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processo civil 2 completo

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1 
 
1 Mariana Abreu – Processo Civil ll 
 
Aula 1 
Linha do tempo de processo civil procedimento ordinário: 1-começa por 
iniciativa da parte (por petição inicial) 2- citação 3-audiencia de mediação e 
conciliação; se não tiver acordo=4- resposta do réu 5-recursos 6-execução 
Providencias preliminares 
1,2,3 e 4 nesse momento já se tem a versão dos fatos trazidas pelo autor e a 
versão dos fatos trazida pelo réu, cada uma das versões com suas 
perspectivas provas documentais e pedidos de novas provas diversas. 
Então após a resposta do réu ou até mesmo diante de uma não resposta (réu 
revel) tem início a fase das providencias preliminares. 
Para que serve essa fase? Ela tem três principais funções 
1ª- Ordenar/organizar o processo; como até aqui já teve vários atos 
processuais praticados, é preciso verificar se foram praticados de forma 
adequada ou se tem algum vicio. 
2ª- Garantir o contraditório; se o autor alegou uma série de coisas e o réu 
também alegou uma série de coisas é preciso fazer um checklist para ver se 
tudo aquilo que o autor alegou, o réu se manifestou sobre (e vice-versa, tudo 
aquilo que o réu alegou o autor se contrapôs) se isso acontecer, se tiver algum 
fato que não teve resposta será necessário então garantir o contraditório (à 
medida que surgir fatos novos que a outra parte não teve oportunidade de se 
manifestar, o juiz deverá garantir o contraditório) 
3ª-Sanear o processo (eliminar os vícios): dar a oportunidade para as partes de 
sanear os vícios que existam no processo e que posam comprometer seu 
andamento. Tentar fazer com que o caminhar processual sega de forma fluida, 
essa é a hora principal, mas não a única, o juiz pode fazer isso em qualquer 
momento. 
 
Definição – Apresentada a resposta do réu ou não o Juiz 
adotará as providências preliminares para: I) ordenamento do 
processo, 
II) assegurar o direito ao contraditório, 
III) sanear o processo – eliminar vícios que comprometam a sua 
higidez. 
Art. 347 – CPC - Findo o prazo (com ou sem manifestação do réu) 
para a contestação, o juiz tomará, conforme o caso, as 
 
2 
 
2 Mariana Abreu – Processo Civil ll 
providências preliminares constantes das seções deste 
Capítulo. 
Obs: Tal atividade pode ocorrer durante todo o processo. Há 
apenas uma maior concentração nesta etapa. 
 
Tipos de providencias preliminares: 
1-Garantir o Direito de replica ao Autor 
2-Garantir ao Réu o direito a tréplica 
3- Intimação para Correção de irregularidades e vícios sanáveis; 
4- Exame dos efeitos da Revelia; 
5- Se houve reconvenção – deve intimar o autor para apresentar contestação; 
6-Decidir sobre a Gratuidade da Justiça; 
7- Decidir sobre a sua competência; 
8- Decisão sobre impugnação ao valor da causa. 
Após passar por todas essas providencias preliminares, entra em outro estagio 
que é o do julgamento conforme o estado do processo. 
DAS PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES. 
a) Garantir o Direito a Réplica do Autor: tendo em vista que 
o autor já fez a petição inicial e o réu já teve a oportunidade de 
conhecê-la e impugna-la, pode ser que na defesa o réu tenha trazido 
fatos novos e que diante desses fatos, o autor tem direito de se 
manifestar, pode ser também que o réu não tenha trazido nenhum 
fato novo, mas tenha trazido um documento para ser anexado ao 
processo. Vai caber ao juiz examinar o caso e determinar se é ou 
não é caso de réplica do autor; nem todo processo à terá vai 
depender de como o réu se defender. Formas de defesa do réu: 1- 
reconvenção 2- contestação (defesa contra o processo; e defesa 
contra o mérito-direta (apenas impugna os fatos) ou indireta 
(acrescenta fatos novos) 
 O direito de replica vai haver então: 1ª hipótese-Quando houver 
contestação do tipo de defesa contra o mérito de tipo indireta, onde o 
réu admite a ocorrência do fato jurídico, mas traz outro fato jurídico, que 
pode ser modificativo, extintivo ou impeditivo daquele direito. Pois não 
houve apenas a simples negativa do fato, houve a alegação de fatos 
novos desconhecidos pelo autor, que precisa ter a oportunidade de 
impugna-los. 
 
3 
 
3 Mariana Abreu – Processo Civil ll 
Ex: Laís entra com uma ação cobrando aluguel de Raquel. Raquel 
responde que, embora houvesse o contrato de aluguel, os contratos 
estariam todos pagos conforme documentos fornecidos pela mesma 
nessa hora (fato extintivo), Laís como autora da ação, terá que ter a 
oportunidade de examinar os documentos anexados ao processo por 
Raquel e responder sobre tais, na réplica do autor. 
2ª hipótese- Quando o réu trouxer uma defesa contra o processo; 
nesse caso são todas as matérias listadas no Art.337 do CPC, todas 
elas ligadas a aspectos processuais formais, que não dizem respeito a 
relação jurídica de direito material, vícios processuais; como o autor não 
tem como saber tais vícios alegados pelo réu, é necessário dar ao autor 
a oportunidade de se manifestar a respeito da existência desses vícios. 
Toda vez que tiver alegação de vícios processuais (defesas contra o 
processo). 
Ex: Lais não junta a procuração, Raquel responde então que falta a 
Lalai capacidade postulatória. 
Art. 351. Se o réu alegar qualquer das matérias enumeradas no art. 337, o juiz 
determinará a oitiva do autor no prazo de 15 (quinze) dias, permitindo-lhe a produção 
de prova. 
Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar: 
I - inexistência ou nulidade da citação; 
II - incompetência absoluta e relativa; 
III - incorreção do valor da causa; 
IV - inépcia da petição inicial; 
V - perempção; 
VI - litispendência; 
VII - coisa julgada; 
VIII - conexão; 
IX - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização; 
X - convenção de arbitragem; 
XI - ausência de legitimidade ou de interesse processual; 
XII - falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar; 
XIII - indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça. 
§ 1o Verifica-se a litispendência ou a coisa julgada quando se reproduz ação 
anteriormente ajuizada. 
§ 2o Uma ação é idêntica a outra quando possui as mesmas partes, a mesma causa 
de pedir e o mesmo pedido. 
§ 3o Há litispendência quando se repete ação que está em curso. 
§ 4o Há coisa julgada quando se repete ação que já foi decidida por decisão transitada 
em julgado. 
§ 5o Excetuadas a convenção de arbitragem e a incompetência relativa, o juiz 
conhecerá de ofício das matérias enumeradas neste artigo. 
§ 6o A ausência de alegação da existência de convenção de arbitragem, na forma 
prevista neste Capítulo, implica aceitação da jurisdição estatal e renúncia ao juízo 
arbitral. 
 
4 
 
4 Mariana Abreu – Processo Civil ll 
 3ª hipótese: Toda vez que o réu juntar novos documentos, 
independentemente do tipo de defesa que ele faça, podendo ser até defesa 
de mérito direta (não acrescenta fatos novos) 
 
Como funciona a replica? 
Ocorrendo uma das três hipóteses, o autor terá 15 dias para apresentar 
sua réplica na qual deverá se manifestar a respeito ou dos fatos novos 
trazidos pela defesa indireta e/ou sobre as defesas contra o processo, e 
eventualmente sobre os documentos que tiverem sido juntados. 
Ex: Ação onde um empregado pede férias ao empregador “trabalhei e 
não ganhei férias, bixa, pague minhas férias”, o empregador na defesa 
diz: “ realmente, foi meu empregado, e não paguei as férias, mas ele tem 
60 faltas injustificados e quem tem mais 30 não tem direito a férias” 
trouxe um fato impeditivo ao direito do autor; o autor não tem como 
saber disso, podendo então apresentar atestados médicos “ dessas 60 
faltas, possui 55 atestadas, então na realidade só tenho 5 faltas (junção 
de documentos), nessa situação, é necessário garantir ao réu o direito a 
Tréplica. 
 
b) Garantir ao Réu o direito a tréplica; Assim como o autor 
tem o direito ao contraditório quando o réu alegou fatos novos, ou 
anexou ao processo novos documentos, oréu também tem o direito ao 
contraditório com relação a fatos novos ou novos documentos trazidos 
pelo autor na sua réplica. Os fatos novos da treplica tem que ter haver 
com os fatos novos da réplica. 
Código de Processo Civil. 
Subseção III 
Da Produção da Prova Documental 
Art. 437. O réu manifestar-se-á na contestação sobre os documentos anexados à 
inicial, e o autor manifestar-se-á na réplica sobre os documentos anexados à 
contestação. 
§ 1o Sempre que uma das partes requerer a juntada de documento aos autos, o juiz 
ouvirá, a seu respeito, a outra parte, que disporá do prazo de 15 (quinze) dias para 
adotar qualquer das posturas indicadas no art. 436. 
§ 2o Poderá o juiz, a requerimento da parte, dilatar o prazo para manifestação sobre a 
prova documental produzida, levando em consideração a quantidade e a 
complexidade da documentação. 
 
Aula 2 
 
c)Intimação para Correção de irregularidades e vícios 
sanáveis; como vimos, na providencia preliminar, teremos algumas 
 
5 
 
5 Mariana Abreu – Processo Civil ll 
atividades a serem exercidas: ordenação do processo, sanear vícios 
existentes e garantir o contraditório de fatos que ainda não estejam 
devidamente oportunizados. 
O juiz tem essa obrigação, de olhar naquele momento em que as 
duas partes já se manifestaram, e se está na eminencia de começar 
o processo para valer, temos que verificar se não falta nenhum 
documento e se existe algum vicio que possa impedir ou que passa 
atrasar o desenvolvimento do processo. 
Ex: 1-Regularizar a representação processual: o juiz pode verificar nesse 
momento que uma das partes não juntou procuração, ou seja, o advogado das 
partes não está devidamente habilitado nos autos, não tendo, portanto, 
capacidade postulatória; o juiz deve então intimar as partes para corrigir esse 
vício. Caso as partes não corrijam esse vício, se for o autor o processo pode 
ser extinto sem resolução de mérito ou aplicação de penalidades, se for o réu, 
poderá ser considerado revel. 
Nesse momento, pode também cuidar da capacidade processual (menor 
desacompanhado) art 76 
Art. 76. 
Verificada a incapacidade processual ou a irregularidade da representação da parte, o 
juiz suspenderá o processo e designará prazo razoável para que seja sanado o vício. 
§ 1º Descumprida a determinação, caso o processo esteja na instância originária: 
I - o processo será extinto, se a providência couber ao autor; 
II - o réu será considerado revel, se a providência lhe couber; 
III - o terceiro será considerado revel ou excluído do processo, dependendo do polo 
em que se encontre. 
§ 2º Descumprida a determinação em fase recursal perante tribunal de justiça, tribunal 
regional federal ou tribunal superior, o relator: 
I - não conhecerá do recurso, se a providência couber ao recorrente; 
II - determinará o desentranhamento das contrarrazões, se a providência couber ao 
recorrido. 
 
2-intimação do ministério publico: o Art 168 do cpc diz: Art. 178 O Ministério 
Público será intimado para, no prazo de 30 (trinta) dias, intervir como fiscal da ordem 
jurídica nas hipóteses previstas em lei ou na Constituição Federal e nos processos que 
envolvam: 
I – interesse público ou social; 
II – interesse de incapaz; 
III – litígios coletivos pela posse de terra rural ou urbana. 
Parágrafo único. A participação da Fazenda Pública não configura, por si só, hipótese de 
intervenção do Ministério Público. 
 
6 
 
6 Mariana Abreu – Processo Civil ll 
Então, o código, a constituição e algumas leis esparsas já trazem hipóteses na 
qual é obrigatória a intervenção do ministério público. Então se o juiz percebeu 
que até esse momento (após a resposta do réu) não houve a intimação do MP 
para que se manifestassem ele vai determinar a intimação do MP; isso para evitar 
que o processo lá na frente venha a ser anulado por falta da intimação do 
Ministério Público. O importante aqui é verificação da existência da intimação e 
não da manifestação do MP propriamente dita, pois ele pode ser intimado e 
escolher não se manifestar. 
3-Intimação da CVM (comissão de valores mobiliários) (art. 31 da lei 6.385-76), 
CADE (conselho administrativo de desenvolvimento econômico) (artigo 118 da 
lei 12.529- 2011) e outros órgãos com presença obrigatória no processo por 
força de lei; 
Art. 31 - Nos processos judiciários que tenham por objetivo matéria incluída na 
competência da Comissão de Valores Mobiliários, será está sempre intimada para, 
querendo, oferecer parecer ou prestar esclarecimentos, no prazo de quinze dias a 
contar da intimação. (Incluído pela Lei nº 6.616, de 16.12.1978) 
§ 1º - A intimação far-se-á, logo após a contestação, por mandado ou por carta com 
aviso de recebimento, conforme a Comissão tenha, ou não, sede ou representação na 
comarca em que tenha sido proposta a ação. (Incluído pela Lei nº 6.616, de 
16.12.1978) 
§ 2º - Se a Comissão oferecer parecer ou prestar esclarecimentos, será intimada de 
todos os atos processuais subsequentes, pelo jornal oficial que pública expedientes 
forense ou por carta com aviso de recebimento, nos termos do parágrafo anterior. 
(Incluído pela Lei nº 6.616, de 16.12.1978) 
§ 3º - A comissão é atribuída legitimidade para interpor recursos, quando as partes não 
o fizeram. (Incluído pela Lei nº 6.616, de 16.12.1978) 
§ 4º - O prazo para os efeitos do parágrafo anterior começará a correr, 
independentemente de nova intimação, no dia imediato aquele em que findar o das 
partes. (Incluído pela Lei nº 6.616, de 16.12.1978) 
 
Estrutura o Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência; dispõe sobre a prevenção e 
repressão às infrações contra a ordem econômica; altera a Lei no 8.137, de 27 de 
dezembro de 1990, o Decreto-Lei no 3.689, de 3 de outubro de 1941 - Código de 
Processo Penal, e a Lei no 7.347, de 24 de julho de 1985; revoga dispositivos da Lei 
no 8.884, de 11 de junho de 1994, e a Lei no 9.781, de 19 de janeiro de 1999; e dá 
outras providências. 
Art. 118. Nos processos judiciais em que se discuta a aplicação desta Lei, o Cade 
deverá ser intimado para, querendo, intervir no feito na qualidade de assistente. 
 
 E todos os outros órgãos e alguma lei esparsa dizer ser necessária sua 
manifestação, cabe ao juiz nesse momento no processo verificar se esse órgão 
foi intimado, se ele não tiver sido intimado, o juiz devera intima-lo sob pena de 
nulidade. 
 
7 
 
7 Mariana Abreu – Processo Civil ll 
3-nomeação à autoria: no antigo código, esse vício estava dentro do assunto 
intervenção de terceiro com esse nome, no novo CPC, está em resposta do reu 
com outro nome, e diz que: se o reu se imputar parte ilegítima do processo ele 
deve alegar isso em sua contestação, apontando quem é a parte legitima. 
Art. 338. Alegando o réu, na contestação, ser parte ilegítima ou não ser o responsável 
pelo prejuízo invocado, o juiz facultará ao autor, em 15 (quinze) dias, a alteração da 
petição inicial para substituição do réu. 
Parágrafo único. Realizada a substituição, o autor reembolsará as despesas e pagará 
os honorários ao procurador do réu excluído, que serão fixados entre três e cinco por 
cento do valor da causa ou, sendo este irrisório, nos termos do art. 85, § 8o. 
 
Art. 339. Quando alegar sua ilegitimidade, incumbe ao réu indicar o sujeito passivo da 
relação jurídica discutida sempre que tiver conhecimento, sob pena de arcar com as 
despesas processuais e de indenizar o autor pelos prejuízos decorrentes da falta de 
indicação. 
 
§ 1o O autor, ao aceitar a indicação, procederá, no prazo de 15 (quinze) dias, à 
alteração da petição inicial para a substituição do réu, observando-se, ainda, o 
parágrafo único do art. 338. 
§ 2o No prazo de 15 (quinze) dias, o autor pode optar por alterar a petição inicial para 
incluir, como litisconsorte passivo, o sujeito indicado pelo réu. 
 
O autor tem 3 opcoes diante de uma alegação do reu de ilegitimidade: 
1-Concordar 
2-Não concordar e querercontinuar com o réu originário 
3- Concordar, mas, vai querer incluir um novo réu e manter o réu antigo. 
Vamos supor que o autor na sua réplica não se manifeste a respeito dessa 
alegação de ilegitimidade, o juiz antes de prosseguir o processo, deve ouvir o 
autor acerca dessa alegação, que vai então responder se vai querer concordar, 
não concordar ou concordar e acrescentar um novo réu; pois o processo não 
pode prosseguir sem se ter a certeza se o réu é legitimo ou não. 
O juiz deve também nesse momento de correção de irregularidades verificar se 
deve citar algum terceiro ex: o autor escolhe a 3 opção, essa outra parte (novo 
reu) não foi convidada a participar do processo ainda. Então o juiz Ira cita-lo 
 Essa Intimação para correção de vícios e irregularidades, o juiz pode dar um 
prazo de ATE 30 dias para que elas sejam corregidas/sanadas, se a parte não 
corrigir, não justificar ou não pedir uma prorrogação de prazo, o juiz vai adotar 
as providencias cabíveis (eventual pena de confissão, eventual extinção do 
processo sem julgamento do mérito) dependo do tipo de vicio. 
Art. 352. 
 
8 
 
8 Mariana Abreu – Processo Civil ll 
Verificando a existência de irregularidades ou de vícios sanáveis, o juiz determinará 
sua correção em prazo nunca superior a 30 (trinta) dias. 
 O prazo pode eventualmente ser superior a 30 dias, se for provado que o 
prazo não é suficiente (pode ser prorrogado) 
 d) Exame dos efeitos da Revelia; linha do tempo: 1-Petição inicial 2-
citação 3-audiencia e mediação e conciliação 4- resposta do réu 5- 
providencias preliminares 6- saneamento 7- audiência 8- sentença 9- recurso 
10-transito em julgado. 
Estamos nas providencias preliminares, vimos que elas vão ocorrer depois de 
exaurido o prazo para a resposta do réu, ou seja, vão acontecer com ou sem 
resposta do réu, o normal, o esperado é que acontece com a resposta do réu, 
mas pode ser que o réu tenha sido revel. 
Nem sempre que o réu é revel quer dizer que ele perdeu o processo, é preciso 
ver se há algo a ser feito, a ser avaliado antes do processo prosseguir, e é isso 
que o juiz irá fazer nas providencias preliminares ao analisar os efeitos da 
revelia. 
Coisas que o juiz irá analisar: 
1- A citação realmente foi válida? O réu foi realmente citado? Ou foi outra 
pessoa citada em seu lugar por engano? O endereço para qual foi 
endereçado a citação realmente é o endereço do réu? 
2- Verificar se teria sido o caso de designar um curador especial, que é 
uma figura que vai auxiliar determinados tipos de réu, geralmente tem 
incidência em duas hipóteses: réu revel preso e toda vez que citação for 
ficta (por edital e por hora certa). Se não tiver sido nomeado curador 
especial, o juiz ira então nomear. 
3- Verificar se é alguma das hipóteses do artigo 345 
 
Art. 345. A revelia não produz o efeito mencionado no art. 344 se: 
I - Havendo pluralidade de réus, algum deles contestar a ação; 
II - o litígio versar sobre direitos indisponíveis; 
III - a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei 
considere indispensável à prova do ato; 
IV - As alegações de fato formuladas pelo autor forem inverossímeis ou 
estiverem em contradição com prova constante dos autos. 
 
*O juiz então, nas providencias preliminares pode e deve examinar os efeitos da 
revelia, porque pode ter erro na citação, porque precisa designar curador especial, 
ou porque ele tem que ver se há algum dos fatos do art. 345 que possa mitigar os 
efeitos da revelia. 
Justamente por causa das hipóteses contidas no art.345, nas quais os efeitos da 
revelia não incidem, ou não incidem em sua plenitude, o juiz tem que, ao verificar que 
os efeitos da revelia não se aplicam, intimar o autor param especificar as provas que 
pretendem produzir em audiência no prazo de 5 dias. O código não fixa um prazo, 
então de acordo com o art. 218, parágrafo 3º, esse prazo é de cinco dias. 
Art. 218. Os atos processuais serão realizados nos prazos prescritos em lei. 
 
9 
 
9 Mariana Abreu – Processo Civil ll 
§ 1o Quando a lei for omissa, o juiz determinará os prazos em consideração à 
complexidade do ato. 
§ 2o Quando a lei ou o juiz não determinar prazo, as intimações somente obrigarão a 
comparecimento após decorridas 48 (quarenta e oito) horas. 
§ 3o Inexistindo preceito legal ou prazo determinado pelo juiz, será de 5 (cinco) dias o 
prazo para a prática de ato processual a cargo da parte. 
§ 4o Será considerado tempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo. 
 
O juiz deve ainda garantir o direito do réu revel de produzir provas. 
Existem dois tipos de réu revel: o que não se importa, não está nem aí, e aquele que 
se atrasou, que que confundiu, que não queria ser revel, esse réu que não queria ser 
revel, após descobrir que se tornou revel, muitas vezes tenta correr atrás do prejuízo, 
tenta produzir prova, comparecer à audiência... e ele pode fazer isso, principalmente 
se ele se encaixar em uma das hipótese do art. 345 
Art. 349. Ao réu revel será lícita a produção de provas, contrapostas às alegações do 
autor, desde que se faça representar nos autos a tempo de praticar os atos 
processuais indispensáveis a essa produção. 
A sumula 231 do STF diz que: O revel, em processo cível, pode produzir 
provas, desde que compareça em tempo oportuno. 
 
e) Se houve reconvenção – deve intimar o autor para 
apresentar contestação em 15 dias ; com isso podemos fechar o 
resumo de consequências da resposta do réu. Se o réu apresentar de defesa 
contra o processo o que acontece aqui? Replica. 
Se o réu apresentar defesa contra o mérito indireta também é caso de replica; 
se ele apresentar defesa contra o mérito direta mais documentos, também é 
caso de replica; se o réu apresentar reconvenção, será resposta do autor a 
essa reconvenção. 
A única hipótese em que o réu se manifesta e o autor não vai ser intimado para 
a réplica é quando o réu apresentar uma defesa de mérito direta sem 
documentos (não trouxe nenhum fato novo, apenas negou o fato constitutivo) 
f) Decidir sobre a Gratuidade da Justiça; o autor pede justiça 
gratuita, o réu não impugna o pedido do autor de justiça gratuita, não é então 
necessário decisão do juiz, mas se o autor pediu, o juiz concedeu e o réu 
impugnou, o juiz terá que ouvir o autor, que geralmente vai falar isso na própria 
replica, e após a replica que o juiz ira então decidir se irá ser mantido a 
gratuidade da justiça 
g) Decidir sobre a sua competência; uma das hipóteses de defesa 
contra o processo é justamente competência relativa e absoluta. 
 
10 
 
10 Mariana Abreu – Processo Civil ll 
Então, se foi alegado na defesa contra o processo a incompetência do juízo, o 
autor foi ouvido em sua réplica, terá que ser decidido agora, nas providencias 
preliminares, pois se for incompetente, terá que passar para outro Juiz. 
h) Decisão sobre impugnação ao valor da causa; sabemos 
também que, outra matéria de defesa contra o processo é a impugnação do 
valor da causa. Então se o réu impugnou o valor da causa, o autor será ouvido 
na réplica e depois o juiz irá decidir se é ou não caso de modificar o valor da 
causa. 
Se for caso de modificar o valor da causa, o juiz devera intimar o autor para 
complementar as custar processuais que foram recolhidas sob pena de 
extinção do processo. 
- Após o cumprimento das providências preliminares, o juiz 
fará o julgamento conforme o estado do processo. 
 
DAS PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES 
a) Garantir o Direito a Réplica do Autor 
I) Nas hipóteses de defesa indireta do mérito – ARTIGO 350 
do CPC. 
II) Nas hipóteses de defesa contra o processo – art. 337 do 
CPC – ARTIGO 351 do CPC. 
III) Defesa direta do mérito + documentos – Art. 437 e § 1.° - 
Prazo de 15 dias. 
b) Garantir ao Réu o direito a tréplica, na hipótese de fatos ou 
documentos novos trazidos pelo autor na réplica. 
Prazo de 15 dias – Sempre deve se garantir o contraditório;c) Intimação para Correção de irregularidades e vícios 
sanáveis: 
I) Regularizar representação processual; 
II) Intimação do Ministério Público (178 do CPC); 
III) Intimação da CVM (art. 31 da lei 6.385-76), CADE (artigo 
118 da lei 12.529- 2011) e outros órgãos com presença 
obrigatória no processo por força de lei; 
IV) Ouvir o Autor sobre a correção do Polo passivo*, citação 
de terceiros. 
 
11 
 
11 Mariana Abreu – Processo Civil ll 
Prazo de 30 dias – prorrogáveis – Art. 352 CPC; 
d) Exame dos efeitos da Revelia: 
I) Verificar regularidade da citação; 
II) Designar Curador especial nas hipóteses do artigo 72, II 
(Réu Revel preso – ou citação ficta); 
III) Hipóteses do artigo 345: 
- Deve intimar o autor para especificar as provas pretende 
produzir em audiência. Prazo de 05 dias na forma do 
artigo 218, § 3° do CPC. 
- Garantir o direito do réu revel de produzir provas – Art. 
349 CPC – Súmula 231 do STF. 
- e) Se houve reconvenção – deve intimar o autor para 
apresentar contestação em 15 dias; 
- f) Decidir sobre a Gratuidade da Justiça quando esta for 
impugnada pelo réu, ouvindo o Autor. 
- g) Decidir sobre a sua competência na hipótese de 
arguição – remetendo ao juiz competente se for o caso; 
- h) Decisão sobre impugnação ao valor da causa; 
Aula 3 
DO JULGAMENTO CONFORME O ESTADO DO 
PROCESSO 
Art. 353. CPC. Cumpridas as providências preliminares 
ou não havendo necessidade delas, o juiz proferirá 
julgamento conforme o estado do processo, 
observando o que dispõe o Capítulo X: 
a) Extinção do Processo; sem resolução do mérito 
ou com resolução do merito 
b) Julgamento de forma Antecipado do Mérito; 
c) Saneamento e Organização do Processo; 
 
12 
 
12 Mariana Abreu – Processo Civil ll 
 As hipóteses de extinção e de julgamento antecipado do mérito elas abreviam 
a resolução do processo (não precisaria passar pela fase de instrução, já iria 
direto para a fase de sentença) 
 Não pode confundir a extinção do processo com o julgamento antecipado do 
mérito. A extinção pode ser sem resolução de mérito algum, e o julgamento de 
forma antecipada, só acontece se o mérito for julgado. 
Art. 353. 
Cumpridas as providências preliminares ou não havendo necessidade delas, o juiz 
proferirá julgamento conforme o estado do processo, observando o que dispõe o 
Capítulo X. 
o juiz ira olhar então, se forma cumpridas todas as providencias preliminares, 
se não foram, ele irá verificar se existem alguma consequência possível para 
ser aplicada; ou pode ser o caso de o processo não precisar de providencia 
preliminar ( defesa direta sem documentos) 
1-Ocorrido as providencias preliminares, pode ocorrer três coisas: 
2-Extinção 
3-Tutela antecipada 
Saneamento (única que ira prolongar/ encaminhar o processo) 
1-Extinção do processo 
Art. 354. CPC Ocorrendo qualquer das hipóteses previstas nos Art. 485 e 487, 
incisos II e III, o juiz proferirá sentença. 
Parágrafo único. A decisão a que se refere o caput pode dizer respeito a 
apenas parcela do processo, caso em que será impugnável por agravo de 
instrumento. 
Essa extinção do processo, pode ser total ou parcial 
Ex: eu tenho dois pedidos em um mesmo processo (cumulação de pedidos), 
dentro dos pedidos, existe um vício que atinge apenas um deles, havendo esse 
vício, e sendo ele insanável, pode haver a extinção do processo em relação a 
um dos pedidos, continuando em relação ao outro. 
Extinção total: abrange todos os pedidos 
Extinção parcial: atinge parte dos pedidos, extinguindo apenas parte do 
processo, continuando a outra parte. 
EXTINÇÃO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO. 
Extingue sem examinar se o direito material existe ou não. 
Foco em matérias que tenham conteúdo processuais, formais, matérias que 
não enfrentam o direito material. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm
 
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13 Mariana Abreu – Processo Civil ll 
Aqui vai entrar um dos pressupostos processuais (litispendência, coisa julgada, 
perempção, ausência de procuração...) 
Geralmente aqui são as defesas contra o processo, que estão lá nas 
preliminares da contestação. 
A extinção sem resolução do mérito possui conteúdo processual, não toca no 
mérito da demanda. 
Quando o juiz extinguir o processo sem resolução de mérito, o autor pode 
entrar de novo com o processo, mas não pode ser de qualquer forma, 
“depende da correção do vício que levou à sentença” é preciso sanar o vício. 
Art. 486. 
O pronunciamento judicial que não resolve o mérito não obsta a que a parte proponha de novo 
a ação. 
§ 1o No caso de extinção em razão de litispendência e nos casos dos incisos I, IV, VI e VII do 
art. 485, a propositura da nova ação depende da correção do vício que levou à sentença sem 
resolução do mérito. 
§ 2o A petição inicial, todavia, não será despachada sem a prova do pagamento ou do depósito 
das custas e dos honorários de advogado. 
§ 3o Se o autor der causa, por 3 (três) vezes, a sentença fundada em abandono da causa, não 
poderá propor nova ação contra o réu com o mesmo objeto, ficando-lhe ressalvada, entretanto, 
a possibilidade de alegar em defesa o seu direito. 
 
Toda vez que o juiz extinguir o processo sem resolução do mérito, e parte 
prejudicada entrar com recurso, cabe o juízo de retratação. 
Art. 331. 
Indeferida a petição inicial, o autor poderá apelar, facultado ao juiz, no prazo de 
5 (cinco) dias, retratar-se. 
§ 1º Se não houver retratação, o juiz mandará citar o réu para responder ao 
recurso. 
§ 2º Sendo a sentença reformada pelo tribunal, o prazo para a contestação 
começará a correr da intimação do retorno dos autos, observado o disposto no 
art. 334. 
§ 3º Não interposta a apelação, o réu será intimado do trânsito em julgado da 
sentença. 
Decisão terminativa: que extingue sem resolução do mérito. 
Decisão definitiva: que extingue com resolução do mérito. 
 
- Decisões terminativas(que é apenas de conteúdo processual) 
- Não enfrentam – examinam o mérito da causa; 
- Possui conteúdo Processual; 
- Pode ser ajuizada nova demanda – desde que sane o vício e sejam 
pagas as custas e os honorários (Art. 486); 
 
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14 Mariana Abreu – Processo Civil ll 
- Cabe juízo de retratação. Art. 485, § 7.° 
- Art. 486 e § 1.° e 2.° (coisa julgada e perempção não podem ser 
corrigidos, só podem no máximo serem impugnadas) 
 
- Problema com Legitimidade – uma vez corrigida – não será a 
mesma demanda – pois haverá modificação das partes; pois, ao 
corrigir a legitimidade, acaba ocorrendo uma mudança, não podendo 
mais ser considerada como mesma demanda 
- Indeferimento da petição inicial por ausência de pedido – tem que 
fazer o pedido faltante; 
- Ausência de procuração – tem que juntar procuração. 
Se os defeitos não forem corrigidos a nova demanda não será 
examinada. 
 Questões para análise: 
E o caso do inciso IX ? Pode ser proposta novamente? 
 
 
Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando: 
IX - em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmissível por disposição 
legal; e 
 
R:existem direitos que são intransmissíveis, não havendo a possibilidade de ser 
passado ao herdeiro 
Para esses casos, quando a parte morre, não há a possibilidade de ajuizar nova ação. 
É extinto sem julgamento do mérito, e NÃO PODE SER PROPOSTO NOVAMENTE. 
EX: caso de divórcio, e uma das partes morre. Mesmo que o casol tenha um filho, o 
direito em litigio ( se divorciar) não é transferível. 
Ou seja, nem toda vez que o processo for extinto sem julgamento do mérito, ele 
poderá ser ajuizado novamente 
 
E os casos de desistência e abandono da causa? 
Se o autor desiste e o réu concorda, ele pode entrar coma mesma demanda, 
pois o processo será extintosem resolução do mérito, mas também SEM 
VICIO. Podendo o autor entrar de novo livremente. 
Mesma coisa com abandono de causa. Ou seja, nem sempre terá que corrigir o 
vício. 
 Desistência só pode ocorrer antes da sentença 
 
15 
 
15 Mariana Abreu – Processo Civil ll 
Prevalência da decisão de mérito: 
Art. 282. § 2° - CPC Quando puder decidir o mérito a favor da parte a 
quem aproveite a decretação da nulidade, o juiz não a pronunciará nem 
mandará repetir o ato ou suprir-lhe a falta. 
Art. 488. CPC Desde que possível, o juiz resolverá o mérito sempre que a 
decisão for favorável à parte a quem aproveitaria eventual 
pronunciamento nos termos do art. 485. ( a parte que seria beneficiada 
com a extinção) 
Ex: autor ajuíza petição inicial, mas não paga as custas processuais, o réu 
alegou pagamento e juntou os comprovantes, o juiz não vaie extinguir apenas 
por isso. Ele vai mandar o judiciário cobrar, e dará continuação ao processo. 
Deve julgar pela improcedência - deve fazer ao invés da carência de ação. 
- Ex - Pedido indeterminado na inicial x improcedência. 
- Ex - Ausência de pagamento de custas x Improcedência. 
Petição inicial- citação-audiência de mediação e conciliação-resposta do réu-
providencias preliminares-julgamento conforme o estado do processo (estamos 
aqui) -audiência de instrução-sentença-transito em julgado 
Aula 4 
EXTINÇÃO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO - HIPÓTESES. 
Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando: 
I - indeferir a petição inicial; 
II - o processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das 
partes; 
III - por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor 
abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias; 
IV - verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento 
válido e regular do processo; 
V - reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de coisa 
julgada; 
VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual; 
VII - acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou quando o 
juízo arbitral reconhecer sua competência; 
VIII - homologar a desistência da ação; 
IX - em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmissível por 
disposição legal; e 
X - nos demais casos prescritos neste Código. 
 
16 
 
16 Mariana Abreu – Processo Civil ll 
§ 1o Nas hipóteses descritas nos incisos II e III, a parte será intimada 
pessoalmente para suprir a falta no prazo de 5 (cinco) dias. 
§ 2o No caso do § 1o, quanto ao inciso II, as partes pagarão proporcionalmente 
as custas, e, quanto ao inciso III, o autor será condenado ao pagamento das 
despesas e dos honorários de advogado. 
§ 3o O juiz conhecerá de ofício da matéria constante dos incisos IV, V, VI e IX, 
em qualquer tempo e grau de jurisdição, enquanto não ocorrer o trânsito em 
julgado. 
§ 4o Oferecida a contestação, o autor não poderá, sem o consentimento do 
réu, desistir da ação. 
§ 5o A desistência da ação pode ser apresentada até a sentença. 
§ 6o Oferecida a contestação, a extinção do processo por abandono da causa 
pelo autor depende de requerimento do réu. 
§ 7o Interposta a apelação em qualquer dos casos de que tratam os incisos 
deste artigo, o juiz terá 5 (cinco) dias para retratar-se. 
 
Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando: 
1 - indeferir a petição inicial; 
- É liminar - antes da citação e resposta do réu; 
- Hipóteses do artigo 330 do CPC – observados os artigos 106 e 321; 
- Deve ser dada oportunidade de correção; 
- 1 - Indeferimento da petição inicial - 
- 1.1) Inépcia; 
- 1.2) Parte Manifestamente Ilegítima; 
- 1.3) - Interesse Processual; 
- 1.4) Não atendidas as prescrições dos Arts. 106 e 321. 
Art. 331. Indeferida a petição inicial, o autor poderá apelar, 
facultado ao juiz, no prazo de 5 (cinco) dias, retratar-se. Se o juiz se 
retratar, o próximo passo é citar o réu, se ele não se retratar, ele deverá 
citar o réu para falar sobre o recurso, o réu terá o direito de dizer “ a 
decisão do juiz está certa, é caso mesmo de deferimento da petição 
inicial” e o reu se manifestando ou não, irá para o tribunal, se o tribunal 
entender que é hipótese de extinção, já foi., se o tribunal entender que o 
juiz errou, o processo deve voltar para a 1ª instância e intimar o réu para 
audiência de conciliação (se não for o caso, para a defesa) 
- § 1° Se não houver retratação, o juiz mandará citar o réu para 
responder ao recurso. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm
 
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17 Mariana Abreu – Processo Civil ll 
- § 2° Sendo a sentença reformada pelo tribunal, o prazo para a 
contestação começará a correr da intimação do retorno dos autos, 
observado o disposto no art. 334. 
- § 3° Não interposta a apelação, o réu será intimado do trânsito em 
julgado da sentença. 
2 - O processo ficar parado durante mais de 01 (um) ano por 
negligência das partes. 
Pode ser que nem ocorra na fase de julgamento conforme o estado do 
processo, ela pode ocorrer em qualquer momento depois da resposta do réu, 
pode ocorrer antes da sentença, durante a audiência de instrução, ou pode 
ocorrer nesse período de arrumação do processo. 
- O fato gerador é a simples paralisação por um ano. 
- Devem as partes serem intimadas na forma do parágrafo primeiro 
antes de se aplicar essa sanção. 
- Negligência de advogados ou vontade da parte. 
- Pode ser conhecida de ofício; 
- O autor deixa de movimentar o processo, e réu, que não tem 
interesse que o processo ande, não vai ficar lá cutucando o 
processo. 
- A simples paralisação por ou mais de 1 anos é motivo para o juiz 
extinguir o processo, sem julgamento do mérito. 
- Mas levando me conta o princípio da cooperação, o princípio do 
contraditório e o da primazia da decisão de mérito, antes do juiz extinguir 
o processo sem julgamento do mérito, ele deve com cautela intimar as 
partes, se, mesmo assim as partes ficarem em estado de inercia, ele irá 
então extinguir o processo sem o julgamento do mérito. 
Nesses tipos de caso, normalmente o réu será o “termômetro”, pois para 
ele, pode ser mais vantajoso que o processo siga seu rumo e ele seja 
julgado inocente, do que que o processo seja extinguido sem resolução 
de mérito. Então, se o réu quiser que o processo vá até o fim, ele irá 
dizer. “ Mesmo com a negligencia do autor, eu tenho interesse que o 
processo siga, pois tenho certeza que estou correto e quero ter uma 
decisão dizendo isso” 
Pode ser que o autor também se manifeste, até porque muitas vezes 
essa negligencia, essa inercia, pode não decorrer das partes, pode ser 
que a culpa da inercia seja por negligencia do advogado. 
Não precisa de provocação da parte, pode ser, e geralmente é, de oficio 
porque, se dependesse de provocação da parte, o processo não estaria 
parado por 1 ano. Então geralmente é o próprio juiz, ou a própria gestão 
 
18 
 
18 Mariana Abreu – Processo Civil ll 
do cartório que vai verificar que o processo está parado por um ano e vai 
provocar as partes para saber se é realmente um caso de extinção, ou 
se há interesse do processo prosseguir. 
 Há pessoas que por esses motivos defendem que, a intimação deveria ser 
pessoalmente, e não pelo diário oficial. 
 
3.- Por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor 
abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias; 
Voltada exclusivamente para o autor 
Pressupõe que o autor tenha deixado de promover diligências 
Pressupõe que se tenha determinado uma providencia ou diligencia para o 
autor, e ele não tenha comprido (no 2, não pressupõe que haja um ato 
processual pendendo, pode estar apenas em “banho maria” aguardando uma 
audiência, uma providencia... 
O juiz percebeu inépcia, ou falta de procuração, ou falta de pagamento das 
custas, ele entãointima para que o autor corrija, se passar o prazo e o autor 
não corrigir, extingue-se o processo 
Em nome dos princípios da cooperação, da primazia, da boa-fé e do 
contraditório, o juiz só pode extinguir o processo se ele avisar o autor sobre 
essa providencia. 
-Devem as partes serem intimadas na forma do parágrafo primeiro antes 
de se aplicar essa sanção. 
- Deve haver consentimento do réu – parágrafo sexto, sob pena de 
desistência tácita ou indireta; 
- Súmula 240 do STJ - A extinção do processo, por abandono da causa 
pelo autor, depende de requerimento ou concordância do réu. 
- Pode levar a perempção, se reiterado. 
-Só deve ser extinto se o ato omisso for indispensável ao exame do 
mérito. 
-Ex: Ausência de depósito de honorários periciais – Gera perda do direito 
à prova. 
- Falência – Inventário – RJ – Gera destituição do responsável. 
. Algumas polemicas: 
1- Se o réu já estiver no processo, pode ser que o réu não tenha interesse 
que o processo seja extinto, e prefiro que o processo siga pois ele sabe 
que vai ganhar o processo; então se esse abandono da causa pelo autor 
 
19 
 
19 Mariana Abreu – Processo Civil ll 
ocorrer após a resposta do réu, o juiz só pode extinguir se o réu 
concordar. 
2- Pode ser que esse abandono configure perempção (quando o autor da 
causa por 3 vezes a extinção do processo) o abandono da causa pelo 
autor é motivo mais emblemático de o autor do motivo para extinção do 
processo, então, se ele abandona o processo por 3 vezes, isso vai gerar 
a Perempção. 
O autor ajuizou a ação, o réu foi citado e aí o réu disse que o autor não 
juntou procuração, o juiz determina que o autor junte então a 
procuração, mas ele não junta e passa 30 dias, o juiz então fala com o 
réu que ira extinguir o processo sem resolução de mérito pois o autor 
nada fez e deixou o processo parado, e o réu concorda e o processo é 
extinto. Passados dois ou três dias, o mesmo autor entra com o mesmo 
processo, com a mesma causa de pedir, mesmo pedido, mesmas 
partes, tudo igual. O réu é citado e diz que o autor, apenas de dessa vez 
ter juntado procuração, não pagou as custas, o autor é intimado para 
recolher as custas, mas nada faz por 30 dias, o juiz então fala com réu 
novamente que irá extinguir o processo e o réu concorda. Após um ano, 
o mesmo autor ajuíza a mesma ação, mas dessa vez ele deixa de 
solicitar intimação do MP, o juiz pede que ele corrija isso, mas ele nada 
faz por 30 dias, o juiz novamente fala com réu que irá extinguir o 
processo (pela terceira vez) e o réu claramente concorda, irá então 
ocorrer a Perempção. Se o mesmo autor tentar após algum tempo entrar 
com o mesmo processo, o juiz não irá deixar passar nem da fase do 
juízo de admissibilidade. 
 
 Segundo a primazia da decisão de mérito, se o juiz perceber que mesmo 
com essa falha, com essa ausência de manifestação do autor, é possível 
avançar e julgar o mérito, ele deve assim fazer, relevando o vício (as vezes 
o autor faz de propósito para extinguir o processo e por conta de isso não 
ter uma sentença) então o processo só será extinto se essa providencia 
que autor deixou de acatar for realmente fundamental para o processo 
Ex: o autor pede prova pericial “ excelência eu quero fazer prova pericial 
porque meu carro foi amaçado, e o perito vai provar. ” Para isso, o perito 
tem que ser pago, em 15 dias e o autor não paga, normalmente o juiz 
extinguiria o processo, mas, quem pediu a prova foi o autor, e quem tem a 
perder se essa prova não for realizada é ele mesmo, o juiz deu o prazo e 
ele não cumpriu, ele não irá extinguir o processo “ vou interpretar que você 
desistiu da sua prova pericial e você vai ficar sem provar sua alegação de 
danos” 
 4.- Verificar a ausência de pressupostos de constituição (pressuposto 
de existência) e de desenvolvimento válido e regular do processo 
(pressuposto de validade); 
 
20 
 
20 Mariana Abreu – Processo Civil ll 
Se o juiz perceber a ausência de pressupostos processuais, de existência ou 
de validade, ele deve tentar salvar o processo em primeiro plano, intimar as 
partes para corrigir o vício, e se as partes não corrigirem, ele deve extinguir. 
Se ele perceber que essa ausência de pressuposto está sendo plantada pelo 
autor para obter uma extinção sem julgamento do mérito, ele deve avaliar se 
não é melhor punir o autor de alguma forma paralela e avançar com o mérito. 
 Nem sempre a ausência do pressuposto processual gera extinção, as 
vezes gera remessa do processo para o juiz competente 
- Ausência de pressupostos processuais de Existência e de 
Validade; 
- - Devem as partes serem intimadas na forma do parágrafo primeiro 
antes de se aplicar essa sanção 
- Ex: Emenda da inicial (Art. 321); 
 
- Ex: Regularização de capacidade processual (Art. 76); 
- Incompetência – Remessa ao juiz competente. 
- Obs: Geralmente a incapacidade processual do autor pode ensejar 
a extinção se não for sanada. 
- Resumo: A incapacidade postulatória do autor enseja extinção do 
processo - a do réu enseja revelia – a do terceiro gera sua exclusão 
do processo. 
Quando o processo for extinto por incapacidade processual 
(pressuposto processual de validade positivo) se for o réu, será aplicada 
à revelia, se for o autor ou vai ser extinguido ou vai ser verificado se é 
caso de alguma punição similar a revelia, e se for o 3º que tem problema 
de representação, e o 3º não corrigir a sua representação, ele será 
excluído do processo. 
 
5.- Reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de 
coisa julgada (pressupostos processuais de validade negativos) 
O juiz pode extinguir o processo sem resolução do mérito 
- Perempção - Abandono da causa por 03 vezes – gera extinção 
imediata a partir da quarta oportunidade; 
- Litispendência – Renovação de demanda que já esteja em curso – 
Art. 337 – § 2° e 3; 
- Coisa julgada – Demanda já decidida anteriormente – Art. 337 – § 4°; 
 
 
21 
 
21 Mariana Abreu – Processo Civil ll 
6.- Verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual; 
Pressupostos processuais positivos de validade 
Existe certa discussão acerca da legitimidade. Ela pode ser ordinária ou 
extraordinária, a ordinária é aquela que há coincidência entre os sujeitos da 
relação jurídica de direito material, e os sujeitos da relação jurídica de direito 
processual. Ex: tem locador e locatário, o locatário está devendo para o 
locador, e na ação quem vai ser autor e réu? Exatamente locador e locatário, 
então há uma coincidência entre os sujeitos. 
A extraordinária é aquela onde não há coincidência entre os sujeitos da relação 
material e os sujeitos da relação processual. Em alguns casos, a lei confere 
legitimidade extraordinária a terceiras pessoas que podem litigar em nome 
próprio para defender interesse alheio ex: sindicatos, MP, associações 
Freddie defende que legitimidade ordinária é mérito, deveria ser extinto com 
resolução do mérito 
E extraordinária que é mais processual é sem mérito. 
Com relação a ausência de interesse processual, é mais unanime que seja 
extinção sem julgamento do mérito, então, se não for comprido o trinômio 
necessidade, utilidade e adequação do interesse processual, o juiz pode 
extinguir sem julgamento do mérito, Freddie de vez quando fala que interesse é 
sem mérito, mas que as vezes pode ser com mérito. 
 
7.- Acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou 
quando o juízo arbitral reconhecer sua competência (pressuposto 
processual negativo); 
Convenção de arbitragem é quando as partes em contrato ou em documento 
avulso decidem levar sua demanda á juiz arbitral, tirando do poder judiciário. 
Como o juiz não tem como saber se existe arbitragem, e mesmo que ele 
soubesse, como isso é de interesse privado, cabe as partes decidirem se 
querem levar o processo para o judiciário ou para a arbitragem, esse 
pressuposto processual não pode serconhecido de oficio. Ou o réu ira arbitral 
isso em contestação, ou o juiz arbitral ira informar o juiz, que irá analisar e se 
for realmente o caso, extinguir o processo. 
- Se houver cláusula compromissória ou compromisso arbitral. 
-Alegação do réu ou por reconhecimento do juízo arbitral. 
- Não pode ser decretada de ofício – vide artigo 337, § 5°. 
- A ausência de alegação gera aceitação da jurisdição estatal + renúncia 
ao juízo arbitral. 
 
22 
 
22 Mariana Abreu – Processo Civil ll 
- Vide artigo 337, § 6° – Preclusão – deve ser alegada no primeiro 
momento em que couber falar nos autos; 
– Seria uma omissão negocial: distrato tácito. 
 Aula 5 
8.- Homologar a desistência da ação; 
- Ato unilateral do Autor (no sentido de desistir do processo e não do 
direito em disputa), a princípio sem consentimento do réu; 
- Somente produz efeito após a homologação do juiz (art. 200 
parágrafo único) 
-Art. 200. 
Os atos das partes consistentes em declarações unilaterais ou bilaterais de vontade 
produzem imediatamente a constituição, modificação ou extinção de direitos 
processuais. 
Parágrafo único. A desistência da ação só produzirá efeitos após homologação judicial. 
- Toda vez que o réu já estiver no processo, é necessário o 
consentimento do réu 
- Pode ser parcial –> Não gera extinção integral do processo. (ex: 
entro com danos morais e danos matérias, mas só desisto dos 
danos morais) 
 - Não pode ser posterior a sentença (decisão final - tribunal) – 485 § 5.° - 
pode deixar de executar – pode deixar de recorrer – mas a prestação 
jurisdicional já foi entregue – não há do que desistir. 
- Se já houver resposta do réu – Exige o consentimento. Nos casos 
de revelia – não é necessário o consentimento. 
- A recusa deve ser motivada – sob pena de abuso de direito – boa fé 
processual; Pode, simplesmente alegar que tem direito a decisão de 
mérito. 
- O silêncio é tido como concordância; 
- Se o réu alegou a sua ilegitimidade e o autor acolher pedindo a sua 
substituição – não precisa de consentimento. 
- O juiz fica prevento para futuras demandas;; 
 
9.- Em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmissível 
por disposição legal; 
- I) Morte + II) Intransmissibilidade do direito litigioso. 
- Gera ilegitimidade de parte – pois o direito não é transmitido ao 
sucessor. 
 
23 
 
23 Mariana Abreu – Processo Civil ll 
 Ex - Direitos da personalidade em regra – Art. 11 CC – Divórcio; 
Nesses casos, eu também não tenho como continuar com o processo e 
ele será extinto sem resolução e julgamento do mérito. 
 
10.- Nos demais casos prescritos neste Código. 
É uma clausula aberta, outras hipóteses não previstas nesse código, isso 
demonstra que esse rol do art.485 é um rol exemplificativo e não exaustivo. 
Ex – continência – justiça gratuita revogada – Art. 102 parágrafo único. 
 Continência: mesmas partes, mesma causa de pedir e um pedido mais 
abrangente que o outro. Será hipótese de extinção, quando o segundo 
processo, continente ao primeiro, for menos abrangente que o primeiro. 
Justiça gratuita: se o autor perder a justiça gratuita e não pagar as custas, isso 
gera extinção sem merito. 
 
Observações: 
§ 3o O juiz conhecerá de ofício da matéria constante dos incisos IV, V, VI e 
IX, em qualquer tempo e grau de jurisdição, enquanto não ocorrer o 
trânsito em julgado. Quando envolver ausência de interesse, ausência de 
legitimidade, perempção, coisa julgada, litispendência etc... o juiz tem o dever 
de conhecer de oficio menos quando for competência relativa ou quando for 
convenção de arbitragem. 
Obs: 1 – Matérias que podem ser conhecidas a qualquer tempo e grau de 
jurisdição – de oficio – enquanto não houver transito em julgado. 
Obs: 02 – Nem toda ausência de pressuposto processual pode ser de 
oficio – incompetência relativa e convenção de arbitragem; 
Obs: 03 – Em qualquer grau de jurisdição – Ordinário e extraordinário: 
Obs: 04 – após o TJ – somente rescisória; 
 Obs: 05 - Réu que não alega de imediato – má fé. 
 
DO JULGAMENTO CONFORME O ESTADO DO PROCESSO 
 
EXTINÇÃO COM RESOLUÇÃO DO MÉRITO. 
O juiz Ira julgar o direito material, se ele existe ou não. 
Pode por isso fazer coisa julgada material. 
- Pode ser por Heterocomposição ou por Autocomposição. 
 
24 
 
24 Mariana Abreu – Processo Civil ll 
Heterocomposiçao: o juiz substituindo a vontade das partes, impõe a decisão, 
como 3 imparcial. 
Autocomposição: quando as partes chegarem em consenso e levarem 
apenas para o juiz homologar, o juiz nesse caso, não impõe decisão, apenas 
analisa. 
- Aptidão para coisa julgada material. 
 
EXTINÇÃO COM RESOLUÇÃO DO MÉRITO - HIPÓTESES. 
Art. 487. 
Haverá resolução de mérito quando o juiz: 
I - acolher ou rejeitar o pedido formulado na ação ou na reconvenção; 
II - decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência ou 
prescrição; 
III - homologar: 
a) o reconhecimento da procedência do pedido formulado na ação ou na 
reconvenção; 
b) a transação; 
c) a renúncia à pretensão formulada na ação ou na reconvenção. 
Parágrafo único. Ressalvada a hipótese do § 1º do art. 332, a prescrição e a decadência 
não serão reconhecidas sem que antes seja dada às partes oportunidade de manifestar-se. 
 
Art. 487. Haverá resolução de mérito quando o juiz: 
I - acolher ou rejeitar o pedido formulado na ação ou na reconvenção; 
(heterocomposição) 
- mérito – objeto litigioso do processo; 
- acolhimento no todo ou em parte os pedidos formulados pelas partes; 
- Procedência ou Improcedência, toda vez que o juiz acolher o pedido, a 
ação será julgada procedente, toda vez que ele rejeitar, será improcedente. 
Há 3 tipos de decisões possíveis, seja para o autor na petição inicial, seja 
para o réu, na reconvenção: 
1- O juiz Ira julgar totalmente procedente, ou seja, tudo que o autor pediu, 
ele ganhou. 
2- Ira julgar totalmente improcedente, ou seja, todos os pedidos formulados 
ele perdeu. 
3- Procedência parcial 
Todas elas resolvem o mérito. 
* o direito de ação é autônomo e abstrato 
 
25 
 
25 Mariana Abreu – Processo Civil ll 
II - Decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência 
ou prescrição; (heterocomposição) 
O juiz pode e deve até, diante de prescrição e decadência, extinguir o processo 
com resolução do mérito, apesar de decadência e prescrição terem cara de 
aspecto formal, eles são institutos de direito material, eles atingem a própria 
pretensão de direito de exigir da parte. 
Existe muita critica na doutrina, sobre o juiz poder decidir de oficio a respeito da 
prescrição e decadência, mas, o código optou por incluir essa possibilidade. 
Parágrafo único. Ressalvada a hipótese do § 1.° do art. 332, a prescrição 
e a decadência não serão reconhecidas sem que antes seja dada às 
partes oportunidade de manifestar-se. 
Art. 332. Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente 
da citação do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar: 
I - enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de 
Justiça; 
II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de 
Justiça em julgamento de recursos repetitivos; 
III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de 
assunção de competência; 
IV - enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local. 
§ 1o O juiz também poderá julgar liminarmente improcedente o pedido se verificar, desde 
logo, a ocorrência de decadência ou de prescrição. 
§ 2o Não interposta a apelação, o réu será intimado do trânsito em julgado da sentença, 
nos termos do art. 241. 
§ 3o Interposta a apelação, o juiz poderá retratar-se em 5 (cinco) dias. 
§ 4o Se houver retratação, o juiz determinará o prosseguimento do processo, com a citação 
do réu, e, se não houver retratação, determinará a citação do réu para apresentarcontrarrazões, no prazo de 15 (quinze) dias. 
 
III - homologar: (autocomposição) 
Situações onde houve negociação entre as partes, uma das partes de alguma 
forma abriu mão, ou as partes por mutuo entendimento, chegaram a um acordo 
1-Soluções negociais do conflito. 
2-Transação ou Autocomposição 
3-Autocomposição Judicial 
– Pode ser por documento elaborado extrajudicialmente – juntado aos 
autos. 
– Por escrivão 
– Na audiência – reproduzido em ata. 
- Pode ser parcial. 
-Pode incluir objetos estranhos ao processo 
 
26 
 
26 Mariana Abreu – Processo Civil ll 
– Pode ocorrer na fase de execução. 
-Deve se verificar se pode haver a composição – direitos que não admitem 
transação (indisponíveis – inconciliáveis) 
– Colusão entre as partes (art 142 – lide simulada) – Poderes especiais 
(art 145) 
Art. 487. Haverá resolução de mérito quando o juiz: 
III - homologar: 
1) O reconhecimento da procedência do pedido formulado na ação ou 
na reconvenção; ou seja, o autor faz a petição inicial pedindo os 
alugueis de março a setembro, o réu na sua defesa diz: “realmente, 
estou devendo, reconheço meu debito” negócio jurídico unilateral, 
reconhecendo que o direito pleiteado pelo autor é procedente. 
-O réu reconhece a procedência do pedido pleiteado na petição 
inicial ou o autor reconhece a procedência do pedido formulado na 
reconvenção. Se ele reconhece a procedência, a sentença é de 
mérito, no mínimo vai ser parcialmente procedente se houver 2 
pedidos 
- Ato do demandado pelo qual o Réu admite a procedência do pedido que 
lhe foi dirigido – submissão ao direito. 
Art. 142. 
Convencendo-se, pelas circunstâncias, de que autor e réu se serviram do processo para praticar 
ato simulado ou conseguir fim vedado por lei, o juiz proferirá decisão que impeça os objetivos 
das partes, aplicando, de ofício, as penalidades da litigância de má-fé. 
 
2) a transação; 
é um acordo entre as partes, há conceições reciprocas 
é uma forma de extinção de obrigação. 
 
- Negócio jurídico – põe fim ou previnem o litígio – concessões múltiplas – 
art. 840 cc 
 Art. 840. É lícito aos interessados prevenirem ou terminarem o litígio mediante 
concessões mútuas. 
3) a renúncia à pretensão formulada na ação ou na reconvenção. 
Quando o autor em algum momento do processo percebe que errou, que que 
ele pediu, ele não tinha direito, ele então renuncia ao direito em que se funda a 
ação. Ele terá de imediato uma sentença improcedente, total ou parcial. 
Renúncia é diferente de desistência. 
Renúncia: é quando se renuncia ao direito que se funda a ação, está se 
renunciando ao direito material “ não quero nunca mais esses aluguéis” ato 
unilateral abdicativo do autor 
 
27 
 
27 Mariana Abreu – Processo Civil ll 
Desistência: se desiste do processo, e não do direito. 
- Renúncia – ato abdicativo pelo qual o autor reconhece não possuir o 
direito alegado. 
 
Toda vez que envolver direito material (julgamento com resolução do mérito) 
o advogado tem que ter poderes especiais, ou seja, se eu tiver aquela 
procuração ad judicia (para o foro em geral) eu posso contestar, recorrer, 
comparecer a audiência, mas não posso fazer acordo, renuncia, e nem 
reconhecer a procedência do pedido, para isso, (atos que fulminem o direito 
material) eu tenho que ter poder especifico na procuração. 
 
Aula 6 
JULGAMENTO ANTECIPADO DO MÉRITO: 
No antigo código, recebia o nome de julgamento antecipado da LIDE, mas, tal 
nomenclatura não era muito apropriada, pois podia acontecer de haver 
confusão com a extinção do processo sem julgamento do mérito, que também 
se julgava a LIDE de forma antecipada. 
Aqui se trata do julgamento do direito material. 
Tem esse nome (julgamento ANTECIPADO do mérito) pois, ocorre durante a 
fase do julgamento conforme o estado do processo, antecipando uma etapa 
que só viria com a sentença (você pula etapas, abreviando o processo) 
 Linha do tempo: Petição inicial-citação-audiência de mediação-resposta do 
réu-providencia preliminares-julgamento conforme o estado do processo-
audiência-sentença-recurso-transito em julgado 
- “Técnica de abreviamento do processo” (JCBM) 
- Decisão de mérito – Decide o objeto litigioso do processo, decide o 
direito material, gerando a procedência ou improcedência da ação 
- – Procedência ou Improcedência. + cognição exauriente; 
- Geralmente ocorre após a fase de saneamento; ou após a fase de 
providencias preliminares porque nesse momento que se toma 
conhecimento real do que o autor alegou, do que o réu alegou, quais 
provas foram trazidas pelas partes, quais foram as provas que uma das 
partes trouxe, e a outra parte não impugnou. É importante que já tenha 
elementos suficientes para o juiz perceber que já há matérias prontas 
para serem julgadas “o processo está maduro para julgamento” isso vai 
acontecer geralmente, quando não houver necessidade de provas 
novas. Ou quando a matéria for de direito. Ex:tudo prova documental 
- Desnecessidade de outras provas 
 
28 
 
28 Mariana Abreu – Processo Civil ll 
- Matéria de direito (Ex: inconstitucionalidade de um tributo). 
 
Art. 355 CPC – O juiz julgará antecipadamente o pedido, proferindo 
sentença com resolução de mérito, quando: 
I - não houver necessidade de produção de outras provas; 
II - o réu for revel, ocorrer o efeito previsto no art. 344 (incontrovérsia) e 
não houver requerimento de prova, na forma do art. 349. existe algumas 
hipóteses possíveis onde os efeitos da revelia não se aplica ex: tem dois réus e 
um contestou; a matéria envolve direito irrenunciável; a matéria está em 
contradição com outras provas nos autos. 
- Pode julgar com base na prova documental proferida pelas partes. 
Por ser algo que muda o curso tradicional, é preciso que o juiz anuncie que vai 
fazer isso, até mesmo por causa do princípio da cooperação. Geralmente o 
que acontece é: Chega na fase após das providencias preliminares, o juiz dá 
um despacho no seguinte sentido: “Digam as partes se tem outras provas a 
conduzir, sob pena de julgamento antecipado do mérito” 
O juiz não pode sair por ai julgando antecipadamente o mérito nas loucas, só 
pode fazer isso quando realmente, a situação tiver dentro dos requisitos legais, 
então, é algo sempre visto com muita cautela, de modo excepcional, já que o 
normal é que o processo tenha sua fase de instrução, de provas 
Vamos supor que o juiz julgue antecipadamente o mérito, e julgue 
improcedente, ou seja, contra o autor. Nessa situação, (o juiz julga 
antecipadamente um reu) o juiz não pode julgar alegando falta de prova, 
porque seria um contrassenso. 
Ora, se o julgamento antecipado do mérito é quando já há provas suficientes 
nos autos, como o juiz pode julgar improcedente POR falta de provas? Não 
pode. Mas pode julgar improcedente por outros motivos. 
• FDJ – deve ser precedida de prévia intimação às partes – princípio 
da cooperação. 
- Medida de exceção a ser aplicada com cautela. 
- Não pode julgar improcedente por falta de prova 
- Ofensa ao princípio da boa fé objetiva – dever de lealdade 
processual (art. 5 CPC). 
- Princípio da Cooperação – Princípio ao contraditório – direito a 
produzir prova. 
- - Quando verificada a incidência das hipóteses é obrigação do Juiz 
– princípio da duração razoável do processo e eficiência. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm
 
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29 Mariana Abreu – Processo Civil ll 
- Ex:AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO ESPECIAL. EMBARGOS DE 
TERCEIRO. JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE. NÃO 
COMPROVAÇÃO DO FATO CONSTITUTIVO DO DIREITO DO 
AUTOR. CERCEAMENTO DEDEFESA. OCORRÊNCIA. 
- Há cerceamento de defesa no procedimento do magistrado que, 
sem oportunizar a produção de provas, julga antecipadamente a 
lide e conclui pela não comprovação do fato constitutivo do direito 
do autor. 5.Precedentes específicos deste STJ... 
- (STJ - AgRg no REsp: 1149914 MT 2009/0138734-5, Relator: Ministro 
PAULO DE TARSO SANSEVERINO, Data de Julgamento: 23/10/2012, 
T3 - TERCEIRA TURMA, Data de Publicação: DJe 26/10/2012) 
Pode ser parcial, ou seja, pode ocorrer de apenas um dos pedidos 
esteja pronto para julgamento e o outro não ex: o inquilino está 
devendo aluguel 1.000 reais e também está devendo condomínio 300 
reais, o autor alega que ele está devendo os dois. Ao chegar na defesa, 
o réu diz, que realmente está devendo o aluguel, mas não está 
devendo o condomínio, e anexa provas, o juiz irá examinar essa 
matéria, irá dar direito a replica ao autor, que não impugna os 
comprovantes de pagamento. O juiz diante disso já pode concluir que: 
com relação ao condomínio as provas já estão nos autos, e essa parte 
do processo já pode ser julgada antecipadamente de forma 
improcedente. 
Quando a “maturidade” do processo apenas atingir uma parte do 
processo, apenas para essa parcela, eu irei aplicar o julgamento antecipado 
do mérito parcial 
 
Julgamento antecipado PARCIAL do mérito: 
- É cabível julgamento antecipado PARCIAL do mérito – artigo 356 
CPC. 
- Ex: Rescisão + Indenização – O valor da indenização é de 50 mil e 
não de 100 mil – 50 mil incontroverso. 
- Contesta os danos emergentes e dano moral e confessa os lucros 
cessantes. 
- Art. 356. O juiz decidirá parcialmente o mérito quando um ou 
mais dos pedidos formulados ou parcela deles: 
- I - mostrar-se incontroverso; 
- II - estiver em condições de imediato julgamento, nos termos 
do art. 355. 
- § 1o A decisão que julgar parcialmente o mérito poderá 
reconhecer a existência de obrigação líquida ou ilíquida. 
 
30 
 
30 Mariana Abreu – Processo Civil ll 
- § 2o A parte poderá liquidar ou executar, desde logo, a 
obrigação reconhecida na decisão que julgar parcialmente o 
mérito, independentemente de caução, ainda que haja recurso 
contra essa interposto. 
- § 3o Na hipótese do § 2o, se houver trânsito em julgado da 
decisão, a execução será definitiva. 
- § 4o A liquidação e o cumprimento da decisão que julgar 
parcialmente o mérito poderão ser processados em autos 
suplementares, a requerimento da parte ou a critério do juiz. 
- § 5o A decisão proferida com base neste artigo é impugnável 
por agravo de instrumento. 
 
- Quando ira ser aplicado o julgamento antecipado do mérito 
parcial? 
 
- 1-havendo mais de um pedido, um deles mostrar-se 
controverso ou em condição de imediato julgamento. 
 
- 2- Mais de um pedido e apenas um deles em estado de 
imediato julgamento 
Ira ser aplicado o julgamento parcial, quer para a integralidade de um 
dos pedidos, ou quer para a parte de um dos pedidos. 
Oque é mostrar-se incontroverso? Algo que é incontroverso: todos os 
fatos que não forem impugnados. 
Toda vez que envolver essa incontroversia, ou seja, a ausência de 
disputa, de divergência entre versões de fatos ou de direitos ou de 
pedidos, ou qunado estiver em estado de imediato julgamento. 
 A incontroversia foi o tema de TCC de Vicente, e segundo ele, a 
incontroversia é o suficiente para que haja esse julgamento. 
§ 2o A parte poderá liquidar ou executar, desde logo, a obrigação 
reconhecida na decisão que julgar parcialmente o mérito, 
independentemente de caução, ainda que haja recurso contra essa 
interposto. 
- Decisão parcial definitiva apta a: 
a) Execução definitiva (§3°) e provisória; 
b) Produção de coisa julgada; 
c) Ação rescisória; 
§ 4o A liquidação e o cumprimento da decisão que julgar parcialmente 
o mérito poderão ser processados em autos suplementares, a 
requerimento da parte ou a critério do juiz. 
 
31 
 
31 Mariana Abreu – Processo Civil ll 
- Evitar tumulto nos processos, mesmo nos eletrônicos. 
§ 5o A decisão proferida com base neste artigo é impugnável por 
agravo de instrumento. 
- Decisão interlocutória de mérito – não põe fim à fase cognitiva do 
procedimento comum. 
 
DECISÃO DE SANEAMENTO 
O saneamento, é a última parada antes de começar a atividade 
probatória, a atividade de instrução. 
É o momento em que o juiz irá examinar e ver o que precisa ser feito 
para que o processo possa entrar na próxima etapa, que é a etapa de 
coleta de provas. O saneamento esta dentro do julgamento conforme o 
processo 
O juiz ira examinar: é causa de extinção sem resolução com resolução? 
É caso de julgamento antecipado? 
Se não for nada disso, ira continuar o processo, preparando-o para a 
fase de instrução. 
Atividades que irão ser feitas no saneamento: 
1- Verificar se ainda existe algum vicio no processo. E se existir, 
elimina-lo. 
2- Examinar as questões de fato, sob as quais vão incidir a atividade 
probatória. Ex: se o autor alegou falta de pagamento. 
Tem que se dizer quais os fatos e como se pretende provar. (Por pericia, por 
testemunha, por documento etc.) 
Delimitar quais as questões de fato e delimitar as provas que pretende 
produzir. 
Tenho que dizer antes quais são as matérias que serão objeto de disputa, e 
como essa disputa vai ser resolvida. 
- Se não for hipótese de extinção do processo ou de julgamento 
antecipado do mérito. 
- Deve proferir DECISÃO DE SANEAMENTO = “RESOLVER O 
OBJETO LITIGIOSO DO PROCESSO.” 
- AINDA NÃO ELEMENTOS PROBATÓRIOS NOS AUTOS 
SUFICIENTES 
- PREPARAÇÃO DA ATIVIDADE INSTRUTÓRIA 
- BOA ORGANIZAÇÃO DO PROCESSO GERA: 
 
32 
 
32 Mariana Abreu – Processo Civil ll 
I - DURAÇÃO RAZOAVEL DO PROCESSO 
II - PROTEÇÃO AO DEVIDO PROCESSO LEGAL E CONTRADITÓRIO 
Art. 357. Não ocorrendo nenhuma das hipóteses deste Capítulo, 
deverá o juiz, em decisão de saneamento e de organização do 
processo: 
I - resolver as questões processuais pendentes, se houver. 
Preparar o processo para início da instrução para colheita de novas 
provas 
– SANAR DEFEITOS PROCESSUAIS – novos ou resistentes após as 
providências preliminares ; 
Art. 357. Não ocorrendo nenhuma das hipóteses deste Capítulo, 
deverá o juiz, em decisão de saneamento e de organização do 
processo: 
II - Delimitar as questões de fato sobre as quais recairá a atividade 
probatória, especificando os meios de prova admitidos; 
 - Identificação dos fatos controvertidos; 
- Especificação dos meios de provas de cada um deles; 
- Organização da atividade instrutória; 
Aula 7 
 Nessa fase, há a definição das questões de fato que serão examinadas e 
das provas que serão produzidas. 
Que for definido nesse momento que haverá prova testemunhal, o juiz já ira 
determina um prazo para que as partes apresentem o rol de testemunhas em 
certo prazo (15 dias) 
Se for prova pericial, já serão definidos, todos os eventos da perícia: quem 
será o perito, o prazo para impugnar o perito, prazo para o perito dizer o valor 
dos honorários que ele irá cobrar, prazo para as partes se manifestarem a 
respeito dos honorários... todos os atos já estarão delimitados dentro do 
despacho da decisão de saneamento. 
Quando definidas as testemunhas, se possível, o juiz já deve dizer qual 
testemunha vai provar oque. 
Tem ainda que se distribuir o ônus da prova. 
Na lei já diz o que cada um vai provar (mais ou menos), então geralmente o 
autor ira provar os fatos constitutivos do seu direito, e geralmente o réu ira 
provar os fatos impeditivos, modificativos, e extintivos do direito do autor. 
 
33 
 
33 Mariana Abreu – Processo Civil ll 
Tem se ainda que delimitar as questões de direito, se o juiz estiver pensando 
em examinar algum aspecto legal ele terá que avisar as partes, para poder que 
elas tenham como se preparar para responder. 
Tem se ainda nessa fase, que, se for necessário, a audiência de instrução e 
julgamento, porque se não tiver nenhuma prova oral para ser produzida em 
audiência, não é necessário nem que haja a audiência. Ex: é requerido apenas 
a perícia. 
Provas tipicamente produzidas em audiência: depoimentos das partes e 
depoimentos das testemunhas.A audiência então só será marcada quando for 
preciso coletar provas orais. 
Tudo que foi falado até agora, se aplica a modalidade clássica de saneamento 
(saneamento feito pelo juiz), só que, não existe apenas uma única forma de 
saneamento. 
O saneamento também pode ser feito pelas partes, e também pode ser feito 
em cooperação (saneamento compartilhado) . 
 
Art. 357. Não ocorrendo nenhuma das hipóteses deste Capítulo, 
deverá o juiz, em decisão de saneamento e de organização do 
processo: 
– Havendo prova testemunhal o juiz fixará prazo para apresentar rol 
de testemunhas; 
 - É conveniente que o juiz informe sobre quais fatos recairá o 
depoimento de cada testemunha; 
- Calendário da Perícia; 
- Art. 357. Não ocorrendo nenhuma das hipóteses deste Capítulo, 
deverá o juiz, em decisão de saneamento e de organização do 
processo: 
- III - definir a distribuição do ônus da prova, observado o art. 373; 
- - Breves comentários; 
- IV - delimitar as questões de direito relevantes para a decisão do 
mérito 
- - Além dos fatos controvertidos deve pontuar as questões 
relevantes – Delimitação vinculante à atividade jurisdicional – se 
surgir outra questão relevante não pontuada deve intimar às partes 
artigo 10 CPC); 
- V - designar, se necessário, audiência de instrução e julgamento 
- - Coleta de provas orais; 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm
 
34 
 
34 Mariana Abreu – Processo Civil ll 
 
- Providências após decisão de saneamento: (clássico. do juiz) 
 
- O Juiz faz sozinho e demonstra para as partes, que tem 5 cinco dias 
após a publicação no Diário Oficial para se manifestar 
 
- § 1o Realizado o saneamento, as partes têm o direito de pedir 
esclarecimentos ou solicitar ajustes, no prazo comum de 5 (cinco) 
dias, findo o qual a decisão se torna estável. Se as partes não se 
manifestarem, não pedirem nada, essa decisão de saneamento torna-se 
estável e não poderá mais ser modificada. (Não é a estabilidade de uma 
coisa julgada, que é imutável para sempre, mas as chances de 
mudanças são muito restritas) (isso, de pedir esclarecimentos, não se 
caracteriza como recurso) 
- Caso se peça esse ajuste, essa modificação e o juiz não o faça, é 
possível a arguição da nulidade do processo por recusa do direito 
de defesa em contraditório. (como forma de recuso após a 
finalização do processo) 
- Estabilidade da lide – evitar retrocessos processuais – trânsito em 
julgado – preclusão em relação à organização da atividade 
instrutória; 
- Se for em audiência a manifestação deve se dar até o fim da 
sessão, não se aplicando os 05 dias. 
- Prazo para apresentar rol de testemunhas:15 dias (nesse caso de 
saneamento feito pelo juiz sosinho) 
- Não é recurso de ED - As demais matérias que não forem 
agraváveis – deve se aguardar a apelação – em preliminar para se 
discutir. 
Providências após decisão de Saneamento (feito pelas partes) 
- Tipo de negócio jurídico processual. 
- Pode acontecer de um advogado ligar para o outro, e os dois resolverem 
juntos o que cada parte ira provar, e como irar provar, e então os dois 
levam para o juiz já pronto. “ Ó juiz, conversamos aqui, entendemos que 
nossas provas a produzir são essas, nossos fatos controvertidos são 
esses, as questões de direito são essas e o ônus da prova será o ônus 
da prova legal, homologue aí por favor “ 
- Se o juiz acatar o saneamento, tal feito pelas partes, nada terá que 
ajustar, apenas se o juiz ajustar alguma coisa. 
 
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35 Mariana Abreu – Processo Civil ll 
- O rol de testemunhas já são apresentados, não tem o aqui o prazo 
de 15 dias. § 2o As partes podem apresentar ao juiz, para 
homologação, delimitação consensual das questões de fato e de 
direito a que se referem os incisos II e IV, a qual, se homologada, 
vincula as partes e o juiz. 
- Hipótese de negócio jurídico processual bilateral. 
- Definem mutuamente quais os pontos controvertidos e as questões 
jurídicas relevantes 
- Convenção sobre ônus da prova, e até o direito aplicável ao caso – 
vinculando o juiz e tribunais. 
- O Juiz pode não homologar esse acordo. 
- Fatos supervenientes poderão ser alegados. Ver artigo 190 do CPC. 
- Art. 190. Versando o processo sobre direitos que admitam 
autocomposição, é lícito às partes plenamente capazes estipular 
mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da 
causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e 
deveres processuais, antes ou durante o processo. 
- Parágrafo único. De ofício ou a requerimento, o juiz controlará a 
validade das convenções previstas neste artigo, recusando-lhes 
aplicação somente nos casos de nulidade ou de inserção abusiva 
em contrato de adesão ou em que alguma parte se encontre em 
manifesta situação de vulnerabilidade 
- Providências após decisão de saneamento( feito em conjunto 
entre as partes e o juiz) 
- Calendário processual – Mais uma hipótese de negócio jurídico 
processual plurilateral – o juiz participa também desse negócio jurídico 
- Nesse caso, o juiz ira sentar com as partes, para montar um calendário 
dos principais eventos que vão ocorrer na instrução, então ele ira dizer “ 
diz x ira ocorrer pericia, dia y irá ocorrer resposta das pericias, dia z irão 
ser ouvidas as partes” 
- Todas as datas já estarão previamente ajustadas entre as partes e o 
juiz. 
- A grande vantagem desse negócio jurídico plurilateral é que, já que 
todas as datas já estão decididas, não é necessário ficar intimando as 
partes, pois tudo já este marcado. ( sem problemas com intimação 
erradas por exemplo) 
- É preciso que seja feita por vontade das partes, o juiz não pode 
fazer de oficio sozinho, em tese. 
 
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- Art. 191. De comum acordo, o juiz e as partes podem fixar 
calendário para a prática dos atos processuais, quando for o caso. 
- § 1o O calendário vincula as partes e o juiz, e os prazos nele 
previstos somente serão modificados em casos excepcionais, 
devidamente justificados. 
- § 2o Dispensa-se a intimação das partes para a prática de ato 
processual ou a realização de audiência cujas datas tiverem sido 
designadas no calendário. 
- Agendamento para prática de atos processuais – Em comum 
acordo entre parte e órgão julgador 
- Atos instrutórios, postulatórios (razoes finais), decisórios* (ordem 
cronológica – ou não se inclui a sentença ou fixa prazo de acordo 
com a referida ordem) e executórios; 
- - Pode ser fixado em qualquer fase do processo - antes do 
saneamento (audiência de mediação desde que com presença do 
juiz) durante o saneamento (momento mais propicio) e depois do 
saneamento. 
- Não pode ser imposto pelo órgão julgador, ainda que com 
fundamento na duração razoável do processo. 
- Vincula as partes e o juiz 
- – Prazos fixados somente serão modificados em situações 
excepcionais – cabendo inclusive representação contra o juiz (Art 
235) = parágrafo primeiro 191 CPC 
- Dispensa de intimação das partes para atos e audiências fixados no 
calendário. Economia processual. Organização – previsibilidade do 
processo. 
- - Não se confunde com calendário pericial – apesar dele poder fazer 
parte do calendário do artigo 191. 
- Providências após decisão de saneamento (Cooperação entre as 
partes e o juiz/compartilhado, feito em audiência) 
- Nesse caso, o juiz marca uma audiência, exclusivamente para fazer o 
saneamento. O juiz chama as partes e faz em cooperação em audiência 
“vem cá todo mundo, quais provas vocês querem produzir, pra que fatos, 
como vai provar? Qual o ônus?) Tudo isso se acerta na audiência, nesse 
caso, para se impugnar algo, o prazo NÃO É 15 DIAS, É ATE O FIM 
DESSA AUDIENCIA 
- Mais difícil de ter nulidade 
- Mais difícil de ter recurso 
 
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- Mais difícil de o juiz errar algo 
- Art 357. § 3o Se a causa apresentar complexidade

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