida ou reduzida a termo a representação, a autoridade policial procederá a inquérito, ou, não sendo competente, remetê-lo-á à autoridade que o for. Obs.: A doutrina faz uma ressalva ao dispositivo: antes de instaurar o IP a autoridade policial deve verificar a procedência das informações para não iniciar um procedimento leviano. • Quando formulada ao juiz: o CPP prevê duas possibilidades: i. Se, com a representação, forem fornecidos elementos que possibilitem a denúncia, deve o juiz abrir vistas ao MP (art. 40, CPP); Art. 40. Quando, em autos ou papéis de que conhecerem, os juízes ou tribunais verificarem a existência de crime de ação pública, remeterão ao Ministério Público as cópias e os documentos necessários ao oferecimento da denúncia. ii. Se, com a representação, não forem fornecidos elementos que possibilitem a apresentação da denúncia, o juiz deve remetê-la à autoridade policial para que proceda à instauração de IP (art. 39, §4º, CPP). Art. 39. § 4º A representação, quando feita ao juiz ou perante este reduzida a termo, será remetida à autoridade policial para que esta proceda a inquérito. • Quando formulada ao MP: o MP poderá dispensar o IP, se com a representação forem oferecidos elementos que o habilitem a promover a ação penal, e, neste caso, oferecerá a denúncia no prazo de 15 dias (art. 39, §5º, CPP. Caso contrário, deve requisitara instauração de inquérito policial, PROFESSORES CARLOS ALFAMA E PAULO IGOR Professores Carlos Alfama e Paulo Igor após o que poderá oferecer a denúncia ou promover seu arquivamento. Art. 39. § 5º O órgão do Ministério Público dispensará o inquérito, se com a representação forem oferecidos elementos que o habilitem a promover a ação penal, e, neste caso, oferecerá a denúncia no prazo de quinze dias. LEGITIMIDADE PARA OFERECIMENTO DA REPRESENTAÇÃO 01) Regra: ofendido for maior de 18 anos e não mentalmente enfermo ou retardado mental: A titularidade da representação é do ofendido, que pode representar através de procurador com poderes especiais. Art. 39. O direito de representação poderá ser exercido, pessoalmente ou por procurador com poderes especiais, mediante declaração, escrita ou oral, feita ao juiz, ao órgão do Ministério Público, ou à autoridade policial. Obs.: O procurador a que se refere o art. 39 do CPP não precisa, necessariamente, ser um profissional da advocacia. 02) Ofendido com menos de 18 anos ou mentalmente enfermo ou retardado mental: O direito de representação será exercido por ser representante legal. Obs.: A jurisprudência entende que, devido ao informalismo que impera em sede de representação, qualquer pessoa que, de alguma forma, seja responsável pelo menor, poderá oferecer a representação, tais como avós, pessoa de que dependa economicamente, entre outros. 03) Ofendido menor de 18 anos ou mentalmente enfermo ou retardado mental, que não tenha representante legal ou havendo conflito de interesses: Nessa situação o direito de queixa ou de representação poderá ser exercido por curador especial, nomeado, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, pelo juiz competente para o processo penal (art. 33, CPP, por interpretação extensiva). Trata-se de hipótese de legitimação extraordinária, pois o curador especial age em nome próprio, na defesa de direito alheio. PROFESSORES CARLOS ALFAMA E PAULO IGOR Professores Carlos Alfama e Paulo Igor Obs.: O Curador Especial não é obrigado a apresentar a representação ou oferecer a queixa, pois, se assim fosse, o juiz estaria promovendo a persecução penal. 04) Pessoa jurídica: Serão representadas por quem os respectivos contratos ou estatutos designarem, ou, no silencia destes, pelos seus sócios-administradores (art. 37 do CPP, por interpretação extensiva). 05) Ofendido maior de 16 e menor de 18 anos casado: Segundo a legislação civil, após os 16 anos, os menores podem se casar com autorização dos pais ou responsáveis legais, vindo a adquirir a capacidade civil plena. Apesar de adquirirem a capacidade civil, não possuem capacidade para oferecimento da representação ou da queixa. Há duas possibilidades para exercício do direito de representação: 1) nomeação de curador especial pelo juiz, na forma do art. 33, CPP; 2) aguardar até que se atinja 18 anos (nesse caso não há que se falar em decadência, pois o prazo decadencial não flui para quem não pode exercer o seu direito). 06) Morte da vítima ou ausência declarada: Legitimação anômala dos sucessores: cônjuge, ascendentes, descendentes e irmãos (CADI). É o que se denomina de sucessão processual. Art. 24. § 1º. No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o direito de representação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão. Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão. Obs.1) Deve-se observar uma ordem de preferência: caso surjam mais de um interessado em promover a ação penal terá preferência o cônjuge, depois os ascendentes e assim por diante. Obs.2) Havendo divergência entre os sucessores, prevalece a vontade daquele que deseja dar início à persecução penal. Obs. 3) Na hipótese de sucessão processual na queixa-crime, havendo desistência de prosseguir na ação por parte de quem houver PROFESSORES CARLOS ALFAMA E PAULO IGOR Professores Carlos Alfama e Paulo Igor exercido o direito de queixa, qualquer um dos sucessores poderá prosseguir no processo instaurado. Importante! Quanto à possibilidade de se inserir o companheiro na sucessão processual, há duas correntes: a primeira entende que é possível, por força do art. 226, §3º, CF/88, que reconhece a União Estável como entidade familiar, já a segunda corrente entende que não se pode incluir o companheiro nesse rol sob pena de incidência da analogia in malam partem. PRAZO DECADENCIAL PARA OFERECIMENTO DA REPRESENTAÇÃO OU QUEIXA ATENÇÃO! A requisição do Ministro da Justiça não está sujeita a prazo decadencial, pode ser oferecida enquanto não estiver prescrito o delito. Art. 38. Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante legal, decairá no direito de queixa ou de representação, se não o exercer dentro do prazo de seis meses, contado do dia em que vier a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do art. 29, do dia em que se esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia. REGRA: 06 meses, contados do dia em que se sabe quem é o autor do delito. Obs.: Presume-se que o ofendido teve ciência da autoria na data do fato. Se a representação ou queixa se der após 6 meses do fato, recai sobre o autor da representação ou da queixa-crime o ônus de comprovar que só tomou conhecimento da autoria do delito em momento posterior, e em lapso temporal inferior a 6 meses, contados da queixa ou da representação, para trás (STJ, Corte Especial, Apn 562/MS, Rel. Min. Felix Fisher, j. 02/06/2010). EXCEÇÕES: 01) No caso da ação penal privada subsidiária da pública (art. 29, CPP), o prazo decadencial começa a fluir do dia que se esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia. 02) No crime de induzimento a erro essencial ou ocultação de impedimento (art. 236, CP), o prazo decadencial para oferecimento da queixa só começa a ser PROFESSORES CARLOS ALFAMA E PAULO IGOR Professores Carlos Alfama e Paulo Igor contado após o trânsito em jugado da sentença que anular o casamento, por motivo de erro ou impedimento. NATUREZA JURÍDICA DO PRAZO: Por gerar consequências no poder punitivo do Estado, trata-se de prazo de natureza material, a ser contado nos termos do art. 10, CP: “o dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário comum”. Obs.: O prazo decadencial não se suspende e nem se interrompe. Também é fatal e improrrogável, ou seja, não admite prorrogações. DECADÊNCIA DA QUEIXA OU REPRESENTAÇÃO NA HIPÓTESE DE INÉRCIA DO REPRESENTANTE LEGAL DO MENOR DE 18 ANOS, MENTALMENTE ENFERMO OU RETARDADO MENTAL: • 1ª Corrente: O prazo decadencial de 06 meses não flui para ele enquanto não cessar a incapacidade, já que não se pode falar em decadência de um direito que não pode ser exercido. Para essa corrente o prazo começaria a fluir a partir do dia que cessar a incapacidade. GUILHERME DE SOUZA NUCCI e JULIO FABBRINI MIRABETE. • 2ª Corrente: O prazo decadencial flui normalmente, pois o representante legal exerce na plenitude o direito de queixa ou de representação. EUGÊNIO PACCELI OLIVEIRA e RENATO BRASILEIRO DE LIMA. RETRATAÇÃO DA REPRESENTAÇÃO Art. 25. A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia. Como desdobramento do princípio da oportunidade ou da conveniência, a lei prevê a possibilidade da retratação da representação, que só poderá ser feita enquanto não oferecida a denúncia. RETRATAÇÃO DA REPRESENTAÇÃO NA LEI MARIA DA PENHA (art.16) É possível, nos crimes que dependam de representação. Requisitos: PROFESSORES CARLOS ALFAMA E PAULO IGOR Professores Carlos Alfama e Paulo Igor • Retratação perante o juiz; • Audiência especialmente designada para essa finalidade. • Até o recebimentoda denúncia. ATENÇÃO! Em regra, a Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/06) não altera a natureza da ação penal dos delitos que configurem violência doméstica e familiar contra a mulher. No entanto, os crimes de lesão corporal leve e lesão corporal culposa, quando praticados no contexto da Lei Maria da Penha, passam a ser de ação penal pública incondicionada, pois no âmbito da violência doméstica e familiar contra a mulher não se aplicam as disposições da Lei dos Juizados Especiais. RETRATAÇÃO DA RETRATAÇÃO DA REPRESENTAÇÃO Apesar da controvérsia, a doutrina majoritariamente entende que, mesmo após se retratar de representação anteriormente ofertada, poderá o ofendido oferecer nova representação, desde que o faça dentro do prazo decadencial de 6 meses, contados, em regra, do conhecimento da autoria. 03) AÇÃO PENAL DE INICIATIVA PRIVADA A regra é a ação penal pública, no entanto, há situações em que a lei transfere a titularidade da ação penal à vítima do crime ou ao seu representante legal, a ele concedendo o jus persequendi in judicio. Quando o crime for de ação penal privada a lei dirá que ele “somente se procede mediante queixa”. Trata-se de uma hipótese de legitimação extraordinária (substituição processual). PARTES: • Querelante: É o autor da ação penal. • Querelado: É o acusado na ação penal. PEÇA ACUSATÓRIA: Queixa-crime. TENDÊNCIA CONTEXTUAL: Nos últimos anos, tem-se notado uma tendência em se restringir a quantidades de crimes submetidos à ação penal de iniciativa privada. Exemplos: Crimes sexuais e Injúria racial deixaram de ser de ação penal privada. PROFESSORES CARLOS ALFAMA E PAULO IGOR Professores Carlos Alfama e Paulo Igor Tramita no Congresso Nacional o projeto de novo CPP, que extingue a hipótese de ação penal de iniciativa privada, a exceção fica por conta da ação penal privada subsidiária da pública. LEGITIMIDADE PARA OFERECIMENTO DA QUEIXA-CRIME: aplicam-se as mesmas disposições estudas em relação à representação. CAPACIDADE POSTULATÓRIA: Para o ajuizamento da queixa- crime é necessária a presença de profissional da advocacia devidamente habilitado na OAB, dotado de capacidade postulatória. Art. 44. A queixa poderá ser dada por procurador com poderes especiais, devendo constar do instrumento do mandato o nome do querelante e a menção do fato criminoso, salvo quando tais esclarecimentos dependerem de diligências que devem ser previamente requeridas no juízo criminal. Obs.: Na hipótese de ofendido pobre, onde não houver Defensoria Pública instituída, o juiz deve nomear advogado dativo para promover a ação penal. ESPÉCIES DE AÇÃO PENAL PRIVADA • Ação Penal Exclusivamente Privada; • Ação Penal Privada Personalíssima; • Ação Penal Privada Subsidiária da Pública. A) AÇÃO PENAL EXCLUSIVAMENTE PRIVADA Dentre as espécies de ação penal privada, a ação penal exclusivamente privada é a regra. A ação penal exclusivamente privada admite a sucessão processual (art. 31, CPP) em caso de morte ou ausência declarada da vítima e nisto se difere da ação penal privada personalíssima. B) AÇÃO PENAL PRIVADA PERSONALÍSSIMA O direito de ação penal, na ação penal privada personalíssima, só pode ser exercido pelo ofendido. Não pode ser exercido pelo representante legal, nem é possível a sucessão processual. PROFESSORES CARLOS ALFAMA E PAULO IGOR Professores Carlos Alfama e Paulo Igor Nesta situação a morte do ofendido irá produzir a extinção da punibilidade do delito, quer pela decadência (se a ação penal não tiver sido iniciada) ou pela perempção (se a ação penal tiver sido iniciada). VÍTIMA MENOR DE 18 ANOS: Deve-se esperar até que faça 18 anos, pois a emancipação não produz efeitos no processo penal. Não flui o prazo decadencial. ÚNICA HIPÓTESE: Art. 236, CP (induzimento a erro essencial e ocultação de impedimento ao casamento). C) AÇÃO PENAL PRIVADA SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA SINÔNIMOS: Ação penal acidentalmente privada ou ação penal supletiva. Art. 5º, LIX, CF/88: “Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal”. Trata-se de direito fundamental e cláusula pétrea. Funciona como importante forma de fiscalização do exercício da ação penal pelo ministério público. CABIMENTO DA AÇÃO PENAL PRIVADA SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA Caberá a ação penal privada subsidiária da pública quando o Ministério Público for inerte, ou seja, não requisitar diligências, não requerer o arquivamento, não requerer a declinação de competência nem suscitar o conflito de competência. Importante! Não cabe a ação penal privada subsidiária da pública quando o MP requerer o arquivamento do IP (STF, Pleno, Inq 2.242 AgR/DF, Rel. Min. Eros Grau, j. 07/06/2006, DJ 25/08/2006). Importante 02! Também não é possível a ação penal privada subsidiária quando o MP devolver o IP à autoridade policial para diligências imprescindíveis. NÃO CABE AÇÃO PENAL PRIVADA SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA EM QUALQUER CRIME! Não é possível o exercício da ação penal privada subsidiária da pública quando o crime não possuir um vítima determinada. É o que acontece nos crimes vagos, por exemplo, onde a vítima não tem personalidade jurídica (ex.: porte ilegal de PROFESSORES CARLOS ALFAMA E PAULO IGOR Professores Carlos Alfama e Paulo Igor arma de fogo). Exceções: Crimes contra as relações de consumo (CDC) e crimes falimentares (qualquer credor legalmente habilitado ou o administrador judicial pode oferecer a ação penal privada subsidiária da pública). PEÇA ACUSATÓRIA: Queixa-crime substitutiva ou Queixa-crime subsidiária. LEGITIMAÇÃO CONCORRENTE: Diante da inércia do MP, surge para o ofendido a possibilidade de ajuizamento da queixa substitutiva. No entanto, enquanto não ajuizada a queixa, o MP pode ajuizar a denúncia, pois o delito não deixa de ser de ação penal pública. Nesse intervalo de tempo, após vencido o prazo de oferecimento da denúncia e enquanto não ajuizada queixa temos a legitimação concorrente entre o MP e o ofendido. PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE: O ofendido ou seu representante legal pode optar pelo oferecimento ou não da queixa substitutiva. DECADÊNCIA IMPRÓPRIA: A ação penal privada subsidiária da pública também está sujeita ao prazo decadencial de 06 meses, contados, não da ciência da autoria, mas sim do fim do prazo para oferecimento da denúncia pelo MP. No entanto, a decadência do direito de exercício da ação penal privada subsidiária da pública não acarreta a extinção da punibilidade, sendo por isso chamada de decadência imprópria. ATUAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO NA AÇÃO PENAL PRIVADA SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA: O MP atua como verdadeiro interveniente adesivo obrigatório ou parte adjunta, devendo intervir em todos os termos do processo, sob pena de nulidade (art. 564, III, “d”, CPP). Art. 29. Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação como parte principal. PROFESSORES CARLOS ALFAMA E PAULO IGOR Professores Carlos Alfama e Paulo Igor Poderes do MP na ação penal privada subsidiária da pública: 01) Opinar pela rejeição da queixa-crime subsidiária: Se concluir pela presença de uma das três hipóteses do art. 395, CPP. 02) Aditar a queixa-crime: • Na ação penal exclusivamente privada e na ação penal privada personalíssima o MP só tem legitimidade para proceder ao aditamento para corrigir aspectos formais, incluindo circunstâncias de tempo e de lugar. Não poderá fazê-lo para adicionar corréu ou novo fato delituoso, pois não possui legitimação para tanto. • Já em relação à ação penal privada subsidiária da pública, o MPpode aditar a queixa subsidiária tanto em seus aspectos acidentais como em seus aspectos essenciais (incluindo novos fatos delituosos e adicionando corréus). 03) Intervir em todos os termos do processo: na ação penal privada subsidiária da pública, o MP deve intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, assim como interpor recurso. 04) Repudiar a queixa-crime subsidiária até o recebimento da peça acusatória: se apontar, fundamentadamente, que não houve inércia de sua parte. Nessa situação o MP deve oferecer a denúncia substitutiva. Obs.: Prevalece que o MP não pode, ao repudiar a queixa-crime, requerer o arquivamento do Inquérito Policial. 05) Retomar o processo como parte principal: Se verificar inércia ou negligência do querelante. É A DENOMINADA AÇÃO PENAL INDIRETA. PROFESSORES CARLOS ALFAMA E PAULO IGOR Professores Carlos Alfama e Paulo Igor 04) EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE E AÇÃO PENAL PRIVADA As hipóteses de extinção da punibilidade nos crimes de ação penal privada são as seguintes: • Decadência; • Renúncia; • Perdão; • Perempção. ATENÇÃO! Tais hipóteses não geram a extinção da punibilidade na ação penal privada subsidiária da pública. A) DECADÊNCIA CONCEITO: É a perda do direito de queixa ou de representação em virtude de seu não exercício no prazo legal. NATUREZA JURÍDICA: Trata-se de causa extintiva da punibilidade (art. 107, IV, CP) nos crimes de ação penal privada. PRAZO PARA OFERECIMENTO DA QUEIXA OU DA REPRESENTAÇÃO: • REGRA: 06 MESES contados do dia em que se vier a saber quem é o autor do crime; Importante! Recai sobre o autor o ônus de comprovar que só tomou conhecimento da autoria do delito em momento posterior, e em lapso temporal inferior a 6 (seis) meses, contados da queixa para trás. (STJ, Corte Especial, Apn 562/MS, Rel. Min Felix Fisher, j. 02/06/2010). • 06 MESES contados do dia em que se esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia no caso da ação penal privada subsidiária da pública (DECADÊNCIA IMPRÓPRIA). • 06 MESES contados do trânsito em julgado da sentença que anular o casamento por motivo de erro ou impedimento, no caso do crime de induzimento a erro essencial ou ocultação de impedimento ao casamento (art. 236, CP). • 06 MESES contados do dia em que se vier a saber quem é o autor do crime, sendo que até 30 dias após a homologação do laudo pericial, nos crimes contra a propriedade imaterial que deixem vestígios (art. 529, caput, CPP). PROFESSORES CARLOS ALFAMA E PAULO IGOR Professores Carlos Alfama e Paulo Igor TRATA-SE DE PRAZO DE NATUREZA MATERIAL, FATAL E IMPRORROGÁVEL: • Material: Acarreta consequências no poder punitivo do Estado, logo conta-se na forma do art. 10, CP: “O dia do começo inclui- se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, meses e os anos pelo calendário comum”. • Fatal: Não se interrompe nem se suspende. Importante! O pedido de instauração de inquérito policial não obsta o curso do prazo decadencial. Se o inquérito policial não tiver sido concluído no prazo de 6 meses da ciência da autoria cabe ao ofendido oferecer a queixa dispensando-o. • Improrrogável: Não admite prorrogações. EXTINÇÃO DO PRAZO DECADENCIAL: O prazo decadencial é extinto no momento do oferecimento da queixa-crime, nos crimes de ação penal privada, pouco importando a data do recebimento da peça acusatória! Já o prazo decadencial para a representação é extinto quando de seu oferecimento. DECADÊNCIA DO DIREITO DE QUEIXA X DECADÊNCIA DO DIREITO DE REPRESENTAÇÃO: Na ação penal pública condicionada a decadência é para o oferecimento da representação e não da ação penal. Assim, uma vez oferecida a representação, o fato pode ficar em investigação até a ocorrência de outra hipótese de extinção da punibilidade. Em se tratando de ação penal privada, a decadência é para o oferecimento da queixa crime, ou seja, não basta a notícia do fato à autoridade policial, deve a peça acusatória ser oferecida em juízo dentro do prazo decadencial. OFERECIMENTO DA PEÇA ACUSATÓRIA PERANTE JUÍZO INCOMPETENTE: A decadência é evitada com o oferecimento da peça acusatória dentro do prazo legal, ainda que oferecida perante juízo incompetente, pois o que importa é a manifestação de vontade persecutória pelo ofendido. (STF, 2ª Turma, RHC 63.665/RS, Rel. Min. Djaci Falcão, j. 01/04/1986). B) RENÚNCIA AO DIREITO DE QUEIXA PROFESSORES CARLOS ALFAMA E PAULO IGOR Professores Carlos Alfama e Paulo Igor Renúncia é a abdicação voluntária ao exercício do direito de queixa pelo legitimado a oferecer a ação penal privada. Natureza Jurídica: Trata-se de causa extintiva da punibilidade (art. 107, V, CP) nos crimes de ação penal privada. Exceção! No caso da ação penal privada subsidiária da pública, a renúncia gera a extinção do direito de queixa subsidiária, mas não acarreta a extinção da punibilidade, pois o delito é de ação penal pública. RENÚNCIA E PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE: A renúncia é cabível antes do oferecimento da ação penal, ou seja, até o oferecimento da queixa. Por isso se diz que a renúncia é ato extraprocessual! NÃO CABIMENTO DE RENÚNCIA: • Não há que se falar em renúncia em crimes de ação penal pública, onde vigora o princípio da obrigatoriedade. • Também não há que se falar em renúncia ao direito de representação ou à requisição do Ministro da Justiça, tendo em vista que não há previsão legal nesse sentido. o Exceção: A composição dos danos civis acarreta a renúncia ao direito de representação (art. 74, Lei nº 9.099/95). CARACTERÍSTICAS: • ATO UNILATERAL: A renúncia não depende da aceitação por parte do suposto autor do delito. • IRRETRATABILIDADE: A renúncia é irretratável. FORMA: A renúncia pode ser expressa ou tácita. • A renúncia expressa é aquela feita por declaração inequívoca, assinada pelo ofendido, por seu representante legal ou por procurador com poderes especiais (art. 50, CPP). • Já a renúncia tácita ocorre quando a vítima pratica ato incompatível com a vontade de processar (art. 104, parágrafo único, CP). Ex.: Vítima que convida o autor para ser padrinho de seu filho. Obs.: A renúncia tácita poderá ser provada por todos os meios de prova. PROFESSORES CARLOS ALFAMA E PAULO IGOR Professores Carlos Alfama e Paulo Igor Importante! O fato de o ofendido receber a indenização do dano causado pelo crime não implica em renúncia tácita (art. 104, parágrafo único, CP). Exceção cabe quando se tratar de composição dos danos civis (art. 74. Lei nº 9.099/95). RENÚNCIA E PRINCÍPIO DA INDIVISIBILIDADE: A renúncia concedida a um dos autores se estende aos demais (CPP, art. 49). É a chamada extensibilidade da renúncia. Obs.: A renúncia de uma vítima não produz qualquer consequência quanto à propositura da queixa pela outra vítima, pois se tratam de direitos autônomos. C) PERDÃO Consiste em um ato voluntário por meio do qual o querelante decide não prosseguir com a ação penal privada que já estava em andamento, perdoando o acusado. NATUREZA JURÍDICA: Trata-se de causa extintiva da punibilidade (art. 107, V, CP) nos crimes de ação penal privada. MOMENTO: É um desdobramento do princípio da disponibilidade. Apenas pode ser oferecido após o oferecimento da queixa e até o trânsito em julgado da sentença condenatória (art. 106, §2º, CP). ATENÇÃO! O perdão pode ser concedido no processo ou fora do processo (CP, art. 106)! FORMA: O perdão pode ser expresso ou tácito. • Perdão expresso é aquele feito por declaração inequívoca, assinada pelo ofendido, por seu representante legal ou por procurador com poderes especiais. • Já o perdão tácito ocorre quando a vítima pratica ato incompatível com a vontade de prosseguir na ação (art. 106, §1º, CP). ATO BILATERAL: O perdão depende da aceitação por parte do suposto autor do delito. A aceitação do perdão pode ser expressaou tácita. Ocorre aceitação tácita do perdão quando intimado para se manifestar sobre o perdão permanece silente no prazo de 03 dias (art. 58, CPP). PROFESSORES CARLOS ALFAMA E PAULO IGOR Professores Carlos Alfama e Paulo Igor PERDÃO E PRINCÍPIO DA INDIVISIBILIDADE: O perdão oferecido a um dos querelados a todos se aproveita, mas não produz efeitos em relação aos que não aceitarem (art. 51, CPP c/c art. 106, I, CP). PERDÃO DO OFENDIDO X PERDÃO JUDICIAL: PERDÃO DO OFENDIDO PERDÃO JUDICIAL Causas extintivas da punibilidade. Cabível em todos os crimes de ação penal privada. Cabível nos casos previstos em lei, independentemente da ação penal. Ato do ofendido. Ato do juiz. D) PEREMPÇÃO É a perda do direito de prosseguir na ação penal privada em virtude da desídia do querelante. NATUREZA JURÍDICA: Trata-se de causa extintiva da punibilidade (art. 107, V, CP) nos crimes de ação penal privada. PEREMPÇÃO X DECADÊNCIA: a decadência é a perda do direito de iniciar a ação penal pelo não exercício no prazo legal. Já a decadência é a perda do direito de prosseguir na ação em virtude da desídia do querelante. HIPÓTESES DE PEREMPÇÃO (art. 60, CPP): i. Quando o querelante deixar de promover o andamento do processo durante 30 dias seguidos. ii. Quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, não comparecer em juízo, para prosseguir no processo, dentro do prazo de 60 dias, qualquer das pessoas a quem couber fazê-lo. iii. Quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato do processo a que deva estar presente. iv. Quando o querelante deixar de formular o pedido de condenação nas alegações finais; v. Quando, sendo o querelante pessoa jurídica, esta se extinguir sem deixar sucessor. PROFESSORES CARLOS ALFAMA E PAULO IGOR Professores Carlos Alfama e Paulo Igor QUESTIONÁRIO 01) O que é a ação penal pública incondicionada? 02) Quem é o titular da ação penal pública incondicionada? Qual a peça acusatória utilizada para dar início ao processo penal? 03) Se a lei não dispuser sobre qual a ação penal admitida em determinado delito, qual será a espécie de ação penal admitida? 04) A ação penal pública incondicionada se sujeita ao prazo decadencial de 06 meses? 05) O que é a ação penal pública condicionada? Qual seu titular e qual a peça acusatória utilizada para dar início ao processo? 06) Quais razões levam o legislador a definir determinado crime como sendo de ação penal pública condicionada? É correto afirmar que a lei define os crimes como sendo de ação penal pública condicionada em razão da gravidade da conduta praticada? 07) O que é a representação do ofendido? 08) O ofendido é obrigado a oferecer a representação? 09) Qual a natureza jurídica da representação do ofendido? 10) O oferecimento da representação depende de forma específica? 11) O que é a eficácia objetiva da representação? 12) É possível renúncia ao direito de representação? PROFESSORES CARLOS ALFAMA E PAULO IGOR Professores Carlos Alfama e Paulo Igor 13) Quais são os destinatários possíveis da representação do ofendido? 14) Quem tem legitimidade para oferecer a representação? 15) Qual o prazo para oferecimento da representação? 16) Qual a natureza jurídica desse prazo? 17) É possível a retratação da representação? Até quando pode ser realizada? 18) É possível a retratação da representação na Lei Maria da Penha? Quais os requisitos? 19) É possível a retratação da retratação da representação? 20) O que é a ação penal de iniciativa privada? 21) Qual a peça acusatória utilizada para dar início a uma ação penal privada? 22) É necessária a capacidade postulatória para o oferecimento de ação penal? 23) Quais as espécies de ação penal privada? 24) Qual a diferença entre a ação penal exclusivamente privada para a ação penal privada personalíssima? 25) O que é a ação penal privada subsidiária da pública? Quais os seus sinônimos? 26) Quando será possível o oferecimento de ação penal privada subsidiária da pública? 27) É correto afirmar que é possível o oferecimento de ação penal privada subsidiária da pública em qualquer crime? PROFESSORES CARLOS ALFAMA E PAULO IGOR Professores Carlos Alfama e Paulo Igor 28) Qual a peça acusatória utilizada para iniciar o processo na ação penal privada subsidiária da pública? 29) O que é a decadência imprópria? 30) Como se dá a atuação do MP na ação penal privada subsidiária da pública? 31) O que é a denúncia substitutiva? 32) O que é a ação penal indireta? 33) Quais são as causas de extinção da punibilidade na ação penal privada? Tais hipóteses não geram a extinção da punibilidade também na ação penal privada subsidiária da pública? 34) O que é a decadência? 35) Em qual prazo ocorre a extinção da punibilidade de um crime pela decadência? 36) O oferecimento da peça acusatória perante juízo incompetente impede que se reconheça a decadência? 37) O que é a renúncia? 38) Quais são as características da renúncia? 39) Quais são as formas de renúncia? 40) O que é o perdão do ofendido? 41) O perdão pode ser concedido no processo e fora dele? 42) É possível perdão tácito? Ou obrigatoriamente deve ser expresso? 43) O perdão é ato unilateral ou bilateral? O que isso significa? PROFESSORES CARLOS ALFAMA E PAULO IGOR Professores Carlos Alfama e Paulo Igor 44) Qual a diferença entre o perdão do ofendido e o perdão judicial? 45) O que é a perempção? Em quais hipóteses o crime de ação penal privada terá extinta sua punibilidade em razão do reconhecimento da perempção?
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