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DIREITO PENAL DO INIMIGO - PRÉ-PROJETO (NOTA 10!)

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FACULDADE ESPÍRITO SANTENSE DE CIÊNCIAS JURÍDICAS
CURSO DE DIREITO
-
DIREITO PENAL DO INIMIGO: O ESTADO EM SUA
OPERACIONALIZAÇÃO SOCIAL
CARIACICA/ES
2017
-
DIREITO PENAL DO INIMIGO: O ESTADO EM SUA
OPERACIONALIZAÇÃO SOCIAL
Pré-projeto de Pesquisa para elaboração de Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado ao Curso de Direito da Faculdade Espírito-Santense de Ciências Jurídicas, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Direito.
Orientador: Professor Me. Raphael Pereira da 
Fonseca.
CARIACICA/ES
2017
Sumário
1 – PROBLEMA DE PESQUISA	2
2 - OBJETIVOS	2
2.1 – OBJETIVO FINAL	2
2.2 – OBJETIVOS INTERMEDIÁRIOS	3
3 - JUSTIFICATIVA	3
4 – REFERENCIAL TEÓRICO	3
5 – HIPÓTESE	6
6 - METODOLOGIA	6
7 - CRONOGRAMA	7
8 – REFERÊNCIAS	7
1 – PROBLEMA DE PESQUISA
Para que ocorra a compreensão acerca do problema do presente projeto serão apresentadas considerações sobre a sociedade em seu loco, ou seja, sob um olhar múltiplo, objetivando pontuar os reais “inimigos sociais” e como ocorrem os processos de seleção com base nas referências de Jakobs3, assim, desde a sua primeira exposição em 1985.
Trazendo a aplicação do direito penal do inimigo no ordenamento jurídico brasileiro, a mudanças necessárias no ordenamento jurídico diminuiria as taxas de criminalidade e sensação de impunidade alegada pela sociedade?
2 - OBJETIVOS
2.1 – OBJETIVO FINAL
Analisar e compreender os processos que se enquadram em relação ao “inimigo social” acerca do poder do direito penal sendo aplicados a este garantia e, criando assim duas vertentes sendo garantia aos cidadãos e o direito penal do inimigo.
2.2 – OBJETIVOS INTERMEDIÁRIOS
· Identificar as condutas criminais que levariam os indivíduos a serem considerados inimigos da sociedade; 
· Constatar se todo tipo de crime cometido por um indivíduo constantemente deve ser proposto o ensejo do direito penal do inimigo; 
· Criar um panorama entre os fatores sociais e o então inimigo, apontando ainda que haja um caminho criminoso até este ser taxado como inimigo;
· Descrever o prejuízo deixado pelos atos do então inimigo à sociedade;
· Organizar um rol taxativo de crimes que lesionam e incomodam os demais cidadãos, sendo que por base a sanção penal implementada é correspondente com o crime realizado.
· Realizar um tratamento específico e punido como inimigo da sociedade e não como um cidadão 
3 - JUSTIFICATIVA
As crescentes ondas criminosas colocam em xeque o Código Penal Brasileiro, implementado com o Decreto Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940, sendo que os agentes criminosos assim que postos frente ao judiciário com a devida assistência jurídica recebem uma parcela mínima da jurisdição estatal.
Destarte, não há diferenciação de tipos penais, pois qualquer crime que ofenda os demais cidadãos e ao Estado de direito deve ser tratado igualmente, assim o agente causador do dano é identificado deveria ser posto em regime diferenciado e aplicadas leis mais rigorosas com intuito de minorar a incidência da tipificação penal realizada por ele e apresentar ao convívio social uma sanção penal justa e regulamentada.
4 – REFERENCIAL TEÓRICO
Para Günter Jakobs[footnoteRef:1] e Manuel Cancio Meliá[footnoteRef:2], que são pioneiros no estudo do direito penal do inimigo, o indivíduo deve ter certeza que não dever ser violento e descumprir o ordenamento jurídico e, além disto, que ninguém ao seu redor deve descumprir, permanecendo a sociedade pacífica, pois ao desobedecer ao indivíduo quebra um pacto com a sociedade e se sujeita a ser tratado como adversário. [1: JAKOBS, Günther. Imputação Objetiva no Direito Penal. 2ª ed., trad. André Luís Callegari. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2007.] [2: MELIÁ, Cancio. Direito Penal do Inimigo – Noções e Críticas. 2ª ed., trad. de André Luís Callegari e Nereu José Giacomolli. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2007.] 
[...] além da certeza de que ninguém tem o direito de matar, deve existir também a de que com um alto grau de probabilidade ninguém vá matar. Agora, não somente a norma precisa de um fundamento cognitivo, mas também a pessoa. Aquele que pretende ser tratado como pessoa deve oferecer em troca certa garantia cognitiva de que vai se comportar como pessoa. Sem essa garantia, ou quando ela for negada expressamente, o Direito Penal deixa de ser uma reação da sociedade diante da conduta de um de seus membros e passa a ser uma reação contra um adversário.[footnoteRef:3] [3: JAKOBS, G. Ciência do direito e ciência do direito penal. V. 1. São Paulo: Manole, 2003, p. 55.] 
Assim para Jakobs3 e Meliá4, a justificação de sua implantação, serve para que o indivíduo fique ciente perante a sociedade, de que os crimes cometidos por ele não ficarão sem justiça, que garanta a implantação e a restauração de um bom convívio social dentro de uma sociedade e que seja voltado a um inimigo perigoso e confirmado entre os cidadãos para ser instaurada a segurança. 
O direito penal em sua essencialidade é colocado como limitador de condutas errôneas, não sendo apenas um instrumento de opressão do Estado de direito para com a sociedade, apresentado assim pelo doutrinador Fernando Capez, que ainda aponta o desejo de justiça da sociedade.
O direito penal é muito mais do que um instrumento opressivo em defesa do aparelho estatal. Exerce uma função de ordenação dos contatos sociais, estimulando práticas positivas e refreando as perniciosas e, por essa razão, não pode ser fruto de uma elucubração abstrata ou da necessidade de atender a momentâneos apelos demagógicos, mas, ao contrário, refletir, com método e ciência, o justo anseio social.[footnoteRef:4] [4: CAPEZ, Fernando. Arma de fogo. 2ª ed. São Paulo, Saraiva, 2002, p. 27.] 
Desta forma, o direito penal é colocado como um molde da conduta social, sendo necessário para o bom funcionamento do Estado de direito, punindo os delinquentes e instaurando o medo da punição aos demais indivíduos.
Para Luciana Tramontin Bonho7, a pena ser mais branda, pois no atual ordenamento jurídico penal há muitos tipos de penas alternativas e acordos judiciais para o cumprimento da sanção penal, mesmo com o desenvolvimento de novos delitos, demonstrando em favor da implementação do direito penal do inimigo.
Com o surgimento de novos delitos decorrentes dos riscos pós-modernos, e a expansão do Direito Penal, a consequência foi o aumento de tipos penais. Porém, as penas tendem a serem mais brandas e alternativas. Este fato decorre da administrativização e da implementação de acordos no âmbito do processo penal, onde as penas privativas de liberdade são substituídas por penas alternativas, como restritivas de direito e de multa.[footnoteRef:5] [5: BONHO, Luciana Tramontin. Breves apontamentos e críticas sobre o direito penal do inimigo. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, IX, n. 27, mar 2006. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php/abrebanner.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=997&revista_caderno=3>. Acesso: 18 de Dez. 2017.] 
Por outro lado, Rogério Greco apresenta que a aplicação do direito penal do inimigo seria um retrocesso ao poder jurisdicional criminal. 
Com o argumento voltado ao delinquente habitual, ou criminosos pertencentes às facções organizadas, como acontece com os terroristas e traficantes de drogas, taxando-os de irrecuperáveis, propondo-se, para eles, medidas de privação da liberdade com tempo indeterminado, enfim, tratar o ser humano como um estranho à comunidade é o máximo da insensatez a que pode chegar o Direito Penal.[footnoteRef:6] [6: GRECO, Rogério. Direito Penal do Equilíbrio – Uma Visão Minimalista do Direito Penal. – 9 ed., rev., atual. Niterói: Impetus, 2016.] 
Greco8 apresenta ainda sua opinião, de que o atual direito penal é por si só uma conquista social, além de tentar afastar a probabilidade de diferenciar os cidadãos como inimigos, mesmo que após à pratica de delitos.
Não podemos afastar todas as nossas conquistas que nos foram sendo dadas em doses homeopáticas ao longodos anos, sob o falso argumento do cidadão versus inimigo, pois que, não sendo possível conhecer o dia de amanhã, quem sabe algum louco chegue ao poder e diga que inimigo também é aquele que não aceita a teoria do Direito Penal do Inimigo, e lá estarei eu sendo preso, sem qualquer direito ou garantia, em troca de um argumento vazio e desumano.8
Com os parâmetros de punibilidade apresentados pelo atual ordenamento jurídico brasileiro, os crimes são tratados de forma diferenciada em sua tipificação, para punir a todos os indivíduos que descumprirem a norma jurídica. 
Apesar do dever de punir do Estado, esta sanção não pode ser imposta sem motivação. Para Cesare Beccaria, toda sanção imposta sem motivos é um ato de tirania.
[...] todo ato de autoridade de homem para homem que não derive da absoluta necessidade é tirânico. Eis, então sobre o que se funda o direito do soberano de punir os delitos: sobre a necessidade de defender o depósito da salvação pública das usurpações particulares. Tanto mais justas são as penas quanto mais sagrada e inviolável é a segurança e maior a liberdade que o soberano dá aos súditos.[footnoteRef:7] [7: BECCARIA, Cesare. Dos Delitos e das Penas. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1999, p. 28.
] 
O direito penal brasileiro busca punir apenas aquele que realizou conduta tipificada, buscando dar segurança aos demais grupos sociais. As penas aplicadas pelo Estado são proporcionais ao delito, contudo, as condutas de determinados indivíduos que agem com extrema violência são colocadas em questão para uma sanção mais branda.
5 – HIPÓTESE 
A priori, acredita que se medidas mais severas serão as melhores soluções, pois o individuo será punido e sentirá o peso do crime cometido onde ele será privado de muito mais que sua liberdade.
As tipificações penais as quais o direito penal do inimigo abrange não serão apresentadas fixamente, pois crimes realizados por indivíduos que insistem em agir de tal forma a prejudicar a sociedade, devem ser punidos severamente. Ao observar o agente causador e seus atos não importa se houve a utilização de violência, pois crimes como corrupção e lavagem de dinheiro não se caracterizam pela violência, contudo ferem a população e são por várias vezes repetidos pelo próprio individuo já identificado como criminoso. 
6 - METODOLOGIA 
A metodologia de pesquisa adotada teve como sustentação doutrinas, legislação e artigos científicos de variados autores, sendo abordados por um método de pesquisa exploratório para que se tenha um melhor entendimento e uma análise crítica da teoria apresentada por Jakobs1.
7 - CRONOGRAMA
	ETAPA / 
ATIVIDADE
	JUL
2017
	AGO
2017
	SET
2017
	OUT
2017
	NOV
2017
	FEV
2018
	MAR
2018
	ABR
2018
	MAI
2018
	JUN
2018
	JUL
2018
	Definição do tema
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	Encontros com o Orientador
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	Levantamento Bibliográfico e Leitura
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	Elaboração do Projeto de Pesquisa
	
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	Análise do Projeto pela Banca Examinadora
	
	
	
	
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	Revisão Bibliográfica
	
	
	
	
	
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	Redação Preliminar do TCC (Artigo Científico)
	
	
	
	
	
	
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	Redação Final do TCC 
	
	
	
	
	
	
	
	
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	Avaliação do Orientador
	
	
	
	
	
	
	
	
	
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	Entrega do TCC 
	
	
	
	
	
	
	
	
	
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	Defesa do TCC
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
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8 – REFERÊNCIAS
BECCARIA, Cesare. Dos Delitos e das Penas. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1999.
BONHO, Luciana Tramontin. Breves apontamentos e críticas sobre o direito penal do inimigo. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, IX, n. 27, mar 2006. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php/abrebanner.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=997&revista_caderno=3>. Acesso: 18 de Dez. 2017.
CAPEZ, Fernando. Arma de fogo. 2ª ed. São Paulo, Saraiva, 2002.
GRECO, Rogério. Direito Penal do Equilíbrio – Uma Visão Minimalista do Direito Penal. – 9 ed., rev., atual. Niterói: Impetus, 2016.
JAKOBS, G. Ciência do direito e ciência do direito penal. V. 1. São Paulo: Manole, 2003, p. 55.
JAKOBS, Günther. Imputação Objetiva no Direito Penal. 2ª ed., trad. André Luís Callegari. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2007.
MELIÁ, Cancio. Direito Penal do Inimigo – Noções e Críticas. 2ª ed., trad. de André Luís Callegari e Nereu José Giacomolli. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2007.
PINTO NETO, Moysés da Fontoura Pinto. O Rosto do Inimigo: Uma Desconstrução do Direito Penal do Inimigo Como Racionalidade Biopolítica. Porto Alegre – RS. 2007. Disponível em: <http://tede.pucrs.br/tde_arquivos/5/TDE-
2008-03-12T111101Z-1058/Publico/399127.pdf> Acesso em: 18 de Dez. 2017.

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