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CONTABILIDADE INICIAL Fase I

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Contabilidade – FASE I 
 
 
 
 
 
Prof. Silvio Freitas 
 
e-mail – silvio.freitas@etec.sp.gov.br 
 
 
 
1 
2 
 
1. CONTABILIDADE: CONCEITO 
 
 Contabilidade é a ciência que tem por objetivo o estudo das variações 
quantitativas e qualitativas ocorridas no patrimônio (conjunto de bens, direitos e 
obrigações) das entidades (qualquer pessoa física ou jurídica que possui um 
patrimônio). 
 Através dela é fornecido o máximo de informações úteis para as tomadas 
de decisões, tanto dentro quanto fora da empresa, estudando, registrando e 
controlando o patrimônio. 
 Em resumo, a Contabilidade abrange um conjunto de técnicas para 
controlar o patrimônio das organizações mediante a aplicação do seu grupo de 
princípios, técnicas, normas e procedimentos próprios, medindo, interpretando e 
informando os fatos contábeis aos donos das empresas. 
 Todas as movimentações existentes no patrimônio de uma entidade são 
registradas pela Contabilidade, que resume os fatos em forma de relatórios e 
entrega-os aos interessados em saber como está indo a situação da empresa. 
 
 Através destes relatórios são analisados os resultados alcançados e a partir daí são tomadas decisões em 
relação aos acontecimentos futuros. Sendo assim, a Contabilidade é a responsável pela escrituração (registro em 
livros próprios) e apuração destes resultados e é só através dela que há condições para se apurar o lucro ou 
prejuízo em determinado período. 
 
1.1 Objeto de estudo 
 
Tem-se por objeto de estudo o Patrimônio das entidades/empresas (pessoa jurídica) ou das pessoas 
(pessoa física). Este patrimônio é administrável e está sempre em constante mudança. 
Trata-se na contabilidade a pessoa jurídica da entidade como distinta da pessoa física do proprietário. 
Sendo assim, a contabilidade é formada para a entidade e não para seus respectivos donos, estando voltada 
para os estudos da empresa pessoa jurídica. 
 
1.2 Quanto à finalidade 
 
A Ciência Contábil desenvolve suas funções em torno do patrimônio como meio para alcançar sua 
finalidade. 
Tem por finalidade registrar fatos e produzir informações que possibilitem ao dono do patrimônio o 
controle (certificar-se de que a organização está atuando de acordo com os planos e políticas traçados) e 
planejamento (decidir qual curso tomar para atingir com mais rapidez, eficiência e eficácia o objetivo proposto) 
de como agir no seu patrimônio. 
 
2. HISTÓRIA DA CONTABILIDADE 
 
Compilação: Equipe Portal de Contabilidade 
 
 A história da contabilidade é tão antiga quanto a própria história da civilização. Está ligada às primeiras 
manifestações humanas da necessidade social de proteção à posse e de perpetuação e interpretação dos fatos 
ocorridos com o objeto material de que o homem sempre dispôs para alcançar os fins propostos. 
 Deixando a caça, o homem voltou-se à organização da agricultura e do pastoreio. A organização 
econômica acerca do direito do uso do solo acarretou em separatividade, rompendo a vida comunitária, surgindo 
divisões e o senso de propriedade. Assim, cada pessoa criava sua riqueza individual. 
 Ao morrer, o legado deixado por esta pessoa não era dissolvido, mas passado como herança aos fi lhos 
ou parentes. A herança recebida dos pais (pater, patris), denominou-se patrimônio. O termo passou a ser 
utilizado para quaisquer valores, mesmo que estes não tivessem sido herdados. 
 A origem da Contabilidade está ligada a necessidade de registros do comércio. Há indícios de que as 
primeiras cidades comerciais eram dos fenícios. A prática do comércio não era exclusiva destes, sendo exercida 
nas principais cidades da Antiguidade. 
 A atividade de troca e venda dos comerciantes semíticos requeria o acompanhamento das variações de 
seus bens quando cada transação era efetuada. As trocas de bens e serviços eram seguidas de simples registros 
ou relatórios sobre o fato. Mas as cobranças de impostos, na Babilônia já se faziam com escritas, embora 
rudimentares. Um escriba egípcio contabilizou os negócios efetuados pelo governo de seu país no ano 2000 a.C. 
 À medida que o homem começava a possuir maior quantidade de valores, preocupava-lhe saber quanto 
poderiam render e qual a forma mais simples de aumentar as suas posses; tais informações não eram de fácil 
memorização quando já em maior volume, requerendo registros. 
 Foi o pensamento do "futuro" que levou o homem aos primeiros registros a fim de que pudesse conhecer 
as suas reais possibilidades de uso, de consumo, de produção etc. 
 Com o surgimento das primeiras administrações particulares aparecia a necessidade de controle, que 
não poderia ser feito sem o devido registro, a fim de que se pudesse prestar conta da coisa administrada. 
 É importante lembrarmos que naquele tempo não havia o crédito, ou seja, as compras, vendas e trocas 
eram à vista. Posteriormente, empregavam-se ramos de árvore assinalados como prova de dívida ou quitação. O 
http://www.socontabilidade.com.br/conteudo/patrimonio.php
3 
 
desenvolvimento do papiro (papel) e do cálamo (pena de escrever) no Egito antigo facilitou extraordinariamente o 
registro de informações sobre negócios. 
 À medida que as operações econômicas se tornam complexas, o seu controle se refina. As escritas 
governamentais da República Romana (200 a.C.) já traziam receitas de caixa classificadas em rendas e lucros, e 
as despesas compreendidas nos itens salários, perdas e diversões. 
 No período medieval, diversas inovações na contabilidade foram introduzidas por governos locais e pela 
igreja. Mas é somente na Itália que surge o termo Contabilitá. 
 
Podemos resumir a evolução da ciência contábil da seguinte forma: 
 
 CONTABILIDADE DO MUNDO ANTIGO - período que se inicia com as primeiras civilizações e vai até 
1202 da Era Cristã, quando apareceu o Liber Abaci, da autoria Leonardo Fibonaci, o Pisano. 
 
 CONTABILIDADE DO MUNDO MEDIEVAL - período que vai de 1202 da Era Cristã até 1494, quando 
apareceu o Tratactus de Computis et Scripturis (Contabilidade por Partidas Dobradas) de Frei Luca 
Paciolo, publicado em 1494, enfatizando que à teoria contábil do débito e do crédito corresponde à teoria 
dos números positivos e negativos, obra que contribuiu para inserir a contabilidade entre os ramos do 
conhecimento humano. 
 
 CONTABILIDADE DO MUNDO MODERNO - período que vai de 1494 até 1840, com o aparecimento da 
Obra "La Contabilità Applicatta alle Amministrazioni Private e Pubbliche" , da autoria de Franscesco Villa, 
premiada pelo governo da Áustria. Obra marcante na história da Contabilidade. 
 
 CONTABILIDADE DO MUNDO CIENTÍFICO - período que se inicia em 1840 e continua até os dias de 
hoje. 
 
PERÍODO ANTIGO 
 
 A contabilidade empírica, praticada pelo homem antigo, já tinha como objeto o Patrimônio, representado 
pelos rebanhos e outros bens nos seus aspectos quantitativos. 
 Os primeiros registros processaram-se de forma rudimentar, na memória do homem. Como este é um ser 
pensante, inteligente, logo encontrou formas mais eficientes de processar os seus registros, utilizando gravações 
e outros métodos alternativos. 
 O inventário exercia um importante papel, pois a contagem era o método adotado para o controle dos 
bens, que eram classificados segundo sua natureza: rebanhos, metais, escravos, etc. A palavra "Conta" designa 
o agrupamento de itens da mesma espécie. 
 As primeiras escritas contábeis datam do término da Era da Pedra Polida, quando o homem registrava os 
seus primeiros desenhos e gravações. 
 Os primeiros controles eram estabelecidos pelos templos, o que perdurou por vários séculos. 
 Os suméricos e babilônicos, assim como os assírios, faziam os seus registros em peças de argila, 
retangulares ou ovais, ficando famosas as pequenas tábuas de Uruk, que mediam aproximadamente 2,5 a 4,5 
centímetros, tendo faces ligeiramente convexas. 
 Os registros combinavam o figurativocom o numérico. Gravava-se a cara do animal cuja existência se 
queria controlar e o numero correspondente às cabeças existentes. 
 Embora rudimentar, o registro, em sua forma, assemelhava-se ao que hoje se processa. O nome da 
conta, "Matrizes", por exemplo, substituiu a figura gravada, enquanto o aspecto numérico se tornou mais 
qualificado, com o acréscimo do valor monetário ao quantitativo. Esta evolução permitiu que, paralelamente à 
"Aplicação", se pudesse demonstrar, também, a sua "Origem". 
 Na cidade de Ur, na Caldéia, onde viveu Abraão, personagem bíblico citado no livro Gênesis, encontram-
se, em escavações, importantes documentos contábeis: tabela de escrita cuneiforme, onde estão registradas 
contas referentes á mão-de-obra e materiais, ou seja, Custos Diretos. Isto significa que, há 5.000 anos antes de 
Cristo, o homem já considerava fundamental apurar os seus custos. 
 O Sistema Contábil é dinâmico e evoluiu com a duplicação de documentos e "Selos de Sigilo". Os 
registros se tornaram diários e, posteriormente, foram sintetizados em papiros ou tábuas, no final de 
determinados períodos. Sofreram nova sintetização, agrupando-se vários períodos, o que lembra o diário, o 
balancete mensal e o balanço anual. 
 Já se estabelecia o confronto entre variações positivas e negativas, aplicando-se, empiricamente, o 
Princípio da Competência. Reconhecia-se a receita, a qual era confrontada com a despesa. 
 Os egípcios legaram um riquíssimo acervo aos historiadores da Contabilidade, e seus registros 
remontam a 6.000 anos antes de Cristo. 
 A escrita no Egito era fiscalizada pelo Fisco Real, o que tornava os escriturários zelosos e sérios em sua 
profissão. O inventário revestia-se de tal importância, que a contagem do boi, divindade adorada pelos egípcios, 
marcava o inicio do calendário adotado. Inscreviam-se bens móveis e imóveis, e já se estabeleciam, de forma 
primitiva, controles administrativos e financeiros. 
 As "Partidas de Diário" assemelhavam-se ao processo moderno: o registro iniciava-se com a data e o 
nome da conta, seguindo-se quantitativos unitários e totais, transporte, se ocorresse, sempre em ordem 
cronológica de entradas e saídas. 
 Pode-se citar, entre outras contas: "Conta de Pagamento de Escravos", "Conta de Vendas Diárias", 
"Conta Sintética Mensal dos Tributos Diversos", etc. 
4 
 
 Tudo indica que foram os egípcios os primeiros povos a utilizar o valor monetário em seus registros. 
Usavam como base, uma moeda, cunhada em ouro e prata, denominada "Shat". Era a adoção, de maneira 
prática, do Princípio do Denominador Comum Monetário. 
 Os gregos, baseando-se em modelos egípcios, 2.000 anos antes de Cristo, já escrituravam Contas de 
Custos e Receitas, procedendo, anualmente, a uma confrontação entre elas, para apuração do saldo. Os gregos 
aperfeiçoaram o modelo egípcio, estendendo a escrituração contábil às várias atividades, como administração 
pública, privada e bancária. 
 
NA BÍBLIA 
 
 Há interessantes relatos bíblicos sobre controles contábeis, um dos quais o próprio Jesus relatou em 
Lucas capítulo 16, versos 1 a 7: o administrador que fraudou seu senhor, alterando os registros de valores a 
receber dos devedores. 
 No tempo de José, no Egito, houve tal acumulação de bens que perderam a conta do que se tinha! 
(Gênesis 41.49). 
 Houve um homem muito rico, de nome Jó, cujo patrimônio foi detalhadamente inventariado no livro de Jó, 
capítulo 1, verso 3. Depois de perder tudo, ele recupera os bens, e um novo inventário é apresentado em Jó, 
capítulo 42, verso 12. 
 Os bens e as rendas de Salomão também foram inventariados em 1º Reis 4.22-26 e 10.14-17. 
 Em outra parábola de Jesus, há citação de um construtor, que faz contas para verificar se o que dispunha 
era suficiente para construir uma torre (Lucas 14.28-30). 
 Ainda, se relata a história de um devedor, que foi perdoado de sua dívida registrada (Mateus 18.23-27). 
 Tais relatos comprovam que, nos tempos bíblicos, o controle de ativos era prática comum. 
 
PERÍODO MEDIEVAL 
 
 Na Itália, em 1202, foi publicado o livro "Liber Abaci" , de Leonardo Pisano. 
 Estudavam-se, na época, técnicas matemáticas, pesos e medidas, câmbio, etc., tornando o homem mais 
evoluído em conhecimentos comerciais e financeiros. 
 Se os sumérios-babilônios plantaram a semente da Contabilidade e os egípcios a regaram, foram os 
italianos que fizeram o cultivo e a colheita. 
 Foi um período importante na história do mundo, especialmente na história da Contabilidade, 
denominado a "Era Técnica", devido às grandes invenções, como moinho de vento, aperfeiçoamento da bússola, 
etc., que abriram novos horizontes aos navegadores, como Marco Pólo e outros. 
 A indústria artesanal proliferou com o surgimento de novas técnicas no sistema de mineração e 
metalurgia. O comércio exterior incrementou-se por intermédio dos venezianos, surgindo, como conseqüência 
das necessidades da época, o livro caixa, que recebia registros de recebimentos e pagamentos em dinheiro. Já 
se utilizavam, de forma rudimentar, o débito e o crédito, oriundos das relações entre direitos e obrigações, e 
referindo-se, inicialmente, a pessoas. 
 O aperfeiçoamento e o crescimento da Contabilidade foram a conseqüência natural das necessidades 
geradas pelo advento do capitalismo, nos séculos XII e XIII. O processo de produção na sociedade capitalista 
gerou a acumulação de capital, alterando-se as relações de trabalho. O trabalho escravo cedeu lugar ao trabalho 
assalariado, tornando os registros mais complexos. No século X, apareceram as primeiras corporações na Itália, 
transformando e fortalecendo a sociedade burguesa. 
 No final do século XIII apareceu, pela primeira vez a conta "Capital" , representando o valor dos recursos 
injetados nas companhias pela família proprietária. 
 O método das Partidas Dobradas teve sua origem na Itália, embora não se possa precisar em que região. 
O seu aparecimento implicou a adoção de outros livros que tornassem mais analítica a Contabilidade, surgindo, 
então, o Livro da Contabilidade de Custos. 
 No início do Século XIV, já se encontravam registros explicitados de custos comerciais e industriais, nas 
suas diversas fases: custo de aquisição; custo de transporte e dos tributos; juros sobre o capital, referente ao 
período transcorrido entre a aquisição, o transporte e o beneficiamento; mão-de-obra direta agregada; 
armazenamento; tingimento, etc., o que representava uma apropriação bastante analítica para época. A escrita já 
se fazia no moldes de hoje, considerando, em separado, gastos com matérias-primas, mão-de-obra direta a ser 
agregada e custos indiretos de fabricação. Os custos eram contabilizados por fases separadamente, até que 
fossem transferidos ao exercício industrial. 
 
PERÍODO MODERNO 
 
 O período moderno foi a fase da pré-ciência. Devem ser citados três eventos importantes que ocorreram 
neste período: 
- em 1453, os turcos tomam Constantinopla, o que fez com que grandes sábios bizantinos emigrassem, 
principalmente para Itália; 
- em 1492, é descoberta a América e, em 1500, o Brasil, o que representava um enorme potencial de riquezas 
para alguns países europeus; 
- em 1517, ocorreu a reforma religiosa; os protestantes, perseguidos na Europa, emigram para as Américas, onde 
se radicaram e iniciaram nova vida. 
 A Contabilidade tornou-se uma necessidade para se estabelecer o controle das inúmeras riquezas que o 
Novo Mundo representava. 
http://www.portaldecontabilidade.com.br/obrigacoes/livrocaixa.htm
5 
 
 A introdução da técnica contábil nos negócios privados foi uma contribuição de comerciantes italianos do 
séc. XIII. Os empréstimos a empresas comerciais e os investimentos em dinheiro determinaram o 
desenvolvimento de escritas especiais que refletissem os interesses dos credores e investidores e, ao mesmo 
tempo, fossem úteis aos comerciantes, em suas relações com os consumidores e os empregados. 
 O aparecimento da obra de Frei Luca Pacioli, contemporâneo de Leonardo da Vinci, que viveu na 
Toscana,no século XV, marca o início da fase moderna da Contabilidade. 
 
FREI LUCA PACIOLI 
 
 Escreveu "Tratactus de Computis et Scripturis" (Contabilidade por Partidas Dobradas), publicado em 
1494, enfatizando que à teoria contábil do débito e do crédito corresponde à teoria dos números positivos e 
negativos. 
 Pacioli foi matemático, teólogo, contabilista entre outras profissões. Deixou muitas obras, destacando-se 
a "Summa de Aritmética, Geometria, Proportioni et Proporcionalitá", impressa em Veneza, na qual está inserido o 
seu tratado sobre Contabilidade e Escrituração. 
 Pacioli, apesar de ser considerado o pai da Contabilidade, não foi o criador das Partidas Dobradas. O 
método já era utilizado na Itália, principalmente na Toscana, desde o Século XIV. 
 O tratado destacava, inicialmente, o necessário ao bom comerciante. A seguir conceituava inventário e 
como fazê-lo. Discorria sobre livros mercantis: memorial, diário e razão, e sobre a autenticação deles; sobre 
registros de operações: aquisições, permutas, sociedades, etc.; sobre contas em geral: como abrir e como 
encerrar; contas de armazenamento; lucros e perdas, que na época, eram "Pro" e "Dano"; sobre correções de 
erros; sobre arquivamento de contas e documentos, etc. 
 Sobre o Método das Partidas Dobradas, Frei Luca Pacioli expôs a terminologia adaptada: 
"Per " , mediante o qual se reconhece o devedor; 
"A " , pelo qual se reconhece o credor. 
 Acrescentou que, primeiro deve vir o devedor, e depois o credor, prática que se usa até hoje. 
 A obra de Frei Luca Pacioli, contemporâneo de Leonardo da Vinci, que viveu na Toscana, no século XV, 
marca o início da fase moderna da Contabilidade. A obra de Pacioli não só sistematizou a Contabilidade, como 
também abriu precedente que para novas obras pudessem ser escritas sobre o assunto. É compreensível que a 
formalização da Contabilidade tenha ocorrido na Itália, afinal, neste período instaurou-se a mercantilização sendo 
as cidades italianas os principais interpostos do comércio mundial. 
 Foi a Itália o primeiro país a fazer restrições à prática da Contabilidade por um indivíduo qualquer. O 
governo passou a somente reconhecer como contadores pessoas devidamente qualificadas para o exercício da 
profissão. A importância da matéria aumentou com a intensificação do comércio internacional e com as guerras 
ocorridas nos séculos XVIII e XIX, que consagraram numerosas falências e a conseqüente necessidade de se 
proceder à determinação das perdas e lucros entre credores e devedores. 
 
PERÍODO CIENTÍFICO 
 
 O Período Científico apresenta, nos seus primórdios, dois grandes autores consagrados: Francesco Villa, 
escritor milanês, contabilista público, que, com sua obra "La Contabilità Applicatta alle administrazioni Private e 
Plubbliche", inicia a nova fase; e Fábio Bésta, escritor veneziano. 
 Os estudos envolvendo a Contabilidade fizeram surgir três escolas do pensamento contábil: a primeira, 
chefiada por Francisco Villa, foi a Escola Lombarda; a segunda, a Escola Toscana, chefiada por Giusepe 
Cerboni; e a terceira, a Escola Veneziana, por Fábio Bésta. 
 Embora o século XVII tivesse sido o berço da era científica e Pascal já tivesse inventado a calculadora, a 
ciência da Contabilidade ainda se confundia com a ciência da Administração, e o patrimônio se definia como um 
direito, segundo postulados jurídicos. 
 Nessa época, na Itália, a Contabilidade já chegara à universidade. A Contabilidade começou a ser 
lecionada com a aula de comércio da corte, em 1809. 
 A obra de Francesco Villa foi escrita para participar de um concurso sobre Contabilidade, promovido pelo 
governo da Áustria, que reconquistara a Lombarda, terra natal do autor. Além do prêmio, Villa teve o cargo de 
Professor Universitário. 
 Francisco Villa extrapolou os conceitos tradicionais de Contabilidade, segundo os quais escrituração e 
guarda livros poderiam ser feitas por qualquer pessoa inteligente. Para ele, a Contabilidade implicava conhecer a 
natureza, os detalhes, as normas, as leis e as práticas que regem a matéria administradas, ou seja, o patrimônio. 
Era o pensamento patrimonialista. Foi o inicio da fase científica da Contabilidade. 
 Fábio Bésta, seguidor de Francesco Villa, superou o mestre em seus ensinamentos. Demonstrou o 
elemento fundamental da conta, o valor, e chegou, muito perto de definir patrimônio como objeto da 
Contabilidade. 
 Foi Vicenzo Mazi, seguidor de Fábio Bésta, quem pela primeira vez, em 1923, definiu patrimônio como 
objeto da Contabilidade. O enquadramento da Contabilidade como elemento fundamental da equação 
aziendalista, teve, sobretudo, o mérito incontestável de chamar atenção para o fato de que a Contabilidade é 
muito mais do que mero registro; é um instrumento básico de gestão. 
 Entretanto a escola Européia teve peso excessivo da teoria, sem demonstrações práticas, sem pesquisas 
fundamentais: a exploração teórica das contas e o uso exagerado das partidas dobradas, inviabilizando, em 
alguns casos, a flexibilidade necessária, principalmente, na Contabilidade Gerencial, preocupando-se demais em 
demonstrar que a Contabilidade era uma ciência ao invés de dar vazão à pesquisa séria de campo e de grupo. 
6 
 
 A partir de 1920, aproximadamente, inicia-se a fase de predominância norte-americana dentro da 
Contabilidade. 
 
ESCOLA NORTE-AMERICANA 
 
 Enquanto declinavam as escolas européias, floresciam as escolas norte-americanas com suas teorias e 
práticas contábeis, favorecidas não apenas pelo apoio de uma ampla estrutura econômica e política, mas 
também pela pesquisa e trabalho sério dos órgãos associativos. O surgimento do American Institut of Certield 
Public Accountants foi de extrema importância no desenvolvimento da Contabilidade e dos princípios contábeis; 
várias associações empreenderam muitos esforços e grandes somas em pesquisas nos Estados Unidos. Havia 
uma total integração entre acadêmicos e os já profissionais da Contabilidade, o que não ocorreu com as escolas 
européias, onde as universidades foram decrescendo em nível, em importância. 
 A criação de grandes empresas, como as multinacionais ou transnacionais, por exemplo, que requerem 
grandes capitais, de muitos acionistas, foi a causa primeira do estabelecimento das teorias e práticas contábeis, 
que permitissem correta interpretação das informações, por qualquer acionista ou outro interessado, em qualquer 
parte do mundo. 
 Nos inícios do século atual, com o surgimento das gigantescas corporações, aliado ao formidável 
desenvolvimento do mercado de capitais e ao extraordinário ritmo de desenvolvimento que os Estados Unidos da 
América experimentou e ainda experimenta, constitui um campo fértil para o avanço das teorias e práticas 
contábeis. Não é por acaso que atualmente o mundo possui inúmeras obras contábeis de origem norte-
americanas que tem reflexos diretos nos países de economia. 
 
NO BRASIL 
 
 No Brasil, a vinda da Família Real Portuguesa incrementou a atividade colonial, exigindo – devido ao 
aumento dos gastos públicos e também da renda nos Estados – um melhor aparato fiscal. Para tanto, constituiu-
se o Erário Régio ou o Tesouro Nacional e Público, juntamente com o Banco do Brasil (1808). As Tesourarias de 
Fazenda nas províncias eram compostas de um inspetor, um contador e um procurador fiscal, responsáveis por 
toda a arrecadação, distribuição e administração financeira e fiscal. 
 Hoje, as funções do contabilista não se restringem ao âmbito meramente fiscal, tornando-se, num 
mercado de economia complexa, vital para empresas informações mais precisas possíveis para tomada de 
decisões e para atrair investidores. O profissional vem ganhando destaque no mercado em Auditoria, 
Controladoria e Atuarial. 
 São áreas de analise contábil e operacional da empresa, e, para atuários, um profissional raro, há a 
especialização em estimativas e análises; o mercado para este cresce em virtude de planos de previdência 
privada. 
 
 
 
 
O Desafio da TERMINOLOGIA 
 
A terminologia é um dos desafiosenfrentados pelo que iniciam o estudo da Contabilidade, pois pode, 
num primeiro momento, dificultar o entendimento da matéria. 
 
A Contabilidade possui uma linguagem própria e, em muitos casos, alguns termos, palavras ou 
expressões coincidem com termos, palavras ou expressões de nossa linguagem comum. Ocorre porém, que nem 
sempre significam a mesma coisa. 
 
As palavras que mais perturbam o estudante, principalmente o principiante no estudo da Contabilidade, 
são DÉBITO e CRÉDITO . A palavra débito, na nossa linguagem comum, significa situação negativa, 
desfavorável; ou saldo negativo na conta-corrente bancária. Na terminologia contábil, essa palavra poderá ter 
esses mesmos significados ou até mesmo assumir uma posição positiva. A palavra crédito na nossa linguagem 
cotidiana, poderá representar situação positiva, favorável, ou saldo positivo na conta-corrente bancária, ou ter 
crédito no mercado, etc. Na terminologia contábil, essa palavra poderá adquirir esses mesmos significados ou até 
mesmo corresponder à situação negativa. 
 
Vamos agora, começar nossa jornada do Conhecimento da Contabilidade... 
 
 
 
 
7 
 
Introdução à 
Contabilidade Básica 
 
Prezado aluno(a), aprender contabilidade é fundamental para qualquer pessoa que deseja administrar uma 
empresa. A contabilidade apresenta termos técnicos que chamamos de terminologia ou nomenclatura, os quais 
são essenciais na linguagem comercial, por ser a linguagem que o administrador precisa conhecer e se 
familiarizar com ela. 
 
AULA 1 – Contabilidade Básica - Introdução 
 
1.1- Conceito de contabilidade 
 
A Contabilidade é uma ciência social que através da execução de serviços técnicos, ou seja, controla, organiza, 
estuda e avalia o patrimônio de uma entidade (física ou jurídica) permanentemente. 
Um dos objetivos da Contabilidade é gerar informações para a tomada de decisões, conhecida como 
Contabilidade Gerencial. Por isso, é fundamental a existência de ferramentas que possibilitem conhecer a real 
situação e atender a esta missão. Compete à Contabilidade registrar os atos e fatos administrativos e produzir 
informações que possibilitem ao administrador planejar e controlar suas ações, para traçar os objetivos da 
entidade. 
 
 
Todas as empresas nascem com uma finalidade. A grande maioria das empresas visa resultados financeiros; 
outras buscam resultados sociais; outras buscam expansão. Mas no final, todas buscam atingir os objetivos 
traçados. 
 
A contabilidade é indispensável para que a empresa realize negócios, por exemplo, com órgãos governamentais 
(por meio de contratos e licitações), ou com os bancos, com fornecedores, etc. Além desta necessidade 
convencional, observa-se a expansão do mercado de ações no Brasil. E neste aspecto a Contabilidade se 
apresenta como o grande pilar na veracidade da informação e, consequentemente, na credibilidade da 
companhia perante seus investidores. Nos últimos anos, o SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e 
Pequenas Empresas) vem realizando pesquisas para detectar o índice de mortalidade (fechamento) das 
empresas no primeiro ano de vida (abertura). 
 
Na mais recente pesquisa, os números apontavam que cerca de 48% dos negócios são fechados antes de 
completar 12 meses de funcionamento. 
A principal causa desta mortalidade é a falta de planejamento e controle dos negócios. Em suma, é a falta de 
Contabilidade. (Fonte: Agnaldo Silva). 
 
1.2 - Usuários da contabilidade 
 
Entre os usuários e interessados, podemos citar: 
 
• Sócios 
• Administradores 
• Fornecedores 
• Clientes 
• Empregados 
• Bancos 
 
1.3 - A Contabilidade e suas funções 
 
Veja a lista de funções da contabilidade: 
 
• Registrar os fatos administrativos (memória). 
• Demonstrar e controlar as mutações patrimoniais (controle). 
• Servir como elemento de prova em juízo ou tribunal. 
• Fornecer elementos para que os acionistas ou sócios possam examinar as contas da diretoria e aprová-las ou 
não. 
• Demonstrar ao fisco o cumprimento da legislação tributária. 
• Fornecer dados para a tomada de decisões, etc. 
 
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AULA 2 - Aspectos qualitativos e quantitativos 
do Patrimônio 
 
Já foi possível perceber que a história da contabilidade está ligada ao controle do patrimônio e suas mutações. 
Portanto, a partir de agora, vamos conhecer requisitos fundamentais para o controle do patrimônio. 
Lembra do relato apresentado sobre o patrimônio do personagem bíblico Jó, da primeira aula? 
 
 Você saberia precisar ou estimar a riqueza deste personagem? Ou melhor, quando você diz que tem em seu 
patrimônio um carro, um valor para receber de um amigo e tem algumas dívidas pequenas. 
 
É possível saber o valor do seu patrimônio? 
 
Pois bem, na contabilidade, qualquer registro só poderá ser feito se respeitar dois aspectos. Assim, para poder 
avaliar corretamente um patrimônio e suas variações é necessário que os elementos desse patrimônio 
apresentem: 
 
1. Aspecto qualitativo: É o nome que qualifica o patrimônio. Deve ser claro o bastante para identificar o que está 
registrado neste nome. Quanto mais simples e claro for o nome dado aos elementos, melhor será para identificar 
o que está sendo registrado na contabilidade. Exemplos: veículos, mercadoria para revenda, caixa (dinheiro), 
banco (saldo no banco), cliente (quem compra da minha empresa), fornecedor (quem vende para a minha 
empresa) e muitos outros. 
 
2. Aspecto quantitativo: Observa em que quantidade este elemento aparece, e também o seu valor monetário. 
Exemplos: veículos R$ 20.000,00; caixa R$ 110.000,00; banco R$ 18.124,16; cliente R$ 11.222,00; fornecedor 
R$ 5.895,00. 
 
3. Conta – É o nome técnico utilizado para registrar os elementos, levando em consideração os aspectos 
qualitativos e quantitativos. Simplificando, é como se todos os elementos dentro da contabilidade tivessem um 
endereço. 
Sempre que formos movimentar um elemento faremos registro neste endereço, que recebe o nome de conta, 
alterando o saldo deste elemento. 
 
Ex: Caixa R$ 12.000,00, Veículo R$ 42.000,00, Banco R$ 5.220,00, Clientes R$ 8.221,50, Fornecedores R$ 
4.560,80, Capital Social R$ 50.000,00, etc. 
 
 
 
 
Aula 3 – Definição de patrimônio 
 
3.1 Patrimônio 
 
A princípio, quando se fala em patrimônio, pensamos ser tudo o que a pessoa tem, ou seja, nas posses. Porém, 
com a evolução das relações comerciais, juntou-se ao patrimônio também os direitos e as obrigações das 
pessoas. Assim, o patrimônio é o conjunto dos bens, direitos e as obrigações. 
 
 
 
 
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3.1.1 Bens 
 
São os elementos que podem ser avaliados monetariamente e podem ser destinados para uso, troca ou venda. 
Os bens possuem utilidade, pois são eles que satisfazem as necessidades de seus proprietários. 
Na sequência, algumas classificações de bens importantes na contabilidade: 
 
1. Bens Permanentes – São bens que possuem vida longa, e são adquiridos para serem utilizados na empresa, 
ou seja, não são destinados à venda. Ex: veículo, máquinas, ferramentas. 
 
2. Bens de Consumo – São adquiridos para utilização dentro da empresa, e que serão consumidos a curto 
prazo, geralmente dentro do próprio exercício em que foram adquiridos. Ex: material de expediente, material de 
limpeza. 
 
3. Bens móveis – são bens suscetíveis de remoção sem dano em seu estado físico e de utilização. Ex: veículos, 
animais, máquinas, móveis, equipamentos. 
 
4. Bens imóveis – bens que não podem ser deslocados de seu lugar de origem (solo e subsolo) sem dano físico 
ou de utilização. São aqueles que se deslocados terão que ser total ou parcialmente danificados. Ex: casa, 
terreno, edifício, reflorestamento, etc. 
 
5. Bens Tangíveis) – sãos bens que constituem corpo físico, ou seja, possuem matéria e podem ser tocados. Ex: 
carros, máquinas, mercadorias, enfim a grande maioria dos bens. 
 
6. Bens Intangíveis) – são bens que não constituem matéria, ou seja, não podem ser tocados. Mesmo assim, 
esses bens são passíveis de avaliação econômica e devem ser registrados na contabilidade por seuvalor de 
mercado. Ex: nome comercial, benfeitoria em imóvel de terceiros, fundo de comércio, marca, patente, licença de 
uso de direitos autorais, licença de uso de marca, entre outros. 
 
3.1.2 Direitos 
 
São os elementos que representam os bens que estão em poder de terceiros. 
Geralmente aparecem acompanhados da expressão “a receber”, “a compensar”, a “recuperar”, “a creditar”, ou 
outra similar, indicando a promessa de recebimento ou que permita recuperar parte do bem transferido. 
Exemplo: contribuições a receber, títulos a receber, adiantamento concedido (neste caso mesmo sem a 
expressão, trata-se de um direito, porque alguém recebeu o adiantamento e deverá devolver o valor recebido). 
 
Resumindo : 
 
Direitos são bens (ou o seu equivalente) em recursos financeiros de propriedade da empresa, que se encontram 
momentaneamente em poder de terceiros. Ex: duplicatas a receber, clientes (ele já levou a mercadoria e está 
devendo), contas a receber, impostos a recuperar (eu tenho um crédito tributário junto ao governo), etc. 
Chegou a hora de conhecer o que representam as expressões Ativo e Passivo, tão famosos dentro da 
contabilidade 
 
Ativo - Representa os valores positivos do patrimônio (bens + direitos). É onde estão aplicados os recursos 
da empresa 
 
Para ser Ativo é necessário que qualquer item preencha quatro requisitos simultaneamente: 
 
a) Constituir bem ou direito da empresa. 
b) Ser de propriedade, posse ou controle de longo prazo da empresa. 
c) Ser mensurável monetariamente. 
d) Trazer benefícios presentes ou futuros. 
 
 
3.1.3 Obrigações 
 
É a responsabilidade de pagamento por bens adquiridos ou despesas realizadas. 
 
São bens de propriedade de terceiros que estão em poder da empresa, ou são dívidas contraídas em virtude de 
despesas. Quando se compra um bem ou se contrata um serviço, tanto um quanto o outro devem ser pagos 
Portanto, temos aqui uma obrigação, uma dívida que poderá ser paga imediatamente ou a prazo. As obrigações 
na contabilidade recebem o nome técnico de exigível, por se exigir da empresa o pagamento das dívidas. Assim, 
quando uma empresa compra mercadoria a prazo, ela passa a ter a obrigação de pagar o valor da compra no 
prazo acordado. 
 
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Uma despesa sempre vai gerar também um pagamento, portanto uma obrigação. As obrigações representam as 
dívidas com terceiros, ou seja, com as pessoas de fora da empresa. Geralmente aparecem acompanhadas da 
expressão: “a pagar”, “a recolher”, “passivos”, “a liquidar” ou outra similar. Exemplo: salários a pagar, impostos a 
recolher, fornecedor, entre muitas outras. 
 
 
O Patrimônio Líquido é a diferença entre os valores positivos (bens mais direitos) menos os valores negativos 
(obrigações). Neste espaço, fica registrado o capital investido na empresa, chamado de capital social, as 
reservas de recursos (uma poupança com finalidade específica) e também os lucros ou prejuízos que a empresa 
obtém. Como este saldo mostra a participação dos sócios na empresa, o patrimônio líquido é conhecido como 
capital próprio (capital dos sócios). Exemplo: capital social, reserva de capital, reserva legal, prejuízos 
acumulados. 
 
 
 
3.1.4 Patrimônio Líquido 
 
O PL está representado no lado do passivo, para haver o equilíbrio, aí o nome de Balanço Patrimonial. Justifica-
se estar no lado do passivo também por se tratar de uma dívida da empresa com os seus sócios ou acionistas. 
No caso de fechamento da empresa, é o montante que deverá ser pago aos sócios. 
 
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Por isso, sempre o total do ativo será exatamente igual ao total do passivo. 
 
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Atividade de Aprendizagem 
 
1. Classifique os elementos patrimoniais do quadro em: 
 
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Aula 4 – Situações patrimoniais possíveis 
 
O foco da aula de hoje é evidenciar as situações patrimoniais possíveis denominadas de Situação Líquida. São 
três situações que podemos encontrar. 
 
 Relembrando 
Patrimônio Líquido = Ativo (bens + direitos) – Passivo (obrigações) 
 
4.1 - Situação líquida positiva ou superavitária 
 
Ocorre quando o conjunto de bens e direitos é maior do que as obrigações. 
Neste caso, o Patrimônio líquido será positivo. É também conhecida como situação líquida ativa, pois o ativo é 
maior do que o passivo exigível (obrigações com terceiros). 
 
 
4.2 - Situação líquida negativa ou deficitária 
 
Ocorre quando o conjunto de bens e direitos é menor do que as obrigações. 
Neste caso o patrimônio líquido será negativo. É também conhecida como situação líquida passiva, pois o 
passivo (obrigações) é maior do que o ativo. Em linguagem técnica, é chamado de Passivo a Descoberto, uma 
vez que a empresa não consegue cobrir (honrar) as obrigações com terceiros. 
 
 
 
4.3 Situação líquida nula 
 
Ocorre quando o conjunto de bens e direitos é igual às obrigações. Neste caso, o patrimônio líquido será igual a 
zero, ou nulo. 
 
 
 
O Patrimônio Líquido será registrado no lado direito quando for positivo, e no lado esquerdo quando for negativo, 
para que haja igualdade entre os dois lados do Balanço Patrimonial. 
 
 
 
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Atividade de Aprendizagem 
 
1. Encontre a Situação Líquida Patrimonial 
 
 
 
2. Classifique cada conta e apure a Situação Patrimonial Líquida: 
 
 
 
 
 
 
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Aula 5 – Noções de débito e crédito 
 
5.1- Débito e Crédito 
 
É importante que você preste atenção agora! Vamos ver algumas regras fundamentais para o entendimento dos 
lançamentos contábeis. Os termos Débito e Crédito são nomes utilizados para indicar o ingresso ou saída de 
recursos das contas. Cada lançamento efetuado provoca modificações patrimoniais e/ou de resultado. Cada vez 
que um lançamento a débito ou crédito é feito, o saldo de uma conta está sendo alterada. 
 
 
 
O débito corresponde à aplicação do valor, à destinação do recurso ou onde o dinheiro foi investido. E o crédito 
corresponde à origem do valor, à fonte do dinheiro ou de onde são conseguidos os recursos para a empresa. 
 
51.1 - Razonete 
 
Para fins didáticos, utiliza-se o razonete para a explicação dos lançamentos na contabilidade. O Razonete é um 
gráfico em forma de “T” onde acima estará o nome da conta, do lado esquerdo serão feitos os lançamentos a 
débito, e do lado direito serão feitos os lançamentos a crédito. 
 
Para ficar mais fácil a memorização, lembre que o Razonete é semelhante a uma cruz. A cruz passou a ter outro 
significado depois (d) de Cristo (C). Veja a representação: 
 
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Vamos praticar 
alguns exercícios com Balanços Sucessivos. Comece imaginando uma empresa que está iniciando suas 
atividades. 
 
Serão realizados os primeiros lançamentos na contabilidade; em seguida haverá demonstração dos lançamentos 
e, logo após, os balanços atualizados. 
 
 
 
 
Se fossemos fazer um balanço da empresa, ele ficaria assim, neste primeiro momento: 
 
 
 
 
Após este lançamento, algumas conclusões importantíssimas podem ser tiradas: 
 
a) No lado do ativo temos a aplicação dos recursos, por isso, quando uma conta do ativo estiver aumentando de 
valor, ela será debitada (d). 
b) Quando ocorrer o contrário, ou seja, quando uma conta do ativo diminuir, ela receberá lançamento do outro 
lado, ou seja, será creditada(c). 
 
Por exemplo: Saiu dinheiro do caixa para a compra de móveis, logo a 
conta caixa está diminuindo, e por isso o lançamento feito nesta conta 
foi a crédito (c). 
 
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O mesmo raciocínio serve para as contas do passivo: 
 
c) No lado do passivo temos a origem de recursos, por isso, quando uma conta do passivo estiver aumentando 
ela será creditada (c). 
 
d) Quando uma conta do passivo estiver diminuindo, ela será debitada (d). 
 
 
 
 
 
 
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Classifique os elementos do quadro a seguir em: 
 
(A) Bens, Direitos ou Obrigações. 
 
(B) Ativo ou Passivo. 
 
 
 
ELEMENTOS A B 
 
Dinheiro BEM ATIVO 
 
Estoques de mercadorias 
 
Duplicatas a receber 
 
Duplicatas a pagar 
 
ImóveisCalculadoras eletrônicas 
 
Terrenos 
 
Veículos 
 
Impostos a pagar 
 
Promissórias a receber 
 
Ferramentas 
 
Aluguéis a pagar 
 
Mesas 
 
Prateleiras 
 
Computadores 
 
Circulador de ar 
 
 
 
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Atividade Prática 
 
Prática - 1 
 
A seguir são apresentadas, cronologicamente, as transações da Empresa Vera Lucia Pereira Ribeiro – ME . 
 
Pede-se : Represente, mediante Balanço Patrimonial, a situação do Patrimônio da empresa individual de 
Vera Lúcia Pereira Ribeiro, após cada Fato ocorrido. 
 
 02/01 - Vera Lúcia inicia suas atividades comerciais com um Capital de $ 80.000 em dinheiro.

 04/01 - Compras à vista (em dinheiro):

a) Móveis e Utensílios $ 3.000 
 
b) Um automóvel $ 25.000 
 
c) Mercadorias $ 20.000 
 
 05/01 - Compras de Mercadorias a prazo, mediante aceite de Duplicatas, no valor de $ 30.000.

 06/01- Compra, a prazo, de uma casa no valor de $ 100.000, mediante emissão de Notas Promissórias.

 07/01- Vendas de Mercadorias:

a) à vista: $ 10.000; 
 
b) a prazo, mediante aceite de Duplicatas: $ 8.000. 
 
NOTA: 
 
• Não leve em conta o possível lucro nas vendas, pois será estudado posteriormente. 
 
Considere os valores como estão. 
 
 08/01 - Pagamento de uma Duplicata, em dinheiro, no valor de $ 10.000:

 09/01 - Recebimento de uma Duplicata, em dinheiro, no valor de $ 2.000:
 
 
 
Prática – Extra : 
 
A seguir são apresentadas, cronologicamente, as transações da Empresa 
To Dodói Ltda . 
 
02/01 – Investimento inicial de capital em dinheiro, no valor de $ 12.000 ; ( Capital ) 
 
04/01 – Aquisição de um imóvel da cia. A por $ 5.000 com pagamento de $ 2.500 a vista e o restante a prazo. 
( Imóvel ) 
 
05/01 – Compra a vista de instalações (divisórias, cortinas, etc.) para a Empresa, por $ 2.000 ; ( Instalações ) 
15/01 – Aquisição de equipamentos ( maquinaria ), a prazo, de M & Cia., por $ 4.000 ; (Equipamentos) 
 
18/01 – Obtenção de um empréstimo de $ 10.000, no Banco Alfa, com emissão de uma nota promissória 
. ( promissórias a Pagar ) 
 
23 
 
23/01 – Pagamento de $ 1.000, a M & Cia., para liquidação de parte da divida pela compra efetuada em 15/01 . 
26/01 – Investimento de mais de $ 5.000 pelos sócios, aumentando o capital, em dinheiro. 
 
30/01 – Compra a vista, por $ 8.500, de peças para reparos (Estoque de Peças para Reparos ) da Cia Ômega. 
 
 
 
QUESTÕES PROPOSTAS SOBRE O GRÁFICO ANTERIOR: 
 
 
 
1. Qual é o valor do Capital Nominal? _______________________ 
 
2. Qual é o valor dos recursos totais à disposição da empresa? ________________ 
 
3. O Capital Próprio é de $ __________________ 
 
4. O Capital de Terceiros é de $ ______________ 
 
5 . A origem dos recursos está: 
 
a) no Ativo b) no Passivo 
 
6. A aplicação dos recursos está: 
 
a) no Ativo b) no Passivo 
 
 
Atividades Práticas 4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Plano de Contas ( Plano de Contas no final da apostila ) 
 
 
Conceito 
 
O Plano de Contas é um conjunto de contas, diretrizes e normas que disciplina as tarefas do Setor de 
Contabilidade, objetivando a uniformização dos registros contábeis. 
 
É um instrumento de grande importância no desenvolvimento do processo contábil de uma empresa. 
 
Cada empresa deve elaborar o seu Plano de Contas, sempre obedecendo aos seus interesses e, principalmente, 
à legislação pertinente. Atualmente, o Plano de Contas deve obedecer às disposições contidas na Lei nº 6.404, 
de 15 de dezembro de 1976 (Lei das Sociedades por Ações). Outras referências : Lei nº 11.638/2007 e Medida 
Provisória nº 449/2008 
 
Informações sobre o Elenco de Contas Simplificado 
 
Para que serve o Elenco de Contas? 
 
Daqui em diante, toda vez que procedermos à escrituração, precisaremos consultar esse Elenco de Contas. Para 
facilitar, as contas estão divididas em dois gráficos: 
 
 No gráfico I, figura as Contas Patrimoniais.

 No gráfico II. figura as Contas de Resultado.
 
Código das contas: é o número que você encontra à esquerda de cada conta e que facilita o seu manuseio. Note 
que os códigos das contas começam pelos seguintes algarismos: 
 
 
ALGARISMOS CONTAS 
 
1 Contas do Ativo 
 
2 Contas do Passivo 
 
3 Contas de Despesas 
 
4 Contas de Receitas 
 
5 Contas de Apuração de Resultado 
 
 
 
 
INFORMAÇÕES SOBRE O GRÁFICO I 
 
Antes que apresentássemos o Elenco de Contas simplificado, você havia aprendido que Contas 
Patrimoniais são aquelas que representam, por meio do Balanço Patrimonial, a situação do Patrimônio da 
empresa, dividindo-se em ativas e passivas. Você ficou sabendo, também, que o lado do Ativo é composto pelos 
Bens e pelos Direitos e que o lado do Passivo é composto pelas Obrigações e pelo Patrimônio Líquido. Porém, 
essas Contas Patrimoniais são agrupadas no Balanço Patrimonial em grupos e subgrupos, conforme determina a 
Lei nº 6.404/1976. Para facilitar, conforme nosso propósito, elaboramos o Elenco de Contas utilizando apenas os 
grupos principais. 
 
 
 
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CONTAS PATRIMONIAIS 
 
l.ATIVO 
 
No Ativo você encontra todas as contas que representam os Bens e os Direitos, devidamente classificadas em 
dois grupos: 
 
1.1 Ativo Circulante; e 
 
1.2 Ativo Não-Circulante. 
 
A ordem de disposição das contas no Ativo, segundo a Lei nº 6.404/1976, é a ordem decrescente do grau de 
liquidez dos elementos nelas registrados. 
 
OBSERVAÇÃO: 
 
Grau de Iiquidez é o maior ou menor prazo no qual Bens e Direitos podem ser transformados em dinheiro. 
Por exemplo, os Estoques de Mercadorias serão transformados em dinheiro quando forem vendidos à 
vista; as Duplicatas a Receber, quando forem recebidas, e assim por diante . 
 
A conta Caixa e a conta Bancos conta Movimento são as que possuem maior grau de liquidez, pois 
representam disponibilidades imediatas. Por isso, são as primeiras contas que aparecem no Elenco de 
Contas. 
 
1.1 Ativo Circulante 
 
Neste grupo, você encontra classificadas todas as contas que representam os Bens e os Direitos que, 
pela natureza de cada um, estão em constante circulação. Correspondem aos recursos aplicados em elementos 
que estão em freqüente movimento, por exemplo, a conta Caixa, que a todo instante está sendo movimentada 
(entra e sai dinheiro); o mesmo ocorre com as Contas de Estoque, Bancos conta Movimento etc. 
 
1.2 Ativo Não-Circulante 
 
Neste grupo você encontra classificadas todas as contas que representam a aplicação de recursos em 
Direitos realizáveis a longo prazo, bem como em bens de uso e em bens imateriais. 
 
Os Direitos realizáveis a longo prazo são aqueles cujos vencimentos ocorram após o término do exercício 
social seguinte ao do Balanço. 
 
Suponhamos que, no dia 31 de dezembro de x3, você esteja levantando o Balanço de uma empresa. 
Neste caso, todos os Direitos cujos vencimentos ocorram em x4 deverão ser classificados no Ativo Circulante; já 
os Direitos cujos vencimentos ocorram a partir de 12 de janeiro de x5 deverão ser classificados no Ativo Não-
Circulante, uma vez que eles vencerão após o término do exercício seguinte ao do Balanço (exercício do Balanço 
= x3; exercício seguinte ao do Balanço = x4; período considerado após o término do exercício seguinte ao do 
Balanço = x5 em diante). 
 
Os bens de uso são aqueles necessários ao desenvolvimento das atividades normais da empresa, como 
é o caso dos Móveis e utensílios, dos Computadores, dos Veículos etc. 
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Os bens imateriais, conforme já mencionamos no capítulo 2, correspondem a determinados gastos 
realizados pela empresa que pela sua natureza devem ser ativados como Fundo de Comércio, Marcas e 
Patentes etc. 
 
São classificadas, ainda no Ativo Não-Circulante, as contas representativas de investimentos, que serão 
tratadas mais adiante. 
 
2. PASSIVO 
 
No Passivo, você encontra as contas que representam as Obrigaçõese o Patrimônio 
 
Líquido devidamente classificadas em três grupos: 2.1 Passivo Circulante; 2.2 Passivo Não- 
 
Circulante: e 2.3 Patrimônio Líquido. 
 
A ordem de disposição das contas no Passivo, segundo a Lei nº 6.404/1976, é a ordem decrescente do grau de 
exigibilidade. 
 
OBSERVAÇÃO: 
 
Grau de exigibilidade é o maior ou menor prazo em que as Obrigações devem ser pagas pela empresa. 
Assim, serão classificadas no Passivo Circulante as Obrigações cujos vencimentos ocorram em prazo 
inferior a um ano, a contar da data do respectivo Balanço, bem como serão classificadas no Passivo Não-
Circulante as Obrigações cujos vencimentos ocorram após um ano da data do respectivo Balanço. 
 
2.1 - Passivo Circulante 
 
 
Neste grupo são classificadas todas as contas que representam as Obrigações que a empresa terá 
de pagar no exercício seguinte ao do Balanço. 
 
2.2 - Passivo Não-Circulante 
 
Conforme já dissemos, neste grupo são classificadas todas as contas que representam as Obrigações 
que a empresa terá de pagar após o término do exercício social seguinte ao do Balanço. 
 
2.3 - Patrimônio Líquido 
 
Neste grupo são classificadas todas as contas que representam o Capital Próprio da empresa: Capital, 
Reservas e Prejuízos Acumulados, conforme já estudamos no inicio do curso. 
 
INFORMAÇÕES SOBRE O GRÁFICO II 
 
 
 
As Contas de Resultado dividem-se em dois grupos: Despesas e Receitas. Conforme já dissemos, é por 
meio dessas contas que podemos conhecer o resultado 
 
da movimentação do Patrimônio da empresa, ou seja, se em determinado período a empresa apurou lucro ou 
prejuízo em suas transações. 
 
E como isto se dá? 
27 
 
 
Confrontando-se as Despesas com as Receitas. Para isso, são necessárias três operações: 
 
 somam-se os valores das Receitas;

 somam-se os valores das Despesas;

 confrontam-se os totais das Receitas e das Despesas. Se o total das Receitas for superior ao das 
Despesas, o resultado revela apuração de Lucro; se o total das Despesas for superior ao das Receitas, o 
resultado revela a apuração de Prejuízo.
 
 
Contabilmente, tal operação é feita mediante a transferência dos saldos das Contas de Despesas e de Receitas 
para uma conta Transitória, denominada Resultado do Exercício. Em vista disso, inserimos o grupo 5 no gráfico II 
do Elenco de Contas. Este grupo é composto apenas pela conta .Resultado do Exercício. 
 
NOTAS: A numeração das Contas de Resultado é seqüência das contas do gráfico I (Patrimoniais). O 
Resultado do Exercício, lucro ou prejuízo, bem como todas as contas utilizadas para a sua apuração, 
devem ser demonstradas por meio da Demonstração do Resultado do Exercício. 
 
 
Atividade Prática 
 
 
Classifique as contas constantes do quadro a seguir em: 
 
(A) Patrimonial ou Resultado 
 
(B) Ativo, Passivo, Despesa ou Receita 
 
(C) Devedora ou Credora 
 
 
19 
28 
 
Nº CONTAS A B C 
 
1 Caixa Patrimonial Ativo Devedora 
 
2 Bancos conta Movimento 
 
3 Duplicatas a Pagar Fornecedor A 
 
4 Água e Esgoto 
 
5 Aluguéis Passivos 
 
6 Descontos Obtidos 
 
7 Fornecedores 
 
8 Promissórias a Pagar 
 
9 Clientes A 
 
10 Gastos de Organização 
 
11 Imóveis 
 
12 Instalações 
 
13 Café e Lanches 
 
14 Descontos Concedidos 
 
15 Juros Ativos 
 
16 Salários a Pagar 
 
17 Fundo de Comércio 
 
18 Duplicatas a Receber 
 
19 Estoque de Material de Expediente 
 
20 Material de Expediente 
 
21 Impostos e Taxas a Recolher 
 
22 Móveis e Utensílios 
 
23 Veículos 
 
24 Estoque de Mercadorias 
 
25 Capital 
 
26 Juros Passivos 
 
27 Fretes e Carretos 
 
28 Aluguéis Ativos 
 
29 Despesas Bancárias 
 
30 Computadores 
 
 
20 
29 
 
GRÁFICO I - CONTAS PATRIMONIAIS 
 
1 – ATIVO 
1.1 ATIVO CIRCULANTE 
 1.1.1 DISPONIBILIDADES 
 1.1.1.01 Caixa 
 1.1.1.02 Bancos conta Movimento - Banco do Brasil 
 1.1.1.03 Bancos conta Movimento - Caixa Econ. Federal 
 1.1.1.04 Bancos conta Movimento - Banco Bradesco 
 1.1.2 CLIENTES 
 1.1.2.01 Duplicatas a Receber - CLIENTE A 
 1.1.2.02 Duplicatas a Receber - CLIENTE B 
 1.1.2.03 Duplicatas a Receber - CLIENTE C 
 1.1.2.04 Duplicatas a Receber - CLIENTE D 
 1.1.3 OUTROS CRÉDITOS 
 1.1.3.01 Promissórias a Receber 
 1.1.4 IMPOSTOS A RECUPERAR 
 1.1.4.01 ICMS a Recuperar 
 1.1.6 ESTOQUES 
 1.1.6.01 Estoque de Mercadorias 
 1.1.6.02 Estoque de Material de Expediente 
 1.1.6.03 Estoque de Material de Limpeza 
 
 
 
1.2 ATIVO NÃO CIRCULANTE 
 1.2.1 ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 
 1.2.1.10 Clientes 
 1.2.1.11 Duplicatas a Receber 
 1.2.1.21 Promissórias a Receber 
 1.2.3 IMOBILIZADO 
 1.2.3.01 Computadores 
 1.2.3.02 Máquinários 
 1.2.3.03 Imóveis 
 1.2.3.05 Instalações 
 1.2.3.07 Móveis e Utensílios 
 1.2.3.09 Veiculos 
 1.2.4 INTANGÍVEL 
 1.2.4.01 Fundo de Comércio 
 1.2.4.03 Marcas e Patentes 
 
 2 – PASSIVO 
2.1 PASSIVO CIRCULANTE 
 2.1.1 OBRIGAÇÕES A FORNECEDORES 
 2.1.1.01 Duplicatas a Pagar - Fornecedor A 
 2.1.1.02 Duplicatas a Pagar - Fornecedor B 
 2.1.1.03 Duplicatas a Pagar - Fornecedor C 
 2.1.1.04 Duplicatas a Pagar - Fornecedor D 
 2.1.2 EMPRESTIMOS E FINANCIAMENTOS 
 2.1.2.02 Promissórias a Pagar 
 2.1.2.03 Titulos a Pagar 
 2.1.3 OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIAS 
 2.1.3.01 COFINS a Recolher 
 2.1.3.02 ICMS a Recolher 
 2.1.3.03 Impostos e Taxas a Recolher 
 2.1.3.04 PIS a Recolher 
 2.1.3.05 Provisão para Contribuição Social 
 2.1.3.06 Provisão para Imposto de Renda 
 21 
30 
 
 2.1.4 OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIAS 
 2.1.4.01 Contribuições de Previdência a Recolher 
 2.1.4.02 FGTS a Recolher 
 2.1.4.03 Provisão para Décimo Terceiro Salário 
 2.1.4.04 Provisão para Férias 
 2.1.4.05 Salários a Pagar 
 2.1.5 OUTRAS OBRIGAÇÕES 
 2.1.5.01 Aluguéis a Pagar 
 2.1.5.02 Contas a Pagar 
2.2. PASSIVO NÃO CIRCULANTE 
 2.2.1 PASSIVO EXIGIVEL A LONGO PRAZO 
 2.2.1.10 Obrigações a Fornecedores 
 2.2.1.11 Duplicatas a Pagar 
 2.2.1.20 Emprestimos e Financiamentos 
 2.2.1.21 Bancos Conta Emprestimos 
 2.2.1.22 Promissórias a Pagar 
 2.2.1.30 Débitos com Pessoas Ligadas 
 2.2.1.31 Títulos a Pagar à Coligada A 
2.3 PATRIMÔNIO LIQUIDO 
 2.3.1 CAPITAL SOCIAL 
 2.3.1.01 Capital 
 2.3.1.02 (-) Titular conta Capital a Realizar 
 2.3.6.03 (+ ou - ) Lucro/Prejuizo Acumulado 
 
 GRÁFICO II - CONTAS DE RESULTADO 
 
 3 - DESPESAS E CUSTOS 
3.1 DESPESAS OPERACIONAIS 
 3.1.1 DESPESAS COM VENDAS 
 Pessoal 
 3.1.1.01 Café e Lanches 
 3.1.1.02 Comissões sobre Vendas 
 3.1.1.03 Contribuições de Previdência 
 3.1.1.04 Décimo Terceiro Salário 
 3.1.1.05 Encargos Sociais 
 3.1.1.06 Férias 
 3.1.1.07 FGTS 
 3.1.1.08 Salários 
 3.1.1.09 Outras Despesas com Pessoal 
 Outras 
 3.1.1.11 Fretes e Carretos 
 3.1.1.12 Propaganda e Publicidade 
 3.1.1.13 Despesas com Créditos de Liquidação Duvidosa 
 3.1.1.14 Despesas Eventuais 
 3.1.2 DESPESAS FINANCEIRAS 
 3.1.2.01 Descontos Concedidos 
 3.1.2.02 Despesas Bancárias 
 3.1.2.03 Juros Passivos 
 3.1.3 DESPESAS GERAIS E ADMINISTRATIVAS 
 Pessoal 
 3.1.3.01 Café e Lanches 
 3.1.3.02 Comissões sobre Vendas 
 3.1.3.03 Contribuições de Previdência 
 3.1.3.04 Décimo Terceiro Salário 
 3.1.3.05 Encargos Sociais 
 3.1.3.06 Férias 
 3.1.3.07 FGTS 
 22 
31 
 
 3.1.3.08 Salários 
 3.1.3.09 Outras Despesas com Pessoal 
 3.1.3.10 Água e Esgoto 
 3.1.3.11 Aluguéis Passivos 
 3.1.3.12 Amortização 
 3.1.3.13 Combustiveis 
 3.1.3.14 Depreciação 
 3.1.3.15 Despesas Postais 
 3.1.3.16 Energia Elétrica 
 3.1.3.17 Fretes e Carretos 
 3.1.3.18 Materialde Expediente 
 3.1.3.19 Material de Limpeza 
 3.1.3.20 Prêmios de Seguro 
 3.1.3.21 Comunicação (Telefone, Fax, etc.) 
 3.1.3.22 Serviços de Terceiros 
 3.1.3.23 Despesas Eventuais 
 3.1.3.24 Despesas com Viagens 
 Tributárias 
 3.1.3.31 Impostos e Taxas 
 Outras 
 3.1.3.41 Despesas Eventuais 
 3.1.4 OUTRAS DESPESAS OPERACIONAIS 
 3.1.4.01 Despesas ou Gastos de Organização 
 3.1.4.02 Multas Fiscais 
 3.1.4.03 Multas de Trânsito 
 3.1.4.04 Despesas Eventuais 
 
 
 
3.2 CUSTOS OPERACIONAIS 
 3.2.1 CUSTO DAS COMPRAS 
 3.2.1.01 Compras de Mercadorias 
 3.2.1.02 Fretes e Seguros sobre Compras 
 3.2.1.03 (-) Abatimentos sobre Compras 
 3.2.1.04 (-) Compras Anuladas 
 3.2.1.05 (-) Descontos Incondicionais Obtidos 
 
 4 – RECEITAS 
4.1 RECEITAS OPERACIONAIS 
 4.1.1 RECEITA BRUTA 
 4.1.1.01 Vendas de Mercadorias 
 4.1.1.02 Receita de Serviços 
 4.1.1.03 (-) Abatimento sobre Vendas 
 4.1.1.04 (-) Vendas Anuladas 
 4.1.1.05 (-) Descontos Incondicionais Concedidos 
 4.1.1.06 (-) Impostos sobre Serviços ( ISS ) 
 4.1.1.07 (-) Tributo sobre Vendas 
 4.1.1.08 (-) ICMS sobre Vendas 
 4.1.1.09 (-) COFINS sobre Faturamento 
 4.1.1.10 (-) PIS sobre Faturamento 
 4.1.2 RECEITAS FINANCEIRAS 
 4.1.2.01 Descontos Obtidos 
 4.1.2.02 Juros Ativos 
 4.1.2.03 Rendimentos sobre Aplicações Financeiras 
 4.1.3 OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS 
 4.1.3.01 Aluguéis Ativos 
 4.1.3.02 Perdas Recuperadas 
 
23 
32 
 
 4.1.3.03 Receitas Eventuais 
5 - CONTAS DE APURAÇÃO DO RESULTADO 
5.1 RESULTADO BRUTO 
 5.1.1.99 Custo das Mercadorias Vendidas ( CMV ) 
 5.1.2.99 Custo dos Serviços Prestado ( CSP ) 
 5.1.3.99 Resultado da Conta Mercadorias ( RCM ) 
 5.1.3.01 Lucros sobre Vendas ( LUCRO BRUTO ) 
 5.1.3.02 ( - ) Prejuizo sobre Vendas 
5.2 RESULTADO LIQUIDO 
 5.2.1.99 Resultado do Exercicio 
 5.2.1.01 Lucro Liquido do Exercicio 
 5.2.1.02 Lucros Acumulados 
 5.2.1.03 Reservas de Lucro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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