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FACULDADE Faculdade xxxxxxx NOME DO ALUNO A IMPLANTAÇÃO DA SUSTENTABILIDE NAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS DO SETOR DE PLÁSTICOS PROJETO DE PESQUISA Cidade Data SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO.....................................................................................................1 2. REFERÊNCIAL TEÓRICO...................................................................................4 2.1 Sustentabilidade......................................................................................4 2.2Triple Bottom Line....................................................................................5 2.3 Dimensão Ambiental, Social e Econômico..............................................7 2.4 Definições de Micros e Pequenas Empresas..........................................9 2.5 Cultura Organizacional..........................................................................10 2.6 Micros e Pequenas Empresas no ramo de plástico 2.7 Definição de Gestão Sustentável 2.8 Processo de implantação nas Micro e Pequenas Empresas 2.9 Gestão sustentável nas Micro e Pequenas Empresas 2.10 Aspectos favoráveis e desfavoráveis 2.11 Desafios apresentados 3. MÉTODO DE PESQUISA..................................................................................11 4. CRONOGRAMA.................................................................................................14 5. REFERÊNCIAS..................................................................................................15 1 1. INTRODUÇÃO Partindo do pressuposto que a globalização tem gerado uma forte concorrência entre as micros e pequenas empresas do setor de plásticos e consequentemente a produção de novos produtos tem crescido no âmbito nacional e internacional, desta forma esgotando cada vez mais os recursos naturais. Entretanto, é preciso identificar a destinação adequada dos produtos ao final de sua vida, pois tornam-se ultrapassados e obsoletos. (LAVEZ; SOUZA e LEITE, 2011). As micro e pequenas empresas do setor de plásticos não podem esquecer que existe a possibilidade de reaproveitamento desta matéria prima plástico que já foi utilizada e descartada pela população, consequentemente começa o um novo processo considerado como reaproveitamento, ou reciclagem com viesse na sustentabilidade. Para Philippi e Leite (2001), neste âmbito, existem ações que são executadas em relação a concretização do desenvolvimento sustentável, ressignificando o processo de interação humana diante dos recursos naturais disponibilizados pelo planeta, com vistas a preservação do meio ambiente em respeito aos recursos naturais presentes, sem que haja comprometimento destes recursos às gerações futuras. Segundo Almeida (2002), para que uma organização empresarial considerar-se sustentável deve estruturar suas ações e decisões na expectativa de aumento da sua produção, melhorando a qualidade de seus produtos, tendo como resultado a geração de um índice menor de poluição e reduzindo o uso dos recursos naturais. Diante disso, o processo reciclagem vem ao encontro do que prediz o paradigma da sustentabilidade, pois propõe o reaproveitamento seja ele parcial ou integral de um produto que perdeu sua utilidade neste primeiro momento. Para atender aos interesses desta pesquisa delimitaremos aos desafios das micro e pequenas empresas do ramo de plásticos na implantação da sustentabilidade, Diante desse cenário, a questão que se apresenta é quais são os desafios para as micro e pequenas empresas do ramo de plásticos na implantação da sustentabilidade? 2 Para responder ao questionamento proposto, a pesquisa tem como objetivo geral investigar a implantação das 3 dimensões da sustentabilidade: Ambiental, Social e Econômica nas micro e pequenas empresas do ramo de plásticos. Estabeleceram-se como objetivos específicos: • Descrever o processo de implantação das 3 dimensões da sustentabilidade (ambiental, social e econômica) nas micro e pequenas empresas do ramo de plásticos; • Relatar os aspectos favoráveis e desfavoráveis na implantação da sustentabilidade nas micro e pequenas empresas do ramo de plásticos; • Analisar os desafios apresentados pelas micro e pequenas empresas do ramo de plásticos para a implantação das 3 dimensões da sustentabilidade (ambiental, social e econômica). Trata-se de um tema atual e relevante diante do galopante crescimento do consumo, sendo que a importância e necessidade da matéria reciclagem para o meio ambiente e para o desenvolvimento global é pacífica. Os motivos que levaram a investigar a respeito da implantação da sustentabilidade nas micro e pequenas empresas do setor de plásticos é porque sustentabilidade é assunto recorrente às discussões ambientais, sociais e econômicas da modernidade (Triple Bottom Line), porquanto a sociedade moderna, baseada no consumo, dando-se conta da esgotabilidade dos recursos naturais disponíveis, pois muitas vezes dependemos deles para a sobrevivência humana, sendo primordial para o desenvolvimento sustentável. Será utilizada a alegação do conhecimento pragmática, método de pesquisa exploratória através de estudo de caso múltiplo, onde será aplicado um questionário para 20 empresas do setor de plásticos, na região do grande ABC Paulista e posteriormente será feita a analise dos dados de duas empresas em questão, desta forma contribuindo nas respostas para a questão problema, objetivo geral e objetivos específicos. Os capítulos seguintes apresentam o referencial teórico, que aglutina as bases teórico-metodológicas Sustentabilidade, Triple Bottom Line, Dimensão Ambiental, Social e Econômico, Definições de Micro e Pequenas Empresas, Cultura Organizacional,Micro e Pequenas Empresas no ramo de plástico, Definição de Gestão Sustentável, Processo de implantação nas Micro e Pequenas 3 Empresas, Gestão sustentável nas Micro e Pequenas Empresas, Aspectos favoráveis e desfavoráveis e Desafios apresentados 4 2. REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 Sustentabilidade O termo sustentabilidade ficou popularmente conhecido em meados de 1987, por meio da Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento das Nações Unidas (Relatório de Brundtland), que passou a então a se difundir o conceito de desenvolvimento sustentado. Para Silva (2009) a origem pela sustentabilidade na década de 1980, deveu-se no interesse em descobrir métodos que possibilitem o crescimento, sem prejuízo ao meio ambiente e a futuras gerações. Para Baquero e Cremonense (2006), uma das características essenciais do desenvolvimento sustentável, ao contrário da forma tradicional de desenvolvimento, diz respeito não apenas à proteção do meio ambiente, mas incorpora, sobretudo, as pessoas, suas necessidades e como elas podem ser satisfeitas, equitativamente, no contexto atual. Para Claro e Amâncio (2008) muitas empresas encontram diversas dificuldades em associar seus discursos e práticas gerenciais a uma definição completa da sustentabilidade. Algumas focam em questões ambientais, outras em questões sociais, mas muitas focam exclusivamente na questão econômica. Almeida (2002) define as três dimensões da sustentabilidade da seguinte forma: Sustentabilidade Ambiental – estimula as empresas a considerarem o impacto de suas atividades sobre o meio ambiente na forma de administração ambiental na rotina do trabalho; Sustentabilidade Social - consiste no aspecto social relacionado as qualidades dos seres humanos, abrangendo tanto o ambiente interno como externo da empresa; Sustentabilidade Econômica – inclui a economia formal e as atividades informais que provêem serviços paraindivíduos e grupos e aumentam, assim, a renda monetária e o padrão de vida dos indivíduos. De acordo com Claro e Amâncio (2008) a difusão da sustentabilidade nas esferas organizacionais acontece por meio da gestão organizacional. O papel da alta administração é fundamental para que as iniciativas e os esforços da 5 organização rumo a proteção e as responsabilidades socioambientais tenham sucesso. Para Almeida (2002), sustentabilidade é a busca por novos métodos que colaborem não apenas para os negócios, mas também para a construção de uma sociedade sustentável. A visão da sustentabilidade demonstra abrangência do termo, que existe a possibilidade de melhorar a qualidade de vida no presente e preservação da natureza para o futuro. Inovação e Tecnologia podem contribuir para o desenvolvimento sustentável, melhorando na modernização da produção e utilizando os recursos naturais de forma inteligente para que eles se mantenham no futuro. [...] Cabe às empresas, de qualquer porte, mobilizar sua capacidade de empreender e de criar para descobrir novas formas de produzir bens e serviços que gerem mais qualidade de vida para mais gente, com menos quantidade de recursos naturais. [...] A inovação, no caso, não é apenas tecnológica, mas também econômica, social, institucional e política (ALMEIDA, 2002, p. 82). Conforme Coral (2002), para que as empresas possam colaborar para a sustentabilidade é necessário mudar a organização dos seus processos produtivos, mediante as necessidades emergentes, para que se transformem em organizações ecologicamente sustentáveis. Nesse sentido, é preciso realizar a construção de sistemas de produção que não provoquem impactos negativos e contribuam para a recuperação de áreas degradadas ou ofereçam produtos e serviços que colaborem para a melhoria do desempenho ambiental dos consumidores e clientes de uma indústria. 2.2 Triple Bottom Line Em meados de 1999, John Elkington com o objetivo de ajudar as empresa, pensado em um melhor desempenho econômico, justiça social e proteção ao meio ambiente sem suas operações, planejou o triple bottom line (TBL) Para Elkington (2001) existem três dimensões que compõem a sustentabilidade como Triple Bottom Line, sugerindo que as empresas avaliem o sucesso não só com base no desempenho financeiro, como lucro e retorno sobre o investimento, mas também sob uma perspectiva ambiental, social e econômica. 6 Fonte: Leo, 2013. Verifica-se, assim, que os investimentos em sustentabilidade empresarial são além de uma postura ética, um modo indireto de contribuir para os negócios, em que terá como resultado final provimentos de benefícios a atividade empresarial. A maioria dos estudos afirma que sustentabilidade é composta de três dimensões que se relacionam: econômica, ambiental e social. Essas dimensões são também conhecidas como tripple bottom line. A dimensão econômica inclui não só a economia formal, mas também as atividades informais que proveem serviços para os indivíduos e grupos e aumentam, assim, a renda monetária e o padrão de vida dos indivíduos. A dimensão ambiental ou ecológica estimula empresas a considerarem o impacto de suas atividades sobre o meio ambiente, na forma de utilização dos recursos naturais e contribui para a integração da administração ambiental na rotina de trabalho. A dimensão social consiste no aspecto social relacionado às qualidades dos seres humanos, como suas habilidades, dedicação e experiências, abrangendo tanto o ambiente interno da empresa quanto o externo (CLARO, CLARO, AMANCIO, 2008, p. 34). Conforme Elkington (2001), as empresas devem se preocupar em construir a sua sustentabilidade baseadas no tripé dos aspectos ambientais, sociais e econômicos, denominados Triple Bottom Line este tripé precisa ser válido para haver sustentabilidade. 7 Conforme Scharf (2004) a motivação dos líderes empresariais dever ser respaldada numa visão de longo prazo, em que se leve em consideração os custos futuros e não somente os custos presentes embasada no conceito do Tripple Bottom Line a fim de proporcionar uma gestão eficiente e eficácia, corroborando com a dimensão ambiental, social e econômico. 2.3 Dimensão Ambiental, Social e Econômico Conforme Savitz (2007) as empresas ao desempenhar suas funções, utilizam recursos financeiros (caixa, capital de terceiros), recursos ambientais (água, energia) e recursos sociais (pessoas da comunidade, infraestrutura dos órgãos públicos, mão de obra) e para que sejam consideradas sustentáveis, precisam medir seus resultados de modo a apresentar o retorno sobre o investimento positivo e os aspectos das três dimensões: ambiental, social e econômica. O quadro demonstra de uma maneira simplificada Ambientais Sociais Econômicos Qualidade do Ar Práticas Trabalhistas Vendas, Lucro e Retorno sobre o Investimento Qualidade da água Impactos sobre a comunidade Impostos pagos Uso de energia Direitos humanos Fluxo monetário Geração de resíduos Responsabilidade pelos produtos Criação de empregos Quadro 1 - Aspectos das três dimensões: ambiental, social e econômica Fonte: Savitz (2007) De qualquer forma as empresas que tem uma preocupação com os aspectos ambientais, sociais e econômicos devem adotar medidas inovadoras em relação ao inicio, meio e fim da “vida” de seus produtos, para que não tenham impactos negativos no meio ambiente. 8 A dimensão ambiental refere-se ao capital natural de um empreendimento ou sociedade. É a perna ambiental do tripé. A princípio, praticamente toda atividade econômica tem impacto ambiental negativo. Nesse aspecto, a empresa ou a sociedade deve pensar nas formas de amenizar esses impactos e compensar o que não é possível amenizar. (BAQUERO E CREMONESE, 2006, CASTANHARO, 2007, ELKINGTON, 2001, MIGUEZ, 2010, MOURA 1994) Conforme afirmam Hansen, Grosse-Dunker e Reichwald (2009), a fase final da vida de um produto, normalmente afeta aspectos ambientais (qualidade do ar, qualidade da água, uso de energia e geração de resíduos etc). Desta forma, para que sejam aplicados e seguidos os conceitos de sustentabilidade, espera-se que os produtos sejam inteligentes, de uma maneira que sejam reciclados, reutilizados e remanufaturados. Não havendo possibilidade de seguir nesta linha, o descarte deve ser adequado sem que prejudique e afete o meio ambiente. A dimensão social diz respeito ao capital humano de um empreendimento, comunidade, sociedade como um todo. Além de salários justos e estar adequado à legislação trabalhista, é preciso pensar em outros aspectos como o bem estar dos seus funcionários, propiciando, por exemplo, um ambiente de trabalho agradável, pensando na saúde do trabalhador e da sua família. (GROOT, 2002; SPANGENBERG e BONNIOT, 1998, PORTER, 2006, SAVITZ, 2007) Além disso, é imprescindível ver como a atividade econômica afeta as comunidades ao redor. Nesse item, está contido também problemas gerais da sociedade como educação, violência, projetos sociais e até o lazer. Segundo Savitz (2007), a prática social, leva em consideração as práticas trabalhistas, os impactos sobre a comunidade, os direitos humanos e responsabilidade pelos produtos. Observando que o papel das pessoas na sociedade global é complexo, podendo tomar vários papéis, é que Michael Porter (2006) sugeriu ampliar o conceito de Responsabilidade Ambiental Corporativa para incluir a dimensão social, introduzindo assim o pilar da sustentabilidade social de Elkington (2001). A dimensão social consiste no aspecto social relacionado às qualidades dos seres humanos, como suas habilidades, dedicação e experiências. A dimensão social abrange tanto o ambiente interno da empresa quanto o externo. Indicadores para a dimensão social podem variar de uma empresa para outra, mas alguns são considerados comuns para diferentessetores de atuação. Dentre 9 esses indicadores comuns, podem-se citar compensação justa, horas de trabalho razoáveis, ambiente de trabalho seguro e saudável, proibição de mão-de-obra infantil e de trabalho forçado, e respeito aos direitos humanos (GROOT, 2002; SPANGENBERG e BONNIOT, 1998). A palavra economia, no dicionário, é definida como Organização de uma casa, financeira e materialmente. (HOLANDA, 2010). Com o passar dos anos, séculos, a palavra economia foi direcionada apenas à vertente dos negócios ou no sentido de poupança, economizar. Neste pilar são analisados os temas ligados à produção, distribuição e consumo de bens e serviços. (ELKINGTON, 2001, LEITE, 2003, REDIVO, SORNBERGER, REDIVO, ARO, 2010) Em relação aos aspectos econômicos, o CEMPRE, entidade mantida 100% pelo setor empresarial e com 6 anos de atuação, estima que, em 2012, a coleta, a triagem e o processamento dos materiais em indústrias recicladoras geraram um faturamento de R$ 10 bilhões no Brasil. A expectativa para os próximos anos é de uma significativa expansão, no ritmo da maior escala e do desenvolvimento do parque industrial de reciclagem. Nesse caminho, identificar obstáculos e gerar dados úteis a políticas de incentivos e de investimentos, visando o equilíbrio entre oferta e demanda, a redução de custos e o máximo de benefícios sociais e econômicos, é uma rotina que se integra à gestão do lixo no Brasil, tendo em vista que os dados das micro e pequenas empresas também são de extrema importância. 2.4 Definição de Micro e Pequena Empresa Levando-se em consideração a competitividade entre as empresas de grande porte, com foco nas multinacionais, buscando cada vez mais a produtividade com qualidade corroborou para a demissão de diversos colaboradores no mundo. A perda do emprego ou por outros motivos migraram para a abertura de Micro e Pequenas Empresas - MPE (BARROS; PEREIRA, 2008). Para Neto; Lourenço; Oliveira (2006), as micro e pequenas empresas são significantes na economia mundial, contribuindo para novos postos de trabalhos e transformando políticas de inovação em instrumentos de estimulo à competitividade 10 De acordo com os dados do Dieese (2015), para elaboração do Anuário do Trabalho na Micro e Pequena Empresa - Sebrae (2014), as micro e pequenas empresas são de extrema relevância na estrutura econômica brasileira e para o emprego. Em 2013, o segmento representava no Brasil – segundo os dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), registro administrativo do Ministério do Trabalho e Emprego – cerca de 6,6 milhões de estabelecimentos, que eram responsáveis por 17,1milhões de empregos formais privados não agrícolas. As transformações tecnológicas e nos processos de trabalho que ocorrem nas grandes empresas, aliadas ao aumento da demanda de bens de consumo e serviços, ocasionados pelas mudanças progressivas na distribuição pessoal da renda, têm contribuído para que os micro e pequenos empreendimentos assumam papel ainda mais significativo na geração de postos de trabalho. Entre 2003 e 2013, as MPEs geraram 7,3 milhões de empregos. Para Lourenço e Mauro (2015), a classificação de porte da empresa pode ser feita levando-se em consideração o númenro de funcionários da empresa ou tomando-se como base o faturamento bruto anual do estabelecimento, a definição do porte das empresas baseada no número de funcionários é usada pelo SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio as Micro e Pequenas Empresas). Na tabela 1 segue a classificação dos estabelecimentos. 2.5 Cultura Organizacional A conceituação de cultura organizacional auxilia a ampliar o conhecimento sobre o contexto das organizações, suas diversidades, suas semelhanças e como esta pode impactar nos processos de fusão e de desenvolvimento das empresas. (LOURENÇO e MAURO 2015). Conforme afirmam Lourenço e Mauro (2015),a cultura organizacional 11 3. MÉTODO DE PESQUISA Pesquisa científica é uma maneira metódica de se explorar um determinado assunto, fazendo-se um levantamento preliminar de informações. A pesquisa tem métodos a seguir como projetos, levantamentos. O homem pode produzir e criar fatos, com a única finalidade de estudá-los. Do ponto de vista da forma de abordagem do problema, uma pesquisa pode ser do tipo quantitativa ou qualitativa. Silva (2001) considera que tudo pode ser quantificável, podendo traduzir em números opiniões e informações para que possam ser classificadas e analisadas. Pode-se utilizar-se de recursos e técnicas estatísticas (percentagem, média, moda, mediana, desvio padrão, coeficiente de correlação, análise de regressão, etc.) Para Merriam (2002), a pesquisa qualitativa é vista como um guarda- chuvas que engloba várias maneiras de pesquisa, ajudando de alguma maneira a compreender e a esclarecer o fenômeno social com a menor distância entre o ambiente natural, não com o objetivo de trazer as regularidades, mas a percepção dos agentes, de que maneira os levaram a praticar e como praticaram, de uma maneira que os indivíduos sejam ouvidos a partir das suas experiências e exibição de razões. Conforme Silva et al (2002), a pesquisa qualitativa é induzida pelas transformações geradas pela filosofia da linguagem, de tal maneira que a própria função da linguagem passa do entendimento a ação, havendo interesse no caráter comunicativo de mediador e formador das experiências e das necessidades sociais. Levando em conta a sua natureza ou seus objetivos, segundo (Gil, 1994) as pesquisas podem ser do tipo exploratórias, descritivas ou explicativas. Segundo Gil (2006) a pesquisa exploratória tem como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a constituir hipóteses. Pode-se dizer que estas pesquisas têm como objetivo principal o aprimoramento de ideias ou a descoberta de intuições. Seu planejamento é, portanto, bastante flexível, de modo que possibilite a consideração dos mais variados aspectos relativos ao fato estudado. 12 Em relação às pesquisas descritivas, são apresentadas frequentemente por meio de um levantamento feito a partir de um questionário ou uma observação sistemática, em que se oferece uma descrição da situação no momento de execução da pesquisa. O presente procedimento metodológico deve ser adotado com vistas a guiar a forma de coleta de dados, quando se pretende fazer a descrição de determinados acontecimentos (GIL, 1996; DENCKER, 2000). São dirigidas a pesquisadores que possuem conhecimento desenvolvido acerca dos fenômenos e problemas estudados. A respeito da pesquisa explicativa, o conhecimento da realidade em função de colocar apresentações racionais, a razão das coisas, assim sendo passa a ser o tipo de pesquisa que apresenta alto grau de complexidade, sendo muito delicada, em decorrência o índice de erros ser uma possibilidade maior. Tem por finalidade a identificação de fatores que determinam ou colaboram para existência dos acontecimentos. Suas características delimitam-se pela utilização do método experimental (nas ciências físicas ou naturais) e observacional (nas ciências sociais). Em geral, faz uso de formas de Pesquisa Experimental e Pesquisa Ex- Post-Facto. É recomendada para orientação de coleta de dados em pesquisa que visam o estudo das influências de determinados fatores na determinação de ocorrência de fatos ou situações (GIL, 1996; DENCKER, 2000). Do ponto de vista dos procedimentos técnicos, a pesquisa pode apresentar um caráter de pesquisa bibliográfica, pesquisa documental, estudo de caso etc. A pesquisa bibliográfica faz uso de materiais publicados, organizando-se especificamente em livros, artigos de periódicos e, atualmente, de informações disponibilizadas na internet. Praticamente todos os estudos utilizam-se do levantamento bibliográfico e determinadas pesquisas são desenvolvidasapenas pela consulta a fontes bibliográficas. O benefício trazido em seu bojo é propor ao pesquisador a ampla cobertura de acontecimentos, muito maior do que se pesquisasse diretamente (GIL, 2006). A técnica bibliográfica tem por objetivo o encontro de fontes primárias e secundárias e os materiais científicos e tecnológicos de necessidade iminente ao desenvolvimento do trabalho científico ou técnico-científico. Segundo Gomes (2007), a pesquisa documental se constitui num método que está adiante da técnica, pois se organiza em quatro dimensões: a epistemológica, na qual se constata se uma pesquisa é ou não científica, por 13 intermédio de um modelo de ciência; a teórica, pois leva em consideração os conceitos e princípios que guiam o trabalho interpretativo; a morfológica em função de contribuir para a estruturação sistemática do objeto de investigação, e a técnica que tem por função o controle da coleta de dados e do indispensável diálogo entre eles e o modelo teórico que os suscitou. Assim sendo, vale lembrar que o documento é considerado a única fonte de estudo, de interpretação e da produção do conhecimento, no método da pesquisa documental. O estudo de caso objetiva a execução de um estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, de modo que se obtenha sistêmico e detalhado conhecimento sobre seu objeto de estudo (GIL, 2006). O estudo de caso pode variar em análise de exame de registros, observação de acontecimentos, entrevistas estruturadas e não estruturadas ou qualquer que seja outra técnica de pesquisa. O objeto de sua investigação pode ser delimitado a um indivíduo, um grupo, uma organização, um conjunto de organizações ou, até mesmo, uma situação (DENCKER, 2000). Segundo Yin (2001) um dos métodos mais utilizados em pesquisas é o estudo de caso, apesar de existirem quanto a ele algumas críticas, essencialmente referentes à impossibilidade de lhe conferir um rigor científico diante da possibilidade de distorção dos resultados por parte do pesquisador. Martins (2006) identifica os predicados que o estudo de caso deve possuir. Para ele, é necessário que o fato que o pesquisador busca pesquisar, utilizando- se dessa metodologia, seja importante. Isso acontece quando é original e revelador, eficaz, suficiente e relatado de maneira atraente. O pesquisador pode optar por um estudo de caso múltiplos ou único. (YIN, 2001) O estudo de casos múltiplos encerra vários casos únicos, fator que, atualmente, tem se mostrado mais presente, ainda segundo o autor. Ele exemplifica com a realidade educacional, na qual as inovações ocorrem em áreas independentes, às vezes, concomitantemente. (YIN, 2001) A realização de estudo de caso único, segundo Yin (2001), é justificável se o caso se constituir em um evento raro ou exclusivo ou se servir a um propósito revelador. 14 Como este estudo tem a intenção saber quais são os desafios para as micros e pequenas empresas do ramo de plástico na implantação da sustentabilidade, será desenvolvida as alegações de conhecimento pragmáticas, onde há uma preocupação as aplicações – “o que funciona” – e soluções para os problemas, em vez de os métodos serem importantes, o problema é mais importante, e os pesquisadores usam todos os meios para entender o problema. (CRESWELL, 2007). A pesquisa qualitativa do tipo exploratória foi avaliada a mais apropriada composta por estudo de caso múltiplo, onde haverá amostra de 20 micros e pequenas empresas do ramo de plásticos da região do grande ABC (Diadema, Mauá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, São Bernardo do Campo,São Caetano do Sul, e Santo André), tendo como instrumento a aplicação do questionário survey monkey, composto de 25 perguntas – sendo 95% fechadas e 5% abertas e a sua validação será feita por 5 especialista da área de sustentabilidade, após a coleta dos dados será feita a análise de duas empresas em relação aos aspectos ambientais, sociais e econômicos para que responder ao problema de pesquisa, objetivo geral e específicos. 4. CRONOGRAMA ATIVIDADES Ago/15 Set/15 Out/15 Nov/15 Dez/15 Jan/16 Fev/16 Mar/16 Abr/16 Escolha do tema e do orientador Elaboração do projeto de pesquisa e entrega Encontros com o orientador Pesquisas livros, artigos em periódicos, trabalhos apresentados em conferências, relatórios, arquivos, banco de dados eletrônicos Desenvolvimento da Dissertação até a qualificação Pesquisas das empresas para aplicação do questionário Elaboração do questionário Validação do questionário Aplicação do questionário e coleta de dados Banca de Qualificação Ajustes da dissertação após Banca de qualificação Análise dos dados e conclusão da dissertação Depósito e Banca de Defesa 15 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ALMEIDA, F. O bom negócio da sustentabilidade. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2002 BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2006. BARRETO, R. C. S. Políticas públicas e o desenvolvimento rural sustentável no estado do Ceará: um estudo de caso. Dissertação de Mestrado em Economia Rural. 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