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Teste Ética Geral - 04 D

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O art. 7o, inciso XIX, da Lei no 8.906/94 garante ao advogado "recusar-se a depor como testemunha em processo no qual
funcionou ou deva funcionar, ou sobre fato relacionado com pessoa de quem seja ou foi advogado." O texto legal combinado
com o regramento ético vigente (art. 37 do CED) estabelece que a quebra do sigilo, para fins de depoimento judicial, só poderá
ocorrer quando houver
Fonte (adaptada): FGV - 2013 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XII - Primeira Fase O advogado Antônio foi contratado por
Bernardo para atuar em determinada ação indenização por danos materiais e morais. Ao ter vista dos autos em cartório,
percebeu que Bernardo já estava representado por outro advogado na causa. Mesmo assim, considerando que já havia
celebrado contrato com Bernardo, mas sem contatar o advogado que se encontrava até então constituído, apresentou petição
requerendo juntada da procuração pela qual Bernardo lhe outorgara poderes para atuar na causa, bem como a retirada dos
autos em carga, para que pudesse examiná-los com profundidade em seu escritório. Com base no caso apresentado, assinale a
afirmativa correta.
(Exame de Ordem Unificado - 2010.2 - Ampliada) Renato, advogado em início de carreira, é contactado para defender os
Disc.: ÉTICA GERAL E PROF. 2020.1 (G) / EX
Prezado (a) Aluno(a),
Você fará agora seu TESTE DE CONHECIMENTO! Lembre-se que este exercício é opcional, mas não valerá ponto para sua
avaliação. O mesmo será composto de questões de múltipla escolha.
Após responde cada questão, você terá acesso ao gabarito comentado e/ou à explicação da mesma. Aproveite para se
familiarizar com este modelo de questões que será usado na sua AV e AVS.
 
1.
requisição do Ministério Público.
grave ameaça ao direito à vida.
autorização do Tribunal de Ética e Disciplina.
determinação da autoridade judiciária.
solicitação do constituinte.
Explicação:
O art. 37 do CED de 2015 estabelece o regramento para quebra do sigilo profissional diante de situações excepcionais que
configurem justa causa, como grave ameaça ao direito à vida.
 
2.
O advogado Antônio cometeu infração disciplinar prevista no Código de Ética e Disciplina da OAB, pois não pode aceitar
procuração de quem já tenha patrono constituído, sem prévio conhecimento do mesmo.
O advogado Antônio não cometeu infração disciplinar, pois apenas requereu a juntada de procuração e realizou carga dos
autos do processo, sem apresentar petição com conteúdo relevante para o deslinde da controvérsia.
O advogado Antônio não cometeu infração disciplinar, pois, ao requerer a juntada da procuração nos autos, já havia
celebrado contrato com José.
O advogado Antônio cometeu infração disciplinar, não por ter requerido a juntada de procuração nos autos, mas sim por
ter realizado carga dos autos do processo em que já havia advogado constituído.
O advogado Antônio não cometeu infração disciplinar, pois não foi informado pelo seu cliente da existência de outro
advogado já patrocinando a causa.
Explicação:
O fundamento da questão está expresso no art. 14 do CED de 2015.
 
3.
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http://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp#
http://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp#
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interesses de Rodrigo que está detido em cadeia pública. Dirige-se ao local onde seu cliente está retido e busca informações
sobre sua situação, recebendo como resposta do servidor público que estava de plantão que os autos do inquérito estariam
conclusos com a autoridade policial e, por isso, indisponíveis para consulta e que deveria o advogado retornar quando a
autoridade tivesse liberado os autos para realização de diligências. À luz das normas aplicáveis:
Mévio, advogado de longa data, pretendendo despachar uma petição em processo judicial em curso perante a Comarca Y, é
surpreendido com aviso afixado na porta do cartório de que o magistrado somente receberia para despacho petições que
reputasse urgentes, devendo o advogado dirigir-se ao assessor principal do juiz para uma prévia triagem quanto ao assunto em
debate. À luz das normas estatutárias, é correto afirmar que:
(OAB/EXAME DE ORDEM/2012/adaptada) - Sebastião, advogado regularmente inscrito na OAB/RJ, se viu afrontado por sua
cliente, que o acusava da prática de crime que ela cometeu. Em defesa própria, Sebastião revelou segredo profissional,
provando que não era culpado. Nessa situação hipotética, a conduta de Sebastião:
o acesso aos autos, no caso, depende de procuração e de prévia autorização da autoridade policial.
réu preso não pode falar com advogado, devendo este aguardar especial autorização do juiz competente.
o advogado, diante do seu dever de urbanidade, deve aguardar os atos cabíveis da autoridade policial.
no caso de réu preso, somente com autorização do juiz pode o advogado acessar os autos do inquérito policial.
o acesso aos autos de inquérito policial é direito do advogado, mesmo sem procuração ou conclusos à autoridade policial.
Explicação:
Trata-se de prerrogativa prevsita no art. 7°, incisos XIII a XIV, EOAB.
 
4.
o advogado tem direito de dirigir-se diretamente ao magistrado no seu gabinete para despachar petições sem prévio
agendamento.
a organização do serviço cartorário é da competência do juiz, que pode estabelecer padrões de atendimento aos
advogados.
como há hierarquia entre magistrados e advogados, o advogado só poderá despachar com assessores.
a triagem realizada por assessor do juiz permite melhor eficiência no desempenho da atividade judicial e não colide com
as normas estatutárias.
a duração razoável do processo é princípio que permite a triagem dos atos dos advogados e o exercício dos seus direitos
estatutários.
Explicação:
 Art. 6° e Art. 7º, inciso VIII da lei 8.906/94. O advogado deve dirigir-se diretamente aos magistrados.
 
5.
não foi lícita, pois o sigilo profissional é inerente à profissão, impondo-se seu respeito em qualquer situação, salvo apenas
na hipótese de grave ameaça ao direito à vida.
foi lícita, pois o sigilo profissional é inerente à profissão, impondo-se seu respeito em qualquer situação, salvo grave
ameaça ao direito à vida, à honra, ou quando o advogado se veja afrontado pelo próprio cliente e, em defesa própria,
tenha que revelar segredo.
não foi lícita, pois o sigilo profissional é inerente à profissão, impondo-se seu respeito em qualquer situação, sem
exceções.
foi ilícita, pois constitui obrigação do advogado observar o sigilo profissional
foi lícita, pois não constitui obrigação do advogado observar o sigilo profissional.
Explicação:
A advocacia se enquadra nestas profissões onde o sigilo entre profissional e cliente mais se mostra evidente e onde mais se busca
preservá-lo, como fator deontológico fundamental. Tanto, que fora destinado capítulo à parte no Código de Ética e Disciplina da
OAB tratando da matéria. E isso não podia ser diferente tendo-se em mente o relevo e importante papel da advocacia perante a
sociedade ¿ alçada inclusive à seara constitucional. Dir-se-ia que o sigilo profissional do(a) advogado(a) é um direito e um dever.
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http://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp#
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Alexandre, advogado que exerce a profissão há muitos anos, é conhecido por suas atitudes corajosas, sendo respeitado pelos
seus clientes e pelas autoridades com quem se relaciona por questões profissionais. Comentando sua atuação profissional, ele
foi inquirido, por um dos seus filhos, se não deveria recusar a defesa de um indivíduo considerado impopular, bem como se não
deveria ser mais obediente às autoridades, diante da possibilidade de retaliação. Sobre o caso apresentado, observadas as
regras do Estatuto da OAB, assinale a opção correta indicada ao filhodo advogado citado.
O advogado Carlos dirigiu-se a uma Delegacia de Polícia para tentar obter cópia de autos de inquérito no âmbito do qual seu
cliente havia sido intimado para prestar esclarecimentos. No entanto, a vista dos autos foi negada pela autoridade policial, ao
fundamento de que os autos estavam sob segredo de Justiça. Mesmo após Carlos ter apresentado procuração de seu cliente,
afirmou o Delegado que, uma vez que o juiz havia decretado sigilo nos autos, a vista somente seria permitida com autorização
judicial. Nos termos do Estatuto da Advocacia, é correto afirmar que:
Por sua vez, o sigilo profissional é um dever deontológico que está relacionado com a ética de determinada profissão, abrangendo
a obrigação de manter segredo sobre tudo o que o profissional venha a tomar conhecimento.
Como bem expressa Paulo Lôbo(Comentários ao Estatuto da Advocacia, 4ª edição, pág. 64), o sigilo profissional é, ao mesmo
tempo, direito e dever, ostentando natureza de ordem pública. Como tal tem natureza de ofício privado(múnus), estabelecido no
interesse geral como pressuposto indispensável ao direito de defesa. Esse dever de sigilo profissional existe seja no serviço
solicitado ou contratado, remunerado ou não remunerado, haja ou não representação judicial ou extrajudicial, tenha havido
aceitação ou recusa do advogado.
É ainda Paulo Lôbo(obra citada, pág. 65) quem lembra que o dever de sigilo, imposto ética e legalmente ao advogado, não pode
ser violado por sua livre vontade. É dever perpétuo, do qual nunca se libera, nem mesmo quando autorizado pelo cliente, salvo no
caso de estado de necessidade para a defesa da dignidade ou dos direitos legítimos do próprio advogado, ou para conjurar perigo
atual e iminente contra si ou contra outrem, ou, ainda, quando for acusado pelo próprio cliente. Daí porque se entende cessado o
dever de sigilo se o cliente comunica ao seu advogado a intenção de cometer um crime, porque está em jogo a garantia
fundamental e indisponível à vida, prevista na Constituição. Aliás, deve o advogado promover meios para evitar que o crime seja
cometido.
 
6.
Nenhum receio de desagradar uma autoridade deterá o advogado Alexandre
O temor à autoridade pode levar à negativa de prestação do serviço advocatício por Alexandre.
O advogado Alexandre deve recusar a defesa de cliente cuja atividade seja impopular;
Nenhuma das alternativas anteriores
As causas impopulares aceitas por Alexandre devem vir sempre acompanhadas de apoio da Seccional da OAB.
Explicação:
O advogado é o profissional que, constitucionalmente, é considerado indispensável à administração da justiça, conforme preceitua
o art. 133, da Constituição Federal.
Um dos princípios mais importantes para o efetivo exercício da advocacia e, portanto, dos serviços de interesse público, é o
chamado princípio da independência profissional. Para se ter a noção de sua importância, tal princípio encontra-se disposto
expressamente, na Lei nº 8.906/94 ¿ Estatuto da Advocacia e da OAB, como um dos princípios éticos do advogado, que deve ser
observado de forma imperativa. Assim dispõe o art. 31, § 1º, do referido diploma legal, in verbis: § 1º O advogado, no exercício
da profissão, deve manter independência em qualquer circunstância.
O princípio da independência profissional trata, resumidamente, da autonomia da profissão e das liberdades para a não sujeição
de ordens que impeçam, ainda que de forma parcial, o pleno exercício profissional e de convicção das teses e argumentações.
Ambas englobam alguns pontos específicos que, conjuntamente, formam e fundamentam a importância do princípio.
A liberdade profissional do advogado de forma genérica, em regulamentação do princípio constitucional da liberdade profissional,
está expressa no art. 7º, do EAOAB, no qual traz a regra de que o profissional tem direito de exercer, com liberdade, a profissão
em todo o território nacional.
 
7.
em caso de inquérito sob segredo de Justiça, apenas o magistrado que decretou o sigilo poderá afastar parcialmente o
sigilo, autorizando o acesso aos autos pelo advogado Carlos.
Nenhuma das alternativas anteriores
Carlos pode ter acesso aos autos de inquéritos sob segredo de Justiça, desde que esteja munido de procuração do
investigado.
Carlos pode ter acesso aos autos de qualquer inquérito, mesmo sem procuração.
o segredo de Justiça de inquéritos em andamento é oponível ao advogado Carlos, mesmo munido de procuração.
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http://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp#
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O advogado conhecedor de fatos que lhe foram confidenciados por seu cliente, em razão de seu ofício, deverá
Explicação:
Trata-se de prerrogativa expressa no art. 7° incisos XIII, XIV e XV do EOAB. se não há sigilo é um direito de todos os advogados,
se há sigilo, somente o patrono constituido em procuração terá acesso. A situação efer o princípio constitucional da ampla defesa
no Estado Democrático de Direito.
 
8.
revelá-los quando chamado a depor em Juízo, desde que autorizado pelo cliente.
revelá-los quando chamado a depor em Juízo.
não os revelar quando chamado a depor em Juízo, ainda que autorizado pelo cliente.
revelá-los quando chamado a depor em Juízo, ainda que não autorizado pelo cliente, desde que para elucidar fato
criminoso.
revelá-los quando chamado a depor em Juízo, com autorização do Tribunal de Ética e Disciplina da OAB
Explicação: Trata-se de prerrogativa da advocacia prevista no art. 7°, inciso XIX, do EOAB. No Cap. VII do CED de 2015, art. 38
reforça que o advogado não é obrigada a revelar fatos que conhece em razão da profissão.
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