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Máquinas de Fluxo Prof. Carlos Catunda 1 Máquinas de Fluxo Prof. Carlos Catunda PARTE 1/2 Material disponível em: https://drive.google.com/drive/folders/1YKolhGtR9VmCPjeDJRDeHjUwQrhAe0JD?usp=sharing Prof. Carlos Catunda 2Máquinas de Fluxo 1. Definições, 2. Classificação de máquinas de fluxo e componentes básicos. 3. Transformação de energia em trabalho 4. Perdas e rendimento em máquinas de fluxo 5. O mecanismo do fluxo no rotor 6. Curvas características para bombas 7. Cavitação e altura de sucção das bombas hidráulicas 8. Associação e testes de bombas 9. Características construtivas 10.Materiais. Aplicações Ementa Prof. Carlos Catunda 3Máquinas de Fluxo 1. Compreender os princípios de funcionamento das máquinas de fluxo. � Identificar a estrutura e o funcionamento das máquinas de fluxo e a sua operacionalidade. � Analisar o mecanismo do fluxo no rotor e identificar suas aplicações nas máquinas de fluxo, permitindo o calculo de parâmetros. 2. Conhecer os fundamentos conceituais das máquinas de fluxo e sua aplicação nos vários tipos de bombas. � Identificar e calcular as perdas de carga e o rendimento das máquinas de fluxo. � Analisar as propriedades físicas do fluido de trabalho. Objetivos Gerais / Objetivos Específicos Prof. Carlos Catunda 4Máquinas de Fluxo 3. Desenvolver capacidade de selecionar e aplicar esses equipamentos em projetos de instalações. Aprender noções de projeto destes equipamentos. � Identificar os princípios básicos das energias de pressão e suas aplicações. Comparar curvas características para bombas. � Analisar o funcionamento de turbinas a vapor, de turbinas a gás, compressores e ventiladores. Objetivos Gerais / Objetivos Específicos Prof. Carlos Catunda 5Máquinas de Fluxo Capítulo 1 - Introdução às Máquinas de Fluxo Capítulo 2 – Teoria de Bombas Centrifugas Capítulo 3 – Curvas Características e Associação de Bombas Série/Paralelo Capítulo 4 – Coeficiente Adimensionais e Leis de Semelhança Capítulo 5 – Curvas Operacionais de Sistemas de Bombeamento Capítulo 6 - Sistemas de Bombeamento Capítulo 7 - Perda de Carga em Sistemas de Bombeamento Capítulo 8 – Cavitação Sumário Prof. Carlos Catunda 6Máquinas de Fluxo 1. de Mattos, E. E.; de Falco, R.; BOMBAS INDUSTRIAIS, 2a ed., Editora Interciência 2. Fox, R. W. Introdução à Mecânica dos Fluidos Editora LTC – 8aed 3. Alé, J. A. V., Sistemas Fluidomecânicos, Apostila de Sistemas de Bombeamento, PUC-RS, 2010. Bibliografia Bibliografia Complementar G. T. Csanady THEORY OF TURBOMACHINES 6a ed., São Paulo: MC Graw-Hill Book Prof. Carlos Catunda 7Máquinas de Fluxo 1. MACINTYRE, Archibald Joséph. Bombas e instalações de bombeamento. Rio de Janeiro: Guanabara Dois, 1982 2. SOUZA, ZULCY DE. Projeto de maquinas:base teórica e experimental. Rio de Janeiro: Interciência,2011. T. 1 3. ASSY, Tufi Mamed. Mecânica dos fluidos: fundamentos e aplicações. 2. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2004 4. ÇENGEL, Yunus A.; CIMBALA, John M. Mecânica dos fluidos: fundamentos e aplicações. São Paulo: McGraw-Hill, 2011. 5. MATTOS, Edson Ezequiel de; FALCO, Reinaldo de. Bombas industriais. 2. ed. Rio de Janeiro: McKlausen, 1998 6. MAZURENKO, Anton Stanislavovich. Máquinas térmicas de fluxo: cálculos termodinâmicos e estruturais. Rio de Janeiro: Interciência, 2013 7. MORAN, Michael J.; SHAPIRO, Howard N.; DEWITT, David P.; MUNSON, Bruce Roy. Introdução à engenharia de sistemas térmicos: termodinâmica, mecânica dos fluidos e transferência de calor. Rio de Janeiro: LTC, 2005. Bibliografia Complementar Prof. Carlos Catunda 8Máquinas de Fluxo ≡ 1. Máquinas de Fluxo ≡ 1.1 Máquinas Motrizes ≡ 1.2 Máquinas Geratrizes ou Operatrizes ≡ 1.3 Ventiladores e Compressores ≡ 1.4 Turbinas ≡ 1.5 Bombas Hidráulicas ≡ 1.6 Bombas Volumétricas ≡ 1.7 Turbobombas Capítulo 1 – Introdução às Máquinas de Fluxo Prof. Carlos Catunda 9Máquinas de Fluxo Na indústria existe uma série de sistemas e equipamentos que utilizam máquinas para movimentação e transporte de fluidos. Todos estes processos estão relacionados com a energia e seus processos de transformação. A energia contida nos fluidos em movimento pode ser utilizada para acionamento de máquinas de fluxo denominadas turbinas. A energia gerada pelas turbinas pode ser utilizada para acionamento de bombas, ventiladores, compressores para movimentação e transporte de fluidos com diferentes finalidades, segundo o processo industrial em que esteja inserido. Introdução Uma máquina de fluxo é um dispositivo que realiza trabalho sobre um fluido ou extrai trabalho (ou potência) de um fluido. Prof. Carlos Catunda 10Máquinas de Fluxo As turbinas hidráulicas recebem energia do fluido (água) que transformada em energia mecânica possibilita sua transformação final em energia elétrica. As turbinas eólicas recebem energia dos ventos que pode ser transformada em energia mecânica. As turbinas a vapor são máquinas movimentadas pela elevada energia cinética de vapores em processos de expansão as quais possibilitam o acionamento de geradores elétricos, bombas, compressores, ventiladores. Introdução Uma turbina é uma máquina de fluxo que extrai trabalho (ou potência) de um fluido. Prof. Carlos Catunda 11Máquinas de Fluxo Prof. Carlos Catunda 12Máquinas de Fluxo As bombas e ventiladores são máquinas que recebem trabalho mecânico através de motores e realizam trabalho sobre um fluido e favorecem o transporte líquidos (bombas) e gases (ventiladores) vencendo desníveis energéticos. Os compressores são utilizados em processo frigoríficos ou em instalações com gases ou ar comprimido para acionamento de máquinas e ferramentas pneumáticas. Trabalham com gases com pressões superiores às utilizadas em ventiladores, levando em consideração as mudanças significativas da variação da massa específica pelas mudanças de temperatura e pressão. Introdução Bombas , ventiladores ou compressores são máquinas de fluxo que realizam trabalho (ou potência) sobre um fluido . Prof. Carlos Catunda 13Máquinas de Fluxo Prof. Carlos Catunda 14Máquinas de Fluxo Sistemas fluidomecânicos possibilitam o estudo das equações que governam o movimento das turbomáquinas como turbinas, bombas, ventiladores e compressores. � A equação do momento da quantidade de movimento permite determinar a energia obtida ou recebida pelas máquinas; � As leis de semelhança permitem avaliar o funcionamento das turbomáquinas em diferentes condições de operação. � A dissipação de energia no escoamento nas máquinas de fluxo leva as diferentes perdas hidráulicas, volumétricas, mecânicas que determinam a eficiência de tais máquinas. � A seleção do tipo de máquina mais apropriada em diferentes processos industriais, assim como avaliação da potência requerida e a interpretação gráfica das curvas características verificando o ponto de operação entre as máquinas de fluxo e os sistemas onde estão inseridas. Objetivos Prof. Carlos Catunda 15Máquinas de Fluxo As máquinas de fluxo são utilizadas para adicionar ou retirar energia de um fluido. Podem ser dinâmicas (turbomáquinas) ou volumétricas (máq desloc. positivo). Nas dinâmicas o aumento da pressão do fluido é contínua. Nas volumétricas o aumento da pressão se produz reduzindo o volume do fluido confinado hermeticamente na câmara de compressão. 1 - Máquinas de Fluxo Prof. Carlos Catunda 16Máquinas de Fluxo As turbomáquinas direcionam o escoamento através de lâminas, aletas ou pás solidárias ao rotor. � Numa turbomáquina o fluido nunca permanece confinado no interior da máquina, está sempre circulando. � Numa máquina volumétrica o fluido permanece periodicamente confinado no interior da máquina. � Todas as interações de trabalho entre fluido-rotor de uma turbomáquina resultam dos efeitos dinâmicos do rotor sobre a corrente de fluido. � As turbomáquinas podem ser máquinas motrizes (ex: turbinas) ou geratrizes (ex: bombas) 1 - Máquinas de Fluxo (Turbomáquinas) Prof. Carlos Catunda 17Máquinas de Fluxo As turbomáquinas apresentam os seguintes componentesbásicos. � Boca de entrada (Bombas: boca de aspiração ou de sucção) � Rotor Impulso ou Impelidor � Fileira de pás, lâminas, álabes solidárias ao rotor. � Corpo, voluta ou coletor em caracol � Boca de saída (Bombas: boca de recalque ou de descarga) 1 - Máquinas de Fluxo (Turbomáquinas) Prof. Carlos Catunda 18Máquinas de Fluxo 1 - Máquinas de Fluxo (Turbomáquinas) Prof. Carlos Catunda 19Máquinas de Fluxo Transformam a energia recebida por um fluido em energia mecânica para um aproveitamento posterior, como por exemplo, na geração de energia elétrica. 1 - Máquinas de Fluxo 1.1. – Máquinas Motrizes Prof. Carlos Catunda 20Máquinas de Fluxo Recebem trabalho mecânico, fornecido por uma máquina motriz (motor elétrico, diesel) e o transformam em energia de pressão. 1 - Máquinas de Fluxo 1.2. – Máquinas Geratrizes ou Operatrizes Prof. Carlos Catunda 21Máquinas de Fluxo 1 - Máquinas de Fluxo (Comparação) Prof. Carlos Catunda 22Máquinas de Fluxo Os ventiladores e compressores são máquinas semelhantes já que trabalham com gases, contudo, os ventiladores são utilizados para movimentar gases enquanto que os compressores são utilizados para aumentar a pressão dos gases. Os compressores causam uma variação significativa da massa específica do gás. � Os ventiladores são utilizados para ventilação residencial e industrial, sistemas de exaustão e insuflamento de ar e sistemas de climatização. � Os compressores são utilizados para aplicações de ar comprimido acionando equipamentos a pressão de ar como transporte pneumático, acionadores de êmbolo, em equipamentos de jato de ar como resfriadores ou aquecedores, jateamento de areia, máquinas de percussão como martelos de ar comprimido, ou também para acionamento de máquinas ferramentas fixas e portáteis como furadeiras, aparafusadeiras. Os compressores e os ventiladores podem ser máquinas dinâmicas (rotores centrífugos, axiais ou mistos) ou volumétricas (êmbolo ou rotativos como os de palhetas, lóbulos e de parafuso). 1 - Máquinas de Fluxo 1.3. – Ventiladores e Compressores Prof. Carlos Catunda 23Máquinas de Fluxo 1 - Máquinas de Fluxo 1.3. – Ventiladores e Compressores Prof. Carlos Catunda 24Máquinas de Fluxo 1 - Máquinas de Fluxo 1.3. – Ventiladores e Compressores (Campo de Aplicação) O campo de aplicação (aplication range) dos diferentes tipos de máquinas de fluido é tão amplo e sujeito a regiões de superposição, que, muitas vezes, torna-se difícil definir qual a melhor máquina para determinada aplicação. � ventilador (fan) � compressor (compressor) � soprador (blower) Prof. Carlos Catunda 25Máquinas de Fluxo � Conheça o funcionamento dos ventiladores centrífugos em: http://youtube.com/watch?v=ReH161TJjKA http://youtube.com/watch?v=FYLVb6xQ5Bw � Conheça o funcionamento dos ventiladores axiais em: http://youtube.com/watch?v=hIl963i2A4w http://youtube.com/watch?v=mAlCUnkKwb8 1 - Máquinas de Fluxo 1.3. – Ventiladores e Compressores (Referências) Prof. Carlos Catunda 26Máquinas de Fluxo � Conheça o funcionamento dos compressores centrífugos em: http://youtube.com/watch?v=CJxtGoV2xks � Conheça o funcionamento dos compressores axiais em: http://youtube.com/watch?v=Il27VvHu-s0 http://youtube.com/watch?v=DG8aZ_KP4X0 (parte de uma turbina) � Conheça o funcionamento dos compressores alternativos em: http://youtube.com/watch?v=gGULiPfuWdw http://youtube.com/watch?v=o35KOQT6kn4 http://youtube.com/watch?v=KifAWK2hqDQ 1 - Máquinas de Fluxo 1.3. – Ventiladores e Compressores (Referências) Prof. Carlos Catunda 27Máquinas de Fluxo � Conheça o funcionamento dos compressores de paletas em: http://youtube.com/watch?v=jpBHKIXaXdM http://youtube.com/watch?v=dBoeULcFR-g http://youtube.com/watch?v=vlNR-oiXx0k � Conheça o funcionamento dos compressores de lóbulos em: http://youtube.com/watch?v=6c4gLyO9ITU � Conheça o funcionamento dos compressores de parafuso em: http://youtube.com/watch?v=stjvbAO_6JQ 1 - Máquinas de Fluxo 1.3. – Ventiladores e Compressores (Referências) Prof. Carlos Catunda 28Máquinas de Fluxo As turbinas são máquinas que extraem energia de uma corrente de fluido. O conjunto de lâminas integrantes do eixo da turbina é chamado de roda ou rotor. São utilizadas para acionar sistemas mecânicos ou para acionar geradores de energia elétrica. Segundo o fluido de trabalho podem ser turbinas hidráulicas (água), turbinas eólicas (ar) ou turbinas a vapor e a gás. As turbinas podem ter eixo vertical e de eixo horizontal. Podem ter rotores axiais, centrífugos ou helicocentrífugos. O escoamento pode ser: � compressível como no caso das turbinas a vapor e gás ou � incompressível como no caso das turbinas eólicas e turbinas hidráulicas. 1 - Máquinas de Fluxo 1.4. – Turbinas Prof. Carlos Catunda 29Máquinas de Fluxo 1 - Máquinas de Fluxo 1.4. – Turbinas Prof. Carlos Catunda 30Máquinas de Fluxo 1 - Máquinas de Fluxo 1.4. – Turbinas Prof. Carlos Catunda 31Máquinas de Fluxo Transformam toda a energia disponível do escoamento em energia cinética à pressão atmosférica por meio de um bocal. � São acionadas por um o mais jatos livres de alta velocidade. � A velocidade e a pressão se mantém praticamente constante quando atravessam as pás do rotor. � A expansão do fluido de alta para baixa pressão ocorre em bocais externos ao rotor da turbina. � O rotor trabalha parcialmente submerso no fluido. � As turbinas Pelton possuem um distribuidor e um receptor. O distribuidor é um bocal que permite guiar o jato de água. O rotor é formado por pás com forma de concha. 1 - Máquinas de Fluxo 1.4. – Turbinas 1.4.1 - Turbinas de Impulsão (Turbinas Pelton, Turbinas Turgo) Prof. Carlos Catunda 32Máquinas de Fluxo 1 - Máquinas de Fluxo 1.4. – Turbinas 1.4.1 - Turbinas de Impulsão (Turbinas Pelton, Turbinas Turgo) Prof. Carlos Catunda 33Máquinas de Fluxo Nas turbinas de reação parte da expansão do fluido ocorre externamente e parte na superfície das pás. � A aceleração externa é imposta e o fluido é conduzido para o rotor na direção adequada através de um conjunto de pás estacionárias chamadas aletas guias do distribuidor. � A combinação do conjunto de pás fixas do distribuidor e das móveis do rotor é chamado de um estágio da turbina. � Os rotores trabalham totalmente submersos no fluido produzindo maior potência para um dado volume do que as turbinas de impulsão. � As turbinas hidráulicas axiais ou de hélice são apropriadas para baixas quedas (da ordem de 30m) e grandes descargas. O receptor tem forma de hélice de propulsão com pás perfiladas aerodinamicamente. � As turbinas Kaplan apresentam a possibilidade de variar o passo das pás de acordo com a descarga, permitindo maiores rendimentos. 1 - Máquinas de Fluxo 1.4. – Turbinas 1.4.2 - Turbinas de Reação (Francis, Kaplan) Prof. Carlos Catunda 34Máquinas de Fluxo 1 - Máquinas de Fluxo 1.4. – Turbinas 1.4.2 - Turbinas de Reação (Francis, Kaplan) Prof. Carlos Catunda 35Máquinas de Fluxo Nas turbinas de reação parte da expansão do fluido ocorre externamente e parte na superfície das pás. � Nas turbinas Francis o receptor fica internamente ao distribuidor. Seu rotor é tipo radial de fluxo misto. Possuem um difusor ou tubo de aspiração. � As turbinas Francis possuem um distribuidor constituído por um conjunto de pás móveis em volta do receptor, orientadas por sistema de controle permitindo mudar o ângulo para diferentes descargas para minimizar as perdas. � Podem trabalhar com alturas de 5m a 500m. 1 - Máquinas de Fluxo 1.4. – Turbinas 1.4.2 - Turbinas de Reação (Francis, Kaplan) Prof. Carlos Catunda 36Máquinas de Fluxo 1 - Máquinas de Fluxo 1.4. – Turbinas 1.4.2 - Turbinas de Reação (Francis, Kaplan) Prof. Carlos Catunda 37Máquinas de Fluxo 1 - Máquinas de Fluxo 1.4. – Turbinas Prof. Carlos Catunda 38Máquinas de Fluxo As turbinas podem ser também classificadas segundo a direção do escoamento através do rotor: � Turbinas radial (Centrífugas) � Turbinas axiais (Hélice, Kaplan, Straflo, tubular, bulbo), � Turbinas tangenciais (Pelton,Michell-Banki) � Turbinas com escoamento misto ou diagonal (Francis, Deriaz). 1 - Máquinas de Fluxo 1.4. – Turbinas 1.4.2 - Turbinas Segundo a Direção do Escoamento Prof. Carlos Catunda 39Máquinas de Fluxo 1 - Máquinas de Fluxo 1.4. – Turbinas (Campo de Aplicação) O campo de aplicação (aplication range) dos diferentes tipos de máquinas de fluido é tão amplo e sujeito a regiões de superposição, que, muitas vezes, torna-se difícil definir qual a melhor máquina para determinada aplicação. � Michell-Banki (Ossberger) micro e mini-centrais hidrelétricas Prof. Carlos Catunda 40Máquinas de Fluxo � Conheça o funcionamento das Turbinas de Impulsão Pelton em: http://youtube.com/watch?v=eofaMiaF6wc http://youtube.com/watch?v=axQfYvdkTuE � Conheça o funcionamento das Turbinas de Reação Francis em: http://youtube.com/watch?v=Q0F-9HciA-A http://youtube.com/watch?v=LdAAg2kK0Jo � Conheça o funcionamento das Turbinas de Reação Kaplan em: http://youtube.com/watch?v=0p03UTgpnDU http://youtube.com/watch?v=6FXah2FcXSE 1 - Máquinas de Fluxo 1.4. – Turbinas (Referências) Prof. Carlos Catunda 41Máquinas de Fluxo � Conheça a comparação Pelton, Francis e Kaplan em: http://youtube.com/watch?v=ZtNOpopvO7c � Conheça o funcionamento das Turbinas tangenciais Michell-Banki em: http://youtube.com/watch?v=hGljiI_sN0A � Conheça o funcionamento das Turbinas de fluxo misto Deriaz em: http://youtube.com/watch?v=S5qLySL3bYs 1 - Máquinas de Fluxo 1.4. – Turbinas (Referências) Prof. Carlos Catunda 42Máquinas de Fluxo As turbinas a vapor aproveitam a energia do vapor saturado ou sobreaquecido a altas pressões. O escoamento é compressível e desta forma a massa especifica do fluido de trabalho varia significativamente. A maioria é do tipo de fluxo axial. São empregadas nas termoeléctricas para acionamento de geradores elétricos. Podem também ser utilizadas para propulsão de barcos, aeronáutica e trens de alta velocidade ou para movimentar máquinas rotativas, bombas, compressores e ventiladores. Podem ser de impulsão ou de reação. � Nas turbinas de impulsão ou de ação o vapor é completamente expandido em um ou vários bocais fixos antes de atingir as pás do rotor. � Nas turbinas de reação o vapor também se expande sendo a pressão do vapor na entrada do rotor é maior que a pressão na saída. As turbinas a gás são uma tecnologia mais recente das máquinas a vapor. Apresentam alto torque e são silenciosas 1 - Máquinas de Fluxo 1.4. – Turbinas 1.4.2 - Turbinas a Vapor e Turbinas a Gás Prof. Carlos Catunda 43Máquinas de Fluxo � Conheça o funcionamento das Turbinas de impulsão a vapor em: http://youtube.com/watch?v=w0tRID8uIjI 1 - Máquinas de Fluxo 1.4. – Turbinas (Referências) Prof. Carlos Catunda 44Máquinas de Fluxo Bombas são máquinas utilizadas para transporte de líquidos. São máquinas de fluxo semelhantes aos ventiladores. A designação corrente no meio profissional discrimina bombas de ventiladores de acordo com o fluido de trabalho. As bombas promovem o deslocamento de líquidos, os ventiladores propiciam a movimentação de gases, ambos transferindo energia a estes fluidos de trabalho. As bombas classificam-se como turbobombas e volumétricas. 1 - Máquinas de Fluxo 1.5. – Bombas Hidráulicas Prof. Carlos Catunda 45Máquinas de Fluxo Estas bombas são empregadas para trabalhar com altas pressões. A descarga do fluido é pulsante. No seu movimento o êmbolo se afasta do cabeçote provocando a aspiração do fluido através de uma válvula de admissão. Na etapa de retorno o fluido é comprimido obrigando o fluido a sair pela válvula de descarga. Seu funcionamento é pulsante já que o fluido fica confinado no cilindro durante a aspiração. Estas bombas podem ter um ou vários cilindros. A pulsação diminui conforme aumenta o número de cilindros. 1 - Máquinas de Fluxo 1.6. – Bombas Volumétricas 1.6.1 - Bombas Alternativas ou de Deslocamento Positivo Prof. Carlos Catunda 46Máquinas de Fluxo � Conheça o funcionamento das Bombas Volumétricas Alternativas de Pistão em: http://youtube.com/watch?v=vX5k_9AwGMg http://youtube.com/watch?v=vOHoLjafoW0 � Conheça o funcionamento das Bombas Volumétricas Alternativas de Diafragma em: http://youtube.com/watch?v=9_JFbT3kwc4 http://youtube.com/watch?v=UScibLE3ZLs 1 - Máquinas de Fluxo 1.6. – Bombas Volumétricas (Referências) Prof. Carlos Catunda 47Máquinas de Fluxo Operam pela ação um rotor. Diferentemente das bombas de descolamento positivo estas não apresentam válvulas que permitam controlar o fluido na aspiração e na descarga. Podem trabalhar com líquidos muito viscosos e com sólidos em suspensão. Conseguem atingir pressões muito elevadas até de 3500 mca. Podem transportar fluidos tais como graxas, óleos vegetais e minerais, melaço, tintas e vernizes, argamassas e outros. 1 - Máquinas de Fluxo 1.6. – Bombas Volumétricas 1.6.2 - Bombas Rotativas Prof. Carlos Catunda 48Máquinas de Fluxo ( a ) Bomba de Engrenagem No funcionamento típico de uma bomba de engrenagem as rodas dentadas trabalham no interior da carcaça com mínima folga. O fluido confinado é deslocado pelos dentes e forçado a sair pela tubulação de descarga. Para uma determinada rotação a descarga e a pressão são praticamente constantes. 1 - Máquinas de Fluxo 1.6. – Bombas Volumétricas 1.6.2 - Bombas Rotativas Prof. Carlos Catunda 49Máquinas de Fluxo ( b ) Bombas de Lóbulos As bombas de lóbulos são mais apropriadas para mover e comprimir gases, sendo utilizadas para movimentar líquidos viscosos. Existe um lóbulo motor e outro livre montados ortogonalmente. A bolsa de líquido aprisionada na sução é conduzida até o recalque. 1 - Máquinas de Fluxo 1.6. – Bombas Volumétricas 1.6.2 - Bombas Rotativas Prof. Carlos Catunda 50Máquinas de Fluxo ( c ) Bombas de Palhetas As bombas de palhetas deslizantes tem palhetas radiais (4 a 8) que pela ação centrífuga deslocam-se em direção a carcaça, sobre a qual deslizam. O rotor é montado excentricamente e sua velocidade é limitada para mover gases sendo utilizada também para bombeamento de líquidos. 1 - Máquinas de Fluxo 1.6. – Bombas Volumétricas 1.6.2 - Bombas Rotativas Prof. Carlos Catunda 51Máquinas de Fluxo ( c ) Bombas de Parafuso As bombas parafuso permitem elevar desde pequenas a altas vazões em alturas relativamente baixas, sendo útil no campo de saneamento para elevatórias de esgoto, recirculação de lodos ativados, elevação de águas, controle de inundações pluviais e bombeamento em plantas de tratamentos de resíduos industriais. Pode ser ainda usada para bombeamento de sólidos granulados como carvão e grãos, e na irrigação de campos agrícolas sem bombas elétricas 1 - Máquinas de Fluxo 1.6. – Bombas Volumétricas 1.6.2 - Bombas Rotativas Prof. Carlos Catunda 52Máquinas de Fluxo � Conheça o funcionamento das Bombas Volumétricas Rotativas de Engrenagem em: http://youtube.com/watch?v=MoKd0cILUJQ http://youtube.com/watch?v=Bhxiq3GOQgs � Conheça o funcionamento das Bombas Volumétricas Rotativas de Lóbulos em: http://youtube.com/watch?v=C1yEK4JuZGM � Conheça o funcionamento das Bombas Volumétricas Rotativas de Palhetas em: http://youtube.com/watch?v=yQnMiwRh3CU http://youtube.com/watch?v=XNac5EX5zW0 1 - Máquinas de Fluxo 1.6. – Bombas Volumétricas (Referências) Prof. Carlos Catunda 53Máquinas de Fluxo Nestas máquinas o fluido é aspirado pela boca de entrada até atingir o rotor denominado impulsor ou impelidor. O rotor conta com uma fileira de pás, lâminas, álabes, sendo envolvido por um corpo denominado voluta ou coletor em caracol. A voluta transforma a energia cinética adquirida pelo fluido ao passar pelo rotor em energia de pressão. O fluido abandona a bomba pela boca de saída denominada boca de recalque ou de descarga. 1 - Máquinas de Fluxo 1.7. – Turbobombas Todas as interações de trabalho em uma turbomáquina resultam de efeitos dinâmicos do rotor sobre a corrente de fluido. Prof. Carlos Catunda 54Máquinas de Fluxo Os rotores podem ser radiais (bombas centrífugas), axiais (bombas axiais) ou mistos (bombas hélico-centrífugas).� O rotor pode ser de simples aspiração ou de aspiração dupla o qual permite aumentar a vazão fornecida. � Para aumentar a pressão as turbobombas podem ter vários estágios. � Os rotores podem ser fechados, abertos semi-abertos. � Podem transportar fluidos limpos ou com partículas em suspensão. 1 - Máquinas de Fluxo 1.7. – Turbobombas Prof. Carlos Catunda 55Máquinas de Fluxo Geometria do percurso do fluido � Máquinas de fluxo radial, a trajetória do fluido é essencialmente radial, com mudanças significativas no raio, da entrada para a saída. (Máquinas centrífugas) � Máquinas de fluxo axial, a trajetória do fluido é aproximadamente paralela à linha de centro da máquina, e o raio de percurso aprox. não varia. � Máquinas de fluxo misto, o raio da trajetória do fluido varia moderadamente. 1 - Máquinas de Fluxo 1.7. – Turbobombas Prof. Carlos Catunda 56Máquinas de Fluxo 1 - Máquinas de Fluxo 1.7. – Turbobombas Prof. Carlos Catunda 57Máquinas de Fluxo As bombas centrifugas são amplamente utilizadas na indústria. � Apresentam capacidade de 0,5m3/h até 20.000m3/h e trabalham com alturas manométricas entre 1,5 a 5000 mca (metros de coluna de água). � Caracterizam-se por ausência de pulsação em serviço contínuo. � Apresentam um rotor com pás montado em um eixo girando no interior da carcaça. � O fluido chega ao centro do rotor através de uma boca de aspiração sendo forçado através de pás do rotor para a periferia onde atinge uma velocidade elevada. Saindo da ponta das pás o líquido passa para a voluta onde ocorre a transformação da energia cinética em energia de pressão. 1 - Máquinas de Fluxo 1.7. – Turbobombas 1.7.1.- Bombas Centrífugas Prof. Carlos Catunda 58Máquinas de Fluxo 1 - Máquinas de Fluxo 1.7. – Turbobombas 1.7.1.- Bombas Centrífugas Prof. Carlos Catunda 59Máquinas de Fluxo As bombas centrífugas podem trabalhar com água limpa, água do mar, condensados, óleos com pressões até de 160 mca. e temperatura de até 140°C. Na indústria química e petroquímica podem ser utilizadas para trabalhar com água até 300°C e pressões de até 250 mca. Bombas de processo podem operar com temperaturas de até 400°C e pressões de até 450 mca. O material da carcaça depende do tipo de serviço. Para líquidos com temperatura de até 250°C utiliza-se ferro fundido. Para óleos soluções e produtos químicos com temperaturas de trabalha de até 450°C utiliza-se aço fundido. Para pressões elevadas (acima de 10 MPa) emprega-se aço forjado. Produtos químicos corrosivos requerem emprego de bronze, inox e em casos especiais vidro ou materiais plásticos. O alumínio é utilizado para bombear formol. O eixo da bomba centrífuga é fabricado de aço ou liga de alta resistência mecânica. Utiliza-se aço SAE 1035, SAE 4414, e SAE 2340, e ligas contendo 11 a 13 % de cromo. 1 - Máquinas de Fluxo 1.7. – Turbobombas 1.7.1.- Bombas Centrífugas Prof. Carlos Catunda 60Máquinas de Fluxo Os rotores das bombas centrífugas podem ser fechados ou abertos. � Os rotores fechados têm paredes laterais minimizando o vazamento entre a aspiração e descarga. São utilizados para bombeamento de líquidos limpos. � O rotor semi-aberto é fechado só na parte traseira.Os rotores abertos não apresentam paredes laterais. Ambos são utilizados para bombear líquidos viscosos ou contendo sólidos em suspensão. Os rotores de bombas são fundidos numa única peça, podendo ser de ferro fundido, bronze ou inox, em material plástico ou borracha. 1 - Máquinas de Fluxo 1.7. – Turbobombas 1.7.1.- Bombas Centrífugas Prof. Carlos Catunda 61Máquinas de Fluxo Os rotores axiais são utilizados para trabalhar com grandes vazões e pequenas alturas manométricas. Tipicamente 500m3/h ou mais e alturas manométricas inferiores a 15mca. Operam com velocidade maiores que os radiais. Nos rotores de escoamento misto ou tipo turbina as pás tem curvatura dupla, (forma helicoidal) desta forma o escoamento é parcialmente axial e parcialmente radial. Operam com velocidades menores que os axiais. Trabalham tipicamente com capacidade acima de 20m3/h e altura manométrica até 30mca. 1 - Máquinas de Fluxo 1.7. – Turbobombas 1.7.2.- Bombas Axiais Prof. Carlos Catunda 62Máquinas de Fluxo 1 - Máquinas de Fluxo Bombas (Campo de Aplicação) O campo de aplicação (aplication range) dos diferentes tipos de máquinas de fluido é tão amplo e sujeito a regiões de superposição, que, muitas vezes, torna-se difícil definir qual a melhor máquina para determinada aplicação. Prof. Carlos Catunda 63Máquinas de Fluxo � Conheça o funcionamento das Turbobombas Centrífugas em: http://youtube.com/watch?v=SpKuTfw560U � Conheça o funcionamento das Turbobombas Axiais em: http://youtube.com/watch?v=hp-I76nfMh4 http://youtube.com/watch?v=X36X25UhFXE 1 - Máquinas de Fluxo 1.7. – Bombas Turbobombas (Referências) Prof. Carlos Catunda 64Máquinas de Fluxo 1 - Máquinas de Fluxo Considerações Finais (Rotores - impeller ou runner) Prof. Carlos Catunda 65Máquinas de Fluxo 1 - Máquinas de Fluxo Considerações Finais (Rotores - impeller ou runner) Prof. Carlos Catunda 66Máquinas de Fluxo 1 - Máquinas de Fluxo Considerações Finais (sistema diretor - stationary guide casing) Classificação das Máquinas de Fluxo Segundo a direção da conversão de energia MFO (Máquina de Fluxo Operatriz) – “bombas” o sistema diretor de saída é fundamentalmente um difusor (diffuser) que transforma parte da energia de velocidade do líquido que é expelido pelo rotor em energia de pressão Prof. Carlos Catunda 67Máquinas de Fluxo 1 - Máquinas de Fluxo Considerações Finais (sistema diretor - stationary guide casing) Classificação das Máquinas de Fluxo Segundo a direção da conversão de energia (MFO) Prof. Carlos Catunda 68Máquinas de Fluxo 1 - Máquinas de Fluxo Considerações Finais (sistema diretor - stationary guide casing) Classificação das Máquinas de Fluxo Segundo a direção da conversão de energia (MFO) Prof. Carlos Catunda 69Máquinas de Fluxo 1 - Máquinas de Fluxo Considerações Finais (sistema diretor - stationary guide casing) Classificação das Máquinas de Fluxo Segundo a direção da conversão de energia (MFO) Prof. Carlos Catunda 70Máquinas de Fluxo 1 - Máquinas de Fluxo Considerações Finais (sistema diretor - stationary guide casing) Classificação das Máquinas de Fluxo Segundo a direção da conversão de energia (MFM) MFM (Máquina de Fluxo Motriz) – “turbinas” o fluido dotado de energia cinética e de energia potencial, antes de encontrar o rotor, encontra o distribuidor cuja função, que é: além de orientar o fluxo de fluido segundo as pás do rotor, para reduzir os efeitos de choques, tem como objetivo principal transformar a energia potencial contida no fluido em movimento em energia cinética antes do rotor, pois o rotor só “entende” este tipo de energia. Prof. Carlos Catunda 71Máquinas de Fluxo 1 - Máquinas de Fluxo Considerações Finais (sistema diretor - stationary guide casing) Classificação das Máquinas de Fluxo Segundo a direção da conversão de energia (MFM) MFM (Máquina de Fluxo Motriz) – Enquanto isto, numa turbina hidráulica do tipo Pelton, o sistema diretor é, em última análise, um injetor (nozzle) que transforma a energia de pressão do fluido em energia de velocidade que será fornecida ao rotor através de jatos convenientemente orientados. � Em alguns tipos de máquinas o sistema diretor não se faz presente, como nos ventiladores axiais de uso doméstico. A existência do rotor, no entanto, é imprescindível para a caracterização de uma máquina de fluxo. Prof. Carlos Catunda 72Máquinas de Fluxo 1 - Máquinas de Fluxo Considerações Finais (sistema diretor - stationary guide casing) Classificação das Máquinas de Fluxo Segundo a direção da conversão de energia (MFM) Prof. Carlos Catunda 73Máquinas de Fluxo 1 - Máquinas de Fluxo Considerações Finais (sistema diretor - stationary guide casing) Classificação das Máquinas de Fluxo Segundo a direção da conversão de energia (MFM) Prof. Carlos Catunda 74Máquinas de Fluxo 1 - Máquinas de Fluxo Considerações Finais (sistemadiretor - stationary guide casing) Classificação das Máquinas de Fluxo Segundo a direção da conversão de energia (MFM) Prof. Carlos Catunda 75Máquinas de Fluxo 1 - Máquinas de Fluxo Classificação das Máquinas de Fluxo Segundo a forma dos canais entre as pás (Ação – impulse turbomachines) Nas máquinas de fluxo de ação os canais do rotor constituem simples desviadores de fluxo, não havendo aumento ou diminuição da pressão do fluido que passa através do rotor. Prof. Carlos Catunda 76Máquinas de Fluxo 1 - Máquinas de Fluxo Considerações Finais (pás giratórias - runner blades) Classificação das Máquinas de Fluxo Segundo a forma dos canais entre as pás (Reação – Reaction turbomachines) Nas máquinas de fluxo de reação os canais constituídos pelas pás móveis do rotor têm a forma de injetores (nas turbinas) ou a forma de difusores (nas bombas e nos ventiladores), havendo redução, no primeiro caso (turbina), ou aumento, no segundo caso (bombas e ventiladores), da pressão do fluido que passa através do rotor. Prof. Carlos Catunda 77Máquinas de Fluxo 1 - Máquinas de Fluxo Considerações Finais (pás giratórias - runner blades) Classificação das Máquinas de Fluxo Segundo a trajetória do fluído no rotor � Radiais � Axiais � Tangenciais � Diagonais, semi-axiais ou de fluxo misto Prof. Carlos Catunda 78Máquinas de Fluxo 1 - Máquinas de Fluxo Considerações Finais (pás giratórias - runner blades) Classificação das Máquinas de Fluxo Segundo a trajetória do fluído no rotor Radiais � Nas máquinas de fluxo radiais (radial flow turbomachines) o escoamento do fluído através do rotor percorre uma trajetória predominantemente radial (perpendicular ao eixo do rotor). Prof. Carlos Catunda 79Máquinas de Fluxo 1 - Máquinas de Fluxo Considerações Finais (pás giratórias - runner blades) Classificação das Máquinas de Fluxo Segundo a trajetória do fluído no rotor Radiais (radial flow turbomachines) Prof. Carlos Catunda 80Máquinas de Fluxo 1 - Máquinas de Fluxo Considerações Finais (pás giratórias - runner blades) Classificação das Máquinas de Fluxo Segundo a trajetória do fluído no rotor Axiais � Nas máquinas de fluxo axiais (axial flow turbomachines) o escoamento do fluído através do rotor percorre uma trajetória paralela ao eixo do rotor). Prof. Carlos Catunda 81Máquinas de Fluxo 1 - Máquinas de Fluxo Considerações Finais (pás giratórias - runner blades) Classificação das Máquinas de Fluxo Segundo a trajetória do fluído no rotor Axiais (axial flow turbomachines) Prof. Carlos Catunda 82Máquinas de Fluxo 1 - Máquinas de Fluxo Considerações Finais (pás giratórias - runner blades) Classificação das Máquinas de Fluxo Segundo a trajetória do fluído no rotor Tangenciais � Nas máquinas de fluxo tangenciais (tangencial flow turbomachines) o jato líquido proveniente do injetor incide tangencialmente sobre o rotor. Prof. Carlos Catunda 83Máquinas de Fluxo 1 - Máquinas de Fluxo Considerações Finais (pás giratórias - runner blades) Classificação das Máquinas de Fluxo Segundo a trajetória do fluído no rotor Tangencial (tangencial flow turbomachines) Prof. Carlos Catunda 84Máquinas de Fluxo 1 - Máquinas de Fluxo Considerações Finais (pás giratórias - runner blades) Classificação das Máquinas de Fluxo Segundo a trajetória do fluído no rotor Diagonal � Quando o escoamento não é axial nem radial, a máquina é denominada de fluxo misto, com as partículas de fluído percorrendo o rotor numa trajetória situada sobre uma superfície aproximadamente cônica. � Turbina Francis Rápida � Turbina hidráulica Dériaz Prof. Carlos Catunda 85Máquinas de Fluxo 1 - Máquinas de Fluxo Considerações Finais (pás giratórias - runner blades) Classificação das Máquinas de Fluxo Segundo a trajetória do fluído no rotor Diagonal (mixed flow turbomachines) Prof. Carlos Catunda 86Máquinas de Fluxo Estudo Dirigido Atividade em grupo (em sala) Exercícios Teóricos x PROCESSO SELETIVO (PETROBRAS 2010). ENGENHEIRO(A) DE EQUIPAMENTOS JÚNIOR MECÂNICA Prof. Carlos Catunda 87Máquinas de Fluxo x Estudo Dirigido Atividade em grupo (em sala) Exercícios Teóricos PROCESSO SELETIVO (TRANSPETRO 2012): ENGENHEIRO JÚNIOR MECÂNICA PROCESSO SELETIVO (TRANSPETRO 2012): ENGENHEIRO JÚNIOR MECÂNICA:. Prof. Carlos Catunda 88Máquinas de Fluxo x Estudo Dirigido Atividade em grupo (em sala) Exercícios Teóricos PROCESSO SELETIVO (PETROBRAS 2018): ENGENHEIRO(A) DE EQUIPAMENTOS JÚNIOR MECÂNICA:. Prof. Carlos Catunda 89Máquinas de Fluxo Como reforço do aprendizado do conteúdo apresentado em sala de aula, são sugeridos os exercícios dispostos na lista abaixo. Bom estudo! E. E. de Mattos, R. de Falco; BOMBAS INDUSTRIAIS, 2a ed., Editora Interciência Fox, R. W. Introdução à Mecânica dos Fluidos Editora LTC – 8aed x Bombas Industriais Capítulo 2 e 3 Revisão Capítulo 4 Leitura Introdução à Mecânica dos Fluidos Capítulo 10 (seção 10.1) Leitura Importante! Lista de Exercícios . Resposta: 45 (E) Prof. Carlos Catunda 90Máquinas de Fluxo ≡ 2.1 INTRODUÇÃO e 2.2. MOMENTO DA QUANT. PARA TURBOMÁQUINAS ≡ 2.3 POTÊNCIA E ENERGIA ESPECÍFICA ≡ 2.4 e 2.5 EQUAÇÃO DE EULER e APLICAÇÃO DAS EQ. PARA BOMBAS CENTRÍFUGAS ≡ 2.6 POLÍGONO DE VELOCIDADES (ROTOR DE BOMBA CENTRÍFUGA) ≡ 2.7 PARCELAS DE ENERGIA NA EQ. DE EULER PARA TURBOMÁQUINAS ≡ 2.8 RELAÇÃO DA EQUAÇÃO DE EULER E A EQUAÇÃO DE ENERGIA ≡ 2.9 GRAU DE REAÇÃO ≡ 2.10 INFLUÊNCIA DA CURVATURA DAS PÁS ≡ 2.11 EFEITO DA CURVATURA DAS PÁS NA ALTURA TEÓRICA DE ELEVAÇÃO (HT-Q) ≡ 2.12 EFEITO DA CURVATURA DA PÁS NA CURVA DE POTÊNCIA (P - Q) ≡ 2.13 REPRESENTAÇÃO DA CURVA CARASTERÍSTISTICA TEÓRICA Capítulo 2 – Teoria de Bombas Centrífugas Prof. Carlos Catunda 91Máquinas de Fluxo O objetivo deste capítulo é introduzir conceitos para análise, projeto e aplicação em Turbo Máquinas. A equação teórica fundamental que representa esta transferência desta energia é denominada Equação de Euler. A ênfase é, em: ≡ Equação de Euler, na verdade, é um caso específico da equação do momento da quantidade do movimento. A dedução da mesma é realizada com simplificações não levando em consideração efeitos de dissipação de energia. ≡ Equações constitutivas simplificadas para formas de projeto e aplicação. 2.1 Introdução A equação teórica fundamental que representa a transferência de energia é a Equação de Euler que é um caso específico da equação do momento da quantidade do movimento Prof. Carlos Catunda 92Máquinas de Fluxo A Eq. de Euler nos mostra que tal transferência de energia depende da velocidade do rotor e do fluido que escoa pelo rotor. �Rotores axiais, semi-axiais e rotores centrífugos podem ser avaliados com tal equação. �A dissipação de energia no rotor, é originada por efeitos de atrito rotor-fluido e por efeitos de recirculação do fluido no interior do rotor. Tais efeitos modificam os denominados polígonos de velocidades e desta forma a energia transferida. No presente capítulo são abordados estes tópicos permitindo avaliar a energia transferida no caso específico de bombas centrífugas. Mostra- se qual o efeito do número de pás e da curvatura das mesmas na energia transferida do rotor ao fluido 2.1 Introdução Prof. Carlos Catunda 93Máquinas de Fluxo 2.1 Introdução REVISÃO – MECFLU Relação entre as Derivadas do Sistema e a Formulação para Volume de Controle Da definição de uma derivada, a taxa de variação de Nsistema é dada por Prof. Carlos Catunda 94Máquinas de Fluxo 2.1 Introdução REVISÃO – MECFLU Relação entre as Derivadas do Sistema e a Formulação para Volume de Controle Da geometria tem-se Substituindo na definição da derivada do sistema Prof. Carlos Catunda 95Máquinas de Fluxo 2.1 Introdução REVISÃO – MECFLU Relação entre as Derivadas do Sistema e a Formulação para Volume de Controle Como o limite da soma é igual à soma dos limites, então: Avaliando cada termo: Prof. Carlos Catunda 96Máquinas de Fluxo 2.1 Introdução REVISÃO – MECFLU Relação entre as Derivadas do Sistema e a Formulação para Volume de Controle Para avaliaro termo 2, primeiro desenvolveremos uma expressão para NIII)t0+∆t examinando a sub-região III (3) O vetor elemento de área dA tem o módulo do elemento de área, dA, da superfície de controle; o sentido de dA é o da normal à superfície para fora do elemento. O vetor velocidade V fará um ângulo qualquer α com relação a dA 2 Prof. Carlos Catunda 97Máquinas de Fluxo 2.1 Introdução REVISÃO – MECFLU Relação entre as Derivadas do Sistema e a Formulação para Volume de Controle Podemos desenvolver uma análise similar para a sub-região (1), e obter, o termo e as duas últimas integrais podem ser combinadas porque SCI e SCIII constituem a superfície de controle inteira 3 Prof. Carlos Catunda 98Máquinas de Fluxo 2.1 Introdução REVISÃO – MECFLU Relação entre as Derivadas do Sistema e a Formulação para Volume de Controle Essa é a relação fundamental entre a taxa de variação de qualquer propriedade extensiva arbitrária, N, de um sistema e as variações dessa propriedade associadas a um volume de controle. Alguns autores referem-se à esta Eq. como o Teorema de Transporte de Reynolds Prof. Carlos Catunda 99Máquinas de Fluxo 2.1 Introdução REVISÃO – MECFLU Relação entre as Derivadas do Sistema e a Formulação para Volume de Controle Interpretação Física Esta é uma fórmula que podemos usar para converter a taxa de variação de qualquer propriedade extensiva, N, de um sistema para uma formulação equivalente para uso com um volume de controle. Agora podemos as equações das leis físicas fundamentais para cada caso particular. Prof. Carlos Catunda 100Máquinas de Fluxo Considere o escoamento permanente de água em uma junção de tubos conforme mostrado na imagem. As áreas das seções são A1=0,2m2, A2=0,2m2 e A3=0,15m2. O fluido também vaza para fora do tubo através de um orifício em 4 com uma vazão volumétrica estimada em 0,1m3/s. As velocidades médias nas seções 1 e 3 são V1=5m/s e V3=12m/s. Determine a velocidade do escoamento na seção 2. x Caso 1 - O princípio da Conservação de Massa Prof. Carlos Catunda 101Máquinas de Fluxo Considerações: Escoamento permanente, incompressível e uniforme x Caso 1 - O princípio da Conservação de Massa Prof. Carlos Catunda 102Máquinas de Fluxo x Estudo Dirigido Atividade em grupo (em sala) Exercícios Teóricos PROCESSO SELETIVO (PETROBRAS 2018.1) ENGENHEIRO(A) DE EQUIPAMENTOS JÚNIOR MECÂNICA PROCESSO SELETIVO (TRANSPETRO 2012) ENGENHEIRO JÚNIOR MECÂNICA Prof. Carlos Catunda 103Máquinas de Fluxo Abordagem de volume de controle na forma integral relaciona a taxa de variação da propriedade extensiva, N, para um sistema, com as variações temporais desta propriedade associada ao volume de controle 2.2. O princípio do Momento da Quantidade de Movimento para Turbomáquinas (Axial e Radial) (1) (2) (3) (6) Resposta: 28 (B) Resposta: 36 (D ) Prof. Carlos Catunda 104Máquinas de Fluxo Simplificações (1) Torques devido a forças de superfície são considerados desprezíveis. rxFs=0 (2) Torques devido a forças de campo consideram-se desprezíveis. rxB=0 (por simetria) (3) Escoamento em regime permanente, V=V(x,y,z) (4) Eixo z alinhado com o eixo de rotação da máquina. (5) Fluido atravessa as fronteiras do v.c. em duas seções, na entrada (subíndice 1) e a saída ( subíndice 2). (6) Escoamento uniforme nas seções de entrada e saída do fluido. 2.2. O princípio do Momento da Quantidade de Movimento para Turbomáquinas (Axial e Radial) Prof. Carlos Catunda 105Máquinas de Fluxo 2.2. O princípio do Momento da Quantidade de Movimento para Turbomáquinas (Axial e Radial) Vetorial Da conservação da massa Prof. Carlos Catunda 106Máquinas de Fluxo 2.2. O princípio do Momento da Quantidade de Movimento para Turbomáquinas (Axial e Radial) Vetorial Escalar Vel. tangenciais positivas, quando no mesmo sentido da velocidade da pá, U. Esta convenção de sinal conduz a: � Teixo > 0 para bombas, ventiladores, sopradores e compressores; � Teixo < 0 para turbinas. Prof. Carlos Catunda 107Máquinas de Fluxo 2.3 Potência e Energia Específica Esta convenção de sinal conduz a: � Para uma bomba, Ẇ > 0 e a quant. de mov. angular do fluido deve aumentar. � Para uma turbina, Ẇ < 0 e a quant. de mov. angular do fluido deve diminuir. Vetorial Escalar Prof. Carlos Catunda 108Máquinas de Fluxo A taxa de trabalho (Potência) pode ser reescrita de 2 formas úteis: As equações mostram que apenas a diferença no produto rVt ou UVt, entre as seções de saída e de entrada, é importante na determinação do torque aplicado ao rotor ou na potência mecânica. A equação de Euler é dada em metros de coluna de fluido e se conhece também como energia específica. É independe das características do tipo de fluido (líquido ou gás), do seu peso específico e não é afetada por efeitos de viscosidade do fluido. 2.4. A equação de Euler para Turbo máquinas / Prof. Carlos Catunda 109Máquinas de Fluxo Resumo das equações básicas 2.4. A equação de Euler para Turbo máquinas Prof. Carlos Catunda 110Máquinas de Fluxo A Equação de Euler representa as condições ideais do desempenho de uma turbomáquina no ponto operacional para a qual foi projetada. Aproximações feitas para obter a Eq. de Euler: � Número Infinito de álabes (pás, palhetas). � Espessura das pás desprezível. � Simetria central do escoamento. � Velocidade relativa do fluido (W) é sempre tangencial às pás. � Escoamento em regime permanente. � Escoamento uniforme nas seções de entrada e saída do fluido. � Efeitos de atrito desprezíveis. 2.5. Aplicação das Equações para Bombas Centrífugas HIPÓTESES Prof. Carlos Catunda 111Máquinas de Fluxo Os diagramas de velocidade fornecem todas as informações necessárias para calcular o torque ou a potência ideal, absorvida ou entregue pelo rotor. Os resultados representam o desempenho da turbomáquina sob condições ideais no ponto de operação. 2.6. Polígono de Velocidades num Rotor de Bomba Centrífuga Prof. Carlos Catunda 112Máquinas de Fluxo Os diagramas de velocidade fornecem todas as informações necessárias para calcular o torque ou a potência ideal, absorvida ou entregue pelo rotor. Os resultados representam o desempenho da turbomáquina sob condições ideais no ponto de operação. 2.6. Polígono de Velocidades num Rotor de Bomba Centrífuga Ângulos de pá β fixa a orientação da velocidade relativa tangencial Âng. escoamento α fixa a orientação da velocidade absoluta em relação a velocidade Normal Prof. Carlos Catunda 113Máquinas de Fluxo Uma bomba centrífuga é utilizada para bombear 0,009m3/h de água. A água entra no rotor axialmente através de um orifício de φ32mm . A velocidade de entrada é axial e uniforme. O saída do rotor tem φ100mm. O escoamento sai do rotor a 3m/s em relação às pás, que são radiais na saída. A velocidade do rotor é 3450rpm. Determine a largura de saída do, b2, o torque de entrada e a potência requerida prevista pela equação de Euler. x Solução–Conservação do momento da quantidade de movimento // Conservação da massa Exemplo Bomba Centrífuga Idealizada Prof. Carlos Catunda 114Máquinas de Fluxo � Conservação da massa x Exemplo Bomba Centrífuga Idealizada � Conservação do momento da quantidade de movimento largura de saída torque de entrada potência requerida Prof. Carlos Catunda 115Máquinas de Fluxo 2.7 Parcelas de Energia na Equação de Euler para Turbomáquinas Pode-se estudar as parcelas de energia na forma de energia de pressão (potencial) e na forma de energia cinética que se manifestam nas turbomáquinas Prof. Carlos Catunda 116Máquinas de Fluxo 2.7 Parcelas de Energia na Equação de Euler para Turbomáquinas Substituindo estes termos na Eq. de Euler se obtém: (1) Variação da energia cinética do fluido ao escoar no interior da turbomáquina pela variação da velocidade absoluta. (2) Variação da energia de pressão devido à força centrífuga dando às partículas do fluido um movimento circular em torno do eixo. (3)Variação da energia de pressão provocada pela redução da velocidade relativa ao passar pelocanal divergente (difusor)do rotor. Representa a variação de pressão estática dentro do rotor. Prof. Carlos Catunda 117Máquinas de Fluxo 2.8 Relação da Equação de Euler e a Equação de Energia Por comparação da Eq. de Euler Observamos que a altura teórica pode ser representada por uma parcela de energia de pressão e outra de energia cinética Prof. Carlos Catunda 118Máquinas de Fluxo 2.9 Grau de Reação A relação entre a energia de pressão e a pressão total é denominada grau de reação. G é maior quanto maior for a parcela de energia de pressão (Hp) fornecida pelo rotor ao fluido. O grau de reação de uma turbomáquina está relacionado com a forma do rotor, e com a eficiência no processo de transferência de energia: � Turbomáquinas de Reação: Uma bomba, ou máquina de fluxo em geral, é denominada "de reação" se o seu grau de reação é maior que zero (G > 0), isto é, se a pressão de saída do escoamento é maior que a pressão de entrada. Representa o caso geral das bombas. � Turbomáquinas de Ação: Quando o processo de transferência de energia ocorre a pressão constante, (G=0 ), a máquina de fluxo é denominada "de ação" como o caso das turbinas Pelton. Prof. Carlos Catunda 119Máquinas de Fluxo A energia teórica cedida pelo rotor ao fluido, em bombas centrífugas, pode ser analisada em função do ângulo das pás na saída (β2) com as seguintes relações e simplificações: � Escoamento com entrada radial: α1=90° � Seções iguais na entrada e saída com o qual Vn1=Vn2 (Cm1=Cm2) e também Vt1=0 (ou Cu1), como é mostrado na Fig.2.9. As relações obtidas com tais simplificações são: 2.10. Influência da forma da pá A equação de Euler para Turbo máquinas (próximo slide) Prof. Carlos Catunda 120Máquinas de Fluxo Voltando ao conceito de ALTURA DE CARGA, em se tratando de bombas centrífugas, o fluido entra no impelidor com velocidade puramente radial, assim: � Momento da quantidade de movimento (entrada) nulo � Vt1 é aprox. nulo � Função da vazão em volume 2.10. Influência da forma da pá ** Equação fundamental das turbo bombas (0) Eq. fundamental Prof. Carlos Catunda 121Máquinas de Fluxo � C1 representa a altura de carga ideal desenvolvida pela bomba para vazão zero; isto é denominado altura de carga de bloqueio (ou de “shutoff”). � C2 é a inclinação da curva de altura de carga x vazão e depende do sinal e da sua magnitude. 2.11. Influência da forma da pá sobre a altura de elevação As características de uma máquina de fluxo radial podem ser alteradas mudando o ângulo de saída das pás. O modelo idealizado prevê as tendências à medida que o ângulo de saída das pás é variado. Prof. Carlos Catunda 122Máquinas de Fluxo 2.11. Influência da forma da pá sobre a altura de elevação Prof. Carlos Catunda 123Máquinas de Fluxo x Considerando que β2 é menor que 90° e na situação limite em a componente periférica da velocidade absoluta seja nula (Cu2=0). Para satisfazer esta condição α2=90°. Conclusão: Quando, β2<90° tal que α2=90°, e observa que as parcelas de energia na forma de pressão e de energia cinética são ambas nulas. Portanto a energia cedida pela bomba ao fluido é nula. � Em tal situação β2 se conhece como ângulo critico inferior. Caso 1 - Pás Voltadas para Trás. Prof. Carlos Catunda 124Máquinas de Fluxo Considerando que β2 é igual a 90° e se obtém um polígono de velocidades em que Cu2=U2. Neste caso: Conclusão: Na situação em que β2=90° a componente periférica da velocidade absoluta na saída Cu2 torna-se a velocidade tangencial do rotor (Cu2=U2). � Isto faz com que a energia cedida pela bomba ao fluido seja da 50% na forma de energia de pressão e 50% na forma de cinética x Caso 2 - Pás Radiais na Saída Prof. Carlos Catunda 125Máquinas de Fluxo Escolhemos na análise um valor de β2 >90° na condição limite em que torne Cu2=2U2. Conclusão: Na situação em que β2 >90° de tal forma que torne Cu2=2U2 a energia de pressão é nula, e a energia total é igual a energia cinética. Em tal situação β2: ângulo crítico superior x Caso 3 - Pás Voltadas para Frente Prof. Carlos Catunda 126Máquinas de Fluxo 2.11. Influência da forma da pá sobre a altura de elevação (1) Pás voltadas para Trás: β2<90° [Hp>Hc] a energia cedida pela bomba ao fluido predomina na forma de energia de pressão. (2) Pás Radiais na Saída: β2=90° [Hp=Hc]: A energia cedida pela bomba ao fluido se faz igualmente na forma de energia de pressão e energia cinética. (3) Pás voltadas para Frente. β2>90° [Hc>Hp]: A energia cedida pela bomba ao fluido predomina na forma de energia cinética. Prof. Carlos Catunda 127Máquinas de Fluxo 2.11. Influência da forma da pá sobre a altura de elevação Recomendações para Ângulo das Pás � As bombas são empregadas para vencer desníveis energéticos. Isto deve ser obtido às expensas da energia de pressão e não da energia cinética. � Pás com β2>90° (curvadas para frente) fazem com que a energia predominante seja do tipo cinética, o que envolve altas velocidades e portanto maiores perdas de carga. � Recomenda-se sempre pás inclinadas para trás (β2<90°) encontradas nas seguintes faixas: Prof. Carlos Catunda 128Máquinas de Fluxo 2.12 Efeito da Curvatura da Pás na Curva de Potência Prof. Carlos Catunda 129Máquinas de Fluxo � β =90° (pá radial) potência varia linearmente com a vazão � β >90° (pá para frente) potência aumenta com a vazão � β <90° (pá para trás) potência reduz com a vazão 2.12 Efeito da Curvatura da Pás na Curva de Potência As características de uma máquina de fluxo radial podem ser alteradas mudando o ângulo de saída das pás. O modelo idealizado prevê as tendências à medida que o ângulo de saída das pás é variado. ** Analogamente... Prof. Carlos Catunda 130Máquinas de Fluxo 2.12 Efeito da Curvatura da Pás na Curva de Potência Prof. Carlos Catunda 131Máquinas de Fluxo 2.13 Representação da Curva Característica Teórica Efeito da Curvatura da Pás em H-Q e P-Q (RESUMO) Prof. Carlos Catunda 132Máquinas de Fluxo x Uma bomba centrífuga com entrada radial trabalha com água com vazão de 0,3m3/s. O diâmetro do impelidor é de 250mm e as pás tem 30mm de largura na saída. Considere que as pás são radiais na saída. Determine a altura teórica considerando número infinito de pás e a potência necessária quando a bomba trabalha com 1000rpm. Estudo Dirigido Atividade em grupo (em sala) Exemplo – 2.1. Prof. Carlos Catunda 133Máquinas de Fluxo x Estudo Dirigido Atividade em grupo (em sala) Exemplo – 2.1. Prof. Carlos Catunda 134Máquinas de Fluxo x Estudo Dirigido Atividade em grupo (em sala) Exemplo – 2.1. Prof. Carlos Catunda 135Máquinas de Fluxo x (a) Determinar o polígono de velocidades na entrada e na saída de uma bomba centrífuga que apresenta escoamento com entrada radial. O diâmetro interno do rotor é de 50mm e o diâmetro externo do rotor é de 250mm. A largura da pá na entrada é igual a 10mm e a largura da pá na saída é igual a 5mm. O ângulo da pá na entrada é igual a 200 e na saída igual a 230. Considere que a bomba gira com uma rotação de 1300 rpm (b) Determinar a altura teórica, potência e torque da bomba, assim como as parcelas de energia cinética e energia de pressão. Estudo Dirigido Atividade em grupo (em sala) Exemplo – 2.2. Prof. Carlos Catunda 136Máquinas de Fluxo x Estudo Dirigido Atividade em grupo (em sala) Exemplo – 2.2. Prof. Carlos Catunda 137Máquinas de Fluxo x Estudo Dirigido Atividade em grupo (em sala) Exemplo – 2.2. Prof. Carlos Catunda 138Máquinas de Fluxo x Um rotor de bomba centrifuga de 200mm de diâmetro gira a 3500 rpm. O ângulo das pás na saída é igual a 22° e a componente meridiana da velocidade absoluta é igual a 3,6m/s. Determinar a altura teórica para número infinito de pás. Considere escoamento com entrada radial. Estudo Dirigido Atividade em grupo (em sala) Exemplo – 2.3. Prof. Carlos Catunda 139Máquinas de Fluxo x Estudo Dirigido Atividade em grupo (em sala) Exemplo – 2.3. Prof. Carlos Catunda 140Máquinas de Fluxo x Uma bomba centrífuga tem asseguintes características. Vazão 0,005m3/s. Diâmetro do rotor na entrada 100mm. Diâmetro do rotor na saída 200mm; rotação 1500rpm. A altura manometrica é igual a 22m. A largura da pá na entrada e saída é igual a 10mm e 5mm respectivamente. Fazendo desprezíveis as perdas determine a energia de pressão em termos de altura equivalente. Considere pás voltadas para trás com ângulo na saída igual a 30° Estudo Dirigido Atividade em grupo (em sala) Exemplo – 2.5. Prof. Carlos Catunda 141Máquinas de Fluxo x Estudo Dirigido Atividade em grupo (em sala) Exemplo – 2.5. Prof. Carlos Catunda 142Máquinas de Fluxo x Um rotor de bomba centrifuga tem as seguintes características: Diâmetro do rotor na entrada 150mm, largura da pá na entrada 75mm ângulo da pá na entrada 20°. Diâmetro do rotor na saída 300mm, largura da pá na saída 50mm ângulo da pá na saída 25°. A bomba tem uma rotação de 1450rpm. Determinar: (a) A altura teórica para número infinito de pás e sua respectiva potência considerando que bomba trabalha com água com massa especifica igual a 1000kg/m3. Obs. Considere escoamento com entrada radial, isto é α1=90°. Estudo Dirigido Atividade em grupo (em sala) Exemplo – 2.6. Prof. Carlos Catunda 143Máquinas de Fluxo x Estudo Dirigido Atividade em grupo (em sala) Exemplo – 2.6 Prof. Carlos Catunda 144Máquinas de Fluxo x Uma bomba com escoamento com entrada radial trabalha com uma vazão de 2,0m3/min e 1200rpm. A largura do canal de saída do rotor é de 20mm, sendo que o ângulo de saída da pá é igual a 25°. A componente meridiana da velocidade absoluta na saída é igual a 2,5m/s. a)Determine a altura e potência teórica da bomba nas condições dadas. b)Determine as equações características de H=f(Q) e P=f(Q). Com as equações características trace as curvas H-Q e P-Q desde uma vazão nula até uma vazão máxima de 4,0m3/min. Utilize água com massa específica igual a 1000kg/m3 Estudo Dirigido Atividade em grupo (em sala) Exemplo – 2.7. Prof. Carlos Catunda 145Máquinas de Fluxo x Estudo Dirigido Atividade em grupo (em sala) Exemplo – 2.7. Prof. Carlos Catunda 146Máquinas de Fluxo x Estudo Dirigido Atividade em grupo (em sala) Exemplo – 2.7. Prof. Carlos Catunda 147Máquinas de Fluxo Como reforço do aprendizado do conteúdo apresentado em sala de aula, são sugeridos os exercícios dispostos na lista abaixo. Bom estudo! E. E. de Mattos, R. de Falco; BOMBAS INDUSTRIAIS, 2a ed., Editora Interciência Fox, R. W. Introdução à Mecânica dos Fluidos Editora LTC – 8aed x Capítulo 10 (FOX) Exercícios 10.1 10.5 10.8 10.9 10.11 10.13 10.14 10.15 10.16 10.17 Importante! Lista de Exercícios . Prof. Carlos Catunda 148Máquinas de Fluxo ≡ 3.1 e 3.2 Fluxo de Energia e Rendimentos ≡ 3.3 Curvas Reais de Altura - Vazão (H-Q) ≡ 3.4 Curvas Reais de Altura - Vazão (H-Q) ≡ 3.5 Curvas Características de Bombas Centrífugas ≡ 3.6 Efeito do Tipo de Pás nas Curvas Reais (H-Q) e (P-Q) ≡ 3.7 Ponto de Operação das Bombas ≡ 3.8 Outras Representações de Curvas Características ≡ 3.9 Identificação Variáveis nas Curvas Características ≡ 3.10 Equações Especificas Para Corte de Rotores ≡ 3.11 Associação de Bombas em Série ≡ 3.12 Associação de Bombas em Paralelo Capítulo 3 – Curvas Características e Associação de Bombas Série e em Paralelo Prof. Carlos Catunda 149Máquinas de Fluxo Considerando o fluxo de energia transferido da bomba para o fluido, se observa que existem diversas formas de dissipação de energia, desde a energia inicial do motor que aciona a bomba até a energia final absorvida pelo fluido ≡ energia motriz (Hm) ≡ perda mecânica (∆hm) ≡ energia de elevação (Ht#) ≡ perdas hidráulicas (∆hh) ≡ altura manométrica (HMan) 3.1 Fluxo de Energia e Rendimentos ≡ rendimento mecânico (ηm) ≡ rendimento hidráulico ≡ rendimento volumétrico (ηv) ≡ rendimento global (ηG) Prof. Carlos Catunda 150Máquinas de Fluxo A energia efetivamente absorvida pelo rotor é denominada energia de elevação (Ht#) sendo relacionada com a energia motriz pelo rendimento mecânico (ηm). Devido à dissipação de energia no interior da bomba (por atrito e recirculação de fluxo) a energia do rotor (Ht#) não é transferida totalmente ao fluido sendo as perdas quantificadas como perdas hidráulicas(ηhh). A energia transferida do rotor ao fluido é relacionada pelo rendimento hidráulico. Além disto, parte da vazão que entra na bomba recircula na mesma e escapa por má vedação. Isto se quantifica considerando um rendimento volumétrico (ηv). A energia realmente absorvida pelo fluido é denominada altura manométrica (Hman), reconhecida como a energia final do fluxo energético do sistema de bombeamento. O rendimento global (ηG) quantifica a relação entre energia final (Hman) (absorvida pelo fluido) e a energia motriz para acionamento da bomba (Hm). 3.1 Fluxo de Energia e Rendimentos Prof. Carlos Catunda 151Máquinas de Fluxo Rendimento Mecânico Relação entre a altura de elevação e altura motriz. Também relaciona a potência de elevação e a potência motriz. Esta última conhecida como potência de acionamento do motor da bomba. � valores típicos de 92 a 95% encontram-se nas bombas modernas, sendo que os valores maiores correspondem às bombas de maiores dimensões. 3.2 Rendimentos Prof. Carlos Catunda 152Máquinas de Fluxo Rendimento Hidráulico A altura teórica de elevação (Ht#) não é aproveitada totalmente na elevação do fluido (HMan). Uma parte é perdida para vencer as resistências ou perdas hidráulicas denominadas ∆hh. O rendimento hidráulico é definido como a relação entre a altura manométrica (Hman), que representa a energia absorvida pelo fluido, e a altura teórica de elevação para número finito de pás (Ht#), que representa a energia cedida pelo rotor ao fluido: 3.2 Rendimentos Prof. Carlos Catunda 153Máquinas de Fluxo Rendimento Volumétrico Existe no rotor uma pequena quantidade de fluido que recircula na carcaça (q) e que pode escapar por má vedação. O rendimento volumétrico relaciona a vazão que efetivamente escoa pelo recalque (Q) e a vazão que passa pelo rotor, recircula e escapa por deficiência na vedação (Q´=Q+q). ηv=Q/Q´. As bombas centrífugas podem ter um ηv na faixa de 85 a 99%. 3.2 Rendimentos Prof. Carlos Catunda 154Máquinas de Fluxo Rendimento Total ou Global Relação entre a energia realmente cedida pelo rotor ao fluido (útil) e a energia necessária para movimentar o rotor. Relaciona de forma equivalente a potência útil com a potência motriz. Quando se consideram perdas volumétricas, o rendimento total é dado como: � Em bombas de grande porte o rendimento global pode ultrapassar 85%. � Nas bombas pequeno porte, dependendo do tipo e condições de operação, pode cair até menos de 40%. � Por estimativa considera-se 60% em bombas pequenas e 75% em médias. 3.2 Rendimentos Prof. Carlos Catunda 155Máquinas de Fluxo Rendimento Total ou Global Onde: Q: vazão (m3/h ); H: altura manométrica (m) Validade: 20 < Q < 250 15 < H < 100 3.2 Rendimentos O rendimento global depende da bomba sendo uma informação dada pelo fabricante. Pode-se utilizar como ordem de grandeza a seguinte expressão: Prof. Carlos Catunda 156Máquinas de Fluxo x Estudo Dirigido Atividade em grupo (em sala) Exercícios Teóricos PROCESSO SELETIVO (TRANSPETRO 2012): ENGENHEIRO JÚNIOR MECÂNICA:. Prof. Carlos Catunda 157Máquinas de Fluxo Foi analisada teoricamente a importância da curvatura das pás na curva característica de H-Q. Contudo estas curvas reais sofrem modificações devido aos efeitos do número finito de pás e à dissipação da energia. As curvas reais de H-Q são diferentes devido aos seguintes efeitos: � Número finito de pás � Dissipação de Energia � Choques � Fugas 3.3 Curvas Reais de Altura - Vazão (H-Q) Prof. Carlos Catunda 158Máquinas de Fluxo � Número finito de pás A espessura das pás provoca um desvio das trajetórias das velocidades à saída das pás, variando a componente meridiana da velocidade. Isto faz com que Hreal seja menor do que Ht00 . Desta forma, na origem o valor de Hreal, émenor que o termo U2/g iniciando as curvas numa ordenada inferior a U2/g. 3.3 Curvas Reais de Altura - Vazão (H-Q) Prof. Carlos Catunda 159Máquinas de Fluxo � Dissipação de Energia Devido ao atrito do fluido no rotor por: � Imperfeita condução das veias de fluido � Transformação da elevada parcela de energia cinética em energia de pressão. 3.3 Curvas Reais de Altura - Vazão (H-Q) � Choques: Mudanças bruscas de direção do escoamento na entrada e saída do fluido. � Fugas: Do fluido nos interstícios, labirintos e espaços entre o rotor e o difusor e coletor. Prof. Carlos Catunda 160Máquinas de Fluxo A Figura representa uma curva característica de H-Q de bomba centrífuga onde se mostram os diferentes efeitos provocados pela turbulência, atrito e pelo efeito de recirculação do escoamento. Devido a isto, a curva teórica modifica-se se transformando numa curva real. 3.4 Curvas Reais de Altura - Vazão (H-Q) Prof. Carlos Catunda 161Máquinas de Fluxo As análises idealizadas apresentadas até então são úteis para prever tendências e para avaliar, em primeira aproximação, o desempenho do ponto de projeto de uma máquina de fluxo. Contudo, o desempenho completo de uma máquina real, incluindo a operação em condições fora de projeto, deve ser determinado experimentalmente. 3.5 Curvas Características de Bombas Centrífugas ** Modelo Real Prof. Carlos Catunda 162Máquinas de Fluxo Representam o comportamento real das bombas mostrando o relacionamento de interdependência entre as grandezas características. Os fabricantes fornecem estas curvas obtidas experimentalmente em laboratório. Os principais gráficos apresentados são: � Hman-Q : Variação da altura manométrica em função da vazão � η-Q: Variação do rendimento global em função da vazão � W-Q: Relação entre potência requerida no acionamento e a vazão. � NPSH-Q Variação do Net Posistive Suction head (altura líquida positiva de sucção) e a vazão. Obs: NPSH representa a energia que a bomba requer para aspirar o líquido. O fabricante pode fornecer esta informação numa curva única tal como representado na imagem do slide anterior. 3.5 Curvas Características de Bombas Centrífugas Prof. Carlos Catunda 163Máquinas de Fluxo O efeito do ângulo da pá na saída é mostrado através do gráfico abaixo, onde se observam curvas reais dos diferentes tipos de pá estudados. Curvas de altura e potência de diferentes tipo de pás 3.6 Efeito do Tipo de Pás nas Curvas Reais (H-Q) e (P-Q) Prof. Carlos Catunda 164Máquinas de Fluxo � Observa-se que pás voltadas para frente geram grandes alturas para um certo volume, contudo, deve ser lembrado que uma parte substancial desta altura total é devida à contribuição de energia cinética. � As curvas de potência também são fundamentalmente diferentes para os diferentes tipos de rotores. Nos rotores com pás voltadas para trás a potência máxima ocorre próximo do ponto de máximo rendimento e qualquer aumento da vazão após este ponto resulta numa diminuição da potência. Desta forma, um motor elétrico usado para mover tal bomba pode alcançar com segurança o ponto de máxima potência sem perigo de trabalhar com vazões maiores que as obtidas a partir deste ponto. � Isto não ocorre para o caso de pás radiais na saída e pás voltadas para frente, nas quais a potência aumenta continuamente devendo-se ter muito cuidado na escolha da potência do motor. � Por outro lado se trabalhamos com um motor pequeno que opere no ponto de máxima potência será perigoso já que acidentalmente pode-se exceder a vazão no ponto de máxima eficiência e encontramos que requeremos maior potência para o acionamento, danificando o motor. 3.6 Efeito do Tipo de Pás nas Curvas Reais (H-Q) e (P-Q) Prof. Carlos Catunda 165Máquinas de Fluxo Tipo de Curva (H-Q) Ascendente. A Figura mostra como varia a altura manométrica (Hman), a potência no eixo (Peixo) e o rendimento global de uma bomba que opera numa dada rotação em função da vazão (Q). Se observa que a curva de Hman aumenta quando a vazão diminui. Isto caracteriza uma bomba com curva de carga ascendente. Bombas com curvas opostas a esta se denominam curvas de carga descendentes. 3.7 Ponto de Operação das Bombas Prof. Carlos Catunda 166Máquinas de Fluxo Altura ou Carga de Shutoff Denomina-se a carga (altura) desenvolvida quando a vazão é nula (Q=0), e representa a carga de pressão com a válvula de descarga fechada. Como não há escoamento a eficiência é nula (η=0) e a potência fornecida à bomba é totalmente dissipada em forma de calor. É uma situação que pode ocorrer e deve ser evitada no funcionamento de bombas. 3.7 Ponto de Operação das Bombas Prof. Carlos Catunda 167Máquinas de Fluxo Ponto Ótimo de Funcionamento Quando a vazão aumenta a partir da vazão nula, a potência de acionamento da bomba aumenta, atinge um máximo. A Figura mostra que o rendimento da bomba é função da vazão e que atinge um máximo numa determinada vazão denominada vazão de projeto, (QProjeto) ou vazão ótima (Qotima) Por isto é muito importante que a bomba, sempre que possível, opere numa condição próxima do rendimento máximo. 3.7 Ponto de Operação das Bombas Prof. Carlos Catunda 168Máquinas de Fluxo Diferentes tipos de rotores podem ser utilizados num determinado corpo. Por isto os fabricantes de bombas fornecem as curvas do comportamento de vários conjuntos de rotores (para um mesmo corpo) num único gráfico, tal como mostrado na Fig.3.7. Observa-se que a bomba, dependendo do diâmetro, apresenta curvas H-Q diferentes. Também mostra que o rendimento da bomba apresenta faixas de valores diferentes (curvas de iso-rendimento) dependendo da solicitação do sistema, isto é da H-Q requerido. Na Fig.3.7 também é representada a curva NPSH (altura positiva liquida de aspiração) e a curva de potência de acionamento da bomba. A Fig.3.8 mostra um gráfico com toda a faixa de operação de famílias de bombas centrífugas de determinado fabricantes. Se o ponto de operação requerido num sistema de bombeamento está dentro da área demarcada significa que uma das bombas de este fabricantes pode suprir tal necessidade de operação 3.8 Outras Representações de Curvas Características Prof. Carlos Catunda 169Máquinas de Fluxo Curva de bomba para diferentes diâmetros do rotor 3.8 Outras Representações de Curvas Características Prof. Carlos Catunda 170Máquinas de Fluxo Operação da bomba centrífuga KSB, Modelo Megabloc para N=3500rpm 3.8 Outras Representações de Curvas Características E xe m pl o de fa ix a de o pe ra çã o de fa m íli as d e bo m ba s ce nt rí fu ga s Prof. Carlos Catunda 171Máquinas de Fluxo Nas curvas típicas de bombas centrifugas observa-se que no gráfico superior que existem 05 curvas de altura manométrica (H-Q) correspondente a 05 rotores com diâmetros diferentes. Mostram-se também na mesma figura as curvas de iso-rendimento. Na figura inferior as respectivas 05 curvas de potência de acionamento para os 05 rotores. Na figura intermediaria mostra-se a curva de NPSH que representa a altura positiva liquida de aspiração condição para não ocorrer cavitação cujo detalhamento será abordado no Cap.8. 3.9 Identificação Variáveis nas Curvas Características Prof. Carlos Catunda 172Máquinas de Fluxo Utilizando os gráficos das curvas características do slide anterior podemos realizar algumas considerações: 1. Se por exemplo um sistema deve operar com uma vazão de 150 m3/h e uma altura manométrica de 62m, então a o rotor com diâmetro de 219mm satisfaz tal operação. 2. Neste ponto o rendimento global da bomba é um pouco menor que 80%. 3. Observa-se que para esta vazão o rotor de diâmetro de 219mm requer uma potência de acionamento de pouco mais de 32 kW. Os fabricantes apresentam as curvas características levantadas utilizando água com massa especifica padrão (ρ=1000 kg/m3); desta forma podemos verificar a potência utilizando a expressão: x Estudo de Caso 1 – Ponto de Operação Prof. Carlos Catunda 173Máquinas de Fluxo Observamos que este valor é muito próximo ao especificadopelo fabricante. Tomemos outro exemplo em que se deseje operar um sistema com uma vazão de 200m3/h e altura manométrica de 44m. Utilizando o mesmo gráfico observa-se que o ponto de operação desejado se encontra entre as curvas dos rotores com diâmetro de 199mm e de 208mm. 1. Observa-se que rotor de 199mm não consegue atender esta demanda já que a sua altura manométrica (43m) é inferior a altura manométrica requerida. 2. No caso do rotor de 208mm este consegue atender com muita folga já que para esta vazão sua altura manométrica é de 50m. ** No caso em que o ponto de operação não coincide com um ponto na curva característica de um determinado rotor os fabricantes podem apresentar alternativas de realizar corte nos rotores a fim de ajustar o ponto de operação. x Estudo de Caso 2 – Ponto de Operação Prof. Carlos Catunda 174Máquinas de Fluxo Existem vários métodos que permitem relacionar as conduções da máquina com o diâmetro original e o diâmetro após o corte do rotor. Dentre eles: � Método da Semelhança � Método Gráfico para Determinar novo Diâmetro � Método de Stepanoff (Correção do Diâmetro de corte ) 3.10 Equações Especificas Para Corte de Rotores No caso em que o ponto de operação não coincide com um ponto na curva característica de um determinado rotor os fabricantes recomendam cortes nos rotores a fim de ajustar o ponto de operação. Prof. Carlos Catunda 175Máquinas de Fluxo Quando o rotor possui um corte menor que 10% podem ser utilizadas as leis de semelhança para levantar as novas condições de funcionamento. 3.10 Equações Especificas Para Corte de Rotores Método da Semelhança Prof. Carlos Catunda 176Máquinas de Fluxo Consideremos o exemplo em que temos uma curva de uma bomba com diâmetro de 208mm além de ter também a sua respectiva equação característica aproximada por: Se deseja determinar o diâmetro que deve ser reduzido o rotor de 208mm para que possa operar junto com o sistema com vazão de 200m3/h e altura manométrica de 44m. x Determinação do Diâmetro de Corte de Uma Bomba Centrífuga – Método da Semelhança (Estudo de Caso ) Prof. Carlos Catunda 177Máquinas de Fluxo Primeiro determinamos com os valores de Hman=44m e Q=200m3/h a equação de uma curva parabólica que passa pela origem e por este ponto dada pela expressão: Hc=kQ2 . Neste caso a constante k=44/(200)2=0,0011. Desta forma a equação que representa a curva parabólica é dada por: Hc = 0,0011 Q2 Igualando as duas equações determinamos o ponto de interseção da curva parabólica com a curva da bomba. x Determinação do Diâmetro de Corte de Uma Bomba Centrífuga – Método da Semelhança (Estudo de Caso ) Prof. Carlos Catunda 178Máquinas de Fluxo Pela igualdade das equações se obtém uma equação resultante de 2°grau do tipo aQ2+bQ-c=0 , com as constantes a=-0,0015, b=0,0421, c=60. Resolvendo, se obtém Q0=214,5m3/h. Com tal vazão se obtém a altura manométrica H0=50,62m. A figura mostra este ponto na interseção das duas curvas. Tendo o ponto correspondente ao rotor de 208mm podemos agora determinar o diâmetro necessário para o ponto de operação requerido: Utilizando as relações de semelhança podemos apresentar graficamente a nova curva da altura manométrica x Determinação do Diâmetro de Corte de Uma Bomba Centrífuga – Método da Semelhança (Estudo de Caso ) Prof. Carlos Catunda 179Máquinas de Fluxo Resultado da nova curva com rotor de 201mm que passa pelo ponto de operação x Determinação do Diâmetro de Corte de Uma Bomba Centrífuga – Método da Semelhança (Estudo de Caso ) Prof. Carlos Catunda 180Máquinas de Fluxo O método consiste em determinar um novo diâmetro (D2) a partir de uma bomba que possui um rotor com diâmetro D1 com sua curva característica de altura vazão conhecida. Deseja-se, portanto que a bomba opere no ponto 2 com uma vazão Q2 e altura manométrica H2. Curva da bomba com diâmetro conhecido e ponto de operação requerido 3.10 Equações Especificas Para Corte de Rotores Método Gráfico para Determinar novo Diâmetro Prof. Carlos Catunda 181Máquinas de Fluxo Neste procedimento se escolhe um ponto A próximo e acima da curva com diâmetro D1 para o qual se determina a vazão e altura manométrica. HA e QA. Se demarca uma linha reta unindo os pontos A e 2 interceptando assim a curva com diâmetro D1 determinando-se a vazão Q1 e H1. Tendo os valores de Q1 e H1 e os dados iniciais de Q2 e H1 determina-se com as relações de semelhança o diâmetro D1 que deve ser cortado o rotor da bomba para atender a demanda especifica. 3.10 Equações Especificas Para Corte de Rotores Método Gráfico para Determinar novo Diâmetro Prof. Carlos Catunda 182Máquinas de Fluxo Etapas para determinar graficamente o novo diâmetro de corte. 3.10 Equações Especificas Para Corte de Rotores Método Gráfico para Determinar novo Diâmetro Prof. Carlos Catunda 183Máquinas de Fluxo Contamos com uma curva de altura vazão de uma bomba com diâmetro original igual a D1=208mm. Consideremos que temos um ponto 2 com dados de operação de altura manométrica e vazão conhecidos para os quais desejamos determinar o diâmetro de corte D2. H2=44m Q2=200m3/h D2=? x Determinação do Diâmetro de Corte de Uma Bomba Centrífuga – Método Gráfico (Estudo de Caso) Prof. Carlos Catunda 184Máquinas de Fluxo 1. Escolhemos um ponto A ligeiramente superior a curva da bomba e determinamos os valores de altura manométrica e vazão. HA=53,2m QA=220m3/h 2. Unindo o ponto A com o ponto 2 com uma linha reta que intercepta a curva da bomba com diâmetro D1, determinamos a sua altura e vazão. H1=50,6m Q1=214,5m3/h D1=208mm x Determinação do Diâmetro de Corte de Uma Bomba Centrífuga – Método Gráfico (Estudo de Caso) 3. Com os valores do ponto 1 conhecido determina-se o diâmetro do rotor D2=201mm Desta forma podemos verificar os resultados utilizando as relações de altura e vazão: Prof. Carlos Catunda 185Máquinas de Fluxo Também podemos supor que conhecemos o rendimento no ponto 1 e assim determinamos a potência: Com esta informação podemos avaliar a potencia e o rendimento do ponto 2 da bomba neste ponto de operação, observando-se que o rendimento é inferior ao do ponto 1. ** Este procedimento pode ser realizado para outros pontos obtendo-se a curva que representa a faixa de operação da bomba com diâmetro D2 x Determinação do Diâmetro de Corte de Uma Bomba Centrífuga – Método Gráfico (Estudo de Caso) Prof. Carlos Catunda 186Máquinas de Fluxo Resultado mostrando a curva com novo diâmetro do rotor x Determinação do Diâmetro de Corte de Uma Bomba Centrífuga – Método Gráfico (Estudo de Caso) Prof. Carlos Catunda 187Máquinas de Fluxo O procedimento que permite determinar o diâmetro de corte do rotor para atender uma determinada condição de operação pode ser corrigido utilizando o método de Stepanoff. O método propõe uma correção dada por uma relação linear: 3.10 Equações Especificas Para Corte de Rotores Método de Stepanoff (Correção do Diâmetro de corte ) Prof. Carlos Catunda 188Máquinas de Fluxo A tabela e o gráfico mostram alguns valores desta relação linear. Observa-se que a correção do diâmetro tende ao valor calculado quando o diâmetro de corte é muito próximo do diâmetro original. Por exemplo, na para Rcal>0,95 temos que Rcal=Rcor e desta forma Dcor=Dcal. 3.10 Equações Especificas Para Corte de Rotores Método de Stepanoff (Correção do Diâmetro de corte ) Prof. Carlos Catunda 189Máquinas de Fluxo Utilizando o mesmo Estudo de caso anterior no Método Gráfico. Após o o cálculo do Dcal (passo 4), podemos aplicar a Correção do Diâmetro de corte pelo Método de Stepanoff. H1=50,6m H2=44m Q1=214,5m3/h Q2=200m3/h D1=208mm D2=201mm ** Observa-se que a correção para esta relação de diâmetros é muito pequena. x Determinação do Diâmetro de Corte de Uma Bomba Centrífuga – Método de Stepanoff (Estudo de Caso) Prof. Carlos Catunda 190Máquinas de Fluxo � São utilizadas em instalações que requerem resolver problemas de alturas elevadas. � Empregadas em condições de alta pressão ou quando serequer grandes mudanças de altura manométrica. � As bombas utilizadas podem ser iguais ou diferentes � Neste tipo de conexão as bombas trabalham com a mesma vazão, sendo que a altura manométrica é determinada pela contribuição das altura manométricas de cada uma das bombas. � Bombas em estágio são consideradas bombas em série e utilizadas quando Hman é maior que 50m. 3.11 Associação de Bombas em Série Prof. Carlos Catunda 191Máquinas de Fluxo Para obter a curva resultante de uma conexão em série de duas bombas A e B devemos conhecer suas curvas características. Considerando uma série de n pontos podemos determinar para ponto de igual vazão a altura manométrica de cada bomba. Para determinar curva característica das duas bombas conectadas em série adicionam- se as alturas manométricas de cada bomba H para cada vazão considerada. Por exemplo, para um ponto i Rendimento de duas bombas em série 3.11 Associação de Bombas em Série Prof. Carlos Catunda 192Máquinas de Fluxo Curva característica: 3.11 Associação de Bombas em Série Prof. Carlos Catunda 193Máquinas de Fluxo Consideremos 2 bombas diferentes HA= a0 – a1 QA – a2 Q2A HB= b0 – b1 QB – b2 Q2B Para conexão em série: HS = HA + HB QS = QA = QB = Q Desta forma obtemos: HS = (a0 + a0 ) – (a1 + b1) Q – (a2 + b2) Q2 Duas bombas iguais 3.11 Associação de Bombas em Série Curva característica (Caso Geral) Para duas bombas iguais um caso simplificado é dado por: Prof. Carlos Catunda 194Máquinas de Fluxo No caso de duas bombas diferentes A e B conectadas em série: Na conexão em série a potencia total é a soma das potencias parciais de cada bomba: onde: Como: 3.11 Associação de Bombas em Série Análise de Rendimento Prof. Carlos Catunda 195Máquinas de Fluxo � Utilizada em sistemas onde se requer aumentar a vazão e tendo flexibilidade em relação à demanda podendo conectar ou desligar unidades em funcionamento. � Devido à existência de perdas de carga, a vazão resultante da associação de bombas em paralelo é sempre menor que a soma algébrica da vazão de cada uma das bombas funcionando isoladamente. � Recomenda-se utilizar bombas iguais para evitar recirculação de correntes desde a bomba de maior potência para a de menor potência. � Bombas de aspiração dupla ou de entrada bilateral (rotor germinado) trabalham como bombas em paralelo. 3.11 Associação de Bombas em Paralelo Prof. Carlos Catunda 196Máquinas de Fluxo Conhecida a curva característica das duas bombas associadas em paralelo pode ser determinada a curva característica das bombas trabalhando separadas. Para um ponto “i” vazão e altura pode ser determinada como: Rendimento de duas bombas em série 3.11 Associação de Bombas em Paralelo Prof. Carlos Catunda 197Máquinas de Fluxo Curva característica: 3.11 Associação de Bombas em Paralelo Prof. Carlos Catunda 198Máquinas de Fluxo Consideremos 2 bombas diferentes HA= a0 – a1 QA – a2 Q2A HB= b0 – b1 QB – b2 Q2B Para conexão em paralelo: QP = QA + QB HP = HA = HB = H Considerando a bomba A obtemos: HP = a0 – a1 QA – a2Q2A Duas bombas iguais 3.11 Associação de Bombas em Paralelo Curva característica (Caso Geral) Para duas bombas iguais um caso simplificado é dado por: Prof. Carlos Catunda 199Máquinas de Fluxo No caso de duas bombas diferentes A e B conectadas em paralelo: Na conexão em série a potencia total é a soma das potencias parciais de cada bomba: onde: Como: 3.11 Associação de Bombas em Paralelo Análise de Rendimento Prof. Carlos Catunda 200Máquinas de Fluxo x A tabela abaixo fornece os dados de altura manométrica e vazão da curva característica de uma bomba centrifuga. A partir destes dados tabele e trace o resultado de 02 bombas iguais conectadas em série e de 02 bombas iguais conectadas em paralelo. Estudo Dirigido Atividade em grupo (em sala) Bombas Conexão em Série e em Paralelo. Prof. Carlos Catunda 201Máquinas de Fluxo x Solução: No caso da conexão em série somamos as alturas e mantemos a vazão. Por exemplo, para uma vazão de 80m3/h e altura de 30,5m temos Qs=Q=80m3/h e para altura Hs=2H=2*30,5m=61m. No caso da conexão em paralelo a vazão é adicionada mantendo a mesma altura. Para o mesmo exemplo Qp=2*Q=2x80=160m3/h sendo que HP=H=30,5m. O mesmo pode ser realizado para os demais pontos da tabela. Estudo Dirigido Atividade em grupo (em sala) Bombas Conexão em Série e em Paralelo. Prof. Carlos Catunda 202Máquinas de Fluxo x Estudo Dirigido Atividade em grupo (em sala) Bombas Conexão em Série e em Paralelo. Prof. Carlos Catunda 203Máquinas de Fluxo x Utilize a planilha interativa com os dados experimentais do ensaio para traçar as Curvas Características da Bomba. Calcule a altura de carga, eficiência e potência como funções da vazão volumétrica. Estudo Dirigido Atividade em grupo (em sala) Cálculo das curvas características de bombas a partir de dados experimentais . Planilha (Exemplo 10_4 ) Curvas Características Prof. Carlos Catunda 204Máquinas de Fluxo Como reforço do aprendizado do conteúdo apresentado em sala de aula, são sugeridos os exercícios dispostos na lista abaixo. Bom estudo! E. E. de Mattos, R. de Falco; BOMBAS INDUSTRIAIS, 2a ed., Editora Interciência Fox, R. W. Introdução à Mecânica dos Fluidos Editora LTC – 8aed x Capítulo 10 (FOX) Exercícios 10.20 10.24 10.25 10.28 10.32 10.34 10.36 10.42 10.43 Planilhas Interativas 10_4 10_5 10_6 10_7 10_8 10_9 10_10 Importante! Lista de Exercícios . Prof. Carlos Catunda 205Máquinas de Fluxo ≡ 4.1 Coeficientes Adimensionais ≡ 4.1.1 Número de Reynolds ≡ 4.1.2 Número de Mach ≡ 4.1.3 Rugosidade Relativa ≡ 4.1.4 Coeficiente de Pressão ou Altura Específica ≡ 4.1.5 Coeficiente de vazão ou Capacidade Especifica ≡ 4.1.6 Coeficiente de Potência ≡ 4.2 Efeitos de Escala ≡ 4.2.1 Efeito do Número de Reynolds ≡ 4.2.2 Efeito do Número de Mach ≡ 4.2.3 Efeito da Rugosidade Relativa ≡ 4.2.4 Efeito de Espessura Capítulo 4 – Coeficiente Adimensionais e Leis de Semelhança Prof. Carlos Catunda 206Máquinas de Fluxo ≡ 4.3 Leis de Similaridade ≡ 4.3.1 Leis de Similaridade para Duas Máquinas Semelhantes ≡ 4.4 Utilizando as Leis de Similaridade ≡ 4.5 Modificação do Tamanho da Bomba ≡ 4.6 Curva Característica de Bomba Variando a Rotação ≡ 4.7 Rendimento Global Variando a Rotação ≡ 4.8 Determinação da Rotação Especifica ≡ 4.9 Rotação Específica Característica - nq ≡ 4.10 Número Específico de Rotações por Minuto ≡ 4.10.1 Relação entre ns - nq ≡ 4.11 Velocidade Específica em Bombas de Múltiplos Estágios Capítulo 4 – Coeficiente Adimensionais e Leis de Semelhança Prof. Carlos Catunda 207Máquinas de Fluxo A performance das máquinas de fluxo deve ser determinada por testes experimentais, sendo que diferentes máquinas apresentam características diferentes. Podem existir máquinas da mesma família (mesmo desenho porém fabricadas com diferentes tamanhos), as quais constituem uma série de máquinas geometricamente semelhantes ou similares, podendo funcionar com diferentes rotações dentro de limites práticos. Trabalhando com as grandezas reais de cada máquina seria impossível caracterizar uma família de máquinas semelhantes pela grande quantidade de variáveis envolvidas. O problema é resolvido aplicando análise adimensional às variáveis envolvidas, formando grupos adimensionais. Desta forma, os grupos adimensionais fornecem leis de similaridade que governam as relações entre uma família de máquinas geometricamente semelhantes. 4.1 Coeficientes Adimensionais Prof. Carlos Catunda 208Máquinas de Fluxo A Tabela abaixo apresentada as variáveis envolvidas em turbomáquinas. 4.1 Coeficientes Adimensionais Grupos adimensionais fornecem leis de similaridade que governam as relações entre uma família de máquinas geometricamente semelhantes. Prof. Carlos Catunda 209Máquinas de Fluxo Dado um problema físico no qual o parâmetro dependente é uma função de (n-1) parâmetros independentes, podemos expressar a relação entre as variáveis como: q1 = f (q2, q3, ... , qn) Matematicamente, podemosexpressar a relação por uma função equivalente: ϕ (q1, q2, q3, ... , qn) = 0 Teorema do Pi de Buckingham Dada uma relação entre n parâmetros da forma acima, então os n parâmetros podem ser agrupados em (n – k) razões independentes adimensionais, ou parâmetros π. 4.1 Coeficientes Adimensionais Teorema do Pi de Buckingham (REVISÃO MECFLU) Prof. Carlos Catunda 210Máquinas de Fluxo Os parâmetros π podem ser expressos na forma funcional por: G (Π1, Π1, ..., Πn-k) = 0 ou Π1 = Φ (Π2, Π3, ... , Πn-k) O número k é, usualmente, igual ao número de dimensões primárias necessárias para especificar as unidades de todos os parâmetros envolvidos q1,q2,q3,...qn. O teorema não prevê a forma funcional de G ou de g. A relação funcional entre os parâmetros adimensionais π, deve ser obtida experimentalmente. 4.1 Coeficientes Adimensionais Teorema do Pi de Buckingham (REVISÃO MECFLU) Em uma relação entre n parâmetros, estes podem ser agrupados em (n – k) razões independentes adimensionais, ou parâmetros π Prof. Carlos Catunda 211Máquinas de Fluxo Procedimento recomendado para determinar os parâmetros Π: � Passo 1. Liste todos os parâmetros dimensionais envolvidos � Passo 2. Selecione um conjunto de dimensões fundamentais (primárias) � Passo 3. Liste as dimensões de todos os parâmetros em termos das dimensões primárias � Passo 4. Selecione da lista um conjunto de k parâmetros dimensionais que inclua todas as dimensões primárias � Passo 5. Forme equações dimensionais, combinando os parâmetros selecionados no Passo 4 com cada um dos outros parâmetros remanescentes, um de cada vez, a fim de formar grupos dimensionais � Passo 6. Certifique-se de que cada grupo obtido é adimensional ** Informações adicionais acerca desta REVISÃO, consulte: Fox, R. W. Introdução à Mecânica dos Fluidos Editora LTC – 8aed, Capítulo 7, seções 7.2 a 7.4 4.1 Coeficientes Adimensionais Determinação dos Grupos Π (REVISÃO MECFLU) Prof. Carlos Catunda 212Máquinas de Fluxo x Exemplo 7.1 (Fox, R. W. Introdução à Mecânica dos Fluidos – 8aed, Cap. 7) A força de arrasto, F, sobre uma esfera lisa depende da velocidade relativa, V, do diâmetro da esfera, D, da massa específica do fluído, ρ, e da viscosidade do fluído, µ,. Obtenha um conjunto de grupos adimensionais que podem ser usados para correlacionar dados experimentais. F = f (ρ, V, D, µ) Exemplo Teorema do Pi de Buckingham Determinação dos Grupos Adimensionais Π em: Força de Arrasto sobre uma esfera lisa (REVISÃO MECFLU) k Prof. Carlos Catunda 213Máquinas de Fluxo x Exemplo Teorema do Pi de Buckingham Determinação dos Grupos Adimensionais Π em: Força de Arrasto sobre uma esfera lisa (REVISÃO MECFLU) Prof. Carlos Catunda 214Máquinas de Fluxo x Exemplo Teorema do Pi de Buckingham Determinação dos Grupos Adimensionais Π em: Força de Arrasto sobre uma esfera lisa (REVISÃO MECFLU) Prof. Carlos Catunda 215Máquinas de Fluxo x A configuração detalhada do escoamento dentro de uma bomba varia com a vazão volumétrica e com a velocidade; estas mudanças afetam o desempenho da bomba. Os parâmetros de desempenho de interesse incluem o aumento de pressão (altura manométrica ou de carga) desenvolvido, a potência de entrada requerida e a eficiência medida da máquina sob condições específicas de operação. As curvas de desempenho são geradas, variando um parâmetro independente tal como a vazão volumétrica. Desse modo, as variáveis independentes são: 1) a vazão volumétrica, 2) a velocidade angular, 3) o diâmetro do rotor, 4) as propriedades do fluido e 5) características do sistema. As variáveis dependentes são os diversos parâmetros de desempenho de interesse. h = f1(Q, n, D, ρ, µ, K, ε) Exemplo Teorema do Pi de Buckingham Determinação dos Grupos Π em Bomba Centrífuga típica Prof. Carlos Catunda 216Máquinas de Fluxo x A determinação dos parâmetros adimensionais começa com as equações simbólicas para a dependência da altura de carga, h (energia por unidade de massa, L2/t2) h = f1(Q, n, D, ρ, µ, K, ε) � h Q n D ρ µ K ε n = 8 parâmetros dimensionais � Selecione as dimensões primárias M, L e t � � Selecione como parâmetros repetentes n, D, ρ k = 3 parâmetros repetentes Exemplo Teorema do Pi de Buckingham Determinação dos Grupos Π em Bomba Centrífuga típica r = 3 dimensões primárias Prof. Carlos Catunda 217Máquinas de Fluxo � x Exemplo Teorema do Pi de Buckingham Determinação dos Grupos Π em Bomba Centrífuga típica A expressão apresenta diferentes parâmetros característicos que serão definidos a seguir. Prof. Carlos Catunda 218Máquinas de Fluxo Sabemos que velocidade periférica é dada como U=ωR. Podemos também expressar que U é proporcional a nD isto é U∝nD desta forma na expressão: o qual representa: a viscosidade cinemática é dada como ν = ρ / µ e desta forma a expressão representa o número de Reynolds definido como: 4.1 Coeficientes Adimensionais 4.1.1 Número de Reynolds Prof. Carlos Catunda 219Máquinas de Fluxo A velocidade do som pode ser dada como: c =( k / ρ)1/2 onde k=ρ c2 é o módulo elasticidade volumétrico. A velocidade periférica n=U/D. 4.1.3 Rugosidade Relativa O último termo ε/D é definido como rugosidade relativa. Desta forma, o coeficiente de pressão é representado em função dos seguintes parâmetros adimensionais. Da mesma forma, com auxilio da análise dimensional, considerando a vazão como variável independente se obtém o coeficiente de potência (Cw). Ambos são função das variáveis φ (CQ. Re, Ma, ε/D) 4.1 Coeficientes Adimensionais 4.1.2 Número de Mach Prof. Carlos Catunda 220Máquinas de Fluxo Para trabalhar em unidades coerentes as expressões dos coeficientes são apresentadas em função da velocidade angular ω (rad/s) e não da rotação n (rpm). 4.1.5 Coeficiente de vazão ou Capacidade Especifica 4.1.6 Coeficiente de Potência ** As relações funcionais entre CH, CQ, CW constituem um conjunto característico que representam a performance de uma família de máquinas geometricamente semelhantes. 4.1 Coeficientes Adimensionais 4.1.4 Coeficiente de Pressão ou Altura Específica Prof. Carlos Catunda 221Máquinas de Fluxo Nas máquinas geometricamente semelhantes, as relações funcionais entre CH, CQ, CW são idênticas para todas aquelas máquinas em que Re, Ma, ε /D são os mesmos O rendimento global é função destas variáveis adimensionais Podemos representar as curvas características das turbomáquinas em função destes coeficientes. 4.1 Coeficientes Adimensionais 4.1.7 Rendimento Global Prof. Carlos Catunda 222Máquinas de Fluxo x Podemos representar as curvas características das turbomáquinas em função dos coeficientes CH, CQ, CW. Por exemplo, vamos supor que temos a informação de uma bomba de um fabricante com diâmetro do rotor de 200mm a qual opera com rotação de 1750rpm sendo fornecidos os dados de altura, vazão e rendimento conforme tabela abaixo. A partir de estes dados, utilizando uma planilha, obtemos a potência e podemos traçar as curvas respectivas da altura manométrica, rendimento e potência. Exemplo Curvas características das turbomáquinas em função dos coeficientes CH, CQ, CW Prof. Carlos Catunda 223Máquinas de Fluxo x O resultado mostra que a bomba apresenta seu rendimento máximo (79%) para uma vazão de 46m3/h fornecendo uma altura manométrica em torno de 15,3m. Exemplo Curvas características das turbomáquinas em função dos coeficientes CH, CQ, CW Para cada um dos pontos podemos determinar os respectivos coeficientes de vazão, altura e potência... Prof. Carlos Catunda 224Máquinas de Fluxo x Os coeficientes de vazão, altura e potência podem estão serem calculados, conforme tabela abaixo. Obs: O coeficiente de vazão foi multiplicado por 100 e o coeficiente de altura por 10 para traçar um gráfico de escalas apropriadas. Exemplo Curvas características das turbomáquinas em função dos coeficientes CH, CQ, CW Prof. Carlos Catunda 225Máquinas de Fluxo x Exemplo Curvas características das turbomáquinas em função dos coeficientes CH, CQ, CW Prof. Carlos Catunda 226Máquinas de Fluxox Por exemplo, para Q=50m3/h temos: Para verificar o resultado podemos utilizar para a vazão de 50m3/h a expressão do rendimento global Exemplo Curvas características das turbomáquinas em função dos coeficientes CH, CQ, CW Prof. Carlos Catunda 227Máquinas de Fluxo Quando se utilizam as leis de similaridade se assume que todos os critérios de similaridade dinâmica são satisfeitos. Quando se analisam os grupos adimensionais que representam o número de Reynolds, o número de Mach e a rugosidade relativa se observa que isto não ocorre na realidade. 4.2.1 Efeito do Número de Reynolds Sabemos que o Re para turbomáquinas é definido como Re=UD/ν . Toda mudança de rotação ou diâmetro altera o valor de Re, e por isto não pode ser considerado como um valor constante. Contudo, para água e ar este efeito é pequeno já que geralmente Re é muito alto, e o fluxo é geralmente turbulento. 4.2 Efeitos de Escala Prof. Carlos Catunda 228Máquinas de Fluxo 4.2.2 Efeito do Número de Mach. O aumento da rotação ou o diâmetro do rotor faz com que o número de Mach aumente. Desta forma a condição de similaridade não é satisfeita e os efeitos de compressibilidade poderão ser importantes, afetando a performance da máquina. Os efeitos de compressibilidade devem ser estudados cuidadosamente no caso de compressores e ventiladores quando se trabalha com as leis de similaridade. 4.2.3 Efeito da Rugosidade Relativa A rugosidade absoluta (ε) é um valor médio das perturbações superficiais para um certo material e processo de fabricação, independente de seu tamanho. Porém, qualquer modificação de tamanho da máquina e, portanto do impelidor implicará numa modificação da sua rugosidade relativa. Bombas maiores apresentam menor rugosidade relativa, isto tende a perdas por atrito menores e menos importantes. 4.2 Efeitos de Escala Prof. Carlos Catunda 229Máquinas de Fluxo Na prática é difícil manter similaridade geométrica devido ao efeito de interstícios (tamanhos). A mesma bitola de chapa, por exemplo, pode ser utilizada para uma ampla faixa de tamanhos de rotores. Todos estes efeitos são conhecidos como efeitos de escala. Em geral, o efeito de escala tende a melhorar a performance das máquinas de maior porte. Nas equações de semelhança são desprezados os efeitos de viscosidade e rugosidade superficial. Quando o tamanho da turbomáquina diminuí, como por exemplo no caso de modelos e protótipos, tais efeitos podem se tornar significativos. No caso de bombas pode ser utilizada a seguinte relação que considera a variação da eficiência em função da semelhança geométrica da bomba. 4.2 Efeitos de Escala 4.2.4 Efeito de Espessura Prof. Carlos Catunda 230Máquinas de Fluxo Casos particulares: a) Mesmo Rotor b) Mesmo Fluido c) Mesma Rotação. Q1,Q2: vazões das bombas n1,n2: rotações das bombas W’1, W’2:potência das bombas. H1,H2: alturas de elevação manométrica do líquido bombeado. 4.3 Leis de Similaridade Prof. Carlos Catunda 231Máquinas de Fluxo Todas as máquinas de uma mesma família operam sob condições dinamicamente semelhantes. Desta forma os coeficientes adimensionais são os mesmos em pontos correspondentes de suas características. Isto implica que as leis de similaridade, que governam as relações entre tais pontos, podem ser relacionadas como: Coeficiente de vazão: Coeficiente de altura: Coeficiente de potência: Devendo também satisfazer que Re, Ma, ε/D sejam os mesmos. Tais máquinas apresentam um rendimento constante η=cte. 4.3 Leis de Similaridade Prof. Carlos Catunda 232Máquinas de Fluxo Consideremos uma bomba, com rotação n1 e diâmetro D, que apresenta curvas características de altura vazão, H-Q rendimento vazão η-Q e potência vazão P-Q. Desejamos determinar nova curva característica quando se modifica a rotação para um valor n2 tal que n2>n1. Quando a bomba está operando num ponto x fornece uma altura manométrica Hx para uma vazão Qx e consome uma potência Px com um rendimento ηx. 4.4 Utilizando as Leis de Similaridade Prof. Carlos Catunda 233Máquinas de Fluxo Quando trabalha numa rotação n2 maior que n1 se obtém pelas leis de similaridade um novo ponto que denominaremos x’, com a nova vazão e altura que fornecerá a bomba: Na gráfico do slide anterior mostra-se o ponto x´. Aplicando tal método a outros pontos podemos determinar a curva da bomba para a rotação n2. Da mesma forma pode-se determinar a potência consumida na nova rotação e traçar a curva de potência da bomba para a nova rotação n2 4.4 Utilizando as Leis de Similaridade Prof. Carlos Catunda 234Máquinas de Fluxo Na imagem mostra-se o resultado gráfico da mudança de rotação para vários pontos da curva. Observa-se que existe uma relação de curvas parabólicas do tipo H=cQ2 que passam pelos pontos com mudança de rotação. 4.4 Utilizando as Leis de Similaridade Prof. Carlos Catunda 235Máquinas de Fluxo Entretanto, quando um ponto se modifica para uma nova altura manométrica e vazão, o rendimento permanece constante. Isto significa que no caso anterior para qualquer ponto ηx= ηx’ O rendimento global é definido como a razão entre a potência hidráulica e a potência mecânica fornecida (potência de acionamento). Aplicando a expressão de rendimento global para as rotações n1 e n2. Dividindo as duas expressões; Utilizando as relações de similaridade: 4.4 Utilizando as Leis de Similaridade Prof. Carlos Catunda 236Máquinas de Fluxo Apesar de ηx=ηx’ quando se traçam os gráficos mostram-se como sendo curvas diferentes já que: 4.4 Utilizando as Leis de Similaridade O procedimento visto pode ser aplicado a outros pontos, obtendo- se a nova curva de rendimento da bomba. Observa-se que para um ponto qualquer na mudança de rotação o rendimento se mantém constante. Prof. Carlos Catunda 237Máquinas de Fluxo A modificação do diâmetro do rotor pode fornecer novas curvas características quando trabalhamos com as leis de similaridade para uma bomba com a mesma rotação. (n1=n2) 4.5 Modificação do Tamanho da Bomba Prof. Carlos Catunda 238Máquinas de Fluxo Consideremos uma bomba A com rotação nA Pelas relações de semelhança se a bomba muda de rotação a altura e vazão da curva é modificada pelas relações: 4.6 Curva Característica de Bomba Variando a Rotação Prof. Carlos Catunda 239Máquinas de Fluxo Denominado a relação de rotações por: Obtemos a relação: Também podemos escrever a Eq. como: 4.6 Curva Característica de Bomba Variando a Rotação Prof. Carlos Catunda 240Máquinas de Fluxo Para determinar o rendimento global de uma bomba que muda de rotação utilizamos as equações de semelhança. Estas relações são válidas para máquinas semelhantes de igual rendimento. Consideremos uma bomba A com rotação nA a qual apresenta um rendimento global dado pela expressão do tipo: onde a1 e a2 são constantes. Quando a bomba muda de rotação (nB) a vazão é modificada considerando a equação de semelhança: Desta forma a curva do rendimento o rendimento: 4.7 Rendimento Global Variando a Rotação Prof. Carlos Catunda 241Máquinas de Fluxo Consideremos duas bombas semelhantes. Uma com diâmetro do rotor igual a D1 e outra com diâmetro do rotor igual a D2 4.8 Determinação da Rotação Especifica Prof. Carlos Catunda 242Máquinas de Fluxo Admitindo que uma destas bombas seja uma bomba padrão com uma altura unitária H=1m e vazão unitária Q=1m3/s, tal bomba terá uma rotação denominada rotação específica característica. Cada família de bombas apresenta uma faixa de nq . Observa-se que ns tem como unidades rpm já que tanto a vazão como a altura manométrica foram adimensionalizadas. 4.8 Determinação da Rotação Especifica Prof. Carlos Catunda 243Máquinas de Fluxo Rotação específica é a rotação na qual deverá operar uma bomba geometricamente semelhante à bomba considerada, capaz de elevar 1m de altura a uma vazão de 1m3/s com o máximo rendimento. Obs: Os valores de (Q,Hman) correspondem ao máximo rendimento. � Cada família ou classe de bombas apresenta uma faixa particular de rotação específica. � O conceito é muitoútil já que é possível selecionar o tipo de bomba mais eficiente para uma determinada aplicação. � As bombas centrífugas, trabalham com vazões baixas e grandes elevações, por isto apresentam baixas rotações específicas. 4.9 Rotação Específica Característica - nq Prof. Carlos Catunda 244Máquinas de Fluxo A Tabela mostra velocidades específicas para diversos tipos de rotores A Figura mostra o resultado equivalente ao dado na Tabela incluindo a representação gráfica do tipo de rotor e a aplicação em quanto a altura manométrica. 4.9 Rotação Específica Característica - nq Prof. Carlos Catunda 245Máquinas de Fluxo x Utilizando novamente o exemplo da bomba de um fabricante com diâmetro do rotor de 200mm a qual opera com rotação de 1750rpm sendo fornecidos os dados conforme tabela abaixo. O resultado já mostrara que a bomba apresentava seu rendimento máximo (79%) para uma vazão de 46m3/h fornecendo uma altura manométrica em torno de 15,3m. Exemplo Rotação Específica Característica - nq Prof. Carlos Catunda 246Máquinas de Fluxo x Desta forma: O que pode representar o caso de um rotor centrifugo normal Exemplo Curvas características das turbomáquinas em função dos coeficientes CH, CQ, CW Prof. Carlos Catunda 247Máquinas de Fluxo Representa o número de rpm de uma bomba geometricamente semelhante à bomba considerada que eleva 75litros de água a uma altura de 1 metro em 1 segundo, e demanda uma potência de 1CV. Obs: Desta forma se trabalha com uma vazão de Q=0,0075m3/s.. � Com ns determina-se o tipo de bomba mais apropriado. � A caracterização do tipo de rotor depende não apenas de Q e H mais também da sua rotação (n). � Maiores valores de ns representa menores bombas. � A equação de ns mostra que quanto maior Q e menor H maior será a velocidade específica ns. 4.10 Número Específico de Rotações por Minuto Prof. Carlos Catunda 248Máquinas de Fluxo A figura abaixo mostra diferentes rotores com os respectivos valores de ns. 4.10 Número Específico de Rotações por Minuto Prof. Carlos Catunda 249Máquinas de Fluxo O número específico de rpm se relaciona com a rotação específica característica pela seguinte expressão: 4.10 Número Específico de Rotações por Minuto 4.10.1 Relação entre ns - nq Prof. Carlos Catunda 250Máquinas de Fluxo x Utilizando novamente o exemplo da bomba de um fabricante com diâmetro do rotor de 200mm a qual opera com rotação de 1750rpm, onde o resultado já mostrara que a bomba apresentava seu rendimento máximo (79%) para uma vazão de 46m3/h fornecendo uma altura manométrica em torno de 15,3m e Rotação Específica Característica, nq, de 25,57rpm. Assim: Confirmando que trata-se de um rotor de bomba centrifuga já que está na faixa entre 90rpm e 130 rpm Exemplo Rotação Específica Característica - nq ns = 3,65 x 25,57 = 93,7 Prof. Carlos Catunda 251Máquinas de Fluxo Para determinar a rotação específica em bombas de múltiplos estágios divide-se a altura útil pelo número de estágios (i) da bomba: Número de Estágios: � Como primeira aproximação pode-se admitir que para alturas até 50m pode-se trabalhar com 01 estágio (i=1). � Se a altura for maior que 50m se utilizam vários estágios cada um proporcionando uma altura entre 20 a 30m 4.11 Velocidade Específica em Bombas de Múltiplos Estágios Prof. Carlos Catunda 252Máquinas de Fluxo 4.11.1 Bombas com entradas bilaterais (Rotor Geminado) Trata-se de 2 rotores de costas um ao outro, fundidos numa única peça. Neste caso a vazão se divide metade em cada lado do rotor para se obter a rotação específica 4.11.2 Bombas com vários estágios e entrada bilateral 4.11 Velocidade Específica em Bombas de Múltiplos Estágios Prof. Carlos Catunda 253Máquinas de Fluxo 4.11.3 Rotação Específica - Unidades Americanas No sistema americano a rotação específica é dada por: Expressões utilizadas para conversão do sistema americano ao métrico: ou utilizando a rotação específica 4.11 Velocidade Específica em Bombas de Múltiplos Estágios Prof. Carlos Catunda 254Máquinas de Fluxo x Uma bomba com rotor de 343mm opera no seu ponto de máxima eficiência com uma vazão de 115 m3/h e uma altura manométrica de 50m. A bomba trabalha com 1750rpm. (a) Determinar o tipo de bomba (b) Determinar o coeficiente de pressão e de vazão. Exemplo Bomba Determinar coeficiente de pressão e de vazão Prof. Carlos Catunda 255Máquinas de Fluxo x Uma bomba centrífuga com rotor de 0,5m de diâmetro e uma rotação de 750rpm apresentando dados fornecidos na tabela abaixo. Trace a curva H-Q e η-Q da bomba original e de uma bomba geometricamente semelhante com diâmetro de 0,35m e opera com uma rotação de 1450rpm Exemplo Bomba - Determinar curva H-Q e h-Q da bomba original e semelhante Prof. Carlos Catunda 256Máquinas de Fluxo x Uma bomba com 1450rpm apresenta os seguintes dados obtidos do catálogo da bomba: (a) Traçasr as curvas de Altura-Vazão e Rendimento-vazão (b) Determinar e traçar a curva de H-Q quando a rotação diminui para 1400rpm. Exemplo Bomba - Determinar curva H-Q semelhante com redução de rotação Q (L/s) 40 80 120 160 200 Hman(m) 32,0 30,5 28,0 24,5 20,0 P (kW) 34,2 39,2 45,0 52,5 64,5 Prof. Carlos Catunda 257Máquinas de Fluxo x Na figura representa-se a curva H-Q de uma bomba operando numa instalação com uma rotação de n (rpm). Um manômetro e um vacuômetro são instalados na saída e entrada da bomba, indicam respectivamente 1,8kgf/cm2 e 0,4kgf/cm2. Em tais condições a bomba tem uma rotação específica (nq) igual a 53,99rpm. Exemplo Bomba - Determinar curvas características com nova condição de operação a) Determinar a vazão, altura manométrica e rotação da bomba. b) Se mantivermos a mesma vazão na instalação qual a nova altura manométrica que poderá fornecer a bomba quando se modifica a rotação para n’ (rpm). Determine esta nova rotação nas condições de operação. (Fluido: água) Prof. Carlos Catunda 258Máquinas de Fluxo x Uma bomba centrífuga trabalha com água com uma vazão de 68,4m3/hora. O rotor de 320mm gira a 1500 rpm e apresenta escoamento radial na entrada do rotor e pás radiais na saída. a) Determine potência teórica da bomba para número infinito de pás. b) Determine as condições de operação de uma bomba geometricamente semelhante com diâmetro de 380mm e rotação de 1750rpm. Exemplo Bomba - Determinar potência teórica da bomba para número infinito de pás Prof. Carlos Catunda 259Máquinas de Fluxo x Os parâmetros da bomba são: rotação 400rpm; vazão 1,7m3/s e altura manométrica 36,5m e potência 720kW. Um modelo geometricamente semelhante com escala 1:6 desta bomba será testado. Se o modelo é testado com altura manométrica de 9,0m, determine a rotação e descarga que deverá funcionar assim como a potência requerida para o mesmo. Exemplo Bomba - Determinar Curvas de semelhança em modelos Prof. Carlos Catunda 260Máquinas de Fluxo x Um sistema deve bombear água através de uma tubulação de 150mm de diâmetro interno com 460m de comprimento. Considere o coeficiente de atrito igual a 0,025. A altura estática de elevação é igual a 12m considerando nulas todas as perdas localizadas e hvel=0. Determinar e a equação característica do sistema. Qual a altura manométrica do sistema quando a vazão requerida é igual a 80m3/h. Qual a nova vazão e altura que poderia operar uma bomba quando muda a rotação de 1750rpm para 2000rpm. Exemplo Bomba - Determinar equação característica do sistema e curvas de semelhança de operação Prof. Carlos Catunda 261Máquinas de Fluxo x Uma bomba com diâmetro de 75mm opera com uma rotação de 3450rpm. A bomba fornece uma vazão de 60m3/h e desenvolve uma altura manométrica de 20m requerendo uma potência de acionamento de 10 kW. Determinar a rotação, vazão e potência necessária para o acionamento de uma bomba semelhante com 100mm de diâmetro e deve operar com uma altura manométrica de 30m Exemplo Bomba - Determinar potência necessária para o acionamento de uma bomba semelhante Prof. Carlos Catunda 262Máquinas de Fluxo x Especificar o tipo de bombae determinar o diâmetro externo do rotor, a qual deve trabalhar com uma vazão de 75m3/h desenvolvendo uma altura manométrica de 22m operando com rotação de 1500 rpm. Exemplo Bomba - Especificação de bombas Prof. Carlos Catunda 263Máquinas de Fluxo x Estudo Dirigido Atividade em grupo (em sala) Exercícios Teóricos PROCESSO SELETIVO (PETROBRAS 2011): ENGENHEIRO(A) DE EQUIPAMENTOS JÚNIOR MECÂNICA PROCESSO SELETIVO (PETROBRAS 2018): ENGENHEIRO(A) DE EQUIPAMENTOS JÚNIOR MECÂNICA Prof. Carlos Catunda 264Máquinas de Fluxo x Estudo Dirigido Atividade em grupo (em sala) Exercícios Teóricos PROCESSO SELETIVO (PETROBRAS 2011): ENGENHEIRO(A) DE EQUIPAMENTOS JÚNIOR MECÂNICA: Prof. Carlos Catunda 265Máquinas de Fluxo Contato: (+5521) 99759-1661 http://lattes.cnpq.br/9510794972870727 @carloscatunda carlos.eduardo.catunda@gmail.com Perguntas?