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Nicolau Maquiavel
Biografia: Nicolau Maquiavel nasceu em Florença em 1469. É conhecido como o fundador da ciência política moderna. Foi conselheiro e diplomata da República Florentina, em Firenzi. Devido a problemas políticos, foi exilado, período em que escreveu uma de suas principais obras: O Príncipe, a qual presenteou um dos membros da família Médici e logo retornou a Florença, ocupando cargos menores. Em 1527, foi definitivamente excluído do poder em Florença após a queda da família dos Médici. Faleceu em 21 de junho do mesmo ano. 
Contexto Histórico: A Itália nos tempos de Maquiavel não era unificada, mas uma península dividida em cinco principais Estados: o Reino de Nápoles, os Estados Pontifícios, o Estado Florentino, o Ducado de Milão e a República de Veneza. Essas regiões viam-se envolvidas em constantes conflitos umas com as outras, o que fazia com que a Itália, em sua totalidade, se tornasse uma região altamente fragilizada e presa fácil de interesses estrangeiros que desejavam suas riquezas, principalmente Espanha e França. 
É importante lembrar que Maquiavel foi um pensador de seu tempo. Sua preocupação principal era de que a Itália fosse invadida pelos estrangeiros e não pudesse se proteger de tal tragédia. O filósofo percebia que a única saída para que isso não ocorresse era se a Itália se tornasse forte, ou seja, que se unificasse.
O realismo de Maquiavel: Maquiavel dedica-se a pensar a política como ela é, e não mais como gostaria que ela fosse. Abandona as discussões sobre Estados e governantes ideais e busca compreender como os homens governam e governaram de fato; como se alcança e se permanece no poder e quais são os caminhos necessários para se estabelecer um governo estável e duradouro.
Qual é o fundamento do poder?: Na cidade, a política é o resultado da disputa pelo poder de três grupos: os que estão no poder e querem se manter nele, os que não estão no poder e querem alcançá-lo, e o povo que não quer ser oprimido.
Esse é o aspecto agonístico da realidade: os seres humanos não vivem em paz, porque cada um quer satisfazer seus próprios interesses, já que eles têm uma natureza má. Porém, se à primeira vista o conflito pode parecer ruim e prejudicial à sociedade, de acordo com Maquiavel, ele é necessário, já que é dele que nasce o poder político.
Virtù e fortuna: O verdadeiro príncipe é o indivíduo de virtù e fortuna. O conceito virtù ao qual Maquiavel se refere aquele que sabe fazer o que deve ser feito, que consegue enxergar além do que todos os outros homens. Virtù refere-se à força, astúcia, flexibilidade (quando esta for necessária), firmeza (quando as circunstâncias assim exigirem) e, acima de tudo, adaptar aos acontecimentos para se manter no poder.
O termo fortuna diz respeito aos acontecimentos imprevisíveis, príncipe de virtù sabe reconhecer os acontecimentos favoráveis e utilizá-los em seu favor, e também reconhecer aquilo que causaria prejuízo, evitando seus desdobramentos.
“os fins justificam os meios”: Essa frase foi um erro de tradução do livro feito pela UnB (Universidade de Brasilia), já que o original em italiano não apresenta essa frase. Na verdade, Maquiavel tenta expor que para que um príncipe conserve o poder, ele deve aprender a não ser bom, usando isso dependendo ou não da necessidade. 
Moral pública e moral privada: a moral política e a moral particular são completamente diferentes. Para ele, aplicar os valores particulares na vida pública é caminhar para a ruína sua e do Estado.
Maquiavel maquiavélico? Não, isso decorre de interpretações deturpadas das obras do autor, principalmente de sua principal: “O príncipe”. Maquiavélico significa aquele que engana, e age intencionalmente de má-fé. Contudo, “Maquiavelismo” se refere a maneira certa para definir as ideias do autor e seu pensamento. 
Maquiavel Republicano: Na obra Discursos sobre a primeira década de Tito Lívio, porém, podemos notar um Maquiavel que entende que o verdadeiro e legítimo detentor do poder é o povo. Ou seja, temos por um lado, o Maquiavel d’O príncipe, cujas ideias o associaram ao absolutismo; e, por outro, o Maquiavel republicano, dos Discursos. Apesar da aparente contradição, não podemos afirmar que o florentino mudou de ideia. Na verdade, o poder deve estar na mão do príncipe, que deverá governar com mãos de ferro, até que a ordem seja estabelecida.

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