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01 Exercício 01 Passo 01: Escolha do tipo de fundação: Tendo em vista a baixa carga, inúmeras soluções são possíveis. A melhor solução seguindo o nosso passo a passo são sapatas. Passo 02: Escolha da profundidade da Fundação Devemos sempre que possível implantar fundações em camada com resistência NSPT≥ 15 golpes. Porém, nem sempre é possível. Implantaremos as fundações (sapatas) a 2,0m de profundidade sobre Silte Argiloso, rija, roxo. O nível de lençol é um problema não tão grande devido a ser um solo pouco poroso e fino, desta forma será sim necessário rebaixamento de lençol, muito provavelmente, mas não acarretará no andamento da obra ou economia. Passo 03: Obtenção do NSPT médio: A parcela de solo envolvido na ruptura de uma fundação superficial é delimitada pela Zona de Plastificação (ZP), essa região tem espessura de 1,5 vezes a menor dimensão ou diâmetro da base. Nosso NSPT médio considerado inicialmente (a ser verificado), terá dimensão quadrada com B=1,5m (estimativa). ZP = (1,5x1,5) = 2,25 = 3,00 (abaixo da base) ZP vai de 2,0m a 5,0m, logo... 02 NSPT = (14+25+26)/3 = = 21,667 = 21 Passo 04: Cálculo da tensão admissível por métodos consagrados: Método 01: NBR 6122: 1996 Utilizando a tabela melhorada de Berberian, percebemos que não existe o solo Silte argiloso, rija, desta forma, a favor da segurança, utilizaremos o solo Argila ou Silte Puro NSPT 21 O que nos dá σa = 3,00 kgf/cm² Método 02: Berberian (2010) Utilizando a tabela, entrando com Silte argiloso, e NSPT 21 Dessa forma KB = 5,71 σa= N72 médio / Kberb (kgf/cm²) σa= 21 / 5,71 = 3,68 kgf/cm² Método 03: Albieiro & Cintra (1996) σa = N72 médio / 5 (kgf/cm²) O que nos dá σa = 21 / 5 = 4,20 kgf/cm² Método 04: Milton Vargas (1960) Utilizando a tabela , percebemos que para o solo Silte argiloso Dessa forma KMV = 6,5 σa= N72 médio / KMV (kgf/cm²) σa= 21 / 6,5 = 3,23 kgf/cm² Método 05: Teixeira (1996) A princípio esse método não poderia ser utilizado pelo intervalo que ele foi pensado, como a diferença é muito pouca, 20 para 21 golpes, vamos mante-lo na média. σa= N72 médio / 5 (kgf/cm²) σa= 21 / 5 = 4,20 kgf/cm² Método 06: Victor de Mello (1975) Não aplicável 03 1ª Média = (3,00+3,68+4,20+3,23+4,20) / 5 = 3,66 kgf/cm² Considerando o desvio padrão de 30% o intervalo de valores válidos será: Para cima = 1,3 x 3,66 = 4,76 kgf/cm² Para baixo = 0,7 x 3,66 = 2,56 kgf/cm² Todos os métodos estão com grau de precisão apurado, desta forma, todos permanecem para a segunda média e o resultado final é: 2ª Média = 3,66 kgf/cm² Passo 05: Cálculo área da base / dimensões: Não havendo restrição de espaço, vamos optar por sapatas quadradas. Logo, puxando aquele velha fórmula de física de pressão em que temos: σ = P / A A nossa tensão admissível é σadm = 3,66 kgf/cm² P é uma força, que no nosso caso é a carga do pilar, 80t ou 80.000kgf (carga já majorada) Essa é a carga que a superestrutura está transferindo às fundações, ainda falta adicionar o peso próprio da sapata e do solo sobre a mesma. Normalmente considera- se 10% da carga total transferida pela superestrutura. Sendo assim: P = 1,1 x 80.000 = 88.000kgf Agora é só substituir: A = Pmaj / σ = 88.000 / 3,66 = 24.043,72cm² Sabemos que a área de um quadrado é lado x lado, ou seja A = L² Substituindo L² = 24.043,72cm², para resolver essa equação basta extrair a raiz L = raiz (24.043,72) = 155,06cm, na prática 155cm Ou seja, as dimensões da nossa sapata seriam: Passo 06: Verificação se a zona de plastificação estimada condiz com a realidade Na prática erro de 50cm em B é considerado um bom resultado e considera-se que não é necessária uma segunda iteração. Desta forma, como avaliamos inicialmente como B=150cm e depois de realizado os cálculos, B=155cm, vamos em frente!! 04 Passo 07: Cálculo da altura da sapata Critério 01: A sapata deve atender a altura mínima para ser considerada rígida segundo a NBR 6118, conforme a formulação abaixo. h= (155 - 20) / 3 = 45cm Passo 08: Verificação do comprimento de ancoragem das barras longitudinais do pilar Na questão da altura, além da rigidez da sapata, devemos garantir a ancoragem das armadura longitudinais do pilar. Sabendo que na região do pilar temos boa ancoragem, podemos utilizar a tabela abaixo para descobrir o comprimento de ancoragem (Lb) Adotaremos a utilização de ganho (critério do projetista) Para concreto C25 a tabela nos dá como resultado prevendo a utilização de gancho = 26 Lb =26 x ϕ(cm) ϕ(cm) = diâmetro da armadura longitudinal do pilar em cm Lb= 26x1,25= 32,5cm Para satisfazer a verificação de ancoragem, percebemos observando a ilustração abaixo que a altura útil da sapata d, deve ser maior que o comprimento de ancoragem Lb A altura útil da sapata é calculada da seguinte forma: d = h - c - ϕ1 Sendo: h= altura total da sapata c= cobrimento ϕ1= diâmetro da armadura da sapata (considerada a princípio 10mm) Portanto: d= 45 - 5 - (1 / 2) = 39,50cm Se d>Lb Então 39,50>32,5 ok!! 05 Desta forma está verificado o comprimento de ancoragem. Caso não ok, aumentar a altura da sapata ou fck do concreto até passar na verificação. Passo 09: Cálculo da aba da sapata (ho) O cálculo da aba da sapata deve seguir duas condições 1) Deve ser maior ou igual a 15cm 2) Deve ser maior que h/3 Desta forma 45/3 = 15cm Adotaremos então ho = 15cm Passo 10: Verificação da diagonal comprimida Como a sapata é rígida, não ocorre a ruptura por punção, por isso basta verificar a tensão na diagonal de compressão, na superfície crítica C. Superfície Crítica C = u0 = perímetro do pilar u0= 4 x 20 = 80cm A verificação da diagonal comprimida deve satisfazer a seguinte equação: Onde o esforço cisalhante solicitante deve ser menor do que o esforço cisalhante resistente. O esforço cisalhante resistente é dado pela fórmula: Onde: Desta forma: trd2 = 0,27 x (1 - (25/250)) x (2,5/1,4) trd2 = 0,434 kN/cm² = 44 kgf/cm² E o esforço cisalhante solicitante é dado pela fórmula: 06 Em que: Fsd = esforço solicitante majorado = 80.000 kgf u0 = perímetro do pilar = 80cm d= altura útil da sapata Desta forma: tsd = 80.000 / (80 x 39,50) = 25,31kgf/cm² Desta forma percebemos que o esforço cisalhante solicitante é menor do que o esforço cisalhante resistente. Caso não ok, aumentar a altura da sapata ou fck. Tudo ok, podemos prosseguir. Passo 11: Verificação da aplicabilidade do "Método das Bielas" Para cálculo da armadura, considera-se que a carga é transferida do pilar para a base da sapata por meio de bielas de concreto comprimido, que induzem tensões de tração na base da sapata, que devem ser resistidas por armadura. d ≥ (155 - 20) / 4 = 33,75cm Foi calculado anterior d=39,50cm, sendo assim, o método das bielas pode ser aplicado. Passo 12: Cálculo da armadura Para isso devemos calcular as forças de tração na base da sapata (T) e posteriormente calcular a área de armadura (As) utilizando as fórmulas abaixo: Sendo: P= carga do pilar b= dimensão da sapata no sentido que se está calculando a armadura bo= dimensão do pilar no sentido que se está calculando a armadura d= altura útil T= força de tração na base fyk= resistência característica do aço (CA50 - 5000 kgf/cm²) T= (88.000 x (155 -20)) / 8 x 39,50 T= 37.595kgf 07 As= (1,61 x 38.323) / 5000 As= 12,11cm² Utilzando barras de 12,5mm (As=1,25cm²) n =12,11 / 1,25 = 9,68 = 10 barras Espaçamento = (155 - 10) / 9 = 16cm 10ϕ 12,5 mm c/ 16cm para cada lado como sapata quadrada Detalhamento vide exemplo. 08 Exercício 02 Dimensionar uma sapata de fundação superficial para um pilar com seção transversal 25 x 100 cm, que transfere à sapata uma carga vertical centrada total de 200t, com armadura vertical no pilar composta por barras de 16 mm, tensãoadmissível do solo (σadm) de 3,2 kgf/cm2) e: momentos fletores solicitantes externos inexistentes (Mx = My = 0); coeficientes de ponderação da segurança: γc = γf = 1,4 ; γs = 1,15; materiais: concreto C25, aço CA-50 (fyk = 5000 kgf/cm2); cobrimento de concreto: c = 5 cm. Passo 05: Cálculo área da base / dimensões: Como o pilar é retangular, vamos optar por sapata retangular também. σ = P / A A nossa tensão admissível é σadm = 3,2 kgf/cm² P é uma força, que no nosso caso é a carga do pilar, 200t ou 200.000,00kgf (carga já majorada) Essa é a carga que a superestrutura está transferindo às fundações, ainda falta adicionar o peso próprio da sapata e do solo sobre a mesma. Normalmente considera- se 10% da carga total transferida pela superestrutura. Sendo assim: P = 1,1 x 200.000,00 = 220.000,00kgf Agora é só substituir: A = Pmaj / σ =220.000 / 3,20 = 68.750,00cm² B = 0,5 x (25-100) + raiz(0,25 x (25-100)² + 68.750) B = 0,5 x -75 + raiz(0,25 x 5625 + 68.750) B = -37,5 + raiz (1406,25 + 68.750) B= = 227,37cm = 230cm e... A - 227,37 = 100-25 A = 75+ 227,37 A = 302,37 = 305cm Área da Sapata = 230 x 305 = 70.150cm² > 68.750,00cm² ok!! Passo 06: Verificação se a zona de plastificação estimada condiz com a realidade Não se aplica condições geotécnicas fornecidas pelo problema (já estudado). 09 Passo 07: Cálculo da altura da sapata Critério 01: A sapata deve atender a altura mínima para ser considerada rígida segundo a NBR 6118, conforme a formulação abaixo. Considerando que temos um pilar retangular de 100x25cm e sapata retangular de 305x230cm h= (305 - 100) / 3 = 68,33cm arredondando 70cm Passo 08: Verificação do comprimento de ancoragem das barras longitudinais do pilar Na questão da altura, além da rigidez da sapata, devemos garantir a ancoragem das armadura longitudinais do pilar. Sabendo que na região do pilar temos boa ancoragem, podemos utilizar a tabela abaixo para descobrir o comprimento de ancoragem (Lb) Adotaremos a utilização de ganho (critério do projetista) Para concreto C25 a tabela nos dá como resultado prevendo a utilização de gancho = 26 Lb =26 x ϕ(cm) ϕ(cm) = diâmetro da armadura longitudinal do pilar em cm Lb= 26x1,6=41,6cm Para satisfazer a verificação de ancoragem, percebemos observando a ilustração abaixo que a altura útil da sapata d, deve ser maior que o comprimento de ancoragem Lb A altura útil da sapata é calculada da seguinte forma: d = h - c - ϕ1 Sendo: h= altura total da sapata c= cobrimento ϕ1= diâmetro da armadura da sapata (considerada a princípio 12,5mm) 10 Portanto: d= 70 - 5 - (1,25 / 2)= 64,375cm Se d>Lb Então 64,375>41,6 ok!! Desta forma está verificado o comprimento de ancoragem. Caso não ok, aumentar a altura da sapata ou fck do concreto até passar na verificação. Passo 09: Cálculo da aba da sapata (ho) O cálculo da aba da sapata deve seguir duas condições 1) Deve ser maior ou igual a 15cm 2) Deve ser maior que h/3 Adotaremos então ho = 23,33 = 25cm Passo 10: Verificação da diagonal comprimida Como a sapata é rígida, não ocorre a ruptura por punção, por isso basta verificar a tensão na diagonal de compressão, na superfície crítica C. Superfície Crítica C = u0 = perímetro do pilar u0= 25+100+25+100 = 250cm A verificação da diagonal comprimida deve satisfazer a seguinte equação: Onde o esforço cisalhante solicitante deve ser menor do que o esforço cisalhante resistente. O esforço cisalhante resistente é dado pela fórmula: Onde: 11 Desta forma: fcd= fck/1,4 fck em (kN/cm²) de MPa p/ kN/cm² divide por 10 trd2 = 0,27 x (1 - (25/250)) x (2,5/1,4) trd2 = 0,434 kN/cm² = 44 kgf/cm² E o esforço cisalhante solicitante é dado pela fórmula: Em que: Fsd = esforço solicitante majorado = 200.000 kgf u0 = perímetro do pilar = 250cm d= altura útil da sapata Desta forma: tsd = 200.000 / (250 x 64,375) = 12,43kgf/cm² Desta forma percebemos que o esforço cisalhante solicitante é menor do que o esforço cisalhante resistente. Caso não ok, aumentar a altura da sapata ou fck. Tudo ok, podemos prosseguir. Passo 11: Verificação da aplicabilidade do "Método das Bielas" Para cálculo da armadura, considera-se que a carga é transferida do pilar para a base da sapata por meio de bielas de concreto comprimido, que induzem tensões de tração na base da sapata, que devem ser resistidas por armadura. d ≥ (305 - 100) / 4 = 51,25cm ok!! d ≥ (230 - 25) / 4 = 51,25cm ok!! d ≥ 1,44 x raiz(2.000 / (0,85 x (25.000/1,96)) = 0,618m = 61,8cm ok!! Foi calculado anterior d=63,75cm, sendo assim, o método das bielas pode ser aplicado. Passo 12: Cálculo da armadura Para isso devemos calcular as forças de tração na base da sapata (Tx e Ty) e posteriormente calcular a área de armadura (Asx e Asy) utilizando as fórmulas abaixo: 12 Sendo: Tx= força de tração na base da sapata na direção x (?) Ty= força de tração na base da sapata na direção y (?) P= carga do pilar (220.000kgf) a= maior dimensão da sapata (305cm) b= menor dimensão da sapata (230cm) ao = maior dimensão do pilar (100cm) bo= menor dimensão do pilar (25cm) d= altura útil (64,375cm) fyk= resistência característica do aço (CA50 - 5000 kgf/cm²) Tx= (220.000 x (305 - 100)) / 8 x 64,375 Tx= 87.572,82kgf Ty= (220.000 x (230 - 25)) / 8 x 64,375 Ty= 87.572,82kgf Se Tx = Ty, então Asx = Asy Asx = Asy = (1,61 x 87.572,82) / 5000 As= 28,20cm² Cada barra de 16mm tem área de 2,00cm² como pode-se ver na tabela. Sendo assim: O número de barras (n) necessário será n = 28,20/2,00 = 14,09 = 15 barras n = 15 Lembrando que o espaçamento entre barras deverá ficar entre 10cm e 20cm Esp = Espassamento para x = (305-10) / 14 = 21cm Espassamento para y = (230-10) / 14 = 16cm Em x = 15ϕ16mm c/ 21cm Em y = 15ϕ16mm c/ 16cm Detalhamento vide exemplo 13 Essa é a carga que a superestrutura está transferindo às fundações, ainda falta adicionar o peso próprio da sapata e do solo sobre a mesma. Normalmente considera- se 10% da carga total transferida pela superestrutura. Sendo assim: P = 1,1 x 10.000 = 11.000 kgf Agora é só substituir: A = Pmaj / σ = 11.000/ 2 = 5.500cm² Sabemos que a área de um quadrado é lado x lado, ou seja A = L² Substituindo L² = 5.500cm², para resolver essa equação basta extrair a raiz L = raiz (5.500) =74,16cm, na prática 75cm Ou seja, as dimensões do nosso bloco seriam: B1 (75 x 75) Já a altura deve satisfazer (α=60º), portanto: h = ((a - a0)/2) x tg60º h = ((75 - 25)/2) x 1,73 = 43,30 = 45cm Portanto as dimensões do nosso bloco de fundação seriam: B1 (75 x 75) h= 45cm Exercício 03
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