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AULA 3 - ACOLHIMENTO E CLASSIFICAÇÃO DE RISCO - Copy (2)

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Saúde do Adulto
Profa. Flávia Carnaúba
Prof. Giuliano Mussi
Profa. Luciana Costa
Profa Miriam Watanabe
Profa. Sandra M.B.C. e Silva
Acolhimento com Avaliação e Classificação de Risco em Emergência
Introdução
	Serviço de Emergência – atendimento rápido e de qualidade, priorizando o atendimento de pacientes graves.
Principal objetivo é a redução de riscos decorrentes da demora de atendimento.
Acolhimento com Avaliação e 
Classificação de Risco = solução!!!!
ACOLHIMENTO - Histórico
	2004 - surge o programa QualiSUS. 
	Dentro deste contexto cria-se a Política Nacional de Humanização (PNH) denominada HumanizaSUS com o intuito de efetivamente, potencializar a garantia de atenção integral, resolutiva e humanizada aos usuários do SUS.
	
Humanização
Melhora no Atendimento 
Informações para Pacientes e Familiares
ACOLHIMENTO - Histórico
	Neste programa, destaca-se como uma das principais diretrizes o Acolhimento com Avaliação e Classificação de Risco (AACR), com o intuito de ser uma das intervenções mais potencialmente decisivas na reorganização e realização da promoção da saúde na rede, prestando um atendimento com qualidade, compromisso, dignidade e respeito a todos as pessoas que procuram os serviços de emergência;
	É uma ferramenta de organização do serviço de saúde cuja finalidade é definir prioridades de atendimento pela gravidade, por riscos de agravamento do quadro clínico dos pacientes e por maior sofrimento ou vulnerabilidade dos mesmos.
ACOLHIMENTO - Definições
A palavra “acolher”, em seus vários sentidos, expressa “dar acolhida, admitir, aceitar, dar ouvidos, dar crédito a, agasalhar, receber, atender, admitir”;
Classificação de Risco – Sinais de Alerta: É um processo dinâmico de identificação dos usuários que necessitam de tratamento imediato, de acordo com o potencial de risco, agravos á saúde ou grau de sofrimento;
O Acolhimento com Avaliação de Risco configura-se como uma das intervenções potencialmente decisivas na reorganização das portas de
 urgência e na implementação da 
 produção de saúde em rede.
Triagem: Escolher.
Objetivos da Classificação de Risco
	Humanizar e personalizar o atendimento;
	Avaliar o usuário logo na sua chegada;
	Descongestionar as UBS, PS, PA;
	Reduzir o tempo para o atendimento, fazendo com que o usuário seja visto precocemente de acordo com a gravidade;
	Determinar a área de atendimento primário, devendo o usuário ser encaminhado ao setor ou ponto de atenção adequado;
	Informar o tempo de espera;
	Retornar informações a 
usuários/familiares.
Acolhimento com Avaliação e Classificação de Risco (AACR) 
	A Portaria 2048/2002, atualizada pela portaria 100/2011, que regulamentam, no Brasil, os serviços de urgências e emergências, propõe a implantação nas unidades de atendimento às urgências do acolhimento e da “triagem classificatória de risco”. 
	De acordo com a Cartilha do PNH, o AACR deve ser realizado pelo Enfermeiro e ele necessita ser preparado para exercer essa função, por exemplo com treinamento no BLS (suporte
 básico de vida). 
Triagem
Classificação de risco é 
sinônimo de Triagem Estruturada.
O processo de triagem em emergência tem o papel de prestar cuidados imediatos para clientes mais urgentes.
Processo sistemático para determinar quem vai ser visto e tratado primeiro, com o objetivo de reduzir a morbidade e a mortalidade dos pacientes no serviço de emergência.
Objetivos da Triagem:
Determinar prioridades;
Organizar o fluxo;
Selecionar meios para diagnóstico e tratamento.
Resultados: aumento da resolutividade.
Satisfação de usuários e profissionais.
Triagem
Objetivos da Triagem:
Determinar prioridades;
Organizar o fluxo;
Selecionar meios para diagnóstico e tratamento.
Resultados: aumento da resolutividade.
Satisfação de usuários e profissionais.
Classificação de Risco
Acontece em ambiente:
	Intra-hospitalar
	Pré-hospitalar
Avaliação Intra-Hospitalar
Instrumentos para classificação
Segundo Portaria 354 de 10/03/14 do MS, temos três níveis na escala de atendimento:
	Emergência: Constatação médica de condições de agravo a saúde que impliquem sofrimento intenso ou risco iminente de morte, exigindo portanto, tratamento médico imediato.
	Urgência: Que urge. Que se deve fazer com brevidade, iminente, imediato, rápido, veloz. Inclui ocorrência imprevista de agravo a saúde com ou sem risco potencial a vida, cujo portador necessita de assistência médica imediata.
	Não urgência: pode aguardar.
Instrumentos para classificação no PS
	As recomendações para a realização do protocolo de AACR são feitas por escalas e protocolos que resumem o risco em cinco níveis que apresentam maior fidedignidade, validade e confiabilidade na avaliação do estado real do paciente 
	As escalas, ou protocolos, mais utilizados e reconhecidos e utilizados mundialmente são: 
	Emergency Severity Índex (ESI), 
	Australian Triage Scale (ATS), 
	Canadian Triage Acuity Scale (CTAS©) 
	Manchester Triage System (MTS)
ESI: Emergency Severity Index (utilizado nos EUA desde 1999);
	Australian Triage Scale – desde 2000
	Categoria 1: risco imediato de vida Ex: PCR – avaliação imediata;
	Categoria 2: risco iminente de vida ou tratamento imediato Ex: dor torácica isquêmica - avaliação < 10 minutos;
	Categoria 3: potencial ameaça à vida/ urgência Ex: convulsão- avaliação< 30 minutos;
	Categoria 4: potencial urgência ou complicações Ex: dor abdominal não específica- avaliação < 60 minutos;
	Categoria 5: não urgente Ex: condições crônicas- avaliação <120 minutos.
CTAS: Canadian Emergency Department Triage and Acuity Scale (Canadá) desde 1998;
* Tempo máximo aceitável na espera pela consulta médica.
OBSERVAÇÃO: Modelo de Classificação Estruturada mais utilizado no Mundo – Cinco Níveis de Risco.
Sistema de Triagem de Manchester
	Reino Unido –desde 1996
Manchester Triage System (MTS)‏
	Vermelho: (Imediato) - Risco imediato em perder a vida;
	Laranja: (10 minutos) - Risco imediato em perder a função de órgãos ou membros;
	Amarela: (60 minutos) – Condição que pode ser agravada se não houver atendimento;
	Verde: (120 minutos) – Pouco urgente;
	Azul: (240 minutos) – Não urgente, pode ser atendido em UBS. 
Instrumentos para classificação no Brasil
Utiliza-se esta Escala de Cores
Emergência
Casos muito graves, com risco de morte
Urgência
Casos que necessitam de um atendimento prioritário
Pouco Urgente
Casos de menor urgência e que podem aguardar atendimento
Não Urgente
Casos simples, sem urgência
Recomendações para um bom AACR
	Estabelecer boa comunicação com a equipe e a recepção;
	Utilização de instrumentos objetivos; (agilidade para pronto atendimento)
	Treinamento dos Enfermeiros;(profissional indicado para a realização da AACR)
	Uso de equipamentos eletrônicos; (agilidade e precisão);
	Tempo de triagem de 2-5 minutos (tempo de espera restrito).
	Planta física adequada
*
Avaliação Pré-Hospitalar
*
Triagem no APH
Lembrar - Múltiplas Vítimas
	Recursos suficientes
	Estabelecer o comando de incidente / solicitar ajuda
	Triar os pacientes / tratar primeiros os mais graves
	Não sobrecarregar o hospital mais próximo
	Recursos insuficientes
	Focar-se nos pacientes mais viáveis / Conforto para os demais
	Pode ser útil ter um médico no local
	Conhecer o plano local de atendimento a desastres
*
Papel do Enfermeiros frente ao atendimento pré-hospitalar:
	Decisão imediata
	Rápida avaliação
	Definir prioridade de atendimento e transporte
	AÇÕES BASEADAS EM EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS
Triagem Pré-hospitalar
Triagem pelo método START
Simple Triage and Rapid Treatment) – Simples Triagem e Rápido Tratamento
	Método que permite classificar o paciente por meio de etiquetas ou cartões de triagem de acordo com a prioridade de atendimento.
	No Brasil, é utilizado desde 1999 e através do Manual de Regulação Médica das Urgências, o método START é oficialmente adotado, em concordância com o Colégio Americano de Cirurgiões.
Triagem pelo método START
Classificação:vermelho – 1º prioridade;
	amarelo – 2º prioridade; 
	verde – 3º prioridade;
	preto – prioridade zero.
	Risco imediato de vida; apresentam respiração somente após abertura de vias aéreas ou a respiração está >30mrm.
 Necessitam de tratamento antes do transporte rápido ao hospital.
Transporte rápido ao hospital para atendimento.	Não apresentam risco de vida imediato.
Necessitam de algum tipo de tratamento no local enquanto aguardam transporte ao hospital.
	Vítimas com capacidade para andar. 
Não necessitam de tratamento médico ou transporte imediato.
 Lesões sem risco de vida.	Vítimas em óbito ou que não tenham chance de sobreviver.
Não respiram, mesmo após manobras simples de abertura da via aérea.
ou PULSO RADIAL
Múltiplas vítimas – Pré-Hospitalar
A identificação das vítimas é feita através de fitas, etiquetas coloridas ou cartões de triagem.
.
Estudo Dirigido
1- Caracterize acolhimento com classificação de risco? 
2- Quais os objetivos do processo de acolhimento?
3- Descreva o protocolo de Manchester utilizado no processo de acolhimento com classificação de risco.
4- Quais as recomendações para um bom acolhimento com classificação de risco?
5- De acordo com o START, como podemos classificar os pacientes em ambiente pré-hospitalar?
*
Referências 
	ALBINO, R.M; GROSSEMAN, S; RIGGENBACH, V. - Classificação de risco: Uma necessidade inadiável em um serviço de emergência de qualidade, Arquivos Catarinenses de Medicina Vol. 36, no. 4, de 2007, pg. 71.
	FERREIRA, C.S.W. - Programa Nacional de Humanização, Ministério da Saúde, Agosto, 2006;
	PIRES, P.S. Tradução para o português e validação de instrumento para triagem de pacientes em Serviço de Emergência: “Canadian Triage and Acuity Scale” (CTAS). São Paulo, 2003, 221p. Tese (Doutorado) Escola de Enfermagem, Universidade de São Paulo;
	Projeto Trauma. Atendimento a desastres – Manual de Treinamento. São Paulo: editora IBEP Ltda/Editora Nacional; 1999;
	SANTOS, R.R; CANETTI, M.D; RIBEIRO JUNIOR, C; ALVAREZ, F.S. Manual de Socorro de Emergência. 1ª Edição. Rio de Janeiro: editora Atheneu; 2000;
	SHIROMA, L.M.B, PIRES, D.E.P. Classificação de risco em emergência – um desafio para as/os enfermeiras/os, Enfermagem em Foco 2011; 2(1):14-17;
	Portaria 354 do Ministério da Saúde de 10/03/14

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