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UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA Instituto de Ciências Exatas e Tecnológicas ESTUDO DO CAVACO Nomes: Curso: Turma: RA: Ana Paula Da Rosa Xavier Farias Eng. Mecânica EM6R12 C116CE-7 Dayane Martins da Cunha Eng. Mecânica EM6P12 T10419-0 Júlia Bueno Curcio Eng. Mecânica EM6P12 C277IF-2 Lucas Cardoso dos Santos Eng.Mecânica EM6P12 C16GBF-9 Campinas 05 de Setembro de 2016 SUMÁRIO Introdução......................................................................................................3 Base Teórica.................................................................................................4 Objetivo do Experimento................................................................................7 Procedimento Experimental...........................................................................8 Gráfico..........................................................................................................11 Memorial descritivo dos cálculos..................................................................12 Comparação de Resultados.........................................................................13 Referências Bibliográficas............................................................................ Introdução Denomina-se cavaco a porção removida de uma peça pela ferramenta de corte em um processo de usinagem, no qual é retirado material com o objetivo de obter uma peça com as dimensões e forma desejadas. Ou seja, é subproduto do processo de usinagem. O estudo do cavaco, que será realizado neste experimento, é importante para melhor entendimento do processo de usinagem utilizado possibilitando: aperfeiçoamento da aresta de corte, correção ou aperfeiçoamento dos parâmetros de corte, escolha correta do tipo de material mais eficaz para a ferramenta e também para a peça a ser obtida em cada processo. Desta maneira é possível otimizar o processo de usinagem, melhorando o acabamento da peça, diminuindo o desgaste da ferramenta de corte e como consequência aumentar a produtividade, qualidade da peça e diminuir o seu custo. Base Teórica Para estudar o cavaco é necessário entender o processo de formação dele, que pode ser descrito em quatro etapas: 1. Recalque inicial: devido à penetração da ferramenta uma pequena parte do material da peça é pressionado contra a superfície de saída da ferramenta; 2. Deformação e ruptura: a tensão aumenta gradativamente causando deformação elástica seguida de deformação plástica, e por fim, ruptura. Esta é causada, majoritariamente, por cisalhamento. Porém, pode estar agindo uma combinação de tensões de compressão, tração e cisalhamento levando à ruptura do material. Ocorre a formação e propagação de uma trinca. Estes eventos ocorrem variando de acordo com a natureza do material, se este é dúctil ou frágil, também devido a um critério de propagação de trincas característico do material. 3. Deslizamento das lamelas: a ferramenta continua a penetrar causando ruptura parcial ou total no material. 4. Saída do cavaco: escorregamento do cavaco sobre a superfície de saída da ferramenta. Simultaneamente outra lamela é formada e o processo se repete até o final da usinagem. Neste estudo, com função de facilitar o entendimento da prática de estudo do cavaco, foi realizado corte ortogonal do material. Desta maneira é possível obter um cavaco de forma que pode ser considerada bidimensional. O corte ortogonal pode ser definido como um corte no qual “a aresta de corte é uma reta normal à direção de corte e à direção de avanço” ¹. TIPOS DE CAVACOS Existem diversos tipos de cavaco, que podem ser diferenciados morfologicamente (contínuos, descontínuos e segmentados) e quanto a sua forma (em fita, helicoidais, em espiral, em lascas ou em pedaços). As diferenças morfológicas estão ligadas às características de ductilidade ou fragilidade do material usinado, ao ângulo de cisalhamento e as condições de atrito ferramenta-cavaco. Além dos parâmetros de corte (avanço, velocidade de corte); · Cavaco contínuo: é a formação de um cavaco sem quebra, contínuo. Porém, não significa que não há trinca, e sim, que a trinca não se propaga muito nem rapidamente, desta maneira o cavaco não se segmenta. Esse fenômeno ocorre porque a tensão normal e a tensão de cisalhamento se equilibram. Este tipo de cavaco é geralmente formado durante a usinagem de um material dúctil, como: aços de baixa liga, alumínio e cobre. · Cavaco descontínuo: pode ser obtido naturalmente ou através do uso de quebra-cavaco. É geralmente obtido em materiais frágeis, como bronze e ferros fundidos cinzentos. Porém, também pode ocorrer devido a baixas velocidades de corte, pois a alta velocidade produz atrito e consequentemente aumento da temperatura de forma que causa aumento na ductilidade do material. Neste tipo de cavaco a trinca se propaga por todo o plano de cisalhamento de maneira a causar a quebra do cavaco. · Cavaco segmentado: é comum em materiais com pouca resistência térmica como o titânio e suas ligas. É decorrente do processo nomeado de “cisalhamento termoplástico catastrófico”, que produz cavaco em forma de dentes de serra. Segundo Cook a energia associada a deformação se transforma em calor causando altas temperaturas de forma concentrada, provocando amolecimento localizado, causando diminuição na resistência mecânica do material. Quanto às formas de cavaco, a norma ISO 3685 (1993) os classifica conforme a imagem abaixo: Cavacos contínuos e segmentados podem apresentar todas as formas descritas na imagem, já os cavacos descontínuos só podem ser classificados em forma de lascas ou pedaços. É importante dar atenção à forma do cavaco, pois cavacos longos causam transtornos quanto à segurança da produtividade. Por isso, a escolha dos parâmetros de corte e decisão da utilização do quebra-cavaco correto são extremamente importantes no processo de usinagem. Objetivo do Experimento Analisar o cavaco obtido em diferentes profundidades de corte e avanços, através de cálculos comparar a previsão teórica com os resultados experimentais. Procedimento Experimental Material utilizado na usinagem Aço 1010/1020 Ferramental · Torno 1- Conceito de usinagem- O termo usinagem compreende todo processo mecânico onde a peça é o resultado de um processo de remoção de material. Preparação parâmetros de corte RPM e avanço 2- Movimentos da ferramenta de corte 2.1- Movimento de Corte – Movimento entre a ferramenta e a peça que, sem a ocorrência concomitante do movimento de avanço, provoca a remoção do cavaco, durante uma única rotação do curso da ferramenta. 2.2- Movimento de Avanço – Movimento entre a ferramenta e a peça que, juntamente com o movimento de corte, possibilita uma remoção contínua do cavaco, durante várias rotações ou cursos da ferramenta 2.3- Movimento Efetivo de Corte – Movimento resultante dos movimentos de avanço e de corte, realizados simultaneamente. 12 · · Ferramenta de corte para torneamento: Material: tungstênio Formato da pastilha utilizada para desbaste: Obs.: Dependendo do tipo de material, necessidade de desempenho, custos e redução dos tempos de parada no processo produtivo, as ferramentas podem ser dos seguintes formatos: · Micrômetro: usado para coleta de dados (largura e espessura) do cavaco. Medição do cavaco: Verifica-se até onde o tambor se deslocou, o primeiro valor que vier atrás do tambor é o inteiro. Passando para as divisões do tambor, verifica-se a medida que estiver mais próxima do zero do tubo de medição. E então se soma os dois valores. Precisão do micrometro utilizado: 0,01 mm. · Pincel: Usado para limpeza e coleta de cavacos. COMBINAÇÃO DE ALAVANCAS CFGJM AFGJN AFHJN Profundidade de Corte 1,5 7 8 9 1 4 5 6 0,5 1 2 3 0 0,042 mm 0,135mm 0.338mmAvanço Gráfico AÇO 1010/1020 LARGURA ESPESSURA CAVACO 1 0,65 0,15 CAVACO 2 0,9 0,48 CAVACO 3 1,02 0,84 CAVACO 4 1 0,1 CAVACO 5 1,01 0,43 CAVACO 6 1,07 0,8 CAVACO 7 1,13 0,17 CAVACO 8 1,4 0,04 CAVACO 9 1,95 1,31 Memorial descritivo dos cálculos · Ideal: Formula Aci=Ap*F Onde Aci=Area de corte ideal Ap= Profundidade do corte F = Avanço do corte Resultados AÇO 1010/1020 PROFUNDIDADE AVANÇO Aci :(Area de corte ideal) CAVACO 1 0,5 0,042 0,021 CAVACO 2 0,5 0,135 0,067 CAVACO 3 0,5 0,338 0,169 CAVACO 4 1 0,042 0,042 CAVACO 5 1 0,135 0,135 CAVACO 6 1 0,338 0,338 CAVACO 7 1,5 0,042 0,063 CAVACO 8 1,5 0,135 0,202 CAVACO 9 1,5 0,338 0,507 · Real: Formula Acr=B*H Onde Acr=Area de corte real B = espessura H = largura Resultados AÇO 1010/1020 LARGURA ESPESSURA Acr: (Área de Corte Real) CAVACO 1 0,65 0,15 0,0975 CAVACO 2 0,9 0,48 0,432 CAVACO 3 1,02 0,84 0,8568 CAVACO 4 1 0,1 0,1 CAVACO 5 1,01 0,43 0,4343 CAVACO 6 1,07 0,8 0,856 CAVACO 7 1,13 0,17 0,1921 CAVACO 8 1,4 0,04 0,056 CAVACO 9 1,95 1,31 2,5545 Comparação de Resultados A tabela abaixo nos apresenta a diferença dos resultados finais entre a área de corte ideal e área de corte real. Essa diferença ocorre em função circunstâncias como desgaste da ferramenta e trepidação do equipamento. AÇO 1010/1020 Aci: (Àrea de corte ideal) Acr: (Área de Corte Real) Desvio CAVACO 1 0,021 0,0975 0,0765 CAVACO 2 0,067 0,432 0,365 CAVACO 3 0,169 0,8568 0,6878 CAVACO 4 0,042 0,1 0,058 CAVACO 5 0,135 0,4343 0,2993 CAVACO 6 0,338 0,856 0,518 CAVAC0 7 0,063 0,1921 0,1291 CAVACO 8 0,202 0,056 0,146 CAVACO 9 0,507 2,5545 2,0475 Referências Bibliográficas http://superusinagem.blogspot.com.br/2013/01/o-micrometro.html http://www.carrosinfoco.com.br/carros/2011/08/tudo-que-voce-precisa-saber-sobre-micrometro/ http://www.cimm.com.br/portal/material_didatico/3648#.V9QOhY-cHIU http://www.cimm.com.br/portal/verbetes/exibir/477-cavaco https://plant3d.files.wordpress.com/2011/04/processos_de_usinagem_i_-_aula_04_-_formac3a7c3a3o_de_cavacos.pdf TEORIA DA USINAGEM DOS MATERIAIS – 2ª ed. Revista (Alisson Rocha Machado, Alexandre Mendes de Abrão, Reginaldo Teixeira Coelho, Márcio Bacci da Silva)
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