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A StuDocu não é patrocinada ou endossada por nenhuma faculdade ou universidade Peça - Ação Civil Pública - Constitucional Estágio Supervisionado I (Universidade de Cuiabá) A StuDocu não é patrocinada ou endossada por nenhuma faculdade ou universidade Peça - Ação Civil Pública - Constitucional Estágio Supervisionado I (Universidade de Cuiabá) Baixado por Carlos Aquino (imoveiscarlosmagno@gmail.com) lOMoARcPSD|4799383 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=peca-acao-civil-publica-constitucional https://www.studocu.com/pt-br/document/universidade-de-cuiaba/estagio-supervisionado-i/outro/peca-acao-civil-publica-constitucional/4654535/view?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=peca-acao-civil-publica-constitucional https://www.studocu.com/pt-br/course/universidade-de-cuiaba/estagio-supervisionado-i/3614832?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=peca-acao-civil-publica-constitucional https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=peca-acao-civil-publica-constitucional https://www.studocu.com/pt-br/document/universidade-de-cuiaba/estagio-supervisionado-i/outro/peca-acao-civil-publica-constitucional/4654535/view?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=peca-acao-civil-publica-constitucional https://www.studocu.com/pt-br/course/universidade-de-cuiaba/estagio-supervisionado-i/3614832?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=peca-acao-civil-publica-constitucional EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA _ VARA CÍVEL DA COMARCA DE ROSANA, ESTADO DE SÃO PAULO. O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO, por intermédio de seu Promotor de Justiça signatário, no uso de suas atribuições legais e com fincas nos artigos 129, incisos II e III, 205, 227 e 211, § 2º, todos da Constituição Federal, artigos 1º, inciso IV, 5º, inciso I, 12, § 1º e 2º da Lei n.º 7.347/85, artigo 11 da Lei n.º 9.394/96, artigo 300 do Código de Processo Civil, bem como nos artigos 53 e 54 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), vem, à douta presença de Vossa Excelência, propor a presente: AÇÃO CIVIL PÚBLICA COM PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA Contra o MUNICÍPIO DE ROSANA/SP, pessoa jurídica de direito público interno, representado por seu Prefeito ou Procurador, inscrito no CNPJ sob n.º (...), cuja sede localiza-se na (...), em Rosana/SP, CEP. (...), com endereço eletrônico: (...), pelos fundamentos doravante delineados. I – DOS FATOS É de se destacar que um grupo de mães procurou esta Promotoria de Justiça com o objetivo de reclamar acerca da falta de vagas para a realização de matrículas nas escolas de educação infantil para o ensino fundamental do respectivo munícipio. Verificou-se, ainda, que devido à necessidade de corte de gastos da Administração Pública, o Requerido fechou escolas e não providenciou a abertura de vagas suficientes para o atendimento da população, Baixado por Carlos Aquino (imoveiscarlosmagno@gmail.com) lOMoARcPSD|4799383 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=peca-acao-civil-publica-constitucional sob alegação de que devido à crise econômica as crianças deveriam aguardar em casa até o próximo ano letivo. Seguindo esteira, o Requerente propôs um plano de cumprimento da obrigação de criar vagas para todos os alunos, ajustando a conduta ilegal da Administração Pública àquela prevista na Constituição. Todavia, o prefeito, na condição de representante do Munícipio de Rosana/SP, recusou o acordo sob o pretexto de que não haveria dinheiro suficiente para isso, em virtude de estar finalizando as obras de um grandioso estádio de futebol. Ora, Excelência, é evidente a necessidade de mobilização de recursos financeiros e orçamentários para que, mediante sério e articulado planejamento do Executivo Municipal, sejam asseguradas progressivamente as vagas em número suficiente a demanda de Rosana/SP no menor prazo possível e de forma ordenada no tempo, não devendo ser privilegiado, em hipótese alguma, a utilização do dinheiro público na construção de obras voluptuosas e desnecessárias. Ante ao exposto, a presente ação cinge-se, portanto, à condenação do Município de Rosana/SP ao atendimento da demanda manifesta existente a fim de suprir o déficit nas escolas de educação infantil para o ensino fundamental de maneira planejada e ordenada, de forma progressiva, efetuando as devidas matrículas e regulando as frequências. Alfim, caso seja deveras dispendioso e o Município não possa arcar no momento, pugna para que o Requerido efetive convênios com entidades assistenciais e particulares de ensino para que as mesmas façam a prestação emergencial do serviço até que sejam construídas, ou estabelecidas na cidade, as próprias unidades de atendimento. II – DO DIREITO II.1 – DA LEGITIMIDADE ATIVA DO MINISTÉRIO PÚBLICO É cediço que a Constituição Federal consagra como fundamental o direito à educação, cuja salvaguarda é instrumentalizada ao longo da própria Carta através de uma série de outros direitos e garantias. Baixado por Carlos Aquino (imoveiscarlosmagno@gmail.com) lOMoARcPSD|4799383 Na perspectiva da efetivação desses direitos, o constituinte originário cuidou de incumbir ao Parquet uma série de atribuições, elencadas no artigo 129, in verbis: Art. 129 – São funções institucionais do Ministério Público: II – zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia.(g.n) Mais adiante, em capítulo próprio, cuidou o legislador constitucional de instituir, de forma inequívoca, que a Educação é direito de todos e dever do Estado, constituindo-se as ações e serviços de saúde de relevância pública, expressis verbis: Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Ainda no âmbito constitucional, estatui o artigo 227, caput, que: Art. 227 – É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda a forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. A interpretação conjunta de tais dispositivos evidencia, de modo claro, que os direitos e garantias assegurados pelo legislador constituinte são alvo da proteção Ministerial, que possui legitimação extraordinária (ou legitimação autônoma para a condução do processo, como defendem alguns autores, a exemplo de Nelson Nery Júnior), conferida diretamente pela vontade Baixado por Carlos Aquino (imoveiscarlosmagno@gmail.com) lOMoARcPSD|4799383 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=peca-acao-civil-publica-constitucional constituinte, para que sejam salvaguardados tais direitos infantojuvenis, de feição indiscutivelmente fundamental. Em suma, sendo de relevância pública as ações e serviços de educação, pelas quais cabe ao Parquet velar, resta sobejamente demonstrada a legitimação ativa da Actio ora proposta.II.2 – DA LEGITIMIDADE PASSIVA No direito brasileiro a educação básica está organizada em três níveis: educação infantil, ensino fundamental e ensino médio. O legislador constitucional (art. 211, § 2º) deixou bastante clara a vocação dos Municípios para atender, com prioridade, a educação infantil e o ensino fundamental, senão vejamos: Art. 211. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão em regime de colaboração seus sistemas de ensino. (...) § 2º Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil. Nesta esteira, a Lei de Diretrizes e Bases (Lei 9.394/96) estabelece: Art. 10. Os Estados incumbir-se-ão de: VI - assegurar o ensino fundamental e oferecer, com prioridade, o ensino médio a todos que o demandarem, (...); No mesmo diapasão, traz artigo 11, inciso V da referida Lei: Art. 11. Os Municípios incumbir-se-ão de: (...) V - oferecer a educação infantil em creches e pré- escolas, e, com prioridade, o ensino fundamental, permitida a atuação em outros níveis de ensino somente quando estiverem atendidas plenamente as necessidades Baixado por Carlos Aquino (imoveiscarlosmagno@gmail.com) lOMoARcPSD|4799383 de sua área de competência e com recursos acima dos percentuais mínimos vinculados pela Constituição Federal à manutenção e desenvolvimento do ensino. Desta forma, quanto à educação infantil, não há qualquer dúvida de que a competência para a prestação do serviço é do Município, posto que a Constituição Federal e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação são claras em atribuir a este a responsabilidade pela oferta prioritária deste nível de ensino. Assim, tendo em vista que o Município de Rosana/SP não vem cumprindo com sua obrigação de disponibilizar as devidas vagas na educação infantil, ajuíza-se a presente ação civil pública para coagi-lo a cumprir seu dever constitucional, o qual, diga-se de passagem, já deveria estar sendo cumprido voluntariamente. Afigura-se, pois, incontroversa a legitimidade passiva do ente público demandado, não sendo demasiado lembrar que a decisão postulada projetará efeitos diretos sobre sua respectiva esfera jurídica, sendo possível também a inclusão do Estado de São Paulo em litisconsórcio passivo. II.3 – DO CABIMENTO DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA A ação civil pública é o instrumento processual destinado à tutela de direitos transindividuais, dentre os quais se resguarda o direito à educação infantil que é a primeira etapa da educação básica. A Constituição Federal determina no artigo 129, inciso III, que: Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: (...). III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos; Isto posto, é evidente o cabimento da ação civil pública com o objetivo de regularizar uma situação ou ainda que o Requerido não aja mais de alguma maneira, a fim de evitar ou desfazer um ato lesivo a algum Baixado por Carlos Aquino (imoveiscarlosmagno@gmail.com) lOMoARcPSD|4799383 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=peca-acao-civil-publica-constitucional interesse difuso, coletivo ou individual homogêneo, inclusive para que disponibilize as vagas necessárias para a educação infantil pré-escolar. II.4 – DO DESCUMPRIMENTO DE NORMA CONSTITUCIONAL A Constituição Federal, precisamente no art. 227, estabeleceu que: “É dever da família, da sociedade e do Estado, assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”, de onde extraímos os princípios da prioridade absoluta e da proteção integral, consagrados, inclusive, no Estatuto da Criança e do Adolescente. No mesmo rumo o art. 205 diz que a “educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”, assegurando, pelo mandamento do art. 206, inciso VII, que o ensino deve ser ofertado em obediência ao princípio da garantia do padrão de qualidade. Além disso, vale ressaltar que esta norma constitucional, por tratar de direitos fundamentais, tem aplicação imediata, consoante a determinação do artigo 5º, §1º da Constituição Federal e independe de regulamentação: Art. 5º. (...) § 1º - As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata. De outro lado, tem-se a partir do Estatuto da Criança e do Adolescente que: Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, Baixado por Carlos Aquino (imoveiscarlosmagno@gmail.com) lOMoARcPSD|4799383 preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-se-lhes: I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; (...). Art. 54. É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente: I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade própria; (...) V – atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a cinco anos de idade; (...) § 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo. Portanto, o descumprimento de norma constitucional e ainda, do Estatuto da Criança e do Adolescente é evidente, tendo em vista que ao permitir a construção de obras voluptuosas ao invés de escolas e/ou creches para crianças em fase pré-escolar, demonstra a negligência e o zelo para com a sociedade. II.5 – DA GARANTIA DA ABSOLUTA PRIORIDADE E DA ATUAÇÃO PRIORITÁRIA DO MUNICÍPIO A legislação brasileira inseriu no artigo 277 da Constituição Federal o princípio da prioridade absoluta, também chamado de garantia da absoluta prioridade, ao determinar ser dever da família, da sociedade e do Estado, assegurar à criança e ao adolescente COM ABSOLUTA PRIORIDADE, inúmeros direitos, dentre estes o direito à educação. Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à Baixado por Carlos Aquino (imoveiscarlosmagno@gmail.com) lOMoARcPSD|4799383 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=peca-acao-civil-publica-constitucional convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. Nesse sentido, é imperioso destacar que: Art. 211. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão em regime de colaboração seus sistemas de ensino. (...). § 2º Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil. Ainda, na mesma vereda: Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de: (...) § 2º O não-oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder Público, ou sua oferta irregular, importa responsabilidade da autoridade competente. Portanto, não pode o Poder Público simplesmente ignorar a esta prioridade, como se não existisse, ou como se lhe fosse lícito não observá-la. Afunção Executiva do Estado, incumbida da gerência da coisa pública, não pressupõe poderes irrestritos e arbitrários, aptos a permitir ao Administrador escolher se cumpre ou não a Constituição. Os Administradores Públicos submetem-se às leis tanto quanto os demais cidadãos. Em verdade, lhe devem obediência maior, posto que somente lhes é permitido agir conforme a determinação legal. E se o ordenamento jurídico determina a priorização dos direitos das crianças e adolescentes, assim deve ser. II.6 – DA TUTELA DE URGÊNCIA O Código de Processo Civil dispõe no livro V, parte geral, especificamente no disposto do art. 300, sobre o instituto da tutela de urgência, senão vejamos: Baixado por Carlos Aquino (imoveiscarlosmagno@gmail.com) lOMoARcPSD|4799383 Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. § 1o Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la. Noutro vértice, em relação ao artigo 12, §§ 1 e 2, da Lei n.º 7.347/85, temos: Art. 12. Poderá o juiz conceder mandado liminar, com ou sem justificação prévia, em decisão sujeita a agravo. § 1º A requerimento de pessoa jurídica de direito público interessada, e para evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia pública, poderá o Presidente do Tribunal a que competir o conhecimento do respectivo recurso suspender a execução da liminar, em decisão fundamentada, da qual caberá agravo para uma das turmas julgadoras, no prazo de 5 (cinco) dias a partir da publicação do ato. § 2º A multa cominada liminarmente só será exigível do réu após o trânsito em julgado da decisão favorável ao autor, mas será devida desde o dia em que se houver configurado o descumprimento. Extrai-se, outrossim, que para concessão da Tutela de Urgência é necessário à presença de dois requisitos, quais sejam: periculum in mora e fumus boni iuris. Nesse trilhar, pelos fatos articulados até o presente momento, é facilmente perceptível que o primeiro requisito está devidamente preenchido, vez que é patente prejuízo das crianças frente ao ano letivo em razão de reprovação por ausência dos dias letivos. Baixado por Carlos Aquino (imoveiscarlosmagno@gmail.com) lOMoARcPSD|4799383 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=peca-acao-civil-publica-constitucional Por sua vez, o segundo requisito, o perigo da demora, está nitidamente evidenciado no desrespeito ao provimento para o atendimento no sistema educacional infantil. Destarte, considerando os fatos e motivos alinhavados anteriormente, requer seja concedida, inaudita altera pars, a tutela de urgência vindicada, para promover a disponibilização, o quanto antes, de vagas para a educação infantil pré-escolar. III – DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS FINAIS Na defesa de uma ordem jurídica justa, do direito fundamental de se garantir a educação de base e, com estribo na fundamentação fática e jurídica deduzida nesta peça inaugural, o MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO requer a prestação de uma tutela efetivamente protetiva e, para tanto, apresenta os seguintes pedidos e requerimentos: i) A citação do Município de Rosana/SP, na pessoa de seu representante legal, para contestar, querendo, a presente ação, sob pena de revelia; ii) Seja o Requerente dispensado o pagamento de custas, emolumentos e outros encargos, desde logo, à vista do disposto no artigo 18 da Lei n.º 7.347/85; iii) Seja concedida a tutela de urgência, “inaudita altera pars”, na forma requerida acima, observada no artigo 300 do Código de Processo Civil; iv) Pugna-se que esta ação seja julgada procedente em todos os seus aspectos, confirmando-se a tutela de urgência, para condenar, condenando o Requerido a: a.1) Ofertar ou promover a criação de vagas para a educação infantil pré-escolar do Município de Rosana/SP; Baixado por Carlos Aquino (imoveiscarlosmagno@gmail.com) lOMoARcPSD|4799383 b.2) Subsidiariamente, na remota hipótese do pedido principal não ser procedente, requer que o Requerido efetive convênios com entidades assistenciais e particulares de ensino para que as mesmas façam a prestação emergencial do serviço até que sejam construídas, ou estabelecidas na cidade, as próprias instituições para educação pré-infantil. v) Assegurada nesta ação o benefício da prioridade de tramitação, nos moldes propostos pelo art. 227, caput, da Constituição Federal, arts. 4º e 102, §2º, in fine, do Estatuto da Criança e do Adolescente e Provimento n.º 50/2008-CGJ, mediante a identificação dos autos com uma tarja verde e uma amarela em seu dorso, de modo a evidenciar sua tramitação prioritária, e assegurar a designação de audiências, bem como a prolação de despachos, decisões ou sentenças em caráter prioritário sobre os demais processos que não gozem do benefício ora estabelecido. vi) Seja o Requerido condenado ao pagamento das custas e demais despesas processuais; Protesta provar-se-á o alegado por todos os meios em direitos admitidos, notadamente pelos documentos já inclusos, e, bem assim, pelas demais provas que se fizerem necessárias, cujo rol será apresentado oportunamente. Dá-se à causa o valor de R$ 1.000,00 (um mil reais), para efeitos meramente fiscais. Nestes termos, Pede e espera deferimento. Rosana/SP, (...) de (...) de (...). ____________________________________ Assinatura do Promotor de Justiça Baixado por Carlos Aquino (imoveiscarlosmagno@gmail.com) lOMoARcPSD|4799383 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=peca-acao-civil-publica-constitucional
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