Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE SÁ BELO HORIZONTE PRADO Web Aula de 1 a 6 Aluno: Roberta Lorena Martins Dias Trabalho da disciplina: Direito Penal (Teoria do Crime) Prof. Bruno Martins Torchia Belo Horizonte 05/Out/2020 http://portal.estacio.br/ 2 SITUAÇÃO PROBLEMA 1 Abelardo era conhecido camelô do centro da cidade de Fortaleza e toda semana vendia a seus clientes DVDs de filmes recém lançados no cinema pelo valor de R$5,00. Determinado dia, um de seus clientes insatisfeito por ter comprado um título e no CD constar outro filme procurou uma viatura militar a duas quadras do local para dar "queixa" do ocorrido. O Policial Militar Milton deslocou-se até o "local da venda" e ao abordar Abelardo, encontrou em sua mochila 215 DVDs de diversos títulos, 89 CDs de diversos títulos e 37 jogos de Playstation IV, de diversos títulos. Perguntar à turma: "Diante do caso concreto, caso Abelardo apresente como tese defensiva o fato de que "todo mundo sabia o que ele vendia e todo mundo comprava, de modo que sua conduta era socialmente aceita", avalie se sua defesa pode ser considerada para fins de exclusão de responsabilidade jurídico-penal". R: A conduta perpetrada pelo agente é flagrantemente aceita pela sociedade e, por que motivo, impassível de coerção pela gravosa imposição de reprimenda criminal. No caso em questão, deve ser aplicado o princípio da adequação social, que foi desenvolvido sob a premissa de que uma conduta socialmente aceita ou adequada não deve ser considerada como ou equiparada a uma conduta criminosa, culminando com a exclusão de responsabilidade jurídico-penal. Trata-se, de uma regra de hermenêutica tendente a viabilizar a exclusão da tipicidade de condutas que, mesmo formalmente típicas, não mais são objeto de reprovação social relevante, pois nitidamente toleradas. SITUAÇÃO PROBLEMA 2 O Ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes aplica insignificância e absolve ré que furtou produtos do mercado (STF, HC 187.500, disponível em: < http://portal.stf.jus.br/jurisprudencia/> De acordo com o processo, a mulher furtou uma peça de picanha, três tabletes de caldo e uma peça de queijo muçarela. O juízo de origem reconheceu a insignificância e a absolveu. No entanto, o Ministério Público interpôs apelação, que foi julgada procedente. A Defensoria Pública do Rio de Janeiro agravou então à 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça, que negou a insignificância sob argumento de que o valor não pode ser considerado ínfimo, por ultrapassar 10% do salário mínimo vigente à época dos fatos. Ao analisar o HC, porém, Gilmar Mendes afirmou que deve ser aplicado o princípio, tendo em vista que os objetos foram restituídos e a conduta não causou lesividade relevante à ordem social. Aproveitou para reafirmar seu entendimento de que não é razoável movimentar o Direito Penal e todo o aparelho do estado-polícia 3 e do estado-juiz para atribuir relevância a casos de furto como o da hipótese. Gilmar Mendes também destacou que a jurisprudência do Supremo tem sido no sentido de que a insignificância da infração penal que tenha o "condão de descaracterizar materialmente o tipo impõe o trancamento do processo penal por falta de justa causa" (disponível em: < https://www.conjur.com.br/2020-jul- 02/ministro-aplica-insignificancia-absolve-re-furtou-produtos-mercado). Perguntar à turma: "A partir do caso narrado, formule os requisitos para a aplicação do princípio da insignificância e as consequências jurídico-penais de sua aplicação" R: Mínima ofensividade, nenhuma periculosidade social da ação, reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento e inexpressividade de lesão jurídica provocada. O princípio da insignificância reduz o âmbito de proibição aparente da tipicidade legal e, por consequência, torna atípico o fato na seara penal, apesar de haver lesão a bem juridicamente tutelado pela norma penal. Conforme vemos no julgado (STF HC 97129, Relator Min. EROS GRAU, Segunda Turma julgado em 11/05/2010, DJe-100DIVULD 02-06-2010 PUBLIC 04/06/2010 EMENT VOL – 02404-02 PP-00300) “A aplicação do princípio da insignificância há de ser criteriosa e casuística, tendo-se em conta os critérios objetivos. A tentativa de subtração de mercadorias cujos valores são inexpressivos por se só, não justifica a persecução penal. O Direito Penal, considerada a intervenção mínima do Estado, não deve ser acionado, para reprimir condutas que não causem lesões significativas aos bens juridicamente tutelados. Aplicação do princípio da insignificância justificada no caso. Ordem deferida a fim de declarar a atipicidade da conduta imputada a pacientes, por aplicação do princípio da insignificância” SITUAÇÃO PROBLEMA 3 1. Ao afirmar que a função do Direito Penal é a limitação do poder punitivo, tem-se que isso vai ao encontro do mandamento do Estado Democrático de Direito que determina a tutela dos Direitos Humanos. Em outras palavras, ao afirmar que a função do Direito Penal é limitar o poder punitivo, reconhece-se que o Direito Penal e o Processo Penal são eficazes instrumentos de efetivação dos Direitos Humanos, considerados através de uma nova perspectiva, integradora, crítica e contextualizada, nos termos da chamada Teoria Crítica dos Direitos Humanos. (CANTERJI, 2008, p.114). Obs. Trecho extraído do Livro: CANTERJI, Rafael Braude. Política Criminal e Direitos Humanos. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2008. ISBN 978-85-7348- 523-3. 2. É ilícita a prova obtida por meio de revista íntima realizada com base unicamente em denúncia anônima. De início, é inarredável a afirmação de que a revista íntima, eventualmente, constitui conduta atentatória à dignidade da pessoa humana, em razão de, em certas ocasiões, violar brutalmente o direito à intimidade, à inviolabilidade corporal e à convivência familiar entre visitante e 4 preso. Em verdade, a adoção de revistas íntimas vexatórias e humilhantes viola tratados internacionais de Direitos Humanos firmados pelo Brasil e contraria recomendações da Corte Interamericana de Direitos Humanos, das Organizações das Nações Unidas e da Corte Europeia de Direitos Humanos. Para compatibilizar os direitos e deveres envolvidos na questão relativa ao controle de ingresso de visitantes em estabelecimentos penitenciários, existem, basicamente, duas correntes. A primeira considera não ser possível a realização de revista íntima em presídios, por ser ela vexatória e atentatória à dignidade da pessoa humana, valor básico ensejador dos direitos fundamentais. Ainda, invoca a proibição constitucional de se submeter qualquer pessoa a tratamento desumano ou degradante (art. 5º, III). Há, no entanto, uma segunda corrente, para a qual é possível, sim, a realização de revista íntima em estabelecimentos prisionais, com base em uma ponderação de interesses, pois existe a necessidade de controlar a entrada de produtos proibidos nos presídios armas, bebidas, drogas etc., de forma que, por questão de segurança pública e em nome da segurança prisional, estaria autorizada a medida (desde que, obviamente, fossem tomadas as cautelas devidas, tais como a realização de revista em mulheres por agentes públicos do sexo feminino). No caso, a acusada foi submetida à realização de revista íntima com base, tão somente, em uma denúncia anônima feita. Perguntar à turma: "Ante o exposto, diante da análise da adoção de um Sistema Penal de Garantias pelo Estado Democrático de Direito descrita no texto acima e comparando-a à ementa do Informativo de Jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça transcrito, avalie as duas correntes suscitadas e formule argumentações jurídicas voltadas a mitigar o referido conflito". R: Desde 2016, a Lei 13.271 proíbe a revista íntima de mulheres, tanto em unidades prisionais como emempresas privadas e órgãos da administração pública, sejam visitantes ou empregadas. Em recente Relatoria do STF, o Ministro Luiz Edson Fachin, viu a existência de questão constitucional, já que o recurso trata da ocorrência de práticas e regras vexatórias, desumanas ou degradantes, e reconheceu a repercussão geral do tema. O entendimento foi seguido por unanimidade no Plenário Virtual. Porém, o caso concreto em tela, visa realmente a obtenção de prova de conduta penal tipificada em condição de flagrante, só que, sem amparo legal, pois a revista por se só constitui de pronto em desconfiança e ou denúncia vazia. Desrespeitando ao ordenamento jurídico postulado, de que provas obtidas por denúncias e revistas desautorizadas pela CF, por tanto ilícitas, são consideradas nulas. Entretanto, já existe meio de descontruir essa pratica e de validar a condição de razoabilidade da ação dos agentes públicos de uma forma geral, que seria o uso do scanner, tanto corporal como de estação. Desta forma, a suspeita não recairia sob a condição de denúncia ou de mera desconfiança e passaria a ser de averiguação dos fatos mediante fortíssimos indícios de conduta reprovável e ou ilícita. Isso mitigaria o conflito entre as convicções das duas correntes. SITUAÇÃO PROBLEMA 4 5 1. No caso da seletividade penal, o Estado, em vez de demandado, é quem acusa e persegue os indivíduos por suas infrações à legislação criminal. O foco das pesquisas está nas condições de estabelecimento e cumprimento de garantias ao indivíduo incriminado e na preferência das instituições judiciais em tratar certos tipos de crime em detrimento de outros. O problema formulado em torno da seletividade penal é entender como e por que o Estado privilegia a perseguição de certas condutas ou de certos grupos de criminosos ou é tolerante com outras condutas e grupos sociais. Trata-se de pensar em como as instituições do sistema de justiça operam constrangimentos e seleções para certos atores sociais que movimentam suas habilidades e capitais na tentativa de lidar com filtros institucionais. Os mais bem afortunados são aqueles cujas demandas por justiça transitam facilmente pelas estruturas judiciais e suas infrações atraem pouca atenção da repressão penal. Os desfavorecidos são os que atraem a repressão penal aos seus modos de morar, trabalhar, comerciar, viver e encontram muitas dificuldades em administrar os conflitos de que são protagonistas por regras e procedimentos estatais. (SINHORETTO, 2014, Edição do Kindle, posição 8527). Obs. Trecho extraído do Livro: LIMA, Renato Sérgio de. Crime, Polícia e Justiça no Brasil. Edição do Kindle, 2014. ISBN 978-85-7244-901-4 2. Ementa: APELAÇÃO CRIMINAL. TRÁFICO DE DROGAS. ART. 33 DA LEI Nº 11.343/06. 1. CRIME DE TRÁFICO ILÍCITO DE DROGAS CONFIGURADO. DEPOIMENTOS DE POLICIAIS. VALIDADE, EM REGRA, COMO PROVA. 1.1. [...] 1.2. Tese escusatória do acusado que derruiu diante das firmes declarações policiais. As provas dos autos demonstram claramente que a droga apreendida estava em poder do acusado e que eram destinadas ao tráfico de drogas. 1.3. Devido à corriqueira dificuldade dos operadores do direito para distinguir os crimes de tráfico ilícito de drogas e os de posse de drogas para uso pessoal, o legislador estipulou critérios para auxiliar essa distinção (§ 2º do art. 28 da Lei nº 11.343/06), os quais devem ser observados na apreciação do caso concreto. Assim, ao analisar a prova dos autos, o magistrado deve levar em consideração para a distinção entre as condutas de tráfico de drogas e de posse de drogas para uso pessoal: (a) a natureza da droga; (b) a quantidade da substância aprendida; (c) o local e as condições em que se desenvolveu a ação; (d) circunstâncias sociais e pessoais do agente; (e) sua conduta e antecedentes. 1.4. Circunstâncias do caso concreto afastam, estreme de dúvida, a possibilidade de desclassificação da conduta para o delito de posse para consumo pessoal, restando caracterizado o tráfico de drogas. 2. DOSIMETRIA DA PENA. [...] 2.3. COCULPABILIDADE DO ESTADO OU SOCIEDADE. Inadmissibilidade da coculpabilidade do Estado ou da sociedade como circunstância hábil para reduzir a pena. A tese da coculpabilidade da sociedade é insuficiente em diversos aspectos: (a) inviabilidade da evocação da baixa instrução como causa do crime, porquanto notório que o delito permeia todos os segmentos sociais; (b) impossibilidade de delimitar um menor poder punitivo para os menos letrados e um maior para aqueles com o 6 mais alto grau acadêmico, gerando um direito penal a duas velocidades; (c) ignora o problema da seletividade criminalizadora do poder punitivo sobre a população. (Apelação Crime, nº 70037247806, Terceira Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Odone Sanguiné, Julgado em: 24-02-2011), disponível em: < https://www.tjrs.jus.br/> Perguntar à turma: "Ante o exposto, diante da análise acerca da Seletividade do Direito Penal descrito no texto acima e comparando-a à ementas de acórdão transcrito, avalie a coordenação entre as missões declaradas e não declaradas do Direito Penal". R: Segundo Barata, a Seletividade Penal seria... “Um status atribuído a determinados indivíduos por parte daqueles que detêm o poder de criar e aplicar a lei penal, mediante mecanismos seletivos, sobre cuja estrutura e funcionamento a estratificação e o antagonismo dos grupos sociais têm uma influência fundamental (BARATTA, 2011, p. 113). ” No Penal Brasileiro, o sistema é contextualizado por uma forte contradição, pois tem suas funções tidas como declaradas e não as cumpre, e também tem as não declaradas, das quais cumpre, sempre dotadas, em sua essência, de traços que favorecem determinada classe social, em grande maioria, a classe média alta e/ou alta. O Estado não consegue oferecer soluções para os conflitos crescentes que a sociedade vivencia, que vão muito além dos chamados eventos criminosos, que são na verdade gerados pelas condições excludentes do poder econômico globalizado, produzindo o sistema penal, assim, soluções meramente simbólicas, com a produção de leis que prometem muito e cumprem pouco, evidenciando sua total ineficácia diante da criminalidade criada por ele próprio. Há uma séria necessidade de reformulação do sistema penal brasileiro e mundial. A Criminologia Crítica afirma que qualquer reforma da legislação penal deve ter por objeto os três níveis de sua existência seletiva: definição legal, estigmatização judicial e repressão penal, tendo como objetivo imediato a instituição de um sistema girado em torno do Direito Penal Mínimo, que encontra eco em seu objetivo mediato de abolição do sistema penal. Infelizmente, nosso Direito penal é sim celetista, e atende a uma fatia da sociedade muito bem caracterizada, assim os objetivos declarados do nosso Direito penal não são alcançados e os objetivos não declarados se veem parcialmente cumpridos e ou dirigidos a uma determinada classe social. SITUAÇÃO PROBLEMA 5 Até o momento estudamos as missões e funções do Direito Penal como as missões e funções queridas ou declaradas desta forma de Controle Social, todavia não podemos deixar de reconhecer a existência de funções ou missões não declaradas ou não queridas e a estas podemos imputar o denominado caráter simbólico ou estigmatizante do Direito Penal. Através do direito penal simbólico podemos destacar de um lado a hipertrofia do Direito Penal, ou seja, a utilização do Direito Penal como forma de atender ao clamor social e midiático através da exacerbação de criminalização de condutas ou de penas com a criação de leis penais simbólicas; de outro lado, a estigmatização 7 não só dos autores das condutas delitivas, mas também de seus familiares e até mesmo, em algumas situações, das próprias vítimas, como ocorre nos casos de crime sexuais. Não raras vezes, as vítimas de crimes sexuais são tratadas de forma pejorativa pela sociedade e pelo sistema de justiçacriminal. [...] Em síntese, significa dizer que, de um lado, o Direito Penal, através das suas instituições, apresenta suas missões declaradas, queridas, assim conhecidas como prevenção, retribuição e ressocialização. De outro, busca esconder suas missões não declaradas, dentre elas, o caráter simbólico, estigmatizante, nocivo do Controle Social Penal. (LA PEÑA, 2019.) Obs. Trecho extraído do Livro: LA PEÑA, Daniela de O. Duque-Estrada. Direito Penal Aplicado I. Rio de Janeiro: SESES, 2019. ISBN 978-85-5548-730-9. Perguntar à turma: O ordenamento jurídico brasileiro se utiliza de leis penais simbólicas como instrumento de política criminal? R: Sim, devemos entender com “direito penal simbólico”, como o conjunto de normas penais elaboradas no clamor da opinião pública, suscitadas geralmente na ocorrência de crimes violentos ou não, envolvendo pessoas famosas no Brasil, com grande repercussão na mídia, dando atenção para casos determinados, específicos e escolhidos sob critério exclusivo dos operadores dos sistemas de radiodifusão e da mídia televisiva. Podemos citar como exemplo o caso mais recente, a Lei Carolina Dickmam. SITUAÇÃO PROBLEMA 6 1. Não é infrequente que a expansão do Direito Penal se apresente como produto de uma espécie de perversidade do aparato estatal, que buscaria no permanente recurso à legislação penal uma (aparente) solução fácil aos problemas sociais, deslocando ao plano simbólico (isto é, ao da declaração de princípios, que tranquiliza a opinião pública) o que deveria resolver-se no nível da instrumentalidade (da proteção efetiva). (SÁNCHEZ, 2002, p.23). Obs. Trecho extraído do Livro: SÁNCHEZ, Jesús-María Silva. Trad. Luiz Otavio de Oliveira Rocha. A Expansão do Direito Penal: Aspectos da política criminal nas sociedades pós-industriais. São Paulo: Ed. Revista dos Tribunais, 2002. 2. Assista ao vídeo? Direito Penal na sociedade de risco e o Estado Democrático de Direito - temas atuais", disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=P5ADaXh-Jq4> Perguntar à turma: A partir do caso narrado, investigue as características da denominada Expansão do Direito Penal na sociedade globalizada. R: “Diferentemente do capital produtivo, o capital globalizado não é manejado por empresários, mas sim por administradores de conglomerados, tecnocratas que devem obter o maior lucro possível ao menor tempo, para evitar que seus investidores busquem outro tecnocrata mais eficaz a quem confiar seus recursos. É por isso que esses operadores vão perdendo seus escrúpulos, fazendo com que sua atividade entre, com frequência, numa zona que se confunde com a delinquência 8 econômica, e algumas vezes caem, vítimas de seus embates com outros competidores, provocando catástrofes financeiras com surpreendentes desmoronamentos de impérios de papel. (ZAFFARONI, 2011, p. 62-63) ”. Essa nova realidade que prioriza, a qualquer custo, o ganho (e acúmulo) desenfreado de capital, recebe colaboração de todos os campos, inclusive do sistema penal, por meio da flexibilização de direitos. Trata-se do EXPANSIONISMO DO DIREITO PENAL. O novo direito penal preocupa-se não apenas com os bens de ordem individual, mas também com aqueles denominados bens metaindividuais ou coletivos. Com efeito, as alterações promovidas em regras gerais do direito penal em decorrência da nova criminalidade, também incidem nas modalidades clássicas de violência. Com a dinâmica social acelerada dos nossos tempos, o Direito Penal Brasileiro, foi impelido a verter seus sentidos em orientação as novas modalidades de crimes e isso acabou se deitando sob a égide da flexibilização das garantias objetivas do nosso ordenamento jurídico Penal. Novos crimes globalizados deram origem a novos modelos de condutas punitivas e também a novas ementas punitivas.
Compartilhar