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4 A intolerância religiosa

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A INTOLERÂNCIA CONTRA RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS À LUZ DA 
CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA DE 1988 E DA DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS 
DIREITOS HUMANOS DE 1948 
 
 
Kalyuca Emanuely Santos de SANTANA
1
 
Wanda Helena Mendes MUNIZ FALCÃO
2 
 
 
 
 
 
RESUMO 
A partir da Constituição de 1891 o Brasil é considerado um Estado não confessional, devido a 
não possuir uma religião oficial, mas, um pluralismo religioso em que todas as religiões 
devem ser respeitadas. Todavia, apesar da liberdade religiosa ser reconhecida e assegurada 
como direito fundamental, não são raros os casos de intolerância religiosa, praticados, 
sobretudo, contra seguidores das religiões afro-brasileiras. Diante destas frequentes agressões 
e do tratamento dado à liberdade religiosa no ordenamento jurídico brasileiro surge o seguinte 
problema: Como os atos de intolerância religiosa contra religiões afro-brasileiras afrontam os 
direitos humanos? Para elucidar este questionamento foram estabelecidos como objetivos 
deste trabalho: Analisar a situação do Brasil como um Estado laico; Apontar as principais 
vertentes das religiões afro-brasileiras existentes hodiernamente; Assinalar as formas de 
violência mais frequentes e seus respectivos motivos; e, Discutir o direito à liberdade religiosa 
na Constituição Federal de 1988 e nas Declarações do Homem e do Cidadão (1789) e dos 
Direitos Humanos (1948), bem como apontar a influência exercida aos dias atuais. Para isto, 
foi utilizado o método dedutivo, a partir de uma pesquisa descritiva quanto aos objetivos e, 
bibliográfica quanto aos procedimentos. A pesquisa foi realizada através de livros, artigos, 
periódicos e reportagens pertinentes ao tema. Ademais, percebeu-se que apesar de esta prática 
ser proibida em nossa legislação, tal fato não intimida os agressores que continuam a 
discriminar e causar temor àqueles que divergem de sua opinião. Estes atos de violência 
também reprimem a liberdade de expressão de modo que aqueles que acreditam na força e 
existência de orixás se sentem amedrontados em revelar suas crenças, caracterizando, por 
conseguinte, uma afronta aos direitos fundamentais do ser humano. 
 
1
 Acadêmica do Curso de Direito da Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas (FACISA), Campina Grande – PB. 
E-mail: kalyuca@gmail.com 
 
2
 Acadêmica do Curso de Direito da Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas (FACISA), Campina Grande – PB. 
Aluna-pesquisadora do Núcleo de Estudos de Direito Internacional e Direitos Humanos (FACISA), linha de 
pesquisa - Direito Internacional dos Direitos Humanos: Globalização, Relações Internacionais e Direito Interno. 
E-mail: wanda.helenammf@bol.com.br 
 
 
mailto:kalyuca@gmail.com
mailto:wanda.helenammf@bol.com.br
 
Palavras-chave: Direitos fundamentais; Liberdade religiosa; Laicidade; Religiões afro-
brasileiras. 
 
 
LA INTOLERANCIA CONTRA RELIGIONES AFROBRASILEÑAS BASADA EN 
LAS CONSTITUCIÓN BRASILEÑA DE 1988 Y DE LA DECLARACIÓN 
UNIVERSAL DE LOS DERECHOS HUMANOS DE 1948 
 
 
 
RESUMEN 
 
Ya que la Constitución de 1891, Brasil es considerado un Estado no confesional, debido a no 
tener una religión oficial, pero, un pluralismo religioso en que todos los credos deben ser 
respetadas. Sino que, a pesar que la libertad religiosa ser reconocida y asegurada como 
derecho fundamental, no son pocos los casos de intolerancia religiosa, practicados, sobretodo, 
contra seguidores de las religiones afrobrasileñas. Contra estas frecuentes violaciones y lo 
tratamiento dado a la libertad religiosa en el ordenamiento jurídico brasileño emerge el 
siguiente problema: ¿Cómo los actos de intolerancia religiosa contra religiones afrobrasileñas 
afrentan los derechos humanos? Para dilucidar esto cuestionamiento fueran establecidos como 
objetivos de este trabajo: Analizar la situación de Brasil como un Estado laico; Marcar las 
principales líneas de las religiones afrobrasilenãs existentes actualmente; Demarcar las formas 
de violencia más frecuentes y sus respectivos motivos; y, Discutir el derecho a la libertad 
religiosa en la Constitución brasileña de 1988 y en las Declaraciones del Hombre y del 
Ciudadano (1789) e de los Derechos Humanos (1948), así como apuntar la influencia ejercida 
a los días actuales. Para esto, fue utilizado el método deductivo, partida de una pesquisa 
descriptiva a los objetivos y bibliográfica a sus procedimientos. La pesquisa fue realizada a 
través de libros, artículos, revistas científicas e informes pertinentes al tema. Además, se ha 
percibido que a pesar de esta práctica ser prohibida en nuestra legislación, tal facto no 
intimida los agresores que continúan a discriminar y causar miedo a aquellos que divergen de 
su opinión. Estos actos de violencia también reprimen la libertad de expresión de modo que 
aquellos que creen en la fuerza y existencia de orixás son amedrentados en revelar sus credos, 
caracterizando, por lo tanto, una afronta a los derechos fundamentales del hombre. 
 
Palabras clave: Derechos fundamentales; Libertad religiosa; Laicidad; Religiones 
afrobrasileñas. 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Desde a primeira constituição republicana em 1891, o Brasil é considerado um Estado 
laico, no qual não existe uma religião oficial, mas sim, um pluralismo religioso em que todas 
as religiões devem ser respeitadas. Assim, a Constituição brasileira de 1988, em seu artigo 5º, 
inciso VI, dispõe que: “É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado 
o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de 
culto e a suas liturgias”. 
Entretanto, nota-se que esse respeito mútuo entre as religiões está longe de existir no 
Brasil, pois o que se percebe são as constantes agressões, sejam de ordem verbal ou física 
contra representantes ou seguidores, sobretudo das religiões seguidas pelas minorias, como as 
afro-brasileiras, consideradas por muitos como obras do demônio. 
Esta intolerância não é fruto apenas de questões religiosas, porém de interesses 
econômicos, políticos e culturais que somados a falta de informação e diálogo, resultam em 
verdadeira afronta aos direitos humanos, fundamentais para a sobrevivência digna do cidadão. 
Diante dessa problemática, percebe-se a importância de se explorar e debater tal 
assunto, a fim de conscientizar a população da necessidade da aceitação das escolhas feitas 
por outrem e de cobrar atitudes do poder judiciário na busca por garantir o direito de escolha 
que é assegurado constitucionalmente como um direito fundamental de todo cidadão. 
É pautado neste tema que surge o seguinte problema: Como os atos de intolerância 
religiosa contra religiões afro-brasileiras afrontam os direitos humanos? Para solucionar este 
questionamento, o presente trabalho tem como objetivos: Analisar a situação do Brasil como 
um Estado laico; Apontar as principais vertentes das religiões afro-brasileiras existentes 
hodiernamente; Assinalar as formas de violência mais frequentes e seus respectivos motivos e 
Discutir o direito à liberdade religiosa na Constituição Federal de 1988 e nas Declarações de 
do Homem e do Cidadão (1789) e a dos Direitos Humanos (1948), bem como apontar a 
influência exercida por esta nos dias atuais. 
O método aplicado para a realização deste artigo foi o dedutivo, a partir de uma 
pesquisa descritiva quanto aos objetivos e, bibliográfica quanto aos procedimentos. Para isso, 
foram analisados artigos, periódicos e reportagens pertinentes ao tema. 
 
1 RELIGIOSIDADE NAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS 
 
A primeira constituição brasileira foi outorgada em 1824 durante o período imperial e 
elegeu o catolicismo como a religião oficial do Império, sendo, portanto, a única constituição 
na história do Brasil a adotar uma postura rígida e fechada com relação à religiosidade. 
Assim, seu artigo 5º recebeu a seguinte redação: 
A Religião Catholica ApostolicaRomana continuará a ser a Religião do 
Império. Todas as outras Religiões serão permitidas com seu culto 
domestico, ou particular em casas para isso destinadas, sem forma alguma 
exterior do Templo. 
 
 Contudo, em 1891 - após a proclamação da República - foi promulgada a segunda 
Constituição brasileira, que passou a considerar o Estado Laico, garantindo a liberdade não só 
de crença, mas também de culto, com o objetivo de assegurar a livre escolha e com isso 
combater o preconceito e a discriminação religiosa. Logo, seu artigo 72º, § 3º assim dispôs: 
“Todos os indivíduos e confissões religiosas podem exercer publica e livremente o seu culto, 
associando-se para esse fim e adquirindo bens, observadas as disposições do direito comum”. 
Deste modo, esta Carta Constitucional representou um marco no que tange à 
religiosidade no Brasil, visto que foi a pioneira em promover a separação entre Estado e 
instituições religiosas, perdurando tal entendimento até os dias atuais. 
Nesta perspectiva, a Constituição Federal de 1988, ápice na pirâmide de Kelsen, 
também considerou o Brasil como Estado Laico, assegurando tratamento igualitário a todas as 
religiões e permitindo que os indivíduos as escolham livremente, ou simplesmente escolham 
não seguir nenhuma religião, conforme se extrai da leitura da referida Carta Magna: 
Art. 19 É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o 
funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de 
dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de 
interesse público; 
[...] 
III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si. 
 
Deste modo, é de fácil compreensão que o Brasil é um Estado não confessional, haja 
vista que não impõe determinada religião como correta restringindo os direitos das demais, 
mas sim, assegura que cada indivíduo escolha e partilhe publicamente suas crenças. Assim, 
cabe as pessoas o direito de fazerem suas escolhas e o dever de respeitar as escolhas alheias e 
ao Estado o dever de zelar pelo cumprimento das disposições legais que visam garantir esse 
direito. 
 
2 HISTÓRICO, CONCEITO E CARACTERÍSTICAS DAS RELIGIÕES AFRO-
BRASILEIRAS 
 
Durante o processo de colonização do Brasil, os africanos eram as principais vítimas 
da mão-de-obra escrava e ao adentrarem em território brasileiro traziam consigo diversas 
crenças e costumes, sobretudo no que concerne à religiosidade. 
Durante esse período a religião católica era tida como a religião oficial, motivo pelo 
qual, muitas vezes os clérigos tentavam reprimir as manifestações religiosas desses povos, 
com o intuito de impor-lhes a crença e prática da religião católica. 
Contudo, apesar da pressão exercida pela igreja católica e de muitos dos escravos 
passarem a se considerar cristãos, estes não abandonaram suas crenças nos orixás e caboclos. 
Daí o porquê de determinados santos da religião católica ser representados por divindades da 
cultura religiosa africana. 
Essa conexão de crenças, catolicismo e candomblé, acabou por atrair a atenção de 
brancos, seguidores da igreja católica, que se unindo aos afro-descendentes buscaram conferir 
as religiões afro-brasileiras caráter universal: 
Em 1940, um estudo realizado por Roger Batisde já observou a presença de 
brancos no candomblé e de lá para cá, muita coisa mudou, fazendo dessas 
religiões organizações de culto desprendidas das amarras étnicas, raciais, 
geográficas e de classes sociais, lançando-se no mercado religioso aptas a 
competir com as demais religiões na disputa por devotos, espaço e 
legitimidade [PRANDI, 2004, p. 223] 
 
Após anos de luta na busca pela preservação da cultura africana no Brasil, as religiões 
afro-brasileiras assumiram três grandes vertentes em nosso país, quais sejam, a Umbanda, 
Candomblé e Quimbanda. 
A Umbanda surgiu no inicio do século XX, no Rio de Janeiro, como expressão da 
junção de ideais católicos, africanos, indígenas, Kardecistas, orientais, além de integrar 
princípios e ideias da psicologia e da parapsicologia, da Teosofia e da Rosacruz (ORO, 2008, 
p. 03). 
Em 1960, o Candomblé ressurgiu, trilhando o caminho já traçado pela Umbanda e 
adaptando-se as transformações sociais e culturais de cada região, oferecendo ao não devoto a 
possibilidade de encontrar solução para problemas não resolvidos por outros meios, sem 
maiores envolvimentos com a religião, utilizando-se de mecanismos como o jogo de búzios, o 
que a transformou em forte concorrente da Umbanda (PRANDI, 2004, p. 223). 
Por fim, temos a Quimbanda, que também surgiu no Rio de Janeiro, no final do século 
passado, conhecida como: linha negra, macumba, magia negra, umbanda cruzada, 
caracterizando-se, por cultuar os exus e pomba giras, entidades de intermediação entre os 
homens e os orixás (ORO, 2008, p. 02). 
É perceptível a história de luta contra o preconceito enfrentada por seguidores das 
religiões afro-brasileiras para que pudessem preservar a cultura de seu povo, luta esta que 
perdura até os dias de hoje, graças ao pensamento retrógrado de alguns que se negam a aceitar 
quaisquer ideologia conflitante com seu credo e, com isso, buscam a todo custo, impedir 
qualquer manifestação religiosa que não seja a sua, inclusive pregando para seus fiéis, que 
algumas religiões são obras ou cultos ao demônio. 
É interessante ressaltar que, todas as religiões apresentam divergências entre si, a 
começar pela nomenclatura que é dada às divindades, entretanto, como saber qual a religião 
correta, se o que é considerado correto para uns, pode ser abominável para outros? Qual a 
diferença entre Deus, Alá, Jeová, Javé, Olorum, se todos têm o mesmo objetivo, de 
conscientizar seus fiéis, através dos que pregam sua palavra, da existência de um ser supremo 
capaz de salvar, curar e incumbido da missão de promover a paz entre os povos? E, já que 
existem tantas diferenças entre todas as religiões, porque as afro-brasileiras são tão execradas? 
Estas reflexões nos levam a crer que talvez o real motivo para tanta discriminação 
contra essas religiões não sejam propriamente de ordem religiosa, mas, racial e econômica, 
caracterizando total desrespeito com os representantes e seguidores desta cultura e resultando 
em uma verdadeira guerra pelo poder, onde o mais forte prevalece sobre o mais fraco. 
Assim, o que se deseja é que as diferentes culturas passem a se respeitar, para que o 
ser humano possa ter a liberdade de seguir a religião que considerar correta, pois como afirma 
Nelson Mandela: “Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem 
ou ainda por sua religião. Para odiar as pessoas precisam aprender; e, se pode aprender a 
odiar, podem ser ensinadas a amar”. 
 
3 A INTOLERÂNCIA CONTRA RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS 
 
 O termo intolerância denota aquilo que não é tolerável. Nesta lógica, ser intolerante, é 
não suportar, permitir, consentir ou respeitar diferentes opiniões ou crenças. Diante disso, 
percebe-se que determinados indivíduos não se contentam em apenas escolher e seguir a 
religião que acreditam ser correta, eles sentem a necessidade de agredir, seja com palavras ou 
gestos; seguidores, fiéis, padres, bispos, mães e pais de santo e até mesmo santos e orixás. 
 Hodiernamente a intolerância tem se mostrado muito frequente na esfera religiosa, 
sobretudo no que concerne às religiões afro-brasileiras. Essa prática se exterioriza de formas 
distintas, sendo as mais frequentes: Violência física, violência verbal ou psicológica e 
destruição dos terreiros, considerados templos sagrados para seus seguidores. 
Neste sentido, é notável que os praticantes de religiões de matriz africana, como 
Candomblé e Umbanda são as principais vítimas de intolerância religiosa no Brasil, 
caracterizando os casos mais frequentes e graves de fanatismo religioso (GUALBERTO, 
2011, p.12). 
 Diante desta situação, notícias como: “Praticantes de religiões afro-brasileiras 
relatam agressões de evangélicos”; “Igreja Universal é condenada por intolerância após morte 
da mãe de santo, Gilda”; “Jovens evangélicos depredam terreiro de Umbanda”; “Mulher 
perdeu o emprego por ser Kardecista”, e outras, ocupam cada vez mais espaço nos noticiários 
do mundo inteiro. Com isso, surgem indagações acerca do real motivo de tanta revolta contra 
os praticantes dessas religiões. Será que existem outros interesses por trás de tanta violência? 
Há quem afirme que sim, asseverando que um dos motivos é a missão atribuída aos 
adeptos das religiões neopentecostais, de divulgar e converter pessoas. Esta colocação foi 
feita pela Antropóloga da PUC, do Rio de Janeiro, Sonia Giacomini, se mostra bastante 
pertinente, uma vez que, conforme veremos mais abaixo, as religiões neopentecostais, que são 
as maiores responsáveis por tal fato foram justamente as religiões que sofreram um aumento 
do número de fiéis. 
 Em consequência dos ataques e do preconceito contra as religiões afro-brasileiras, 
muitos de seus seguidores preferem omitir suas crenças, caracterizando um claro cerceamento 
da liberdade de expressão. 
 Outra medida que tem se tornado comum é a criação de comissões de combate à 
intolerância religiosa que visam proteger a liberdade de culto através do diálogo com o Poder 
Público e da solicitação de implantação de políticas, capazes de conscientizar a população de 
que todos têm direito a escolher, praticar e acreditar no que considera correto, devendo, 
portanto respeitar as escolhas do próximo. 
 Conforme citado acima, em 2011, a Fundação Carlos Chagas (FCC), através de uma 
pesquisa, elaborou o novo mapa das religiões no Brasil. De acordo com este quadro, 50% da 
população brasileira frequenta cultos religiosos de qualquer credo. A pesquisa aponta ainda 
uma queda do catolicismo, chegando a 68,4% em 2009 e um crescimento de 17,9% para 
20,2%, nos primeiros anos dessa década, nas religiões evangélicas, ou neopentecostais. Já o 
número de pessoas sem religião cresceu de 5,1% para 6,72% em 2009. 
Ainda segundo essa pesquisa, 0,35% da população declarou ser praticante de religiões 
afro-brasileiras, sendo o Rio de Janeiro o recordista em centros e terreiros das religiões 
espiritas (3,37%), e afro-brasileiras (1,61%). Talvez seja este o motivo do Rio também ser o 
recordista em ataques aos terreiros e praticantes dessas religiões. 
 
4 A INTOLERÂNCIA RELIGIOSA E VIOLAÇÃO AOS DIREITOS 
FUNDAMENTAIS CONSTITUCIONAIS 
 
A Constituição Federal de 1988 prevê no artigo 5º um rol de direitos considerados 
fundamentais para que o ser humano possa viver com dignidade. Dentre estes direitos 
destaca-se a liberdade religiosa, direito de primeira dimensão assegurado constitucionalmente 
no art. 5º, inciso VI, da seguinte forma: 
É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado 
o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a 
proteção aos locais de culto e a suas liturgias. 
 
Este dispositivo tutela a liberdade de consciência, crença e culto, haja vista que, é um 
direito constitucional de todo indivíduo escolher, aderir ou não aderir a nenhuma religião, 
bem como, participar de encontros religiosos, cultos, missas, rituais, enfim, de qualquer forma 
de exteriorização de sua crença que não fira o direito de outrem. 
Vale ressaltar que, dada à importância da liberdade religiosa no ordenamento jurídico 
brasileiro, esta foi elevada ao status de cláusula pétrea, de modo que só poderá ser modifica 
com a elaboração de uma nova constituição (LENZA, 2011, p. 983). 
Sendo assim, a prática de atitudes intolerantes contra seguidores ou entidades 
religiosas, caracteriza antes de qualquer outro fato, inobservância ao preceito constitucional e 
à dignidade da pessoa humana, que se vê muitas vezes impotente diante de tamanha falta de 
respeito. 
Entretanto, apesar de garantir a liberdade religiosa, a Constituição também prevê 
algumas limitações, como no caso da escusa de consciência, prevista no Art. 5º, inciso VIII: 
Ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de 
convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de 
obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, 
fixada em lei. 
 
Este dispositivo, também constituído como direito fundamental, visa tutelar situações 
como a dos integrantes da igreja adventista do sétimo dia, que não podem praticar atividades 
em determinado horário do sábado em razão de sua crença. Assim, o abono de faltas, datas e 
horários alternativos para a prática de determinadas atividades, como realização de concurso 
público, são alternativas utilizadas para resguardar a liberdade individual-religiosa desses 
indivíduos. 
O Estado como detentor do dever de assegurar o livre exercício das religiões e 
combater a violência, deve inserir políticas públicas de conscientização à população com o 
objetivo de reduzir o número de ataques contra religiosos. Ademais, deverá garantir a todo 
cidadão o acesso ao Poder Judiciário, sempre que necessário, para garantir a efetivação de 
seus direitos. 
Diante disso, podemos concluir que nossos constituintes ao definirem a liberdade 
religiosa como preceito fundamental do homem e considerando cláusula pétrea, buscaram dar 
maior segurança ao cidadão para que pudessem seguir e praticar suas crenças de forma 
prazerosa e não intimidada, como vem ocorrendo nos dias atuais. 
 
5 A LIBERDADE RELIGIOSA NA DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DO HOMEM E 
DO CIDADÃO E SUA INFLUÊNCIA AOS DIAS ATUAIS 
 
A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão foi tornada pública em 26 de 
agosto de 1789, na França, durante a Revolução Francesa. Seu principal fim foi afastar a 
crença absoluta em Deus, que até então pautava todas as decisões dos monarcas, para 
fundamentar o exercício do poder através de princípios que justificassem tal atitude. 
Com a elaboração desta declaração, os constituintes buscavam dar certeza e segurança 
jurídica aos cidadãos, não só da França, mas do mundo, acerca de seus direitos, para que 
todos pudessem cobrar que estes fossem respeitados, uma vez que, já tinham conhecimento de 
sua existência e exigibilidade. Esta Declaração possui como uma das características mais 
marcantes a liberdade, de modo que, trata de tal assunto desde o seu preâmbulo, conferindo 
aos seres humanos direitos básicos como: dignidade, liberdade e justiça, na busca pela paz do 
mundo (CABRAL, 2009, p. 01). 
Ao tratar das liberdades, a Declaração ora comentada garantiu à liberdade de 
consciência, culto e expressão, assegurando, segundo seu art. 10 que: “Ninguém pode ser 
inquietado pelas suas opiniões, incluindo opiniões religiosas, contando que a manifestação 
delas não perturbe a ordem pública estabelecida pela Lei”. 
Desta forma, foram estabelecidos direitos e garantias aos religiosos, assim como o fez 
a Constituição brasileira de 1988, com o objetivo de resguardar os direitos de todos os 
indivíduos, praticantes ou simpatizantes das mais variadas religiões, de forma isonômica. 
Salta à vista a importância da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão na 
construção do direito à liberdade religiosa e sua influência nos dias atuais, visto que esta foi a 
primeira Carta a tratar a matéria, servindo, portanto de base e inspiração para a elaboração de 
outras, a exemplo da Declaração Universal de Direitos Humanos de 1948 e de diversas 
constituições. 
O princípio da dignidade da pessoa humana é ponto pertinente nas discussões no pós-
guerra
4
; A Lei Fundamental da Alemanha promulgada em 1949 prevê em seu art. 1°, (1) “A 
dignidade humana é inviolável. Respeitar e proteger por todos os meios” e o (2) “O povo 
alemão reconhece, por conseguinte, inviolável e inalienável dos direitos humanos como a 
base de toda a comunidade, de paz e justiça no mundo”.As políticas adotadas foram 
enunciadoras para outros direitos do povo alemão, bem como reflexo ideológico para outras 
nações. 
 O Estado Democrático de Direito, instituto permeado pelos princípios da separação 
dos Poderes, da isonomia, do pluralismo partidário e da legalidade tornou-se comum aos 
diplomas legais. A Constituição Italiana de 1948 segue a tendência das demais, a edificação 
de uma sociedade com segurança e certeza jurídica de seus direitos – individuais e coletivos – 
tornou-se imperativo. 
A Lei portuguesa de 1976 trata-se de uma descontinuidade constitucional, existira uma 
relação de descontinuidade quando uma nova constituição adquiriu efectividade e validade 
num determinado espaço jurídico (CANOTILHO, 2006, p. 195). Percebe-se que há uma 
modificação substancial no pós-salazarismo, com o advento de direitos fundamentais ao 
ordenamento luso. 
 O Estado espanhol em 1978 institui sua Carta Política fundada num Estado Social e 
Democrático de Direito. Por atentar-se de modo mais pujante a temática, a Assembléia 
Nacional Constituinte espanhola firma valores superiores ao ordenamento, sendo refletida a 
Constituição Federal brasileira de 1988. Além de todos estes preceitos, verdadeiras evoluções 
para os direitos humanos, há o ponto em comum do Estado Laico e do respsito a liberdade de 
crença. 
 Para comprovar a influência da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão 
sobre a Declaração Universal de Direitos Humanos, basta fazer uma comparação entre alguns 
de seus artigos e perceber que apenas foram acrescentadas algumas informações visando 
atualizar o conteúdo e adequá-lo a situação atual em que o país se encontrava. 
 
6 INTOLERÂNCIA RELIGIOSA COMO AFRONTA AOS DIREITOS HUMANOS 
 
 
4
 Grande do sistema de Direitos Fundamentais, ‘alfa e ômega’ para todos os outros direitos. 
 Direitos humanos podem ser definidos como um conjunto de vantagens e 
prerrogativas, fundamentais para que os indivíduos possam ter uma vida digna, 
independentemente de origem, raça, sexo, credo, cor ou idade. 
 Estes direitos devem ser reconhecidos e respeitados não só pelo Estado, mas por toda a 
sociedade, como forma de proteger os indivíduos das arbitrariedades e do abuso de poder, 
bem como das frequentes tentativas de discriminação entre os povos. 
 Neste sentido, a Declaração Universal de Direitos Humanos dispôs em seu preâmbulo 
(grifo nosso): 
A presente Declaração Universal dos Diretos Humanos como o ideal comum 
a ser atingido por todos os povos e todas as nações, com o objetivo de que 
cada indivíduo e cada órgão da sociedade, tendo sempre em mente esta 
Declaração, se esforce, através do ensino e da educação, por promover o 
respeito a esses direitos e liberdades, e, pela adoção de medidas progressivas 
de caráter nacional e internacional, por assegurar o seu reconhecimento e a 
sua observância universais e efetivos, tanto entre os povos dos próprios 
Estados-Membros, quanto entre os povos dos territórios sob sua jurisdição. 
 
 Ademais, ao tratar das liberdades, esta declaração estabeleceu em seu artigo XVIII, o 
seguinte: 
Toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; 
este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de 
manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela 
observância, isolada ou coletivamente, em público ou em particular. 
 
 Como se percebe, a liberdade religiosa é um direito reconhecido desde a Declaração 
dos Direitos do Homem e do Cidadão e da Declaração Universal de Direitos Humanos, que 
perdura até os dias atuais, dada à influência exercida por aquela nas declarações e 
constituições dos países democráticos. Deste modo, sempre que alguém desrespeitar a escolha 
de outrem em seguir, praticar ou mudar de religião estará automaticamente desrespeitando um 
direito fundamental e humano garantido a todo cidadão. 
 Contudo, mesmo sendo reconhecido desde há muito tempo, o direito à liberdade 
religiosa continua sofrendo frequentes violações, necessitando, portanto de decisões judiciais 
para que os indivíduos possam exercer sua liberdade religiosa. 
 Para combater essa violação de direitos, o Poder Judiciário tem adotado medidas como 
a ação civil publica, buscando o ressarcimento, através da indenização por danos morais para 
as vítimas de morte social, sendo assim chamados aqueles que após escolherem ou mudarem 
de religião são vitimizados pelo preconceito e desprezo. 
Outra forma de reprimir tal conduta encontra-se na esfera criminal, àquele que 
escarnece alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou 
perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de 
culto religioso estará sujeito a pena de detenção de um mês a um ano ou multa, podendo ser 
aumentada de um terço se houver sido empregada violência, art. 208 do Código Penal 
brasileiro. 
 Sendo assim, o Estado tem feito sua parte, adotando diferentes medidas para 
resguardar os direitos assegurados na constituição e nos tratados e convenções dos quais o 
Brasil é signatário, necessitando, portanto que cada cidadão também se conscientize e passe a 
respeitar e aceitar as diferenças de opinião existentes como forma de promover a paz social 
em observância aos direitos humanos. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
A partir da análise do tema aqui exposto, podemos concluir que a intolerância contra 
praticantes das religiões afro-brasileiras é muito mais frequente do que se costuma imaginar e 
está longe de ser erradicada, uma vez que apesar do Brasil ser um país democrático, boa parte 
de seus habitantes ainda se comportam como se vivêssemos em um período ditatorial, onde os 
mais ricos e poderosos detém o controle sobre os demais e decidem sobre suas escolhas. 
Podemos constatar também, que a violência e discriminação sofrida por seguidores 
desta religião é tamanha que os faz sentir medo de declarar sua crença. Tal fato se deve ao 
temor de represálias por parte daqueles que se acham no direito de agredir e discriminar os 
não seguidores do seu credo. 
Ao longo desta pesquisa também se pôde perceber, que grande parte dos casos de 
intolerância contra seguidores das religiões afro-brasileiras parte de pastores ou praticantes 
das religiões neopentecostais, que constantemente se referem às religiões afro-brasileiras 
como obras do demônio, tratando suas divindades pelo nome de satanás ou encostos e 
afirmando categoricamente que aqueles que as seguirem estarão condenados ao inferno. 
Diante de tais fatos, salta á vista a afronta aos direitos humanos, uma vez que todo ser 
humano tem a liberdade de escolher seguir aquilo acredita ser melhor para si e é dever dos 
demais aceitar essa escolha. 
Tratando da trajetória pelo reconhecimento do direito à liberdade religiosa, podemos 
perceber que, este é assegurada a todo ser humano, sendo reconhecida e resguardada desde a 
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, que buscando fundamentar as decisões do 
poder público e garantir os direitos necessários para uma sobrevivência digna e igualitária 
estabeleceu princípios gerais que serviram de base para diversos documentos jurídicos, 
inclusive nossa Constituição federal. 
A posteriori, a Declaração Universal de Direitos Humanos, influenciada pela 
Declaração de Direitos do Homem também assegurou a liberdade religiosa como um direito 
inerente a todo ser humano, devendo, portanto ser observado pelo Estado e por toda 
comunidade. 
Diante destes fatos e dada à relevância da liberdade religiosa para uma convivência 
harmoniosa entre os povos, a Constituição Federal de 1988, em observância aos documentos 
supramencionados, também assegurou a liberdade religiosa como um direito fundamental do 
ser humano inclusive o elevando a categoria de cláusula pétrea. 
Percebe-se que diante das constantes agressõessofridas por praticantes das religiões 
afro-brasileiras, o Estado, através do poder judiciário, vem adotando medidas cada vez mais 
rígidas para reprimir essa prática e assegurar a todos o livre exercício de seus direitos, sejam 
na área cível, através da ação civil pública ou penal, através da aplicação da pena prevista no 
art. 208 do Código Penal. 
Destarte, o Estado vem fazendo sua parte na repressão a essa prática, porém é 
necessário que a sociedade se conscientize de que todo ser humano é livre para fazer suas 
escolhas, visto que só após o reconhecimento deste fato, poderemos nos livrar das amarras do 
fanatismo religioso capaz de ultrajar tudo aquilo que difere de seu conceito e confrontar 
frontalmente com os direitos humanos das classes distintas. 
 
 
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