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TRABALHO TCC 1 2

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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DA BAHIA
Curso de Psicologia 
ÂNGELA GOMES COSTA
DAIANE BISPO ROCHA
KAÍS DA SILVA SOUZA
KAUANA BARBOSA CRUZ
LAÍSE ALVES ARAÚJO
TATIANE DE JESUS
TEOÍZA CRISTINA DE CASTRO
VANESSA GABRIELE SANTOS
TRANSTORNOS DE HUMOR E A TCC
SALVADOR - 2020
SUMÁRIO
1.INTRODUÇÃO .............................................P.3
2.CONCEITO....................................................P.3 a 4.
3. ESTUDOS DE RESULTADOS DE TRATAMENTOS... P.4 a 5.
4.PROPOSTA DA TCC......................................P.6 a 10.
5.CRÍTICA/DISCUSSÃO....................................P. 10 a 11.
6.CONCLUSÃO...................................................P. 11.
7.REFERÊNCIAS.....................................................P.12.
INTRODUÇÃO:
O transtorno de humor é doença que tem como característica alterações de humor, onde a pessoa tem episódios de depressão, ora de euforia (mania), ocorrendo períodos de normalidade. Esses episódios são classificados como transtorno bipolar. A euforia é uma alegria patológica, em que existe um acumulo de energia, sem ter necessidade de ter uma situação que à provoque, essas pessoas também passam fases de normalidade e de depressão, em que o sujeito vive períodos de tristeza. A ocorrência desses episódios pode variar de pessoa para pessoa, mas é normal que cada fase dure de semanas a meses. O indivíduo que sofre de bipolaridade muitas vezes não se dá conta de que está com o transtorno, sendo assim, cabe a família e amigos identificar o problema e ajudar a pessoa a encontrar um tratamento.
A terapia cognitiva comportamental é psicoterapia desenvolvida por Aaron Beck, que tem por objetivo ser estruturada, de curta duração, voltada para o presente, focada em problemas atuais e modificar comportamentos e pensamentos disfuncionais. É uma terapia que abrange uma grande gama de transtornos e problemas. A base do tratamento é a compreensão do sujeito, segundo suas crenças específicas e padrões de comportamento. O terapeuta usa técnicas e métodos que modifique o sistema de crenças, e com isso se produza uma modificação emocional e comportamental que perdure por muito tempo no paciente.
A terapia cognitivo-comportamental no tratamento do transtorno bipolar tem como objetivos: conscientizar o paciente e seus familiares sobre o transtorno; auxiliar para que o paciente tem um papel ativo durante o tratamento; oferecer técnicas que não sejam medicamentosas; auxiliar no controle dos sintomas leves; entre outros objetivos. O tratamento é feito em fases, ensinando o paciente a identificar e compreender como funciona a depressão e a mania, e também como ocorrem seus pensamentos automáticos e distorcidos. A TCC usa técnicas para monitorar os sintomas do transtorno. Também trabalha em como lidar com os problemas nas fases de depressão, estresse e mania.
CONCEITO:
Os transtornos do humor são problemas de saúde mental nos quais as alterações emocionais constituem em períodos prolongados de tristeza excessiva (depressão), de exaltação excessiva ou de euforia (mania), ou ambos. A depressão e a mania retratam os dois extremos opostos dos transtornos do humor. Também são considerados como transtornos afetivos. Afeto significa capacidade individual de experimentar o conjunto de fenômenos afetivos (emoções, paixões, sentimentos).
Um transtorno do humor é identificado quando a tristeza ou euforia é demasiadamente intensa, é acompanhada por determinados sintomas característicos e implica a capacidade operacional física, social e no trabalho. Quando somente a depressão ocorre, é chamado de transtorno unipolar. Outros transtornos do humor, nomeados transtornos bipolares, abrangem episódios de depressão que se alternam com ocorrências de mania. A mania sem depressão é muito incomum.
Os principais tipos de transtorno de humor são: depressão, transtorno bipolar, transtorno ciclotímico e transtorno distímico. Estima-se que a depressão é uma das principais causas de incapacidade em todo mundo; estima-se 350 milhões de pessoas afetadas (OMS) e 17% da população brasileira apresentarão o transtorno ao longo da vida. 
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerda de 140 milhões de pessoas no mundo tem o transtorno de humor bipolar que foi considerada um dos principais transtornos junto com a depressão. 
O tratamento feito em conjunto com a psicoterapia é realizado traves de medicamentos, porem o índice de recaídas pode ser grande se não tiver um acompanhamento continuo ou até mesmo de manutenção (Knapp & Isolan, 2005).
ESTUDOS DE RESULTADOS DE TRATAMENTOS
Terapia individual 
Tem como foco fatores de risco para recaída, incluindo não aderir os medicamentos, correr o risco de excessivos ou superestimar a recompensa antes da mania e inatividade comportamental durante a depressão (Manual Clínico - 5ª Edição). 
Em um ano 44% dos pacientes em TCC tiveram recaídas em comparação com 75% dos pacientes que receberam tratamentos com medicamentos isolado. Entre 12 a 30 meses a TCC não impediu a recaída em relação ao tratamento medicamentoso isolado, mas apresentou uma influência positiva (Manual Clínico - 5ª Edição). 
Psicoeducação em Grupo
Os efeitos da psicoeducação em grupo tem sido documentado em vários ensaios clínicos de grande escala, incluindo um realizado na clínica de pacientes ambulatórias. As sessões de psicoeducação inclui palestras, dramatização discursões sobre crenças e atitudes, intervenções comportamentais e exercício de casa entre as sessões. 
Esse tipo de tratamento mostra um baixo índice de recaídas para grupos bem estruturados. (Manual Clínico - 5ª Edição).
Terapia de família 
Existe vários estudos de intervenção familiar como coadjuvante a medicação para pacientes com transtorno de humor. Esse tipo de tratamento ressalta como a família pode influenciar no tratamento, vários estudos feitos com as famílias de paciente com transtorno de humor mostra a eficácia, seja na psicoterapia ou nas intervenções psicoeducativas, contando com famílias acessíveis e dispostas a participar do tratamento. (Manual Clínico - 5ª Edição).
PROPOSTA DA TCC
1. Transtornos de humor e a Terapia Cognitivo Comportamental 
A terapia cognitiva comportamental dos transtornos de humor trabalha no sentido de identificar os pensamentos disfuncionais, ajudar o paciente a reconhecer o quanto estes pensamentos estão colaborando negativamente com seu humor, ajudar a identificar novas formas mais realistas e adaptadas de ver e lidar com as adversidades. Nessa abordagem, é comum que o psicólogo prescreva "lições de casa", ou seja alguma atividade que possa colaborar no incremento das técnicas aplicadas em consultório, estas atividades podem incluir algo a ser observado, anotado ou realizado.
O psicólogo pode também trabalhar na identificação da origem destes pensamentos disfuncionais analisando as crenças subjacentes que possam estar na base dos sentimentos atuais, assim como a identificação das situações vividas que possam ter marcado este paciente.
1.1. Terapia cognitivo comportamental para Transtorno depressivo 
Quando um paciente com sintomas depressivos chega para avaliação, é importante identificar a intensidade dos sintomas. Um dos instrumentos que podem auxiliar nesse processo são as Escalas de Beck. Pode ser que haja necessidade de associar a utilização de fármacos juntamente com a terapia cognitiva. Essa combinação traz resultados eficazes, inclusive na prevenção da recaída (RODRIGUES; HORTA, 2011).
O objetivo da terapia cognitiva com pacientes deprimidos é identificar e corrigir pensamentos e crenças distorcidas. Para tal, é necessário lançar mão da reestruturação cognitiva, através de técnicas de auto monitoramento.
As técnicas comportamentais são frequentemente utilizadas com o objetivo de tornar o paciente mais eficiente através de experimentos que testem suas ideias negativas. Normalmente, elas são utilizadas nos primeiros momentos da terapia. O agendamento de atividades serve para neutralizar a perda de motivação, a inatividade, e preocupação do sujeito com ideias distorcidas.Após engajar-se em uma atividade o paciente pode registrar o nível de Domínio – ou conquista e prazer que ele experimenta. Esses itens podem ser classificados em uma escala de 1 a 5. Esta técnica ainda tende a neutralizar pensamentos distorcidos do paciente do tipo tudo ou nada (BECK et al.,1997).
Além disso, realiza-se a prescrição de tarefas graduadas, que consiste em dividir uma tarefa grande em partes pequenas com um primeiro passo relativamente fácil, garantindo que o paciente tenha domínio sobre a atividade desempenhada. Com o ensaio cognitivo, o terapeuta auxilia o paciente a identificar e desenvolver soluções para os problemas antes que se produza uma falha indesejada de experiência. É importante o terapeuta ressaltar que não está testando o paciente, mas assim, suas ideias negativas (BECK et al.,1997).
Os sintomas fisiológicos casualmente são alvo no tratamento da depressão. Beck (1997) postula que distúrbios do sono, da alimentação e do desejo sexual diminuem assim que o nível de depressão do paciente cede. É importante informar que esses sintomas são característicos do quadro e possivelmente derivam do humor deprimido. Desta forma, a reestruturação cognitiva pode servir para a finalidade de avaliar e corrigir os pensamentos disfuncionais causadores do transtorno.
Muitas vezes, o desejo de um paciente deprimido de escapar da vida pode ser tão grande que a ideia de suicídio representa o único alivio para a situação presente. A primeira meta ao ajudar um paciente suicida é encontrar o motivo que o leva a pensar em morte. Algumas pessoas declaram que sua meta é desistir, escapar da vida e buscar um ponto final. Outros sujeitos que tentaram suicídio relatam que jogaram com a morte para produzir efeitos interpessoais manipulativos. Por exemplo, o motivo poderia ter sido desencadeado por um desejo de amor e afeto, por uma necessidade de vingança, etc. Uma característica que demarca os pacientes suicidas é a noção da aceitabilidade ou desejabilidade de resolver seus problemas através da morte. Por isso, trata-se de um assunto que precisa ser trabalhado em sessão. (BECK et al., 1997; SAFF; ABREU; LOTUFO NETO, 2011; SUDAK, 2008)
Desde o início do tratamento com pacientes potencialmente suicidas, é importante que o terapeuta ganhe tempo até que o perigo tenha passado, numa tentativa de tomar medidas de proteção. Uma técnica possível de ser utilizada pelo terapeuta é instigar a curiosidade do paciente acerca da terapia ou da sua abordagem terapêutica. Na sequência, solicita-se ao cliente que verifique os pros e os contras do suicídio, ou seja, as razoes de ambos os lados. É interessante apontar que o sujeito frequentemente anula os fatores positivos da sua vida: ele os esquece, ele os ignora, ou desconsidera seu valor (BECK et al.1997; SAFFI; ABREU; LOTUFO NETO, 2011).
Beck et al. (1997) compreendem a ideação suicida como uma oportunidade e não um retrocesso: a terapia pode ser auxiliada pelas recorrências de desejos suicidas, os quais podem ser “trabalhados” nas situações terapêuticas. “Quantas vezes você já pensou em se matar? E você acha que 1 hora de conversa comigo vai reverter o que aconteceu tão frequentemente no passado? Por isso acho que você deveria me dar uma chance de te ajudar”. 
Em intervenções de crise, o terapeuta adquire um papel mais ativo e procura obter dados que contradigam as crenças do paciente. Nas abordagens normais das sessões de TCC, o terapeuta ainda assume um papel mais ativo, mas visando sempre que o paciente assuma a responsabilidade em esclarecer e projetar soluções possíveis para os seus problemas (BECK et al., 1997).
Á medida que a depressão do paciente cede, o foco do tratamento implica em transformar as Crenças Intermediarias e Centrais – as quais predispõem a pessoa à depressão. Esse trabalho exerce efeito direto sobre a habilidade do paciente para evitar depressões futuras. Pressuposições mal adaptativas diferem das adaptativas no sentido de serem inapropriadas, rígidas e excessivas. Essas regras se ativam em situações que afetam áreas relevantes as vulnerabilidades especificas da pessoa, ou seja, eventos estressores. Elas são aprendidas durante a infância e raramente o paciente examina ou dúvida destas opiniões espontaneamente. Por essa razão, desafios às pressuposições dos pacientes devem ser apresentados na forma de perguntas e pressuposições alternativas, e não imposições. Em seu livro, Beck et al. (1997) utilizam o termo “contrato pessoal” para referir-se às crenças intermediárias. Por exemplo, ao longo do seu desenvolvimento muitas pessoas estabelecem regras do tipo “se eu faço X, então Y vai acontecer”.
Na TCC, diversos autores enfatizam a importância do uso de experimentos para testar muitas das crenças e pensamentos negativos do paciente. É necessário que o terapeuta especifique o problema, identifique uma hipótese sobre a causa do problema, projete um teste das hipóteses, avalie os resultados do teste, e aceite, rejeite ou modifique a hipótese para explicar os resultados do teste. “O que é que você tem a perder se tentar? ”, “vejamos se podemos descobrir um modo de checar estes pensamentos” ou “Por que não experimentar para ver se funciona? ” Constituem intervenções frequentemente utilizadas para explicar a racionalidade da tarefa (BECK et al.,1997).
Ao prescrever um experimento, o terapeuta pode estipular um número X de Pensamentos Automáticos a serem observados. Frequentemente é útil fazer o paciente repetir a tarefa em suas próprias palavras e descrever quaisquer problemas que ele poderia antecipar. Beck et al. (1997) sugerem que o terapeuta dê a si mesmo uma tarefa, aumentando, por meio disso, os valores cooperativos em terapia. Sempre que o paciente não tenta fazer o experimento, deve-se verificar se as instruções foram claras e se o paciente compreendeu como a tarefa era relevante para ajudá-los a fazer experimentos comportamentais envolve aprender a “falar com seus músculos”. À medida que a terapia evoluir, chegará um momento em que a tarefa do paciente será projetar a sua própria tarefa (SAFFI; ABREU; LOTUFO NETO, 2011). Outras intervenções como pratica de atividade física regular, um padrão de sono regular, hábitos de higiene e alimentação saudáveis podem ser trabalhadas durante a TCC, pois auxiliam muito a melhora dos sintomas dos pacientes deprimidos (RODRIGUES; HORTA, 2011).
Ao longo de toda a terapia, é aconselhado que o terapeuta abordasse ocasionalmente o caráter finito das sessões. Quer dizer, torna-se necessário discutir com os pacientes aspectos relacionados ao término e a recaída. Temas como doença e cura, a visão de “erro”, a dependência para com a figura do terapeuta e a eficácia “mágica” da terapia cognitiva devem ser abordados continuamente (BECK et al., 1997). 
 
1.2. Terapia cognitivo comportamental para Transtorno bipolar 
A utilização de abordagens cognitivo-comportamentais coadjuvantes em pacientes com transtorno bipolar promove a adesão ao tratamento medicamentoso e o enfraquecimento de algumas cognições que podem vir a desencadear novos episódios de humor. Salienta-se ainda a importância da TCC no tratamento do transtorno bipolar, a fim de diminuir fatores de risco ao desenvolvimento de novos episódios de humor. Sabe-se ainda que quando não contidos adequadamente, em função do erro diagnostico ou pela contenção química inadequada ou insuficiente, estes pacientes podem apresentar dificuldades em manter os estados de humor eutímico (DELL’AGLIO JÚNIOR et al., 2003; FIGUEIREDO et al. 2009; SAFFI; ABREU; LOTUFO NETO, 2011; SUDAK, 2008).
O objetivo da TCC para o transtorno bipolar consiste em: psicoeducação (educar o paciente e seus familiares sobre doença), ensinar métodos para monitorar o humor do paciente; oportunizar técnicas não medicamentosas para lidar com sintomas da doença e problemas do cotidiano; melhorar adesão ao tratamento medicamentoso. Para monitorar os sintomas podem ser utilizadas as seguintes técnicas: mapeamento da vida; folha de resumo dos sintomas; gráfico do humor e afetivograma (RANGÉ, 2001). 
Em momentosde estabilidade, já durante o processo de avaliação inicial o terapeuta inicia a educar seu paciente sobre o Modelo Cognitivo, enquanto está sento estabelecido o vínculo terapêutico. Trata-se de falar sobre como as cognições influenciam as emoções e os comportamentos, e de como estes se relacionam com os problemas vividos pelo cliente, a fim de diminuir a intensidade e a frequência dos seus episódios de humor (DELL’AGLIO JÚNOR et al., 2003;).
Utilizam-se estratégias extrasessões, como as tarefas de casa, com o objetivo de que os pacientes coletem evidências acerca da validade das suas cognições e desenvolvam novas formas de pensar. Assim o terapeuta conduz seu paciente no processo de reestruturação cognitiva, isto é, na modificação de crenças e pensamentos distorcidos/disfuncionais acerca dos fatos (DELL’AGLIO JÚNIOR et al., 2003).
Trata-se de auxiliar o paciente a monitorar seus pensamentos de conteúdo grandioso, possíveis preditores de episódios de mania ou hipomania. Através do auto monitoração os pacientes tornam-se mais sensíveis às oscilações de humor, permitindo a elaboração de estratégias que contenham as flutuações de afeto e reconhecer eventos gatilhos (DELL’AGLIO JÚNIOR et al., 2003;).
Desta forma, faz-se importante a presença de intervenções psicoeducativas para que o paciente, seus familiares e as pessoas próximas compreendam as características da sua doença. Trata-se de identificar sinais e sintomas de possíveis episódios de humor, ressaltando a necessidade de condutas medicamentosas para a efetividade do tratamento (DELL’AGLIO JÚNIOR et al., 2003; FIGUEIREDO et al., 2009).
Pode-se fazer uso das técnicas como: registro de pensamentos disfuncionais, questionamento socrático, exame das evidências, balança decisacional, resolução de problemas, exercícios de relaxamento, monitoração de atividades diárias e afetivogram, busca de soluções alternativas, imagens mentais e role plays, inoculação ao estresse, treino de habilidades sociais entre outros (BECK, 2013; BECK et al., 1997; DELL’AGLIO JÚNIOR et al., 2003; SAFFI; ABREU; LOTUFO NETO, 2011; RANGÉ, 2011).
Uma técnica de suma importância no trabalho com pacientes com transtorno bipolar é a resolução de problemas. Ela permite que os sujeitos identifiquem possíveis dificuldades e promovam estratégias de comportamento saudáveis. No entanto, torna-se necessário iniciar com situações-problema simples, de modo a aumentar a auto eficácia do paciente e reforçar seus aspectos positivos, evitando a recorrência dos episódios e a diminuição de sintomas subsindrômicos (DELL’AGLIO JÚNIOR et al., 2003; RANGÉ, 2011).
Em função dos diferentes prejuízos ocasionados pelo transtorno, pode-se fazer necessária a utilização do Treino de Habilidades Sociais, auxiliando o paciente a desenvolver comportamentos assertivos, para retomar as suas atividades diárias de forma socialmente habilidosa (DELL’AGLIO JÚNIOR et al., 2003).
Na medida em que situações problema e os objetivos do tratamento vão sendo resolvidos, a terapia para transtorno bipolar vai chegando ao fim, Inicia-se então um trabalho de prevenção a recaídas, a fim de diminuir a frequência e a intensidade dos episódios maníacos/ hipomaníacos e aumentar o tempo de humor etímico. O principal objetivo da prevenção é promover alterações no estilo de vida dos pacientes, a fim de diminuir o risco de desenvolver novos episódios. Trata-se de identificar sinais e sintomas prodrômicos de possíveis episódios de humor, aderir à farmacoterapia e evitar comportamentos de risco como a ingestão de álcool (DELL’AGLIO JÚNIOR et al., 2003).
CRÍTICA/DISCUSSÃO
A evolução do transtorno de humor iniciou com Kraepelin onde dividiu as psicoses endógenas em "dementia praecox" e "psicose maníaco-depressiva", forneceu os limites do que atualmente se considera o espectro bipolar. Apontava como características definidoras dessa diferenciação o curso episódico, o prognóstico benigno e a história familiar de doença maníacodepressiva e, em 1913, na oitava edição de seu tratado, coloca virtualmente todas as formas de melancolia pertencendo à "doença maníaco-depressiva". O reconhecimento dos estados mistos foi uma importante contribuição para embasar a ligação das duas fases da doença. As ideias desenvolvidas por Kraepelin não estavam para ele encerradas, mas sim suscetíveis à influência das pesquisas e observação clínica, mostrando uma atitude flexível diante da evolução do sistema classificatório em psiquiatria. Assim, a ideologia proposta por Kraepelin permaneceu reinando até 1966, quando foram publicados os trabalhos de Angst e Perris, independentemente, apoiando a diferenciação entre transtornos unipolares e bipolares. Ambos os trabalhos mostraram que a "mania unipolar" está ligada aos transtornos bipolares, o que não ocorre com a depressão unipolar, que guarda características distintas no curso, genética gênero e personalidade pré-mórbida.
Os transtornos do humor podem ter frequência, gravidade e duração variáveis, a depressão pode ser única ou recorrente. O termo distimia foi usado inicialmente para designar transtornos afetivos e separá-los dos transtornos não afetivos, sendo Carl Flemming, em 1844, um dos primeiros a utilizá-lo nesse sentido, com sintomas depressivos mais leves que da depressão, porém duradouros e oscilantes, em que predominam irritabilidade e mau-humor, é confundida com a personalidade da pessoa e costuma evoluir para depressão. 
Os transtornos de humor estão presente cada vez mais na vida das pessoas com a tecnologia avançada e a vida corrida tem tornado tudo mais estressante, consequentemente vem o mau humor que é muito confundido pelo transtorno de bipolaridade. É muito importante sabermos que o mau humor costuma ser algo pontual, uma situação que ocorra de ruim no dia a dia geralmente traz alguns sintomas para o indivíduo como desânimo, tristeza, pensamentos negativos, isolamento social uso de tranquilizantes ou até mesmo drogas ilícitas. Já no Transtorno Bipolar acontece uma oscilação de humor, onde se enquadra numa doença psiquiátrica onde há uma disfunção biológica, com taxas de neurotransmissores que oscilam entre altas e baixas, que podem nem mesmo precisar de um fator externo para desencadear um dos polos do transtorno. Um indivíduo com Transtorno Bipolar passa por fases e períodos em que se encontra eufórico como se estivesse extremamente feliz ou muito irritado e, em outros, está completamente depressivo e taciturna, desmotivado. No entanto, uma orientação psicológica também é importante e no transtorno bipolar é essencial que seja realizado o tratamento psiquiátrico com o uso de medicações e também que haja o acompanhamento com o psicólogo. 
CONCLUSÃO:
Neste trabalho abordamos a proposta da TCC e a sua intervenção nos transtornos de humor. O transtorno de humor é uma doença que tem como características alterações do mesmo, onde a pessoa tem episódios, ora de depressão, ora de euforia. A terapia-cognitiva comportamental tem por objetivo ser estruturada, de curta duração, voltada para o presente.
Concluímos que a terapia-cognitiva comportamental nos transtornos de humor, tem como objetivo auxiliar o paciente durante o tratamento, oferecer técnicas que não seja medicamentosa, auxiliar no controle dos sintomas leves, ensinando o paciente a identificar e compreender como funciona a depressão e a mania, também como ocorrem seus pensamentos automáticos e distorcidos. São usadas técnicas para monitorar os sintomas do transtorno, também é trabalhado como lidar com os problemas nas fases de depressão e mania.
Este trabalho foi muito importante para nosso conhecimento, com a compreensão e aprofundamento deste tema. Pois visto que a teoria-cognitiva comportamental é de curta duração e focada no presente momento, o terapeuta usa métodos e técnicas que modificam o sistema das crenças especificas e padrões de comportamentos. Nos permitiu compreender melhor como a teoria-cognitiva comportamental trabalha no auxílio de pacientes com transtornos de humor. Além de termos desenvolvido maiores conhecimentos sobrea abordagem, organização e comunicação. 
Portanto, diante do que foi mencionado, chegamos a concordância de que essa abordagem se faz bastante eficaz, pois como ela é breve e focal, é possível que produza uma modificação emocional e comportamental que perdure por muito tempo no paciente, auxiliando no controle dos sintomas do transtorno.
REFERÊNCIAS:
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-de-sa%C3%BAde-mental/transtornos-do-humor/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-transtornos-do-humor
Matta, Adriana da, Balem Yates, Denise, Grazziotin Silveira, Paula, Bizarro, Lisiane, Marceli Trentini, Clarissa, Intervenções Cognitivo-Comportamentais no Transtorno de Humor Bipolar. Interamerican Journal of Psychology [Internet]. 2010
Barlow. H. David - Manual Clínico dos Transtornos Psicológicos - 5ª Edição
https://psiquiatriapaulista.com.br/transtorno-de-humor/
Beck, J. S. (2013). Terapia Cognitiva-Comportamental: teoria e prática. 2ª Ed. Porto Alegre. Artmed. 413 p
Neto, F.L. Terapia comportamental cognitiva para pessoas com transtorno bipolar. Revista brasileira de psiquiatria, 2004; 26 (supl III):44-6
https://doi.org/10.1590/S0101-60832010000400004
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-60832010000400004
https://psiquiatriapaulista.com.br/transtorno-de-humor/
https://blog.psicologiaviva.com.br/transtorno-bipolar/
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