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TCC - LUCAS

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61
FAE
CENTRO UNIVERSITÁRIO
LUCAS PURETZ DE MORAES
A IMPORTÂNCIA DO MARKETING DE RELACIONAMENTO PARA OS CLUBES DE FUTEBOL DA CIDADE DE CURITIBA
CURITIBA
 2018
LUCAS PURETZ DE MORAES
A IMPORTÂNCIA DO MARKETING DE RELACIONAMENTO PARA OS CLUBES DE FUTEBOL DA CIDADE DE CURITIBA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à disciplina de Estágio Supervisionado, do Curso de Administração da FAE Centro Universitário. 
Orientador: 
CURITIBA
2018
RESUMO
Esta pesquisa tem como tema a importância do Marketing de Relacionamento para os clubes de futebol da Cidade de Curitiba. No Brasil, o futebol é mais que um esporte, sendo uma manifestação cultural que se encontra presente no dia a dia dos brasileiros permeando tanto as relações sociais como as econômicas. Por isso, os investimentos neste esporte trazem bons negócios para os clubes, para os atletas e para outros profissionais que estão de alguma forma ligados a ele. Com isso, os clubes brasileiros perceberam o quanto o marketing seria importante para que os mesmos pudessem sobreviver. O objetivo geral é este estudo tem como objetivo principal verificar qual a importância do marketing de relacionamento para os clubes de futebol da cidade de Curitiba. A questão a ser respondida nesta pesquisa é: Qual a importância do marketing de relacionamento para os clubes de futebol da cidade de Curitiba? A metodologia utilizada para a realização deste trabalho foi, primeiramente uma pesquisa bibliográfica sobre o tema, focando o marketing esportivo e o marketing de relacionamento, em seguida duas pesquisas de campo uma com o marketing de dois clubes: Coritiba Futebol Clube e Paraná Clube e a segunda uma pesquisa via Internet com os torcedores. A pesquisa revelou que os clubes apesar de investirem no marketing de relacionamento ainda estão tendo falhas, porque os torcedores preferem assistir aos jogos em casa mais do que ir ao estádio, o que não vai fazer com que o número de sócios torcedores aumente e também há um pequeno percentual de compras dos produtos do clube, principalmente pelo preço e pouca promoção.
PALAVRAS-CHAVE: Marketing, Marketing Esportivo, Marketing de Relacionamento.
ABSTRACT
This research has as its theme the importance of Relationship Marketing for the soccer clubs of the City of Curitiba. In Brazil, football is more than a sport, being a cultural manifestation that is present in the daily life of Brazilians permeating both social and economic relations. Therefore, investments in this sport bring good business to clubs, athletes and other professionals who are in some way connected to it. With this, Brazilian clubs realized how important marketing would be for them to survive. The general objective of this study is to verify the importance of relationship marketing for football clubs in the city of Curitiba. The question to be answered in this research is: How important is relationship marketing to football clubs in the city of Curitiba? The methodology used for the accomplishment of this work was, firstly a bibliographical research on the subject, focusing on sports marketing and relationship marketing, then two field surveys one with the marketing of two clubs: Coritiba Futebol Clube and Paraná Clube and according to an Internet survey of the fans. The survey revealed that clubs, despite investing in relationship marketing, are still having flaws because fans prefer to watch home games rather than going to the stadium, which will not increase the number of supporters. a small percentage of purchases of the products of the club, mainly by the price and little promotion. 
KEY WORDS: Marketing, Sports Marketing, Relationship Marketing.
SUMÁRIO
1.	INTRODUÇÃO	7
2.	PERGUNTA DA PESQUISA	11
3.	HIPÓTESES	11
4.	OBJETIVOS	11
4.1	OBJETIVO GERAL	11
4.2	OBJETIVOS ESPECÍFICOS	11
5.	METODOLOGIA	12
6.	FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA	15
6.1	CONCEITO DE MARKETING	15
6.2 MIX DE MARKETING (4 Ps)	15
6.2.1 Produto	17
6.2.2 Preço	17
6.2.3 Promoção	18
6.2.4 Praça	19
6.2	CONSUMIDOR	20
7.	MARKETING DE RELACIONAMENTO	22
7.1 OS 10Ps E OS 30Rs DO MARKETING DE RELACIONAMENTO	23
7.2 CRM – CUSTOMER RELATIONSHIP MANAGEMENT – GESTÃO DE RELACIONAMENTO COM O CLIENTE	27
8.	MARKETING ESPORTIVO	29
8.1	O CRESCIMENTO DO MARKETING ESPORTIVO NO BRASIL	31
9.	O CENÁRIO DO FUTEBOL	32
9.1 NO BRASIL	32
10.	OS TRÊS GRANDES CLUBES DE FUTEBOL DE CURITIBA	35
10.1	CORITIBA FUTEBOL CLUBE	35
10.4 MARKETING DO PARANÁ CLUBE	38
10.5 CLUBE ATLÉTICO PARANAENSE	39
10.6 MARKETING DO CLUBE ATLÉTICO PARANAENSE	39
11.	COLETA E ANÁLISE DE DADOS	40
11.1 PRIMEIRA COLETA DE DADOS	40
11.2 SEGUNDA COLETA DE DADOS	47
12 CONCLUSÃO	58
REFERÊNCIAS	59
1. INTRODUÇÃO
O tema desta pesquisa é a importância do marketing de relacionamento para os clubes de futebol da cidade de Curitiba.
Devido às grandes mudanças tecnológicas, e à grande competividade corporativa, os países se tornam cada vez mais interativos e globalizados, com isso o capitalismo vive seu auge. Por este e vários outros motivos, a concorrência entre empresas e pessoas é cada vez maior, o desemprego aumenta a cada ano, entretanto o mercado está aberto, necessitando de ideias criativas e precisando achar novas maneiras de alavancar recursos.
	De acordo com Drucker (1999, p. 57) nos últimos tempos houve a ocorrência de várias mudanças, e ele afirma:
Ao longo da história do Ocidente, a cada poucos séculos tem ocorrido uma transformação aguda. Numa questão de décadas, toda a sociedade se rearranja — sua visão do mundo, seus valores básicos, suas estruturas sociais e políticas, suas artes, suas instituições básicas. Cinquenta anos depois existe um novo mundo, e as pessoas nele nascidas não conseguem nem mesmo imaginar o mundo no qual viveram seus avós e nasceram seus próprios pais.
	Após muitos séculos, o mundo atual é ainda muito parecido com a Roma antiga, onde naquela época havia uma luta feroz entre as organizações, para que pudessem sobreviver no mercado, como gladiadores. O que mudou agora foi somente os personagens, a guerra ainda continua. Então, o marketing esportivo vem como uma alternativa para que o resultado do mesmo seja uma ferramenta para esta sobrevivência.
Assim, para Melo Neto (1995) quando se faz uma associação entre um atleta de um clube a uma marca ou a um produto, o nome empresa que faz o patrocínio é um elemento que valoriza, é mais divulgada e também acaba por rejuvenescer o seu produto.
Há, então, dois pilares muito importantes para uma pessoa que é o esporte e a educação, logo o investimento de uma nação nestes dois segmentos faz muito mal a uma nação tanto na economia como na sociedade.
O esporte, nos dias atuais, em todo o mundo, vem se tornando um mercado cada vez mais rentável no que diz respeito à economia de entretenimento, tanto para as empresas de material esportivo, quanto para aquelas que usam a imagem do atleta ou de uma equipe para se associar ao mesmo.
	O esporte possui um poder muito importante, que é o de transmitir uma mensagem de paz, união e companheirismo entre as nações. O que se percebe é que o esporte faz com que as nações ou as pessoas deixem de lado suas crenças e diferenças na torcida por um atleta ou por uma equipe em comum, como é o caso do futebol, onde as torcidas de vários clubes diferentes se unem, por exemplo, para torcer pela Seleção Brasileira.
No Brasil, o futebol é mais que um esporte, sendo uma manifestação cultural que se encontra presente no dia a dia dos brasileiros permeando tanto as relações sociais como as econômicas. Por isso, os investimentos neste esporte trazem bons negócios para os clubes, para os atletas e para outros profissionais que estão de alguma forma ligados a ele.
	Com isso, os clubes brasileiros perceberam o quanto o marketing seria importante para que os mesmos pudessem sobreviver. De acordo com Fleury et al (2014) “para se destacar diante dos concorrentes é imprescindível criar novas fontes de receitas e investir na qualidade do esporte em questão”. 
	O marketingesportivo é uma ferramenta que tem o esporte como foco, logo ele está ligado à emoção e à paixão.
	O marketing esportivo vem com uma alternativa criativa e de resultado comprovado, como ferramenta para aumento de recursos. De acordo com Melo Neto (2007, p. 26):
O marketing esportivo ao associar a imagem do atleta, do clube e do esporte em geral à marca, produto e nome da empresa patrocinadora o marketing esportivo torna-se um elemento na estratégia de valorização, divulgação e, se necessário, rejuvenescimento da marca/produto. 
O marketing esportivo, no Brasil, vem crescendo cada vez mais e o futebol, sendo o esporte mais apaixonante do país, não poderia ficar fora disso. Assim, os clubes de futebol do Brasil, têm criado cada vez mais ações de marketing, porque perceberam neste tipo de marketing a oportunidade de valorizar cada vez mais suas marcas conseguindo assim recursos com as empresas que divulgam este esporte e também com a aproximação dos torcedores.
Atualmente no Brasil, existem, todo o ano, vários campeonatos de futebol, locais, regionais e nacionais. O fato de sermos a principal nação campeã mundial do esporte, de termos torcedores apaixonados por seus times, nos leva a crer que os clubes precisam investir cada vez mais em marketing, tendo em vista que o crescimento da marca está diretamente ligado ao que o marketing é capaz de proporcionar.
Um fato pouco percebido é que, para quem joga futebol, ele é principalmente, um esporte, mas para quem admira, acompanha e assiste, este esporte é basicamente, um entretenimento, assim como, em suas devidas proporções, é o parque de diversões, o shopping, o cinema ou um show. Isso deve incentivar os departamentos de marketing dos clubes brasileiros a promoverem uma melhor gestão de suas marcas, atraindo cada vez mais espectadores para o estádio, com isso aumentando sua renda, além disso aumentar o número de sócios torcedores, que atualmente é uma das coisas mais importantes no futebol mundial.
O sócio torcedor é de extrema importância para os clubes pois é uma renda anual, diferente da venda de ingressos, que pode aumentar ou piorar durante o ano dependendo de diversas variáveis. Por isso os clubes devem sim dar ênfase aos programas de sócio torcedor, mas em um primeiro momento, precisam realmente entender o que seus torcedores e futuros sócios querem e o que realmente os atrairia para os programas e a partir disso criarem os planos. 
O torcedor tem sido cada vez mais importante para o seu clube do coração, pois ele cada vez mais está se comportando como um consumidor de todos os produtos associados ao clube. Logo, as ações de marketing devem ser direcionadas principalmente a esses torcedores através da garantia de qualidade dos produtos e ainda oferecer boas condições e comodidade na compra dos ingressos para os jogos.
Para que se consiga mensurar a importância do marketing no esporte, só é necessário olhar um pouco para os clubes das principais ligas europeias (Inglaterra, Alemanha, Espanha, Itália e França) e observar seus faturamentos anuais com a aplicação desse conceito muito relevante que os clubes brasileiros ainda precisam entender o tamanho da sua importância.
Tabela 1 - Distribuições das receitas dos times europeus 2012/2013
	TIME
	ESTÁDIO
	TV
	MARKETING
	REAL MADRID 
	23%
	36%
	41%
	BARCELONA 
	24%
	39%
	37%
	B. MUNIQUE 
	20%
	25%
	55%
	MAN. UTD. 
	30%
	28%
	42%
	PSG 
	13%
	23%
	64%
	MAN. CITY 
	15%
	32%
	53%
	CHEALSEA 
	27%
	41%
	32%
	JUVENTUS
	14%
	61%
	25%
Fonte: Deloitte Football Money League – 2014
O porquê desta pesquisa é fazer uma análise da importância do marketing de relacionamento para os clubes de futebol brasileiros, compreender a importância do aprimoramento dos departamentos de marketing para a geração e diversificação de receitas para os times nacionais. 
Diversos clubes europeus já comprovaram o sucesso do marketing esportivo, tendo em vista que este recurso é a principal fonte de renda de vários clubes importantes no cenário mundial, como: Real Madrid, Manchester United, PSG, entre outros. Os valores arrecadados por estes times são revertidos para melhorias em seus estádios, contratação de jogadores e principalmente para o programa de sócio torcedor.
Este programa se trata de uma mensalidade que o fã paga ao seu clube do coração e se associa a ele, tendo diversas vantagens, como ingresso mais barato para os jogos, ações promocionais, descontos em supermercados, entre outros benefícios.
Os clubes brasileiros crescem no ramo de marketing esportivo a um ritmo muito lento, pois ainda não perceberam a quantidade de recursos que podem angariar utilizando essa ferramenta. Portanto este estudo se mostra muito necessário.
2. PERGUNTA DA PESQUISA
Sendo tudo isso exposto, a questão a ser respondida nesta pesquisa é: Qual a importância do marketing de relacionamento para os clubes de futebol da cidade de Curitiba?
3. HIPÓTESES
As hipóteses levantadas para responder a esse questionamento são:
· O uso do Marketing de relacionamento poderia angariar novos sócios torcedores;
· O Marketing de relacionamento poderia atrair novos patrocinadores para os clubes de futebol de Curitiba;
· Os sócios consumidores abordados pelo marketing de relacionamento teriam alto potencial de atração de novos torcedores para o seu clube do coração;
· O aumento da quantidade de sócios torcedores poderia atrair melhor público aos estádios.
4. OBJETIVOS
4.1 OBJETIVO GERAL
Este estudo tem como objetivo principal verificar qual a importância do marketing de relacionamento para os clubes de futebol da cidade de Curitiba.
4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
E como objetivos específicos:
· Definir marketing e seus 4Ps;
· Conceituar marketing de relacionamento e marketing esportivo;
· Mostrar o crescimento do marketing esportivo no Brasil e suas consequências;
· Fazer uma explanação sobre os três times da cidade de Curitiba e a evolução do seu marketing esportivo;
· Analisar se o uso do marketing de relacionamento atrairia novos patrocinadores para os clubes de futebol de Curitiba;
· Verificar se os sócios consumidores abordados pelo marketing de relacionamento teriam auto potencial de atração de novos torcedores para o clube;
· Averiguar se o uso do marketing de relacionamento poderia angariar novos sócios torcedores;
· Analisar se a possibilidade de aumentar o número de sócios torcedores poderia atrair maior público aos estádios e também maior renda;
· Verificar qual a importância do marketing esportivo para os times de futebol de Curitiba.
5. METODOLOGIA
Este estudo caracteriza-se inicialmente por uma pesquisa exploratória, pois este tipo de pesquisa tem como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a construir hipóteses. A grande maioria dessas pesquisas envolve: 
a) Levantamento bibliográfico; 
b) Entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado; e 
c) Análise de exemplos que estimulem a compreensão (GIL, 2007).
Além de exploratória, se trata de uma pesquisa qualitativa que de acordo com (GODOY, 1995, p.58) não procura enumerar e/ou medir os eventos estudados, nem emprega instrumental estatístico na análise dos dados, envolve a obtenção de dados descritivos sobre pessoas, lugares e processos interativos pelo contato direto do pesquisador com a situação estudada, procurando compreender os fenômenos segundo a perspectiva dos sujeitos, ou seja, dos participantes da situação em estudo.
Sendo assim será uma amostra não probabilística por conveniência através do método de entrevista em profundidade, onde serão entrevistados gerentes de marketing dos clubes de futebol de Curitiba e a análise de dados será feita a partir da transcrição das entrevistas. 
Será utilizada também uma pesquisa quantitativa, que de acordo com Mattar (2001), este método busca a validação das hipóteses mediante a utilização de dados estruturados, estatísticos, com análise de um grande número de casos representativos, recomendando um curso final da ação. Ela quantifica os dados e generalizaos resultados da amostra para os interessados.
	Os dados serão coletados através de entrevistas com o pessoal de marketing dos clubes e com os torcedores, para em seguida ser processada a análise dos mesmos, conforme quadro abaixo:
Quadro 1: Quadro metodológico
	Objetivos Específicos
	Procedimento de Pesquisa
	Fonte de Dados
	Instrumento de Coleta
	População
	Definir marketing e seus 4Ps
	Pesquisa documental
	Sites e livros
	Análise do conteúdo
	Amostra intencional
	Conceituar marketing de relacionamento e marketing esportivo
	Pesquisa documental
	Artigos 
	Análise do conteúdo
	Amostra intencional
	Mostrar o crescimento do marketing esportivo no Brasil e suas consequências
	Pesquisa documental
	Trabalhos científicos, Internet
	Análise do conteúdo
	Amostra intencional
	Fazer uma explanação sobre os três times da cidade de Curitiba e a evolução do seu marketing esportivo
	Pesquisa documental
	Internet 
	Análise do conteúdo
	Amostra intencional
	Analisar se o uso do marketing de relacionamento atrairia novos patrocinadores para os clubes de futebol de Curitiba.
	Pesquisa qualitativa
	Entrevista com marketing dos clubes
	Entrevista e observação
	Pessoal de marketing
	Verificar se os sócios consumidores abordados pelo marketing de relacionamento teriam auto potencial de atração de novos torcedores para o clube.
	Pesquisa quantitativa
	Questionário com torcedores
	Análise por gráficos 
	Torcedores
	Averiguar se o uso do marketing de relacionamento poderia angariar novos sócios torcedores.
	Pesquisa qualitativa
	Entrevista com marketing dos clubes
	Entrevista e observação
	Pessoal de marketing
	Analisar se a possibilidade de aumentar o número de sócios torcedores poderia atrair maior público aos estádios e também maior renda.
	Pesquisa qualitativa
	Entrevista com marketing dos clubes
	Entrevista e observação
	Pessoal de marketing
	Verificar qual a importância do marketing esportivo para os times de futebol de Curitiba
	Pesquisa documental
	Análise dos dados obtidos nas pesquisas quantitativa e qualitativa
	Análise e conteúdo
	Dados obtidos nas pesquisas
Fonte: Autor (2018)
6. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
6.1 CONCEITO DE MARKETING
Existem muitas definições para o termo Marketing, analisando vários conceitos formados por especialistas no assunto, e os que serão mencionados nesta pesquisa são:
O marketing é uma função organizacional e um conjunto de processos que envolvem a criação, a comunicação e a entrega de valor para os clientes, bem como a administração do relacionamento com eles, de modo que beneficie a organização e seu público interessado. (KOTLER; KELLER, 2006, p. 4)
Já Las Casas (2007) define marketing como: 
A área do conhecimento que engloba todas as atividades concernentes às relações de troca, orientadas para a satisfação dos desejos e necessidades dos consumidores, visando alcançar determinados objetivos de empresas ou indivíduos.
	Ainda, segundo Kotler; Armstrong (2007), a definição de marketing é “um processo administrativo e social pelo qual indivíduos e organizações obtêm o que necessitam e desejam por meio da criação e troca de valor com outros”.
De acordo com Kotler (2009): 
	
Marketing é a ciência e a arte de explorar, criar e entregar valor para satisfazer as necessidades de um mercado-alvo com lucro. Marketing identifica necessidades e desejos não realizados. Ele define, mede e quantifica o tamanho do mercado identificado e o potencial de lucro. Ele aponta quais os segmentos que a empresa é capaz de servir melhor e que projeta e promove os produtos e serviços adequados. 
	
Logo, compreende-se marketing, para os fins aqui pretendidos como uma ferramenta de grande importância para que se possa verificar as necessidades do público alvo, e por meio dessa informação a empresa se projetar e definir a sua meta para atingir este objetivo, ou seja, atender o que os consumidores desejam.
6.2 MIX DE MARKETING (4 Ps)	
Segundo Elias (2000), o Mix de marketing foi criado por Jerome McCarthy em seu livro Basic Marketing (1960). Os 4 Ps do marketing consistem em um conjunto de variáveis controláveis formado por preço, praça, produto e promoção, que de acordo com as estratégias da empresa, podem ser usados para influenciar a maneira que o consumidor se comporta em relação ao mercado.
	De acordo com Gonçalves et. al. (2008), a função do marketing com relação ao Mix é formada por:
· Decisões do produto – que estão relacionadas com as oportunidades que podem surgir com o lançamento do produto e também com a adequação desse produto às necessidades do consumidor;
· Decisões de preço – que estão relacionadas com o objetivo de gerar uma vantagem competitiva no mercado e o retorno dos investimentos para a empresa;
· Decisões de promoção – que estão relacionadas com os investimentos em estratégias de comunicação e de promoção para a venda do produto; e
· Decisões de praça – que estão relacionadas com a escolha de canais de vendas que venham a satisfazer as necessidades do consumidor.
Kotler; Keller (2006), mostram através de uma figura as quatro variáveis do Mix de marketing por meio do esquema da Figura 1:
Figura 1 – Os 4Ps do Mix de Marketing
Fonte: Kotler; Keller (2006)
6.2.1 Produto
Produto é tudo o que se refere aos “bens e serviços” que uma empresa disponibiliza ao mercado-alvo, para “atenção, aquisição, uso ou consumo”, tendo em vista a satisfação das necessidades do cliente.
Para Kotler; Armstrong (2007) produto “é “algo que pode ser oferecido a um mercado para apreciação, aquisição, uso ou consumo e para satisfazer um desejo ou uma necessidade”.
Existem muitos fatores que devem ser levados em conta na elaboração do produto, e que podem ser definidos em três níveis: o produto núcleo que caracteriza a funcionalidade do mesmo; o produto básico que leva em conta a embalagem, a marca, a qualidade, o design e as características específicas do produto e, por fim, os serviços que devem ser considerados na aquisição do produto como a instalação, a garantia de entrega, o crédito e o serviço pós-compra.
6.2.2 Preço
Preço é a quantia monetária cobrada na aquisição de um bem ou serviço. Aquilo de que se abdica na aquisição de um produto. A soma de todos os valores que os consumidores trocam pelos benefícios de ter ou usar um bem ou serviço.
	De acordo com Las Casas (2006) “o preço ajuda a dar valor às coisas e representa uma troca pelo esforço feito pela empresa vendedora através da alocação de recursos, capital e mão-de-obra dos produtos comercializados”. Este autor ainda afirma que a determinação do preço sofre grande influência da concorrência, e ainda afirma que os fornecedores e também os consumidores devem ser analisados para que sejam desenvolvidas as estratégias de preços.
	Já Kotler; Armstrong (2007) definem preço como sendo: 
A quantia em dinheiro que se cobra por um produto ou serviço, é a soma de todos os valores que os consumidores trocam pelos benefícios de obter ou utilizar um produto ou serviço.
	Segundo Kotler; Keller (2006) “o preço é o único elemento do Mix de marketing que gera receita, os demais produzem custos, também é um dos elementos mais flexíveis, pois ele pode ser alterado com rapidez”.
	Na Figura 2 a seguir é mostrado de acordo com Kotler (1998) alguns fatores que devem ser levados em consideração para se estabelecer uma política de preços, levando a empresa a estabelecer um preço justo e adequado, que possa satisfazer tanto a empresa produtora quanto o consumidor.
Figura 2 – Estabelecimento de uma política de preço
Fonte: Kotler (1998)
6.2.3 Promoção
A Promoção refere-se ao composto de elementos promocionais que divulgam e comunicam o produto ao mercado-alvo, como publicidade, propaganda, links patrocinados, Fanpages, promoção de vendas, relações públicas e outros.
	Para Kotler (1998) promoção é “o conjunto de ações que estarão incidindo sobre certo produto e/ou serviço, de forma a estimular a sua comercialização ou divulgação”.
	Já para Las Casas (2006) a promoção é “outra variável controlável do composto de marketing que recebe o significadode comunicação”.
	Conforme Kotler e Armstrong (2007) as empresas necessitam de comunicação com os clientes e não somente preço competitivo. E esta comunicação deve ser combinada com um programa de comunicação de marketing.
	Las Casas (2006) afirma que propaganda é “qualquer forma paga de apresentação não pessoal de ideias, produtos ou serviços, levada a efeito por um patrocinador identificado”.
Já para os autores Churchill; Peter (2000) a propaganda vem a ser “qualquer anuncio ou comunicação persuasiva veiculada nos meios de comunicação de massa durante determinado período e num determinado espaço pagos ou doados por um indivíduo, companhia ou organização”. Esses mesmos autores afirmam que a promoção de vendas “é uma pressão de marketing feita dentro e fora da mídia, aplicada em um período de curto prazo para o consumidor, varejista ou atacadista, com o objetivo de estimular e aumentar a demanda ou a venda de um produto”.
Segundo Kotler; Armstrong (2007) as relações públicas envolvem o “desenvolvimento de boas relações com os diversos públicos da empresa pela obtenção de publicidade favorável, construção de uma boa imagem corporativa e administração de boatos, historias ou eventos desfavoráveis”.
6.2.4 Praça
Praça, também definido como canal de distribuição é o caminho que o produto percorre desde a sua produção até o consumo.
	Para Kotler; Armstrong (2007) a praça é “um conjunto de organizações interdependentes envolvidas no processo de oferecimento de um produto ou serviço para uso ou consumo de um consumidor final ou usuário empresarial”. Definem a praça também como canal de distribuição que é o caminho que o produto percorre desde que é produzido até ser consumido.
	Segundo Boone; Kurtz (1998) afirmam que canal de distribuição vem a ser “o agrupamento de várias instituições de marketing e suas estruturas de relacionamentos, com o intuito de promover o fluxo físico e nominal dos bens e serviços do produtor até o consumidor final ou usuário empresarial”.
De acordo com Dias et al (2003) existem alguns fatores que podem orientar para que seja escolhido o melhor sistema de distribuição que são: “classificação dos bens, disponibilidade de recursos, potencial de mercado, concentração geográfica dos clientes, necessidade de estocagem, complexidade do bem, entre outros”.
Portanto, marketing é uma série de técnicas, estratégias e práticas que tem como principal objetivo agregar valor às determinadas marcas ou produtos a fim de atribuir uma maior importância das mesmas para um determinado público-alvo, os consumidores.
6.3 CONSUMIDOR
De acordo com Churchill; Peter (2005) consumidores “são as pessoas que compram bens e serviços para si mesmas e para outros, e não para revende-los ou usá-los como insumos”.
	Qualquer processo de compra passa em primeiro lugar pelo reconhecimento de necessidades dos consumidores que podem ser de vários tipos como: biológicas, relacionadas a status, itens de consumo básicos, cultura e aprendizado, serviços, entre outras.
	Ao surgir uma necessidade do consumidor, há por parte do mercado o impulso para que ela seja atendida que é a motivação. E quem tem que descobrir o que motivou os consumidores para essas necessidades é o profissional de marketing.
	Assim, Sheth, Mittal; Newman (2001) definem o comportamento do cliente da seguinte forma: “as atividades físicas e mentais realizadas por cliente de bens de consumo e industriais que resultam em decisões e ações, como comprar produtos e serviços, e pagar por eles”.
	E para Kotler; Keller (2006), como o marketing está centrado em atender as necessidades do consumidor ”torna-se fundamental conhecer o comportamento de compra do mesmo”.
Existem vários fatores que influenciam o comportamento de compra do consumidor, e estes podem ser externos ou internos, podendo ser culturais, sociais, pessoais e psicológicos, onde de acordo com Kotler; Keller (2006) o primeiro fator é o mais importante. Na figura 3 a seguir mostra-se esses fatores:
Figura 3 – Fatores que influenciam o comportamento de compra do consumidor
Fonte: Kotler, 2008
	Os fatores culturais, como já foi dito, são considerados mais fortes porque para Kotler (2008) “é através da cultura que são criados hábitos de consumo.
	Las Casas (2006) comenta que através do estudo da cultura é possível obter uma expectativa do comportamento de um determinado segmento, ajudando assim, as empresas a desenvolver produtos adequados aos valores e crenças do seu público alvo.
	No que diz respeito ao gosto pelo futebol, ele é um fator cultural muito presente na sociedade brasileira, por isso possui grande potencial para influenciar as decisões de consumo de produtos desse esporte.
	Os fatores sociais também são determinantes para a decisão de compra, pois, de acordo com Kotler (2008) “o ambiente onde o consumidor está inserido, dita normas e padrões a serem seguidos.
	Pode-se, então, trazer o futebol para dentro deste contexto, pois desde cedo a maioria dos brasileiros já é influenciado para fazer a escolha do time para o qual vai torcer. Com isso, de acordo com Kotler; Keller (2006), esse tipo de decisão fará com que o esporte se torne um elo e motivo de interação que podem vir a afetar as escolhas reais de produtos e marcas.
	Os fatores pessoais a serem considerados são: idade, sexo, profissão, datas comemorativas e festivas. Para Kotler (2008) esses fatores “se considerados no processo de relacionamento com os clientes, exercem influência direta em relação ao consumo”.
	Ao se considerar o futebol, este está relacionado com a preferência dos torcedores em assistir ao jogo de futebol: pela televisão, ir sempre aos estádios, somente ouvir o jogo, mas seja qual for a forma, a marca esportiva está sendo consumida.
	Os fatores psicológicos são as necessidades e as motivações, também percepções, personalidade e estilo de vida cos consumidores.
Estes fatores relacionados com o futebol, a transformação de um simples jogo em um evento motiva mais os torcedores a irem aos estádios e levar sua família para assistir ao jogo.
7 MARKETING DE RELACIONAMENTO
Uma das estratégias de marketing que vem crescendo e atingindo uma grande importância é o Mercado de Relacionamento.
Segundo Nickels; Wood (1999), durante muito tempo a maior parte das empresas fizeram uso do marketing como sendo um conjunto de transações que não faziam uma interligação entre vendedor e cliente, o que se chamava de marketing transacional, onde os vendedores visavam a troca individual e isolada, que viesse a satisfazer as necessidades de um cliente em um determinado local e hora. O objetivo dos vendedores era tentar conquistar mais clientes para realizar trocas futuras do que estimular outras trocas entre os clientes já atendidos e criar um relacionamento mais próximo com os mesmos.
Assim, Ferrell; Hartline (2009, p. 21) defendem que se as empresas criarem relacionamentos de longo prazo com seus clientes, elas irão conseguir aprender mais sobre eles e obter maiores vendas e consequentemente maiores lucros, logo acabar com o marketing transacional e partir para o marketing de relacionamento.
Com isso, Gummesson (2005, p. 22) afirma que “marketing de relacionamento é o marketing baseado em interações dentro da rede de relacionamentos”. 
Ferrell; Hartline (2009, p. 21) definem que no marketing de relacionamento: “a meta é desenvolver e manter acordos de longo prazo e mutualmente satisfatórios, nos quais o comprador e vendedor se concentram no valor obtido com o relacionamento”. Afirmam ainda, que o marketing de relacionamento possui a capacidade de auxiliar no entendimento das necessidades dos consumidores, dizendo:
O marketing de relacionamento promove a confiança do cliente na empresa, que pode, então, desenvolver maior compreensão das necessidades e desejos dos clientes. Isso coloca a empresa em posição de reagir mais efetivamente às necessidades do cliente, aumentando, assim, o valor do relacionamento para ambas as partes.
O quadro abaixo mostras as principais diferenças entre o marketing de relacionamento e o marketing transacional:Quadro 2 – Principais diferenças entre o marketing de relacionamento e o marketing transacional
	CARACTERÍSTICA
	RELACIONAMENTO
	TRANSACIONAL
	Foco de marketing
	Retenção do cliente
	Aquisição do cliente
	Orientação de tempo
	Longo prazo
	Curto prazo
	Meta de marketing
	Satisfação mútua
	Fazer a venda
	Foco do relacionamento
	Criar valor
	Criar intercâmbio
	Prioridade de serviço ao cliente
	
Alta
	
Baixa
	Contato com o cliente
	Frequente
	Baixo e moderado
	Compromisso com o cliente
	
Alto
	
Baixo
	Características de interação
	Cooperação, confiança, respeito mútuo
	Antagônica, manipulação, resolução de conflitos
	Fonte de vantagem competitiva
	Compromisso de relacionamento
	
Produção, marketing
Fonte: Ferrell; Hartline (2009, p. 21)
7.1 OS 10Ps E OS 30Rs DO MARKETING DE RELACIONAMENTO
	A partir da análise dos 4Ps de marketing já citados anteriormente, houve a necessidade de se fazer uma revisão de conceitos. Com isso, Conceição (2008, p. 20) foi um pensador que desenvolveu uma nova concepção de relacionamento empresa com fornecedor e com clientes finais. A partir disso ele agregou mais 6Ps aos 4Ps existentes com o objetivo de fortalecer a relação entre a empresa e os clientes:
· Produto;
· Promoção;
· Preço;
· Praça;
· Pessoas;
· Pós-venda;
· Proteção - legalidade;
· Providers – fornecedores;
· Phocus – foco;
· Posicionamento.
Ao encontro desse posicionamento, Gummesson (2005) propõe então os 30Rs ou 30 relacionamentos com o objetivo no cliente que proporciona um melhor relacionamento de marketing. Para ele essas relações vêm a representar a base do marketing, sendo que são orientadas externamente para serem aplicadas no mercado.
Para o autor, as propriedades destes relacionamentos podem vir a contribuir para a avaliação de uma relação – início, desenvolvimento e término. Mas, elas não podem ser a única base para que se façam as decisões de marketing, nem para o seu planejamento e execução. Elas necessitam ser contextualizadas.
	O Quadro 3 a seguir mostra os 30 relacionamentos proposto por Gummesson (2005), onde os mesmos são divididos em quatro partes:
· Relacionamentos de mercado clássicos – R1 até R3 – abrange a relação entre o fornecedor e o cliente, onde para o autor chama-se de relacionamento parental – troca de valores que constitui a base do negócio;
· Relacionamentos de mercado especiais – R4 até R17 – estes representam os relacionamentos clássicos, interação entre clientes e4 prestadores de serviço, que podem ser de consumidor para consumidor, da empresa com o consumidor, entre outras;
· Megarrelacionamentos – R18 até R23 – esses o autor chama de plataformas para os relacionamentos de mercado se referindo à economia e à sociedade; e
· Nanorrelacionamento – R24 até R30 – estes estão caracterizados nas relações de mercado, ou relações entre as organizações.
Quadro 3 – Os 30Rs do marketing de relacionamento DE MERCADO
	RELACIONAMENTOS DE MERCADO CLÁSSICOS
	R1 – Duo Clássico – é a relação entre o fornecedor e o cliente – troca de valores definitiva que é a base dos negócios.
	R2 – Trio Clássico – drama do triângulo consumidor – fornecedor – competidor – competição é o ingrediente central da economia de mercado.
	R3 – Rede Clássica – são os canais de distribuição – bens, serviços, pessoas e informações – rede de relacionamento.
	RELACIONAMENTOS DE MERCADOS ESPECIAIS
	R4 – Relações de profissionais de marketing e profissionais do departamento de vendas.
	R5 – Encontro de Serviço – interações entre consumidores e provedores de serviços no que diz respeito à produção e a entrega de serviços.
	R6 – Consumidor e fornecedor multifacetado – marketing para outras organizações ou marketing de negócios que se dá entre os fornecedores e os consumidores.
	R7 – Relação com o consumidor do consumidor – é uma condição para o sucesso entender essa relação e também como os fornecedores devem agir para ajudar os consumidores a obterem sucesso.
	R8 – Relacionamento próximo x distante – no marketing massivo o relacionamento com o consumidor é perdido se tronando distante conforme pesquisas e estatísticas realizadas.
	R9 – Relação com o cliente – se o consumidor não está satisfeito requer um relacionamento especial e mais intenso para poder recuperar a sua confiança.
	R10 – Relacionamento do monopólio – consumidor ou fornecedor são prisioneiros, pois quando a competição é inibida um fica dependendo do outro.
	R11 – Consumidor enquanto membro – para um relacionamento sólido listar clientes como membros de programas de fidelidade.
	R12 – Relacionamento eletrônico – é cada vez mais crucial o relacionamento pela Internet, celular e outros dispositivos eletrônicos.
	R13 – Relacionamento parassocial – relações com marcas e objetos, na forma de imagens mentais e símbolos, como marcas registradas e identidades corporativas.
	R14 – Relacionamento não comercial – relação entre setor público e os clientes.
	R15 – Relacionamento verde – questões ambientais e saúde estão cada vez mais importantes.
	R16 – Relacionamento baseado na lei – através de contratos legais e ameaças com processos.
	R17 - rede criminal – o crime organizado é feito através de redes firmes e impermeáveis guiadas por missão ilegal de negócios, o que há no mundo todo e crescendo, mas, não são analisadas pelo marketing. Perturbam o funcionamento do mercado interno.
	MEGARRELACIONAMENTOS
	R18 – Redes pessoais e sociais – essas redes determinam negócios entre amigos e clientes.
	R19 – Megamarketing – o cliente real nem sempre está no mercado, os relacionamentos muitas vezes têm que ser solicitados ao governo ou pessoas influentes.
	R20 – Alianças mudam os mecanismos do mercado – fazer alianças provoca relacionamentos mais próximos e menor competição.
	R21 – Relacionamento do conhecimento – o conhecimento pode ser o recurso mais estratégico, sendo o recurso racional para as alianças.
	R22 – Megaalianças mudam as condições básicas para o marketing – União Europeia acima das companhias comuns. é um exemplo de aliança
	R23 – Relacionamento da mídia em massa – a mídia pode ser positiva ou destrutiva para o marketing, sua relação é muito importante para o negócio.
	NANORRELACIONAMENTOS
	R24 – Mecanismos de mercado são trazidos para dentro da companhia – introdução de centros de lucro na organização, para criar um mercado com relacionamentos internos e externos.
	R25 – Relacionamento com o consumidor interno – dependência entre os departamentos e camadas da organização.
	R26 – Orientação para a qualidade e o consumidor – relacionamento entre gerenciamento de operações e o marketing, através de relacionamentos internos e sua relação com o consumidor.
	R27 – Marketing interno – relacionamento com o mercado e os funcionários, que dá apoio indireto e necessário aos relacionamentos com os consumidores externos.
	R28 – Relação matricial bidimensional – são a forma mais simples de relacionamento e são encontradas em relações entre gerentes de produtos e vendas.
	R29 – Relação como provedores externos de serviço de marketing – oe provedores externos reforçam a função de marketing fornecendo diversos serviços na área de vendas e distribuição.
	R30 – Relação entre financiador e proprietário – determinação em partes das condições de funcionamento do marketing influenciando e suas estratégias.
Fonte: Gummersson (2005, p. 45-46)
	Pode-se, então, perceber o quanto o marketing de relacionamento é importante para qualquer tipo de organização, pois é por meio dele que se consegue uma fidelidade do cliente, sendo que este tipo de marketing também ajuda na concorrência do mercado, devido a melhorar no relacionamento da mesma com o consumidor, ou com o fornecedor e, ainda, com o concorrente.
7.2 CRM – CUSTOMER RELATIONSHIP MANAGEMENT – GESTÃO DE RELACIONAMENTO COM O CLIENTE
	Ao se usar o marketing de relacionamento faz-se também uso de informação, tecnologia, entre outras ações, além de principalmente foco tanto no cliente interno como no externo.
	Pensando nisso, a utilização do CRM, de acordo com Oliveira (2000) busca “criar omelhor relacionamento possível com o cliente, em todo o ciclo de vida desde cliente com a empresa, e não somente na venda”.
	O CRM está no mercado desde os anos 90, e está baseada na tecnologia da informação, “dando suporte à administração de relações com o consumidor final através da combinação de habilidades para responder diretamente suas necessidades e efetivamente oferece-los um diferencial” (BRESTZKE, 2000).
	Já para Newell (2000) o segredo do sucesso do CRM “consiste em identificar o que é que cria valor para os clientes e oferecer-lhes precisamente o que desejam”. Ou seja, satisfazer os desejos individuais de cada cliente.
	O CRM, possui uma posição diferente dos sistemas tradicionais que possuem como ponto principal os processos de produção e os produtos, ele usa como ponto principal o cliente, colocando-o como o centro das preocupações da empresa. Ele tem a ver com a captura, processamento, análise e distribuição de dados, mas com a preocupação principal no cliente.
	De acordo com Stone; Woodcock; Machtynger (2002) o CRM possui alguns benefícios que são elencados abaixo:
· Melhor retenção e fidelidade do cliente – clientes por mais tempo, compram mais e com mais frequência;
· Maior lucratividade dos clientes – porque além de comprar mais,é menor o custo para recrutá-los em número cada vez maior para manter constante o volume de negócios;
· Custo reduzido de vendas – pois os clientes existentes, em geral são mais responsivos.
Para alguns autores o CRM é uma ferramenta que dá a possibilidade, de cada vez mais se conseguir identificar o valor do cliente para a empresa. Um desses autores, Leggieri (2001), classifica os clientes da seguinte maneira:
· CLIENTES MAIS VALIOSOS – CMV – são aqueles clientes para os quais se deve ter estratégias de retenção. Isto pode ser feito através da utilização de programas de reconhecimento e também por meio do uso de canais de comunicação exclusivo que é recompensado pelo alto valor que essa estratégia gera.
· CLIENTES DE MAIOR POTENCIAL – CMP – são aqueles clientes para os quais é necessária uma estratégia de desenvolvimento por meio de incentivos.
· BELOW ZEROS – BZs – são aqueles clientes que representam um valor negativo para a empresa.
· GRUPO DE CLIENTES INTERMEDIÁRIOS – GCI – são aqueles clientes lucrativo, mas com pouca expressividade.
Segundo Stone; Woodcock; Machtynger (2002), além da etapa inicial de qualquer projeto ou produto que é a definição do público alvo, do suporte dado ao cliente através do desenvolvimento e conhecimento de suas necessidades, o CRM proporciona ainda a etapa de gerenciamento dos problemas de relacionamento e de fornecimento de subsídios para que se reconquiste os clientes perdidos e se adquira novos.
Para Molinari; Ribeiro (2002), o CRM possui três dimensões básicas que são:
· Satisfação do consumidor;
· Lucratividade; e
· Renovação.
E, esses três fatores só são alcançados dependendo do tipo de análise do CRM, se for dentro da esfera de gestão de negócios – ótimo, mas se for dentro da esfera do uso de tecnologia fica mais difícil.
Os mesmos autores, mostram também três objetivos para que o CRM tenha sucesso no mercado:
· Customer Intimacy – mede a satisfação do cliente;
· Liderança do produto – pode-se medir a lucratividade; e
· Excelência tecnológica – promove um aperfeiçoamento para não perder para a concorrência.
Com todos esses pontos acima, pode-se traçar uma estratégia de CRM que faça uma combinação com o ciclo de vida do cliente e a cadeia de valores, mas não se pode aplica-lo somente como uma solução para cada departamento da organização.
8 MARKETING ESPORTIVO
A revista Advertising Age foi que usou pela primeira vez o termo marketing esportivo com o objetivo de descrever as atividades profissionais de marketing que estão sendo cada vez mais utilizadas dentro do esporte como veículo profissional e que traria um novo tipo de marketing para o mercado totalmente diferenciado (POZZI, 1998).
A origem deste termo se deu no início do século XIX, tornando-se mais conhecida, segundo Pitts (2002) a partir de 1921, através de um fabricante de taco de beisebol que criou um plano de marketing e acabou por se tornar líder na produção deste produto.
	De acordo com Pozzi (1998) diz que o marketing esportivo “consiste em todas as atividades designadas a atender as necessidades e desejos dos consumidores do esporte, por meio de um processo de intercâmbio”.
Como já foi enfatizado anteriormente, o marketing é de grande importância para o sucesso de uma organização. 
De acordo com Lima (2007, p. 51) “uma administração eficiente é fundamental para o sucesso de qualquer organização no mercado, e da mesma forma para o esporte, logo, aqueles que não fazem uso do marketing para administração esportiva terão dificuldades para ter sucesso”.
Na visão de Pitts; Stotlar (2002, p. 90) o marketing esportivo vem a ser “o processo de elaborar e implementar atividades de produção, formação de preço, promoção e distribuição de um produto esportivo para satisfazer as necessidades ou desejos de consumidores e realizar os objetivos da empresa”.
Estes mesmos autores afirmam que o objetivo do marketing esportivo é: “ampliar o reconhecimento do público, ampliar o fortalecimento da marca ou imagem da empresa, criar uma relação entre a empresa e o consumidor e garantir uma maior exposição do seu produto e marca”.
Segundo Las Casas (2006, p. 201): 
Muitos profissionais do setor preocupam-se com a entrada de pessoas indesejáveis que, para tirar proveito da situação e por falta de experiência, praticam o marketing esportivo indevidamente, prejudicando a imagem institucional do setor”.
	
O marketing esportivo possui duas vertentes, que são: marketing de produtos esportivos e serviços que é aquele relacionado com o consumidor de esporte, que é aquele que joga, assiste, lê ou coleciona sobre o esporte; e o marketing de outros produtos ou serviços que se relaciona com o uso de promoções esportivas, conforme Pozzi (1998). Com isso pode-se relacionar o marketing esportivo com dois tipos de atividades: o marketing dos esportes e o marketing através do esporte.
O marketing de esportes é aquele que está ligado com tudo o que atende às necessidades dos seus consumidores, sendo realizado tanto pelos dirigentes, como pelos atletas e associações esportivas, como por exemplo a campanha de sócio torcedor de um clube. Já o marketing através do esporte é aquele que está ligado com empresas que fazem uso do esporte como meio de comunicação com seus consumidores, como por exemplo, a venda de uniformes oficiais dos times ou ainda com promoções em seus produtos que utilizam a imagem do jogador de futebol ou a presença dos mesmos em eventos.
Ainda, Melo Neto (2003) define o marketing esportivo como “algo que está diretamente ligado à emoção, à paixão tornando-o diferente das demais ferramentas de comunicação” Afirma ainda que ele “agrega valor e força para uma marca ou uma empresa, pois tem como vantagens divulgar a marca, apelar para emoções, obter custos menores e ações combinadas”. Logo, para ele, o principal objetivo do marketing esportivo está voltado para estabelecer um diferencial que venha a aproximar o consumidor à imagem da marca e do produto, obtendo assim baixo risco, custo menor e uma maior margem de êxito.
Os autores Morgan; Summers (2008) mostram algumas características que fazem com que o produto esportivo seja diferente dos produtos normais, que são:
· Existência de alta oscilação na demanda dos consumidores pelo esporte;
· Produto intangível, subjetivo, perecível, inseparável;
· Há uma simultaneidade entre consumo e produção;
· O produto é consumido publicamente;
· O nível se satisfação do consumidor é afetado pelo seu convívio social;
· Ausência de controle sobre a composição do produto;
· Os produtos podem ser tanto de consumo como industrializados;
· Esses tipos de produtos possuem apelo universal;
· Os produtos atingem as diferentes fases da vida pessoal de cada consumidor de forma ampla.
Melo Neto (2013, p. 48) afirma que a função do marketing esportivopara as empresas é:
Para as entidades esportivas, a principal função do marketing esportivo é gerar receitas, que podem ser divididas em receitas de marketing (vendas de produtos, ingressos, direitos, propriedades, conteúdo, publicações e títulos de sócios) e operacionais (cobrança de taxas de filiação, de inscrição em eventos, de concessão de laudos e taxas de vistoria).
	De acordo com Gracioso (1995) “a própria natureza do esporte é a razão do marketing esportivo ter se tornado tão importante”. Pois, para ele esporte é competição, emoção, sugerindo vitalidade, coragem e heroísmo. Assim, quando uma empresa patrocina o esporte ou os atletas ela transfere para si conotações positivas.
8.3 O CRESCIMENTO DO MARKETING ESPORTIVO NO BRASIL
Las Casas (2006) afirma que o marketing esportivo ao longo do tempo tem se tornado cada vez mais competitivo, pois o mercado tem estado cada vez mais exigente. No Brasil houve um grande crescimento do marketing, e isto devido ao modismo da administração brasileira.
Na visão de Melo Neto (2007, p. 27) “o esporte é uma mídia alternativa, pois além de permitir uma divulgação diferenciada através do merchandising, exibe a marca ou o produto de diferentes formas”. 
	No Brasil, de acordo com Pozzi (1998), o primeiro patrocínio utilizando o esporte, ocorreu no Rio de Janeiro em torno dos anos 30, sendo que o patrocinador foi a cerveja Caracu. Este patrocínio se deu em uma corrida de automóvel, onde o piloto era o Barão de Tefé.
	Dos anos 70 aos anos 80, outras empresas começaram a investir no esporte o que acabou provocando uma transformação no esporte no Brasil, fazendo assim surgir o marketing esportivo, afirma Melo Neto (2000). Nesta época, as empresas escolhiam a modalidade de esporte que mais se adequava aos seus objetivos e estratégias, buscando com isso um retorno nas vendas.
	A melhor forma de patrocínio esportivo é a utilização das marcas nos uniformes dos clubes, sendo considerada o “embrião” do marketing esportivo, pois desta maneira os atletas têm estampado em seus uniformes as marcas dos patrocinadores que são vistas por todos que assistem ao esporte em questão. No Brasil este tipo de patrocínio foi autorizado pela FIFA a partir de 1981 (CARDIA, 2004).
9 O CENÁRIO DO FUTEBOL 
9.1 NO BRASIL
O esporte nasceu no Brasil, em 1894, por meio de Charles Miller, um paulista cujo pai era inglês. Ao retornar de seus estudos na Inglaterra trouxe com ele para cá dois uniformes completos, uma bomba de gás, uma agulha e duas bolas de couro. E, em 1865, de acordo com Aspis (2006), ele promoveu a primeira partida de futebol em solo brasileiro reunindo funcionários ingleses da Companhia de Gás e da São Paulo Railway, com equipamentos precários e espaço também.
	Miller contou com a ajuda de dois homens: Hans Noibiling, um professor alemão e do carioca Oscar Cox que estudou na Suíça, introduzindo o futebol no Rio de Janeiro e vindo a ser o primeiro presidente do Fluminense Football Club.
	Segundo Santos (2002), a primeira partida de futebol registrada no Brasil se deu em primeiro de agosto de 1901, terminando empatado em 1 x 1.
Em 1915, os times de São Paulo e Rio de Janeiro disputavam o direito de representar o Brasil no exterior, onde para isso cada estado fundou a sua própria Federação de Futebol. Para acabar com o impasse entre esses estados, neste mesmo ano, Lauro Muller foi o mediador de um acordo para a criação da Confederação Brasileira de Desportos, onde no ano de 1917 a Federação Internacional de Futebol (FIFA) reconheceu a confederação brasileira como uma entidade oficial do brasil. Assim, o futebol brasileiro passou a participar de muitos torneios importantes e, em 1930, participou da primeira Copa do Mundo que foi realizada no Uruguai (FRANZINI, 2003).
A profissionalização do futebol no Brasil ocorreu em 1933, de acordo com Aspis (2006), com a introdução de contratos assinados, salários mensais e mudanças de times por meio de acordo financeiro entre os dois clubes.
A década de 1990, foi muito importante para o futebol brasileiro e mundial, pois devido à crescente popularização e paixão deste esporte houve um aumento nas receitas, nos custos e nos prêmios; como também nas cotas de patrocínio e valores dos jogadores, de acordo com Aspis (2006).
Em 2001, o Brasil começou a seguir a Lei Pelé, que permitiu “alterações e regulações e também uma maior independência dos jogadores, tornando quase impossível os times manterem os seus craques, o que ocorre até os dias atuais” (ASPIS, 2006). 
 Em 2003, criou-se o Estatuto do Torcedor, por causa da violência no futebol, falta de respeito com o torcedor e medo que fazia com que os torcedores não mais quisessem ir aos estádios. Para Aspis (2006) este estatuto surgiu “com a finalidade de proteger os torcedores de todas as práticas esportivas profissionais, em todo o território nacional”.
Os anos 2000, também foram importantes para o futebol feminino, onde no início desta década estreou nos campos Marta Vieira da Silva, que jogava pelo Vasco da Gama, e veio a trazer uma visibilidade diferente para a modalidade futebol feminino, se tornando a “Rainha Marta”.
Nos dias atuais, apesar de muita polêmica com os órgãos futebolísticos no Brasil e no mundo por motivos de corrupção o futebol ainda continua e nunca vai deixar de ser uma paixão brasileira.
Hoje, a Seleção Brasileira é comandada pelo técnico Tite e vai participar da próxima Copa do Mundo na Rússia a ser realizada nos meses de junho e julho de 2018.
9.2 NO PARANÁ
	A primeira bola de futebol trazida para o Paraná foi em 1903, pelo professor Victor Ferreira do Amaral, de acordo com Silva (2005).
	O futebol no Paraná teve o seu início em Ponta Grossa, em 1908. O esporte chegou no estado por meio do inglês Charles Wright, que veio para a construção da linha férrea que ligava Paraná, São Paulo e Rio Grande do Sul. Ele trouxe todos os materiais necessários para que o esporte fosse praticado no Estado (LAIBIDA, 2009).
A primeira tentativa para organizar uma liga de futebol no Paraná, ocorreu em 1913, mas a ideia não foi concretizada.
	A primeira liga fundada foi em 12 de fevereiro de 1915, com os clubes Coritiba, Paraná SC, Internacional América FC, Bela Vista, Paranaguá, Rio Branco, Antoninense e Operário.
	No Paraná a Federação Paranaense de Futebol, surgiu em 4 de agosto de 1937, com o propósito de começar a organizar o futebol neste estado, de acordo com Machado; Chrestenzen (2005).
De acordo com Silva, (2005), segue a linha do tempo sobre o futebol no Paraná e em Curitiba, criação de clubes e outros eventos:
1909 – Criação do Coritibano Foot-ball Club, em julho deste ano, e depois teve a sua fundação concretizada em 12 de outubro de 1909, com o nome de Coritiba Futebol Clube.
O América-Paraná, campeão de 17, é resultado de uma fusão entre América e Paraná Sport Clube, mas a fusão acaba no início de 1919.
1924- (26/03) surgimento do Clube Atlético Paranaense, fruto da fusão entre o Internacional e o América.
1926- Criada, no dia 2 de junho de 1926, a Federação Paranaense de Desportos (FPD), substitui a Associação Sportiva Paranaense.
1929- É disputado oficialmente o primeiro campeonato estadual do Paraná.
1939- A Liga Curitibana de Desportos (LCD) é absorvida pela Federação Paranaense de Futebol (FPF), que passa a comandar o futebol no Estado.
1942- Obedecendo a uma determinação da CBD, Palestra Itália e Savóia são obrigados a mudar de nome. O Palestra passa a se chamar Paranaense e o Savóia, Brasil. A medida visava desvincular o nome destes clubes de Alemanha e Itália, durante a Segunda Guerra Mundial.
1943- O Paranaense, ex-Palestra Itália, muda de nome mais uma vez e passa a se chamar Clube Atlético Comercial.
1944- A guerra obriga o Brasil, ex-Savóia, a novamente mudar de nome. Por determinação Conselho Nacional de Desportos, o clube, ligado à comunidade italiana, passa a se chamar Água Verde.
1946 - Em 29 de janeiro surge a Sociedade Esportiva Palmeiras, novo nome do Comercial, ex-Paranaense, ex-Palestra Itália.
1950 - O Palestra Itália, ex-Paranaense, ex- Comerciale ex-Palmeiras, volta a se chamar Palestra, em 50.
1956- Surge o Londrina Esporte Clube, o LEC, em 5 de abril.
1971- Da união de Palestra Itália, Ferroviário e Britânia surge o Colorado Esporte Clube, que incorpora o patrimônio dos três clubes e passa a mandar seus jogos no Estádio Durival de Britto. O nome do novo clube vem do apelido do Ferroviário, que era chamado de "Colorado", devido à cor vermelha de sua camisa que é mantida pelo novo clube.
1971- O Água Verde, clube que se originara do antigo Savóia, muda de nome e passa a se chamar Esporte Clube Pinheiros.
1989- Surge o Paraná Clube. O fato mais importante em 1989 está reservado para o último mês do ano. Colorado e Pinheiros trabalham durante meses no projeto para uma fusão, que ocorre no dia 19 de dezembro. Os dois clubes representam uma sequência de fusões, envolvendo nada menos que 13 associações. Surge então o Paraná Clube, cujo símbolo principal, exibido no escudo, é uma gralha azul, pássaro-símbolo do Estado. Pelo acordo de união, os jogadores passam a pertencer ao Tricolor. Mas a grande transformação ocorre no patrimônio, com a incorporação dos imóveis pertencentes aos clubes extintos, resultando em cinco sedes sociais.
2002- Houve a disputa do Estadual com 08 equipes do interior sem a participação de Atlético, Coritiba, Paraná e Malutron. Esses clubes disputavam a Copa Sul-Minas e foram incluídos na disputa do Supercampeonato. 
10 OS TRÊS GRANDES CLUBES DE FUTEBOL DE CURITIBA
Os três grandes clubes de Curitiba são: Coritiba, Atlético e Paraná, e estes possuem torcida em todas as classes sociais, mostrando a democratização e popularização do futebol, porque para o esporte não existe diferenciação entre os torcedores, todos possuem o mesmo objetivo que é ver o seu time vencer e ser campeão, independe do status de cada torcedor.
10.3 CORITIBA FUTEBOL CLUBE
É o clube mais antigo do futebol paranaense, tendo 108 anos de existência, pois foi criado em 12 de outubro de 1909, por alemães, onde Frederico Essenfelder vai ao Clube Ginástico Teuto-Brasileiro e apresenta o futebol para os imigrantes que se reuniam ali para praticar esportes. E assim, eles entusiasmados começaram a promover partidas no campo do Quartel da Força Pública.
O primeiro campo do clube foi o Hipódromo do Guabirotuba, onde hoje é a Pontifícia Universidade Católica do Paraná. 
	Linha do tempo com os acontecimentos mais importantes do time, que foram retirados do site oficial do time:
· 1905 - Grupo de rapazes curitibanos associados ao Clube Ginástico Teuto-Brasileiro adquire uma bola e principia com a prática do futebol, no terreno localizado atrás da Força Policial do Estado.
· 1909 - (Outubro, 27) Grupo curitibano funda o primeiro clube de futebol do Paraná e por ideia de João Viana Seiler, eleito o primeiro presidente do clube, a data oficial de fundação passaria a ser 12 de outubro de 1909.
· 1909 - (Novembro, Dezembro) Grupo curitibano se organiza com o intuito de fundar o primeiro clube de futebol do Paraná.
· 1910 - (Junho, 12) Primeira partida do Coritiba após sua fundação finaliza com vitória por 5x3.
· 1920 - (Novembro, 16) Criado o Grêmio Coritiba, grupo de torcedoras que levava seu apoio aos atletas alviverdes e também organizava os eventos sociais do clube.
· 1924 - (Junho, 08) Com quatro gols do centromédio Ninho o Coritiba vence por 6x3 o primeiro Atletiba da história.
· 1928 - (Dezembro) Adquirido terreno no Alto da Glória, de propriedade de Nicolau Scheffer, visando a construção de um estádio.
· 1931 - Couto Pereira modifica o escudo coritibano e acrescenta os dizeres "Coritiba Foot Ball Club" e "Paraná".
· 1932 - (Novembro, 20) Inaugurado o estádio Belfort Duarte na partida contra o América, campeão carioca de 1931.
· 1976 – (Dezembro, 12) Morre o ex-presidente Couto Pereira
1977 – (Fevereiro, 28) Conselho Deliberativo do clube decide modificar o nome do estádio, de Belfort Duarte para Couto Pereira.
· 1977 – (Julho, 17) Coritiba completa trinta e uma partidas consecutivas sem perder, maior série invicta dos clubes paranaenses.
· 2009 – (Outubro, 12) Inaugurado o Memorial "Espaço 100 anos" sob a curadoria do Grupo Helênicos.
As suas tradições e símbolos são
· Mascote: Vovô Coxa;
· Cores: verde e branco;
· Uniforme 1: camisa branca com duas listras verdes na horizontal a altura do peito e escudo no centro, calções pretos e meias cinzas;
· Uniforme 2: camisa listrada em verde e branco verticalmente, calção branco e meias brancas;
· Patrocinadores Oficiais: Caixa Econômica Federal, Pro Tork, RDP e 99 Táxis;
· Fornecedor de Material Esportivo: Adidas.
10.2 MARKETING DO CORITIBA FUTEBOL CLUBE
	O departamento de Marketing do Coritiba é bem estruturado e profissional e conta com uma divisão entre várias áreas de atuação como a gerência, coordenação, assessoria de imprensa, redes sociais, TV Coxa e Central de Relacionamento com o sócio.
	O clube tem como missão jogar futebol competitivo de forma alinhada com a gestão profissional e responsável.
	Como visão: ser um clube vencedor, reconhecido como força esportiva e referência em gestão.
	O seu marketing como os sócios torcedores são:
· Planos associativos e números sobre sócios torcedores;
· Central de relacionamento com o sócio;
· Na Internet possui área exclusiva para o sócio, pontos extras, Revista Alma Guerreira, Coritiba Experience, sócios nas redes sociais virtuais, facebook, entre outros.
10.3 PARANÁ CLUBE
O Paraná Clube é fruto da união do Colorado Esporte Clube e do Esporte Clube Pinheiros, que ocorreu em 1989, no dia 19 de dezembro.
O Paraná Clube se mantém há anos entre os grandes clubes do futebol do Brasil. Com participações em torneios internacionais como Copa Conmembol, Copa Sul-americana e a chegada às oitavas-de-final da Copa Libertadores da América 2007, o Tricolor levou seu nome, sua marca e a paixão de seus torcedores além das fronteiras brasileiras. Em 2017, mostrou a força de sua torcida, lotando todos os estádios de Curitiba na campanha que marcou o seu retorno à Série A do Campeonato Brasileiro.
As suas tradições e símbolos são:
· Escudo;
· Marca;
· Bandeira;
· Mascote: é a gralha azul
· Uniforme 1 – camisa bicolor de cores azul e vermelho;
· Uniforme 2 – de cor branca que representa a pureza.
10.4 MARKETING DO PARANÁ CLUBE
	O clube possui os planos de sócio torcedor, que possui acesso a promoções e ações exclusivas.
Possui também loja tanto física quanto virtual.
	Dentro da mídia:
· TV PRC;
· Twiter;
· Instagram;
· Facebook;
· Imprensa;
· Manual da marca.
O Marketing do clube funciona como uma agência interna. O departamento não possui “colaboradores”, aqui todos são paranistas. Trabalhamos com um gigantesco e único público alvo: o torcedor do Paraná Clube, então nada melhor que colocar quem realmente entende dessa paixão para comunicar com a arquibancada.
O setor é responsável por campanhas online e off-line, produtos, eventos e planejamento estratégico; publicidade, propaganda, redes sociais e relacionamento com a imprensa. Além disso, a “house” paranista desenvolve endomarketing que envolve ativações motivacionais e guerrilha com os próprios atletas do Paraná Clube.
Todo processo de branding e valorização da marca passa pelo setor que, por meio de estratégias, seleciona e aplica soluções à altura do Paraná Clube.
 10.5 CLUBE ATLÉTICO PARANAENSE
O Clube Atlético Paranaense surgiu da união de duas agremiações: o International e o América. 
A fusão foi concluída em 26 de março de 1924. O primeiro título da equipe já veio no ano seguinte: o Paranaense de 1925. Foi o primeiro de 21 troféus estaduais do Atlético - mais um Supercampeonato, em 2002. 
O principal título da história do clube foi o Campeonato Brasileiro de 2001, conquistado diante do São Caetano, com boas atuações do atacante Alex Mineiro. O time rubro-negro tem uma das melhores estruturas de trabalho do País, com o Estádio Arena da Baixada e o CT do Caju, e é o único clube do Estado a ter alcançado uma final de Copa Libertadores, em 2005.
10.6 MARKETING DO CLUBE ATLÉTICO PARANAENSE
O crescimento deste time é frutode grande planejamento em todas as ações implementadas pelo clube dentro e fora dos gramados.
O seu marketing é responsável pela elaboração e desenvolvimento de projetos e ações sempre em busca da consolidação e aumento do seu poder econômico.
Para cumprir com sua missão e alcançar seus objetivos, o Atlético Paranaense mantém uma equipe de profissionais qualificados, faz uso de pesquisas e análises minuciosas para fundamentar seus projetos, a fim de estabelecer uma perfeita conexão entre o Clube e as necessidades de todos os seus públicos-alvo, em especial o torcedor atleticano. Além disso, investe maciçamente em sua infraestrutura e modelo de gestão do futebol, que o tornam um ícone em termos de modernidade no segmento, no Brasil e no mundo.  Os resultados têm sido uma constante, inclusive, sedimentando o pioneirismo do Clube Atlético Paranaense em termos de marketing.
O seu marketing tem como principais objetivos, que se encontram no site oficial do clube:
· Valorização da marca do clube – A marca simboliza e sintetiza a personalidade e o valor percebido de uma corporação, e em muitas empresas, ela vale muito mais que o patrimônio. No Atlético Paranaense não é diferente, inúmeros projetos visam agregar valor à marca CAP e a de seus parceiros comerciais, sempre ancorados em seu modelo de gestão e riqueza patrimonial do Clube, enaltecidos pela busca da excelência em prestação de serviços, responsabilidade social e integração com a comunidade;
· Cliente torcedor – O bom desempenho do Atlético Paranaense nos gramados do Brasil e do exterior tem, naturalmente, gerado uma legião de novos atleticanos. Mas, consciente de que, para conquistar o coração de um novo torcedor, inúmeras vezes é preciso ir além dos resultados de campo e fronteiras do estado do Paraná, o CAP tem investido em ações de relacionamento e também focado suas ações para crianças e mulheres. Procura semear e disseminar a paixão pelo Furacão em todo o Brasil e globalmente;
· Patrocínios e parcerias – A associação de duas ou mais marcas fortes é uma das estratégias mais usadas no esporte internacional. Essa relação deve ser estabelecida visando agregar valor e resultados para todos os envolvidos. O Atlético aplica essa filosofia em seu Marketing, por acreditar que a relação de ganhos recíprocos dá sustentação e garante parcerias relevantes e significativas no curto, médio e longo prazo. 
11 COLETA E ANÁLISE DE DADOS 
	A coleta de dados foi realizada de duas foram: uma pesquisa qualitativa através de uma entrevista com seis questões abertas que foram feitas com o marketing dos clubes. E uma pesquisa quantitativa com os torcedores através da Internet, com um questionário de 10 questões fechadas.
11.1 PRIMEIRA COLETA DE DADOS 
Entrevista realizada com o marketing do CORITIBA FUTEBOL CLUBE e PARANÁ CLUBE.
· Pesquisa qualitativa
· Amostra: não-probabilística intencional
· Método de coleta: Entrevista em profundidade
ENTREVISTA 1 – CORITIBA FUTEBOL CLUBE
1. Como está estruturado o departamento de marketing do clube?
Temos um departamento de marketing há mais de 5 anos, que atua em diversas frentes. 
A primeira é a valorização do sócio torcedor do clube, através de promoções de ingressos, programas de fidelidade e descontos especiais em artigos esportivos. 
Em segundo lugar, trabalhamos em divulgar a marca do clube, tanto a nível regional, buscando atingir e valorizar o público de todo o estado, quanto a nível internacional, firmando parcerias com clubes de outros países.
0. Dos pilares estratégicos de marketing esportivo, qual a relevância para seu clube?
· Torcedores - o torcedor é e sempre será a alma do clube. Todo o investimento que fazemos visa fidelizar e aproximar aqueles que sempre estiveram conosco. Além disso, no futebol moderno a ferramenta do sócio torcedor é fundamental para o crescimento contínuo das receitas do clube. RELEVÂNCIA EXTREMA
· Equipes adversárias, mas parceiras em marketing – claro que é interessante ter parceiros no futebol, mas infelizmente no futebol brasileiro temos clubes favorecidos em detrimento de outros. Aqui acho importante ressaltar as parcerias de fornecedoras, que podem estender os horizontes do clube. POUCA RELEVÂNCIA
· Confederação Brasileira de Futebol – é sempre importante manter uma relação saudável com a CBF. Tivemos várias iniciativas que já nos renderam bons frutos. No entanto, é preciso ter cautela, todos nós sabemos da reputação dessa instituição, e não podemos deixar a imagem do clube ser confundida com a deles, e vice-versa. RELEVÂNCIA INTERMEDIÁRIA
· Federação Estadual de Futebol – temos um papel fundamental de fortalecer o nosso futebol no estado, e tanto a FPF quanto os outros grandes clubes do estado devem trabalhar conjuntamente para que isso se torne concreto. MUITA RELEVÂNCIA
0. Como você classifica em grau de relevância as mídias para seu clube?
· Rádio – as emissoras de rádio desempenharam um papel extremamente importante nas décadas passadas e, apesar de não serem mais o carro-chefe, continuam atingindo um público quase que exclusivo, e que não deixará de existir tão cedo. RELEVÂNCIA INTERMEDIÁRIA
· Televisão – sem dúvidas tem o papel mais fundamental nas receitas do clube. Um fenômeno que começa a tomar forma aqui no Brasil é a concorrência entre emissoras, algo que só tem a beneficiar os clubes. As cotas de televisão hoje são definidas arbitrariamente por apenas algumas pessoas, e alguns clubes não tem voz para se manifestar. Por isso é interessante que essa pauta seja colocada em discussão, para que possamos ter um futebol mais justo no futuro. RELEVÂNCIA EXTREMA
· Jornais – os jornais sempre mostram a visão de colunistas que entendem muito do esporte. É importante para buscar informações, mas não é tão relevante para fins de divulgação da marca do clube. POUCA RELEVÂNCIA
· Revistas especializadas – assim como os jornais, são importantes para levar ao torcedor informação de qualidade, mas representam um atingimento relativamente baixo para um novo público. POUCA RELEVÂNCIA
· Internet – as redes sociais hoje devem ser tratadas como uma mídia à parte, quase que independente das demais. Elas são a principal fonte de informação de vários torcedores e, se utilizadas da maneira correta, podem aumentar de forma exponencial a exposição da marca. Atualmente é difícil imaginar qualquer trabalho de divulgação sem a participação das redes sociais. RELEVÂNCIA EXTREMA
· Investidores ou patrocinadores – além de serem extremamente relevantes para os cofres do clube, dependem diretamente do sucesso de divulgação das outras plataformas. Assim, como queremos expor nossa marca, patrocinadores e investidores querem ver suas marcas ligadas ao sucesso e crescimento do clube. RELEVÂNCIA EXTREMA
0. Avalie o retorno financeiro para o seu clube dos produtos abaixo:
· Camiseta oficial do clube – definitivamente a maior fonte de renda entre os produtos oficiais do clube. O torcedor se empolga muito com lançamentos, uniformes da nova temporada ou até a chegada de um jogador de peso no clube. Da nossa parte, é importante fazer promoções na hora correta, seja para personalização das novas camisas, seja para liquidar o estoque da temporada passada. De uma forma ou de outra, o objetivo é o mesmo: despertar a paixão do torcedor em vestir a camisa do seu clube do coração. Além disso, torcedores de outros clubes também mostram interesse em adquirir camisas oficiais. EXCELENTE RETORNO
· Agasalhos – agasalhos normalmente são itens mais valorizados, tendo a preferência de torcedores de maior poder aquisitivo. Neste caso é essencial desenvolver peças que possam ser usadas tanto para vir ao estádio quando para uso no dia-a-dia. RETORNO INTERMEDIÁRIO
· Bermudas – as bermudas normalmente são procuradas pelos torcedores que praticam o futebol como lazer. Tem menos relevância que outros artigos mais casuais. RETORNO BAIXO
· Bonés – não representam grande fluxo para os produtos oficiais. A causa disso, talvez, seja a participação das organizadas, que tem o boné como parte de seu uniforme. RETORNO BAIXO
· Cachecóis– é um artigo interessante, pois não tem um custo muito alto e pode sempre acompanhar o torcedor. Vem tendo um crescimento acelerado nos últimos anos e é foco de investimento do clube. BOM RETORNO
· Bandeiras – apesar de não apresentarem crescimento nos últimos anos, as bandeiras sempre terão seu espaço no estádio e nas casas dos torcedores, por isso apresentam uma parcela considerável das vendas. BOM RETORNO
· Mochilas, chaveiros, chinelos e adesivos – são produtos que não tem uma saída tão grande, mas representam um complemento nas vendas do clube, além da divulgação da marca. Por isso, é importante manter espaço para esse tipo de produto. RETORNO BAIXO / INTERMEDIÁRIO
· Roupas de cama e banho – praticamente não tem participação. NÃO HÁ RETORNO
0. Que tipos de promoções são realizados para os torcedores do seu time?
Ser sócio torcedor traz várias vantagens, entre elas descontos em produtos oficiais do clube, bem como em uma série de parceiros estratégicos. É o que chamamos de clube de benefícios. 
Além disso, é sempre interessante facilitar a compra de ingressos e outros objetos do clube, sendo a internet uma ferramenta que pode ser bem explorada. Ainda, o sócio torcedor que pagar em dia recebe desconto em sua mensalidade.
0. Qual a porcentagem de renda atual do seu clube com:
· Sócio torcedor – por se tratar de uma receita fixa do clube, é de suma importância dar prioridade ao sócio torcedor, que representa cerca de 20% das receitas do clube.
· Bilheteria – é uma fonte variável, que depende de vários fatores para alavancar, por isso consideramos apenas algo em torno de 5% do montante total.
· Patrocinadores – por se tratarem de contratos mais longos, normalmente mensais ou anuais, representam valores maiores, que giram em torno de 25% do faturamento anual.
· Cota televisiva – sem dúvida a maior fatia do faturamento, que pode chegar aos 35% do total.
ENTREVISTA 2 – PARANÁ CLUBE
1. Como está estruturado o departamento de marketing do clube?
Estamos iniciando um trabalho de marketing, que pode render bons frutos no futuro. Para isso, estamos estruturando um departamento exclusivo e buscando parceiros para um desenvolvimento em médio prazo.
0. Dos pilares estratégicos de marketing esportivo, qual a relevância para seu clube?
· Torcedores – o torcedor é muito importante para o clube, tanto dentro quanto fora de campo, por isso deve ser sempre valorizado. RELEVÂNCIA EXTREMA
· Equipes adversárias, mas parceiras em marketing – buscar equipes de maior expressão como parceiros é imprescindível para objetivos a curto prazo. MUITA RELEVÂNCIA
· Confederação Brasileira de Futebol – A CBF é uma instituição muito abrangente, e é interessante haver uma integração no decorrer dos campeonatos, mas nosso foco principal é a nível regional. POUCA RELEVÂNCIA 
· Federação Estadual de Futebol – o fortalecimento do futebol do estado é importante para todas as equipes daqui, e a Federação Estadual é uma peça chave para fazer isso acontecer. MUITA RELEVÂNCIA
0. Como você classifica em grau de relevância as mídias para seu clube?
· Rádio – é uma informação “democrática”, que chega a todos os tipos de torcedor. Devemos sempre preservar o legado e a contribuição das rádios para o nosso clube. RELEVÂNCIA INTERMEDIÁRIA
· Televisão – as cotas de televisão são imprescindíveis para as receitas dos clubes, e jogar um campeonato de mais expressão aumenta ainda mais sua importância. RELEVÂNCIA EXTREMA
· Jornais e revistas – assim como as rádios, são importante fonte de divulgação das notícias do clube. MUITA RELEVÂNCIA
· Internet – a internet hoje representa um alto alcance e destaque frente a um custo muito baixo, o que a torna extremamente atrativa e relevante para o clube. RELEVÂNCIA EXTREMA
· Investidores ou patrocinadores – além de ajudarem na folha salarial, permitem conexões com outros clubes, o que aumenta a exposição do nosso escudo. RELEVÂNCIA EXTREMA
0. Avalie o retorno financeiro para o seu clube dos produtos abaixo:
· Camiseta oficial do clube – com certeza é o produto de maior alcance e divulgação da nossa marca, além do ótimo retorno financeiro com as vendas. EXCELENTE RETORNO
· Agasalhos – apesar da rotatividade não ser tão grande, representa uma excelente margem de lucro. BOM RETORNO
· Bermudas – retorno intermediário, muito abaixo de camisetas, por exemplo. RETORNO INTERMEDIÁRIO
· Bonés – itens complementares às camisetas, mas sem grande representatividade em valores. RETORNO BAIXO
· Cachecóis – item barato e de alta demanda, movimentando a loja do clube. BOM RETORNO
· Bandeiras – se trata de um artigo tradicional do clube, por isso sempre representa um retorno significativo. BOM RETORNO
· Mochilas – baixo retorno, por conta do alto valor de venda. RETORNO BAIXO
· Chaveiros – não chegam a ser significativos financeiramente, mas são importantes pela quantidade que são vendidos. RETORNO INTERMEDIÁRIO
· Chinelos, adesivos e roupas de cama e banho – praticamente sem participação. NÃO HÁ RETORNO
0. Que tipos de promoções são realizados para os torcedores do seu time?
O torcedor que se fidelizar recebe desconto em alguns parceiros comerciais de menor porte, além da loja oficial do clube e da loja na internet. Outro ponto importante é a escolha do torcedor de poder pagar o seu plano de sócio para o período de um ano, com um desconto maior do que o pagamento em mensalidades.
0. Qual a porcentagem de renda atual do seu clube com:
· Sócio torcedor – representa até 15% das receitas do clube.
· Bilheteria – assim como o sócio torcedor, chega perto dos 15% de importância.
· Patrocinadores – algo entre 20% a 40% das receitas do clube.
· Cota televisiva – principal receita do clube, está na casa dos 40% a 60% do total.
11.2 SEGUNDA COLETA DE DADOS
	Questionário realizado pela Internet, constando de dez perguntas de múltipla escolha que foram respondidas por 231 torcedores, obtendo-se os seguintes resultados:
· Pesquisa Quantitativa
· Amostra Não-probabilística por conveniência
· Método de coleta: Inquérito via Internet
QUESTIONÁRIO PARA ENTREVISTA COM OS TORCEDORES E RESPOSTAS OBTIDAS DA PESQUISA
1. Qual é o seu gênero?
a) Masculino 
b) Feminino 
Dos 231 entrevistados 195 são do sexo masculino, perfazendo 71,4% do total e 66 são do sexo feminino totalizando 28,6%.
Gráfico 1 - Gênero
Fonte: Autor, 2018
	Apesar de se saber que muitas mulheres vão aos campos e são torcedoras a maior parte dos respondentes são do sexo masculino, 71,4% do total.
2. Qual sua faixa etária?
a) Até 17 anos 
b) 18 a 24 anos 
c) 25 a 35 anos 
d) 36 a 50 anos 
e) Acima de 51 anos 
Dos 231 entrevistados obtiveram-se os seguintes resultados para esta questão:
	IDADE
	RESPOSTAS
	PORCENTAGEM
	Até 17 anos
	2
	0,90%
	18 a 24 anos
	81
	35,10%
	25 a 35 anos
	83
	35,90%
	36 a 50 anos
	28
	12,10%
	Mais de 51 anos
	37
	16,00%
Gráfico 2 – Faixa etária
Fonte: Autor, 2018
	Pelos dados obtidos na pesquisa, percebeu-se que o número maior de pessoas que responderam ao questionário se encontram nas faixas etárias de 18 a 24 anos e 25 a 35 anos, sendo o menor índice de respostas de respondentes menores de 17 anos.
3. Para qual time você torce?
a) Coritiba 
b) Paraná 
c) Atlético 
d) Outros 
 
Dos 231 entrevistados obtiveram-se os seguintes resultados para esta questão:
	TIME
	RESPOSTAS
	PORCENTAGEM
	Coritiba
	52
	22,50%
	
	Paraná
	10
	4,30%
	
	Atlético
	35
	15,20%
	
	Outros
	134
	58,00%
	
Gráfico 3 – Time que torce
Fonte: Autor, 2018
	Nesta questão, percebe-se que mesmo as pessoas entrevistadas se encontrarem no Estado do Paraná, há mais torcedores de outros times do que dos times da capital, sendo que nestes últimos houve um percentual maior dos que torcem para o Coritiba e do Atlético.
4. Com que frequência você assiste aos jogos do seu time?
a) 1 vez por mês	
b) 2 vezes por mês	
c) 3 a 4 vezes por mês	
d) Todos os jogos do mês	
Dos 231 entrevistados obtiveram-se os seguintes resultados para esta questão:
	FREQUÊNCIA
	 RESPOSTAS
	 PORCENTAGEM
	1 vez por mês
	71
	30,70%
	2 vezes por mês
	35
	15,20%
	3 a 4 vezes

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