Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Modal Hidroviário. Onde podemos encontrar diversas vantagens, descongestionar as rodovias, reduzir emissões de C02 e até mesmo baratear os custos de transportes. Esse modal utiliza rotas pré-determinada para o tráfego aquático (hidrovias), porém para que essas rotas sejam traçadas, obviamente precisam ser navegáveis e para que tenham essas possibilidades alguns fatores são agentes influenciadores, como, a largura da hidrovia, a composição do fundo, profundidade para poder passar grandes embarcações, sinalização, a dinâmica dos ventos, presença ou não de pontes, cachoeira, corredeiras, naufrágios e raios de curvaturas da rota de navegação. No modal hidroviário a carga é trasportada em embarcações, através de rios, lagoas ou lagos. Muito conhecido também como transporte fluvial, além de ser o mais econômico e limpo, mesmo assim é o menos utilizado no Brasil. Existem regiões, portanto, que dependem quase que exclusivamente desta modalidade, como é o caso da Amazônia, onde as distâncias são grandes e as estradas ou ferrovias inexistem. Como mostrado acima, O transporte hidroviário é bem mais barato se comparado com o transporte rodoviário e ferroviário, em termos de custo, capacidade de carga e também de menor impacto ambiental. Além de que, as hidrovias são muito úteis principalmente no transporte de cargas de tonelagem a grandes distâncias. Apesar do Brasil ser rico em Rios, pouco se é investido em modal hidroviário, Segundo dados da Agência Nacional de transportes Aquaviários (2014), apenas 5% do que o Brasil produz são escoados por rios, ou seja, pouco tem-se investido no modal hidroviário. Existem certos aspectos que dificultam o investimento e a utilização do transporte hidroviário. Pelo fato de que há muitos rios no Brasil que são de planalto, apresentando-se bastantes cachoeiras, desse modo, dificultando a navegação. Outro motivo são os rios de planície facilmente navegáveis (Amazonas, São Francisco e Paraguai), Porém os mesmos encontram-se afastados dos grandes centros econômicos do Brasil. (Fonte: Ambiente Brasil, 2014). Segundo Costa (2001) no Brasil a extensão navegável de nossas bacias é muito grande e deveriam desempenhar o papel dos grandes eixos de transporte, deixando as funções capilares as rodovias e ferrovias. ANTAQ (2011) relata que a navegação interior possui um potencial navegável em 29 mil quilômetros de águas naturalmente disponíveis sem a necessidade de obras de dragagens ou transposição. Outro fator favorável ao uso de hidrovias é o fator ambiental, como a corrente livre que não prejudica nenhum ecossistema e habitats naturais e a diminuição de combustíveis fósseis, incluindo os derivados de petróleo. Levando em comparação com outros modais, o responsável pela menor emissão de monóxido de carbono e óxidos nítricos é o transporte fluvial. O modal hidroviário se divide em diferentes modalidades, confira abaixo: Transporte fluvial: Realizado em rios; Pode ser utilizado para qualquer tipo de carga; Utiliza-se vários tamanhos de embarcações de acordo com a via navegável; Em média é mais vagaroso do que outros modais; Disponibilidade e confiabilidade é muito influenciado pelo clima É um meio de transporte muito competitivo, pois apresenta grande capacidade de transporte, baixo consumo de combustível e é menos poluente que o rodoviário; Transporte Lacustre: Realizado em lagos; Tem como sua principal característica a ligação de cidades e países vizinhos; É um meio muito restrito, pois são poucos os lagos navegáveis; Pode ser utilizado para qualquer tipo de carga. Principais hidrovias brasileiras Hidrovia é uma via navegável, utilizada por meios de transporte aquáticos (barcos, navios ou balsas) para transportar mercadorias e passageiros, em oceanos, mares, lagos, rios, ou canais. Hidrovia São Francisco: O Rio São Francisco é o maior rio presente totalmente navegável no Brasil. O principal trecho navegável do rio possui 1.300 km de extensão e passa entre as cidades de Pirapora (MG) e Juazeiro (BA). Sem saída para o Atlântico, o rio São Francisco tem seu aproveitamento integrado ao sistema rodoviário da região. (DNIT, 2011). A Hidrovia do São Francisco é a mais econômica ligação entre o centro- oeste e o nordeste brasileiro. Hidrovia Tietê-Paraná: Muito importante para a escoamento da produção agrícola do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e parte de Rondônia, Minas Gerais e Tocantins. É uma via de navegação que permite o transporte de pessoas e cargas ao longo dos rios Paraná e Tietê. Possui um trecho de 1.250 km navegáveis sendo 450 km no rio Tietê e 800 km no rio Paraná. Segundo (ANTAQ, 2007) é considerada a hidrovia mais desenvolvida do país, dispondo de 30 terminais intermodais privados. Hidrovia do Madeira é um dos principais afluentes do rio Amazonas. Ela transporta, principalmente, soja, fertilizantes, milho, cimento, combustíveis, alimentos perecíveis e não perecíveis, contêineres, automóveis etc (ANTAQ, 2007). Tem extensão total aproximada de 1. 450 km. A Hidrovia do Madeira fica localizada entre Porto Velho e sua foz, no rio Amazonas, permitindo, mesmo na época de estiagem, a navegação de grandes comboios, com até 18.000 t. Os investimentos na hidrovia compreendem dragagens, derrocamentos, balizamento e sinalização (DNIT, 2011). Hidrovia Araguaia-Tocantins: A Bacia do Tocantins durante os períodos de cheias é navegável numa extensão de 1.900 km, e no rio Araguaia é navegável num trecho de 1.100 km. O transporte hidroviário por ele só é possível durante seis meses por ano devido a impedimentos físicos tais como bancos de areia e afloramento de pedras e rochas. Hidrovia Taguari-Guaíba: A hidrovia de Taquari-Guaíba é a principal em cargas transportadas. Possui 686 quilômetros de extensão e é operada por uma frota de mais de 70 embarcações, que movimentam milhares de toneladas. Além disso, a hidrovia possui terminais intermodais que facilita bastante o transbordo das cargas. Vantagens e Desvantagens do Modal Hidroviário Vantagens: Baixos índices de poluição, sendo tido como o modo de transporte ecologicamente mais adequado; É econômico em custos operacionais, em relação ao peso total transportado;Possui grande capacidade de carga; É seguro por haver exigências rígidas de controle de tráfego hidroviário. Desvantagens: É pouco flexível em rotas e horários, por estar sujeito às condições de navegabilidade dos rios, como o calado e o regime de marés; Normalmente, necessita de modo complementar; Opera a baixas velocidades devido à dificuldade de operação de embarcações e das características do canal navegável. Santos (2006) diz que vagarosamente, o país vem investindo na construção de eclusas junto à obra do setor energético. Para que se torne economicamente viável, as obras necessárias possuem um custo diretamente relacionado com as dimensões das embarcações, e estas devem ser as maiores possíveis, pois o custo do frete deve diminuir com a grande capacidade de cargas das mesmas. Veja também: Introdução e Conceitos Fundamentais de Trasnportes
Compartilhar