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Resposta caso 8

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR DO EGRÉGIO TRIBUNAL DA 
JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
(10 Linhas) 
Referente Processo nº: 
 
 
 IMPETRANTE, advogado, regularmente inscrito na OAB/RJ sob o nº 
xxx.xx tal, com endereço profissional na Rua x, nº x, na cidade do Rio de Janeiro, 
RJ, Cep. xxxxxx, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência com 
fundamento no art. 5º, LXVIII, CRFB/88, bem como o art. 647, e seguintes do 
CPP, impetrar 
 
HABEAS CORPUS COM PEDIDO LIMINAR 
 
em favor de Michel da Silva já qualificado nos autos do processo em 
referência, ora recolhido na penitenciária tal porque está sofrendo 
constrangimento em sua liberdade de locomoção por ato do MM Juízo da 22ª. 
Vara Criminal da Capital, consoante os fatos e fundamentos abaixo aduzidos: 
 
 
DO FATOS: 
Michel da Silva foi preso em flagrante no dia 10 de julho de 2012 pela 
prática do crime previsto no art. 16, parágrafo único, IV da Lei 10.826/03 e art. 
28 da Lei 11343/06. No auto de prisão em flagrante constam os depoimentos 
dos policiais que efetuaram a prisão. 
Michel da Silva foi preso em razão de uma “noticia criminis” realizada por 
sua mulher Angelina da Silva afirmando que o mesmo possuía armas dentro de 
casa com numeração raspada e isso a assustava. 
Diante da informação e com o consentimento de Angelina, os policiais se 
dirigiram a casa onde o casal residia e após intensa busca no imóvel, 
encontraram três revólveres calibre 38 com numeração raspada, em um armário 
dentro do quarto. Em outro armário, os policiais encontraram 50 munições. Em 
seguida, encontraram uma pequena trouxinha de maconha. 
O paciente afirmou que adquiriu as armas em Angra dos Reis de um 
amigo, e quanto à maconha, disse que era para o seu consumo pessoal. 
O auto de prisão em flagrante foi devidamente lavrado e distribuído ao 
Juízo da 22ª Vara Criminal da Capital, onde foi requerida a sua liberdade 
provisória, que foi negada pelo juiz ao argumento de que se tratava de crime 
grave, haja visto que o réu possuía três revolveres com numeração raspada em 
sua residência e em razão do depoimento da sua esposa que afirmou ser ele um 
homem agressivo. Não tendo anotações na folha de antecedentes de Michel da 
Silva. 
 
DOS FUNDAMENTOS: 
Trata-se a hipótese de decretação e manutenção de prisão preventiva 
desnecessária e, portanto, ilegal caracterizando constrangimento ilegal à 
liberdade de locomoção do paciente. 
Em apertada síntese a decisão que negou o pedido de liberdade 
provisória tem por fundamento o fato de que a prisão é necessária porque se 
trata de crime grave. Tal fundamento não se caracteriza como requisito de uma 
custódia cautelar pessoal, não se enquadrando em nenhuma das hipóteses do 
art. 312, CPP. 
Como sabido os requisitos para decretar a prisão preventiva são: garantia 
da ordem pública e econômica, conveniência da instrução criminal e assegurar 
a aplicação da lei penal. Nenhuma dessas estão presentes no caso concreto. 
Nada demonstra que em liberdade o paciente irá reiterar a pratica do 
crime comprometendo a credibilidade da justiça, prejudicar a colheita de provas 
ou se furtar a aplicação da lei penal. 
Trata-se de réu primário, com bons antecedentes, emprego fixo, 
residência certa e o crime de que está sendo acusado não tem violência ou grave 
ameaça a pessoa. 
Não se deve confundir a gravidade do crime por si só com o requisito 
supramencionado da garantia da ordem pública. Assim, não merece prosperar a 
decisão que negou a liberdade provisória uma vez que sem amparo legal. Cuida-
se de prisão ilegal. 
Do Pedido: 
Face ao exposto, requer que seja julgado procedente o pedido, 
expedindo-se o competente alvará de soltura em favor do paciente. 
Local e data. 
Profissão ou Advogado 
Identidade ou OAB

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