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A StuDocu não é patrocinada ou endossada por nenhuma faculdade ou universidade Peça - Recurso Extraordinário - Constitucional Estágio Supervisionado I (Universidade de Cuiabá) A StuDocu não é patrocinada ou endossada por nenhuma faculdade ou universidade Peça - Recurso Extraordinário - Constitucional Estágio Supervisionado I (Universidade de Cuiabá) Baixado por Carlos Aquino (imoveiscarlosmagno@gmail.com) lOMoARcPSD|4799383 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=peca-recurso-extraordinario-constitucional https://www.studocu.com/pt-br/document/universidade-de-cuiaba/estagio-supervisionado-i/outro/peca-recurso-extraordinario-constitucional/4654601/view?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=peca-recurso-extraordinario-constitucional https://www.studocu.com/pt-br/course/universidade-de-cuiaba/estagio-supervisionado-i/3614832?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=peca-recurso-extraordinario-constitucional https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=peca-recurso-extraordinario-constitucional https://www.studocu.com/pt-br/document/universidade-de-cuiaba/estagio-supervisionado-i/outro/peca-recurso-extraordinario-constitucional/4654601/view?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=peca-recurso-extraordinario-constitucional https://www.studocu.com/pt-br/course/universidade-de-cuiaba/estagio-supervisionado-i/3614832?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=peca-recurso-extraordinario-constitucional EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO Processo n.º (...). O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO, já qualificado nos autos em epígrafe, pela Procuradora de Justiça infra-assinada, que move em face do MUNICÍPIO DE ROSANA/SP, também já igualmente qualificado, vem, tempestivamente e com o devido respeito, à douta presença de Vossa Excelência, inconformado com as decisões de fls., interpor RECURSO EXTRAORDINÁRIO, com fulcro no artigo 102, inciso III, alínea “a”, da Constituição Federal e no artigo 1.029 e seguintes do Código de Processo Civil, na busca de uma justa reforma das decisões atacadas, requerendo que, juntamente com as razões recursais anexas, seja o presente recurso recebido em seus regulares efeitos cumpridas as formalidades de praxe, a fim de que os autos sejam remetidos ao SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF), para devida apreciação e julgamento. Nestes termos, Pede e espera deferimento. Rosana/SP, (...) de (...) de (...). ____________________________________ Assinatura da Procuradora de Justiça Baixado por Carlos Aquino (imoveiscarlosmagno@gmail.com) lOMoARcPSD|4799383 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=peca-recurso-extraordinario-constitucional RECURSO EXTRAORDINÁRIO Recorrente: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO Recorrido: MUNICÍPIO DE ROSANA/SP RAZÕES RECURSAIS EGRÉGIO SUPERIOR TRIBUNAL, COLENDA TURMA, EMINENTE MINISTRO RELATOR. I – RELATÓRIO A distinta Turma Julgadora, na pessoa do Desembargador Relator do Recurso de Apelação n.º (...), não obstante seu notável saber jurídico, deixou de fazer a devida justiça ao considerar que a realidade enfrentada pelo Recorrido não permite que o Poder Judiciário estabeleça deveres de criação de vagas, em razão da estrutura e as condições econômicas insuficientes alegadas pela municipalidade. Neste lume, a Recorrente ao opor os Embargos de Declaração ao r. acordão proferido, a fim de suprir a omissão de ponto sobre o qual a Colenda Câmara deveria se pronunciar, logo fora improvido sob a alegação de que não há a necessidade de o Tribunal fundamentar a decisão com todos os argumentos trazidos pelas partes, devendo o decisium ser mantido. Assim, para o Tribunal, sedimentado na reserva do possível, apesar de haver o direito, “não poderia o Poder Judiciário impelir o Executivo a cumprir a Constituição quando a realidade dos fatos – impossibilidade econômica e administrativa de o município criar vagas para todos os alunos em idade escolar – não torna possível o cumprimento da Constituição”, em especial dos artigos 205, 208, 211 e 212 da Carta Magna. E Em razão disso, o r. acordão merece ser reformado. Baixado por Carlos Aquino (imoveiscarlosmagno@gmail.com) lOMoARcPSD|4799383 Com a devida vênia, nobre Ministro, a prevalecer à decisão objurgada, estaríamos diante de clara afronta ao disposto na legislação federal vigente, como restará demonstrado abaixo. II – DO CABIMENTO E DA ADMISSIBILIDADE Inicialmente, registra‐se que a matéria objeto do presente recurso – criação de vagas para a educação infantil pré-escolar, sendo requerida a tutela de urgência tendo em vista que as crianças não possuem acesso à escola e correm o risco de perderem o ano letivo – é exclusivamente jurídica, sem a necessidade de se reexaminar os elementos probatórios dos autos, não esbarrando, por conseguinte, no óbice da Súmula 279 desse Tribunal. O Ministério Público Estadual, representado pela Procuradora de Justiça infra-assinada, foi intimado pessoalmente da decisão no dia 01/03/2018, iniciando-se em 02/03/2018, cujo termo advirá em, 22/03/2018. Tempestivo, pois, o presente recurso, nos exatos termos do art. 1003, § 5º, do Código de Processo Civil. Observa‐se, ainda, que estão presentes os demais requisitos de admissibilidade prévios e específicos, no que diz respeito à tempestividade, ao esgotamento das instâncias respectivas, prequestionamento da matéria e contrariedade a dispositivos constitucionais descritos nos artigos 205, 208, 211 e 212 da Carta Magna, como será visto posteriormente. No tocante ao prequestionamento, cumpre registrar que a matéria aqui abordada foi apreciada pelo Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, o qual entendeu que “não poderia o Poder Judiciário impelir o Executivo a cumprir a Constituição quando a realidade dos fatos – impossibilidade econômica e administrativa de o município criar vagas para todos os alunos em idade escolar – não torna possível o cumprimento da Constituição”. Baixado por Carlos Aquino (imoveiscarlosmagno@gmail.com) lOMoARcPSD|4799383 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=peca-recurso-extraordinario-constitucional Não há dúvidas, portanto, que o tema recursal foi debatido pela Colenda Câmara, o que afasta a incidência das Súmulas 282 e 356 desse Supremo Tribunal Federal. III – DA REPERCUSSÃO GERAL O § 3º do art. 102 da Constituição Federal dispõe o seguinte: “Art. 102. (Q). § 3º No recurso extraordinário o recorrente deverá demonstrar a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal examine a admissão do recurso, somente podendo recusá‐ lo pela manifestação de dois terços de seus membros”. Visando regulamentar o tema, o art. 1.035 do Código de Processo Civil estabelece que: “Art. 1.035. O Supremo Tribunal Federal, em decisão irrecorrível, não conhecerá do recurso extraordinário, quando a questão constitucional nele versada não tiver repercussão geral, nos termos deste artigo. § 1º Para efeito da repercussão geral, será considerada a existência ou não de questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico, que ultrapassem os interesses subjetivos da causa. § 2º O recorrentedeverá demonstrar a existência de repercussão geral para apreciação exclusiva do Supremo Tribunal Federal. ())”. Tem‐se, assim, que, nos recursos extraordinários, cabe ao Recorrente demonstrar a existência de repercussão geral das questões constitucionais então debatidas. Baixado por Carlos Aquino (imoveiscarlosmagno@gmail.com) lOMoARcPSD|4799383 No caso em testilha, a questão constitucional ventilada – criação de vagas para a educação infantil pré-escolar – possui extrema relevância sob o ponto de vista social e jurídico, superando o interesse subjetivo das partes, haja vista que as crianças não possuem acesso à escola e correm o risco de perderem o ano letivo. Percebe-se, neste sentido, que a violação dos direitos básicos e fundamentais das crianças e adolescentes tem sido, constantemente, observada no nosso país. A realidade fática hoje verificada demonstra, claramente, que os próprios Poderes Públicos, que, a princípio, deveriam adotar medidas urgentes e prioritárias para garantir a sobrevivência digna dos nossos jovens, desrespeitam o Estatuto da Criança e do Adolescente e a nossa Constituição, proporcionando a crianças e jovens em peculiar condição de pessoa em desenvolvimento, situações que ofendem o princípio da dignidade humana, de modo que o posicionamento definitivo do Pretório Excelso é fundamental para conferir segurança jurídica à temática posta nos autos. Destarte, entende‐se atendida a exigência da repercussão geral, porquanto restou demonstrada que a temática veiculada no presente recurso claramente ultrapassa os limites subjetivos da causa. IV – DAS RAZÕES RECURSAIS IV.1 – DO EFEITO SUSPENSIVO ATIVO Sabe-se que, em regra, os recursos excepcionais não são dotados de efeito suspensivo capaz de sobrestar a eficácia da decisão recorrida até ulterior análise pelos Tribunais Superiores. Não obstante, a fim de evitar a consumação de danos oriundos de decisões judiciais com graves defeitos jurídicos (error in procedendo e error in judicando), o ordenamento processual prevê a possibilidade de concessão de efeito suspensivo aos recursos dirigidos às Cortes Superiores quando a execução da decisão recorrida for passível de causar à parte lesão grave e de difícil reparação. A possibilidade decorre do disposto no art. 1.029, §5º, inc. I, do Código de Processo Civil, que garante ao Ministro Relator, por meio do seu poder geral de cautela, poderes para, com base em fundado Baixado por Carlos Aquino (imoveiscarlosmagno@gmail.com) lOMoARcPSD|4799383 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=peca-recurso-extraordinario-constitucional receio de que o cumprimento imediato do acórdão condenatório, antes do julgamento final da causa, gere lesão grave e de difícil reparação, determinar as medidas provisórias que julgar adequadas, a fim de que a matéria sob exame fique resguardada até o pronunciamento final das instâncias competentes. In casu, a concessão do efeito suspensivo é clamado haja vista que está nitidamente evidenciado no desrespeito ao provimento para o atendimento no sistema educacional infantil. Além disso, é patente o prejuízo das crianças frente ao ano letivo em razão de reprovação por ausência dos dias letivos. Isto posto, resta evidente a necessidade de concessão do efeito ativo para promover a disponibilização, o quanto antes, de vagas para a educação infantil pré-escolar. IV.2 – DA SEPARAÇÃO DOS PODERES E RESERVA DO POSSÍVEL Antes de mais nada, é importante destacar que a última instância que protege e concretiza os direitos fundamentais é o Poder Judiciário. Neste vértice, o princípio da inafastabilidade do Poder Judiciário foi previsto e ampliado pela Constituição de 1988, visto que o referido princípio abrange a lesão a direito, ameaça e a proteção dos direitos coletivos. Assim, há legitimidade do Poder Judiciário para determinar a concretização de políticas públicas constitucionalmente previstas, com a finalidade de assegurar direitos fundamentais, quando houver omissão da administração pública, não configurando violação do princípio de separação dos poderes. Verifica-se, inclusive, através do dispositivo descrito no art. 211, da Constituição Federal: Baixado por Carlos Aquino (imoveiscarlosmagno@gmail.com) lOMoARcPSD|4799383 Art. 211. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão em regime de colaboração seus sistemas de ensino. § 1º A União organizará o sistema federal de ensino e o dos Territórios, financiará as instituições de ensino públicas federais e exercerá, em matéria educacional, função redistributiva e supletiva, de forma a garantir equalização de oportunidades educacionais e padrão mínimo de qualidade do ensino mediante assistência técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios; § 2º Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil. § 3º Os Estados e o Distrito Federal atuarão prioritariamente no ensino fundamental e médio. § 4º Na organização de seus sistemas de ensino, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios definirão formas de colaboração, de modo a assegurar a universalização do ensino obrigatório. § 5º A educação básica pública atenderá prioritariamente ao ensino regular. É nítido que, a realização desses direitos é gradual, em face do inescapável vínculo financeiro existente com as possibilidades orçamentárias do Estado. No entanto, não pode o Poder Público manipular a sua atividade financeira para criar um obstáculo à efetivação desses direitos fundamentais. Mesmo porque o art. 212, da Lei Maior dispõe que: Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino. Baixado por Carlos Aquino (imoveiscarlosmagno@gmail.com) lOMoARcPSD|4799383 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=peca-recurso-extraordinario-constitucional § 1º A parcela da arrecadação de impostos transferida pela União aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, ou pelos Estados aos respectivos Municípios, não é considerada, para efeito do cálculo previsto neste artigo, receita do governo que a transferir. § 2º Para efeito do cumprimento do disposto no "caput" deste artigo, serão considerados os sistemas de ensino federal, estadual e municipal e os recursos aplicados na forma do art. 213. § 3º A distribuição dos recursos públicos assegurará prioridade ao atendimento das necessidades do ensino obrigatório, no que se refere a universalização, garantia de padrão de qualidade e equidade, nos termos do plano nacional de educação. § 4º Os programas suplementares de alimentação e assistência à saúde previstos no art. 208, VII, serão financiados com recursos provenientes de contribuições sociais e outros recursos orçamentários. § 5º A educação básica pública terá como fonte adicional de financiamento a contribuição social do salário-educação, recolhida pelas empresas na forma da lei. § 6º As cotas estaduais e municipais da arrecadação da contribuição social do salário-educação serão distribuídas proporcionalmente ao número de alunos matriculados na educação básica nas respectivas redes públicas de ensino. Portanto, não pode o Poder Público deixar de cumprir suas obrigações constitucionais sob o pretexto de não possuir os meios econômicos hábeis, em especial quando a própria Constituição exige a aplicação de mínimo orçamentário a fazer concretizar as promessasconstitucionais, como no caso da educação e da saúde, sob o solo da reserva do possível e do mínimo existencial. IV.3 – DO DIREITO BÁSICO Baixado por Carlos Aquino (imoveiscarlosmagno@gmail.com) lOMoARcPSD|4799383 Destaca-se que a educação infantil é um direito fundamental de toda criança, consagrado em sede constitucional, que não se submete à avaliação meramente discricionária da Administração Pública para ser implementado. Nesse sentido, o próprio art. 208, inciso I, § 2º, da Carta Magna sustenta que: Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de: (...) I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria; (...) § 2º O não-oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder Público, ou sua oferta irregular, importa responsabilidade da autoridade competente. Confrontando os dispositivos acima mencionados, com o artigo 54, inciso IV do ECA, que enuncia ser “dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente, atendimento em creche e pré- escola às crianças de zero a seis anos de idade”, podemos concluir que a acessibilidade geográfica integra o direito fundamental à educação. Por fim, apenas para espancar qualquer dúvida, merece destaque o artigo 208, inciso III do ECA, aplicável ao caso concreto: “Art. 208 - Regem-se pelas disposições desta Lei as ações de responsabilidade por ofensas aos direitos assegurados à criança e ao adolescente, referentes ao não-oferecimento ou oferta irregular: (...) III - de atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade.” IV. 4 – DO PAPEL PRIORITÁRIO Baixado por Carlos Aquino (imoveiscarlosmagno@gmail.com) lOMoARcPSD|4799383 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=peca-recurso-extraordinario-constitucional O princípio da prioridade absoluta tem como objetivo principal a proteção integral das crianças e dos adolescentes, assegurando a primazia que facilitará a concretização dos direitos fundamentais enumerados no artigo 227, caput, da Constituição Federal, e renumerados no caput do artigo 4º do Estatuto da Criança e do Adolescente. No mesmo sentido, o art. 205, da Constituição Federal, dispõe: Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Ainda, levando em conta a condição de pessoa em desenvolvimento, a criança e o adolescente possuem uma fragilidade peculiar de pessoa em formação. Dessa forma, a prioridade deve ser assegurada por todos os membros da sociedade, tais como a família, a comunidade, a sociedade em geral e o Poder Público. IV. 5 – DA PRIORIDADE NO ATENDIMENTO A Constituição Federal, precisamente no art. 227, estabeleceu que: “É dever da família, da sociedade e do Estado, assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”, de onde extraímos os princípios da prioridade absoluta e da proteção integral, consagrados, inclusive, no Estatuto da Criança e do Adolescente. Baixado por Carlos Aquino (imoveiscarlosmagno@gmail.com) lOMoARcPSD|4799383 Ainda, como norma especial, veja-se o que prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente: “Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende: a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias; b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública; c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas; d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à juventude.” Nesse sentido, é imperioso destacar a importância da prioridade do atendimento à criança, haja vista que, conforme o disposto nos dispositivos supracitados, seja no campo judicial, extrajudicial, administrativo, social ou familiar, o interesse infantojuvenil deve sempre prevalecer. Isto posto, o princípio da prioridade de atendimento, torna-se condição essencial para que se proteja efetivamente os direitos fundamentais das crianças e dos adolescentes e deve ser seguido e aplicado por todos os órgãos jurisdicionais. V – DOS PEDIDOS Ante o exposto, o Ministério Público Estadual requer seja o presente Recurso Extraordinário conhecido e provido, a fim de reformar o acórdão questionado proferido pelo Egrégio Tribunal de Justiça de São Paulo que indeferiu o pedido de que sejam criadas e disponibilizadas vagas do ensino fundamental infantil no município-réu, bem como deferir o pedido de efeito ativo, fundado na urgência. Baixado por Carlos Aquino (imoveiscarlosmagno@gmail.com) lOMoARcPSD|4799383 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=peca-recurso-extraordinario-constitucional Nestes termos, Pede e espera deferimento. Rosana/SP, (...) de (...) de (...). ____________________________________ Assinatura da Procuradora de Justiça Baixado por Carlos Aquino (imoveiscarlosmagno@gmail.com) lOMoARcPSD|4799383